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abnt artigo cientifico 3 semestre 2016

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CIENCIAS CONTABEIS
ANA CLAUDIA BARBOSA GEMAQUE
DALVA DE LIZANDRA PEREIRA COELHO
FRANCINEI BATISTA DA ROCHA 
JOSE ILTON PANTOJA DE SOUSA
 MARCELO DOS SANTOS COELHO
”A IMPORTANCIA DO ESTUDO DA ETICA, DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL, DA TEORIA DA CONTABILIDADE E DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE COMERCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA EM TEMPOS DE CRISE”
Macapá
2016
ANA CLAUDIA BARBOSA GEMAQUE
DALVA DE LIZANDRA PEREIRA COELHO
FRANCINEI BATISTA DA ROCHA 
JOSE ILTON PANTOJA DE SOUSA
 MARCELO DOS SANTOS COELHO
”A IMPORTANCIA DO ESTUDO DA ETICA, DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL, DA TEORIA DA CONTABILIDADE E DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE COMERCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA EM TEMPOS DE CRISE”
Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Contabilidade Comercial, Comportamento Organizacional, Teoria da Contabilidade, Ética, Política e Sociedade, Seminário Interdisciplinar.
Professores:
Regiane Alice Brignoli Moraes
Elisete Alice Zanpronio de Oliveira
Joenice Leandro Diniz dos Santos
Juliana Aparecida de Lima Arruda
Cristiane Motta Leite
Macapá
2016
“A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ÉTICA, DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL, DA TEORIA DA CONTABILIDADE E DA APLICAÇÃO CONTABILIDADE COMERCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA EM CRISE”.
Ana Claúdia Barbosa Gemaque1
Dalva de Lizandra Pereira Coelho 2
Francinei Batista da Rocha3
 José Ilton Pantoja de Sousa 4
Marcelo dos Santos Coelho 5
RESUMO
O presente artigo foi elaborado com o objetivo principal de refletir sobre a importância da ética na profissão contábil, assim como do comportamento organizacional e aplicabilidade da teoria contábil e contabilidade comercial na sociedade brasileira que se encontra em crise. Este estudo foi realizado através de extensa pesquisa bibliográfica, limitando sua abrangência aos fatores éticos que evidenciam como algumas responsabilidades são fundamentais e devem ser observadas pelo profissional contábil. Portanto, esse trabalho sobre a “A importância do estudo da ética, do comportamento organizacional, da teoria da contabilidade e da aplicação contabilidade comercial na sociedade brasileira em crise” se deu através de revisão bibliográfica de materiais publicados e textos da Internet e artigos científicos baseando em diversos estudiosos de acordo com o tema em estudo. Assim, direcionou-se o trabalho ao estudo da globalização como fator de influência na atuação do profissional da área contábil, mais especificadamente o contador e na atualidade econômica vivida no Brasil.
PALAVRAS CHAVE: Ética; Profissional Contábil, Crise Econômica Brasileira. 
Introdução
Mediante ao processo de globalização, o crescimento econômico e as transações de capital, a importância do profissional contábil dentro do contexto econômico do país, ficou mais evidente.
Com essa evidenciação busca-se um profissional com maior grau responsabilidade no exercício de sua atividade, visto que, tornou-se também um gestor de informação. 
Neste sentido, o presente artigo cujo tema é “A importância do estudo da ética, do comportamento organizacional, da teoria da contabilidade e da aplicação da contabilidade comercial na sociedade brasileira em temos de crise” tem como objetivo mostrar essa temática com um olhar reflexivo abrindo espaço para discussões que colaborem para o melhor entendimento do tema abordado. Para tanto, adota-se como metodologia, a pesquisa bibliográfica de materiais publicados e textos da Internet além de artigos científicos baseando em diversos estudiosos de acordo com o tema. 
O presente artigo abordará no referencial teórico os conceitos de ética e sua importância, assim como a importância do comportamento organizacional e a teoria contábil além de mencionar a contabilidade comercial na atual conjuntura econômica citando a crise que se instalou no Brasil. 
Finalizará abordando pontos relevantes a discussão e reflexão nas considerações finais.
Fundamentação Teórica
2.1 Ética e seus Conceitos
O autor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira define Ética como sendo “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto” (FERREIRA, 1977).
De acordo com Adolfo Sanches Vásquez, a Ética é a investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma do comportamento dos homens, o da moral, considerando, porém, na sua totalidade e diversidade [...] o valor da Ética como teoria está naquilo que explica e não no fato de prescrever o recomendar com vistas à situação concreta [...]. A Ética parte do fato da existência da moral, isto é, toma como ponto de partida a diversidade de morais no tempo com seus respectivos valores, princípios e normas. (VÁSQUEZ, 1997).
Na ética Aristotélica, toda ação humana está orientada para a execução de algum bem, à qual estão unidos o bem e a felicidade; o bem possui o caráter de causa final, que age sobre o agente. Para o filósofo, há muitos bens: uns são preciosos, dignos de estima como a virtude, à alma e o entendimento; outros são desejáveis, como as virtudes que servem para agir bem. Aristóteles se baseou nas ideias de Sócrates e Platão para formular seus conceitos éticos fundamentados na ideia do bem. Não definiu a Ética como é concebida hoje, no entanto, lançou alguns conceitos morais que floresceram na busca de outros filósofos para a definição do termo Ética. 
"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são
fáceis de explicar, quando alguém pergunta" (VALLS, 1993).
Já Lopes Sá diz que a ética é um estado de espírito é quase hereditário e vem da formação e do meio social no qual a criança teve sua personalidade moldada, burilada para ingressar no convívio da sociedade, que é o que popularmente se denomina berço; e moral é adquirida por meio da educação formal e da experiência de vida (Sá, 2005). 
A ética no senso comum sempre é confundida com a moral. Há uma tendência em definir princípios éticos como princípios morais. Existe de fato uma correlação, para a ciência, mas essas duas palavras assumem significados diferentes. Enquanto para os gregos as propostas éticas eram fundamentadas no bem, para o filósofo Kant (1724-1804), o fundamento da ética era o dever. Para este, aspirar ao bem é egoísmo e os valores morais não podem ser fundamentados em uma ideia egoísta.
Ainda considerando o filósofo Kant, a única ideia não egoísta é a boa vontade para cumprimento de um dever. E a boa vontade está fundamentada na retidão e na obrigação de se cumprir um dever, caso contrário, o ato não terá valor moral. Ao mesmo tempo, o filósofo alega que isso não significa que a pessoa não deva procurar a felicidade, valor moral evidenciado pela ética de Sócrates, Platão e Aristóteles. Em sua opinião “o fato de não estar satisfeito com sua própria situação, de se ver carregado de preocupações e desejos não satisfeitos, poderia representar uma forte tentação de infringir o dever” (In:ARRUDA, WHITAKER E RAMOS, (1997).
O rigor do pensamento Kantiano reduz-se à afirmação de que a ação só é boa uma vez que é realizada por puro respeito ao dever, excluindo os motivos originados da sensibilidade, sendo que o dever é a lei que corresponde à razão e se impõe a todo ser racional. 
O pensamento Kantiano não é fácil de entender, mas pode-se dizer que Kant propõe que a razão humana é a base da moralidade e que toda ação deve ser tomada com um senso de responsabilidade ditado pela razão. 
Vásquez (1997) define Ética também como sendo a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, ou seja, é ciência de uma forma específica do comportamento humano. 
Segundo Arruda, Whitaker e Ramos (2003)a Ética é a parte da filosofia que estuda o comportamento do ser humano sob a ótica da moral enquanto norma universalizante que rege os comportamentos individuais e sociais nas várias culturas, ao longo da história da humanidade.
2.2 A Importância da Ética e o Código de Ética Profissional do Contador
Sandro Cantidio (2012) em seu artigo “A importância da ética na nossa vida profissional” cometa que a ética pertence ao caráter e está relacionada ao bom viver humano, ao bom relacionamento humano, ao comportamento interpessoal, à melhor forma de conviver com as pessoas, uma atitude de dentro para fora do ser humano, ao passo que a moral é regida por normas e leis e caracteriza portanto uma atitude de fora para dentro. 
Sandro Cantidio (2012) complementa dizendo que a ética tem grande importância na vida profissional, pois está diretamente relacionada ao nosso comportamento e nosso relacionamento com as pessoas, visando o melhor convívio. Nas empresas burocráticas, esta convivência é complexa, pois o que se relaciona são cargos e funções, e não pessoas, e as decisões são autoritárias, nas mãos de um chefe, não existindo a autonomia. Porém, nas empresas cujo modelo de relacionamento é contemporâneo, ou seja, primam pelo bom convívio, pelo bom relacionamento, pela inovação, pela autonomia, onde o líder é, além de um facilitador, um educador, a ética passa a ser relevante, pois não há como pensarmos em uma empresa que visa o bom relacionamento contar com pessoas anti-éticas, cujos pensamentos não são virtuosos (bondade, gentileza, domínio próprio, temperança, paciência, amizade, entre outros) e sim viciosos (vulgaridade, libertinagem, orgulho, zombaria, vaidade, inveja, entre outros vícios).
Neste sentido, Cantidio (2012), diz que a postura ética, portanto, é de suma importância para nossa vida profissional e manter as atitudes éticas faz com que os colaboradores alcancem a eficiência através da obediência à legislação e diretrizes da organização. Além disso, manter uma postura ética organizacional poderá levar o colaborador a conquistar seus sonhos, pois terá uma vida pautada em cumprir as regras fielmente. 
Devido à importância da Ética para a vida em sociedade, foram criados os códigos de ética geral, ou seja, não específicos por profissão, para nortear o comportamento das pessoas, principalmente, dentro das organizações. Existem algumas definições para o que seja um Código de Ética. Uma delas é entendida como sendo o “instrumento que busca a realização dos princípios, visão e missão da empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage” (IDEAS, 2009).
Para que um Código de Ética funcione em uma determinada empresa, é fundamental sua divulgação e acompanhamento pela alta administração. Sua importância não é só no ambiente empresarial, mas em qualquer agrupamento ou associação entre pessoas. 
Segundo Sá (2001) o Contador é um profissional que não pode perder seus valores, e afirma que “a Contabilidade destaca-se por seu papel de proteção à vida da riqueza das células sociais e pela capacidade de produzir informes qualificados sobre o comportamento patrimonial”. Sendo assim, o profissional contábil assume uma responsabilidade significativa no mundo dos negócios, já que sua função é a de apresentar demonstrações financeiras que evidenciem, de maneira fidedigna, a situação econômica das empresas. Caso estas informações estejam incorretas, os seus usuários podem ser prejudicados (bancos, acionistas, fisco, entre outros).
Por este motivo, deve manter a transparência dentro das entidades, demonstrações são divulgadas, auditorias são realizadas, com o intuído de reduzir as desconfianças dos usuários sobre a veracidade dos resultados obtidos. 
Quando se refere à ética contábil, Iudícibus, Martins e Carvalho (2005), apontam que “no pano de fundo das pesquisas sobre mercado de capitais, o fato de os agentes econômicos sempre procurarem o melhor para si, em termos econômicos, não deixa muita margem para valores como ética, justiça, distribuição social e outros”, ou seja, cada um está buscando o que é melhor para sua situação econômica, sem ponderar os princípios éticos. 
Lisboa (2010) diz que é possível verificar que o contador vive em um dilema ético em sua profissão, pois em seu cotidiano ele deve fazer escolhas a todo tempo. Essas situações críticas constam na esfera de deveres, direitos, justiça, responsabilidade, consciência e vocação. 
Para o profissional contábil a ética é mais que um conceito, é uma peça fundamental que deve ser levada em consideração em todas as suas atividades, pois conforme Silva (2006), o contador é considerado como responsável solidário, considerado preposto ao seu cliente, sendo assim, é considerado responsável pelos atos e fatos juntamente ao preponente, desta forma, qualquer ato que fere o código de ética do profissional, acarreta consequências graves, consideradas como atos dolosos de acordo com o artigo 1.177 do código civil. 
Segundo Alves et al. (2007), não é apenas para não ser punido que o profissional segue o que está no CEPC, e sim pelo impacto que o não cumprimento causará nas pessoas ao seu redor, mas existem outros fatores que podem interferir em suas atitudes, como nível de escolaridade, idade, tempo de profissão, dentre outras. Sendo estes pontos influenciadores perante tomadas de decisões, consequentemente o profissional pode ser levado ao cumprimento ou descumprimento das normas apontadas pelo CEPC.
O profissional Contador tem um código de ética específico de sua profissão que como observado pelos autores citados anteriormente, tem como objetivo tentar reduzir a prática de atividades que não condizem com a postura que deve ser adotada pelo profissional.
Estabelecendo um rumo pelo qual deve ser direcionado suas atividades. 
De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador (CEPC):
Art. 1° “Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe”.
O CEPC, assim como os demais códigos de ética serve para guiar as ações morais, possibilita que o profissional esteja de acordo com os princípios éticos aplicáveis à profissão, conhecidos e aceitos pela sociedade. 
No CEPC, destaca-se a lealdade, responsabilidade, responsabilidade com o exercício de sua profissão e a preservação de sua imagem, enfatiza Lisboa (2010). 
O Código de Ética especifico para a profissão foi criado para tentar minimizar a ocorrência de situações que não deveriam ocorrer. De acordo com o descrito no texto o profissional deve atender à diversos deveres destacando-se:
I – Exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
II – Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
IV – Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores; 
[...] (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010).
O código de ética traça basicamente como deve ser o comportamento dos profissionais que escolherem esta profissão, sendo claro no que se pode ou não realizar. Se todos os profissionais desempenharem suas atividades conforme descritas acima, o profissional não terá nenhumproblema no desempenho de suas atividades. 
Dessa forma de acordo com Lisboa (1997), o objetivo do código de ética para o contador é habilitar esse profissional a adotar uma atitude pessoal, consoante com os princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade. 
Então, para o exercício da profissão de contador, não basta a preparação técnica, ele deve defender os princípios e valores éticos aplicáveis a sua profissão, de modo a produzir uma imagem verdadeira do que ela se constitui para as novas gerações de profissionais.
2.3 A Importância do Comportamento Organizacional 
Sousa (2010) conceitua o comportamento organizacional como sendo o ramo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional.
De acordo com Bergue (2010) a liderança é o par da motivação um dos temas do domínio do Comportamento Organizacional que mais interesse tem suscitado tanto a nível teórico como prático. Com uma extensa lista de trabalhos de investigação pura, mas fundamentalmente aplicada, este conceito suscita paixões, debates arrebatados, “certezas relativas”, ambiguidades, contradições e uma multiplicidade de definições. 
Cunha, Rego, Cunha e Cabral-Cardoso, (2003) apontam que apesar de algum arrefecimento durante os anos 80 nomeadamente no seu início devido à enorme proliferação de estudos efetuados (muitos deles fornecendo resultados contraditórios entre si), o estudo da liderança ganhou novo entusiasmo. Contrariando as opiniões que referiam dever abandonar-se o estudo de tal tema ou diminuir a sua importância, o que aconteceu foi precisamente subsistir o entusiasmo devido à crença que a liderança é um fator de sucesso das organizações. 
Bergue (2010) considera a liderança enquanto um dos processos da gestão é a capacidade de um indivíduo para influenciar, motivar, promover o empenhamento dos outros a fim destes contribuírem para a eficácia e sucesso das organizações a que pertencem. 
Muitos estudos colocam a liderança ao nível da capacidade de um indivíduo ou grupo exercer ou possuir capacidade de influenciar outros indivíduos, grupos ou organizações na prossecução ativa e entusiástica dos objetivos da organização a que pertence Bergue (2010). 
Nesta asserção de liderança Bergue (2010) fala sobre o carácter de adesão voluntária ou imposta que o líder exerce, ou os outros indivíduos, grupos ou organizações deixam que aquele exerça. 
	Segundo Sousa (2010) os componentes que constituem a área de estudos do comportamento organizacional inclui motivação, comportamento e poder de liderança, comunicação interpessoal, estrutura e processos de grupos, aprendizado, desenvolvimento de atitudes e percepção, processos de mudanças, conflitos, planejamento do trabalho e estresse no trabalho.
A liderança pode constituir-se para um grupo ou organização como um importante fator de promoção de maior eficiência e eficácia. Desta forma a liderança assume o valor de variável instrumental, sendo que poderão existir diferentes atores individuais a exercer a liderança em diferentes momentos dos diversos processos organizacionais Bergue (2010). 
O comportamento organizacional se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como este comportamento afeta o desempenho das empresas. Como este estudo está voltado especificamente para situações relacionadas ao emprego, enfatiza-se o comportamento relativo a funções, trabalho, absenteísmo, rotatividade, produtividade, desempenho humano e administração. (ROBBINS, 2005).
2.4 A Importância da Teoria Contábil
As teorias tem o papel de nortear as rotinas, ou seja, explicar como os procedimentos ocorrem e definir padrões para sua realização Souza (2010).
Ainda segundo Souza (2010), o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) definiu de acordo com a Resolução CFC 750/93, sete Princípios Fundamentais da Contabilidade, que são: 
PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: Existe em função do fato de que a moeda – embora universalmente aceita como medida de valor – não representa unidade constante de poder aquisitivo. Por consequência, sua expressão formal deve ser ajustada, a fim de que permaneçam substantivamente corretos – isto é, segundo as transações originais – os valores dos componentes patrimoniais e, via de decorrência, o Patrimônio Líquido. 
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: É o Princípio que estabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: Afirma que o patrimônio da Entidade, na sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.
PRINCÍPIO DA ENTIDADE: Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA: Determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
PRINCÍPIO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: Determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da Entidade. 
Hoog (2015) considera que a teoria geral é pura, busca, particularmente, conhecer o seu objeto, objetivo e finalidade, para esclarecer como é a contabilidade. Pois, esta teoria tida como pura, se propõe a revelar um conhecimento específico que exclui tudo o que não seja próprio do seu objeto. Portanto, imediatamente a teoria pura da contabilidade busca libertar a ciência da contabilidade de todas as amarras que lhe são alheias, como interesses tributários, econômico-financeiros difusos e políticos mercadológicos.
Hoog (2015) também afirma que a política contábil diz como deve ser a contabilidade e seus relatórios, verdade relativa, enquanto a teoria pura da contabilidade, ou seja, ciência da contabilidade demonstra como é a contabilidade e seus relatórios, ou seja, a verdade real.
Esta teoria se propõe a delinear e divulgar o conhecimento da contabilidade, sem que com isto venha a negar ou ignorar as normas da política contábil, ou as da existência de uma conexão entre ciência e política. Não faz apologia à anomia, pois apenas evita o sincretismo, ou seja, da tendência de unificação de ideias inconciliáveis que obscurece a essência da ciência pelos limites impostos pelas normatizações e interesses difusos de grupos minoritários. Para preservar a sua pureza, se opõe à fusão com elementos da política contábil que, quiçá, sejam até antagônicos. Descarta-se, portanto, a união da ciência e da política em um só elemento Hoog (2015).
Segundo Hoog (2015) com a ciência livre e responsável, pois é só ela que tem condições ímpares de socorrer as nossas legislações, pois os conceitos e as doutrinas sempresão os melhores guias para a evolução das normas e da própria jurisprudência, já que a ciência é o conjunto de conhecimentos puros.
2.5 A Contabilidade Comercial na Crise econômica do Brasil
Para Fernandes (2015) a Contabilidade é um sistema, um método de síntese de informações, que não tem, ainda, outro igual. Resume-se os acontecimentos de uma empresa em poucas páginas de informação. O que não seria possível de outra forma. Apresenta-se como um sistema útil e relevante para a tomada de decisões, dado os atributos próprios oriundos de sua metodologia intrínseca. Dessa forma, uma Demonstração Financeira, um relatório de custos, um parecer contábil, carregam um verdadeiro “poder” informacional. 
Ainda de acordo com Fernandes (2015) em momentos de desaquecimento econômico, como no Brasil de 2015, a Contabilidade ganha relevo e o contador abre portas e convida os usuários a utilizá-la para que decisões melhores sejam otimizadas. 
Para Rodrigues e Nascimento (2012) os Países em crise financeira têm maior necessidade de transparência em suas contabilidades, principalmente para despertar a confiança do mercado, instituições financeiras e organismos multilaterais. Contudo, é fundamental que todas as nações, em dificuldades ou não, tenham suas demonstrações financeiras acuradas, por meio de métodos modernos de contabilidade, o que, certamente, possibilita mais acesso e compreensão, por parte da sociedade, dos agentes econômicos e instituições internacionais, sobre a situação fiscal e contábil dos governos. Os padrões de demonstrações financeiras dos países são únicos, o que torna a comparação entre governos extremamente difícil. Os complexos desafios orçamentários e fiscais são mais complicados de serem resolvidos em razão de sistemas de caixa defasados. 
Rodrigues e Nascimento (2012) ainda consideram que desde a aprovação da lei 11.638/07, que alterou a Lei das S/A, houve uma completa aceitação do universo corporativo às Normas internacionais de Contabilidade (em inglês, International Financial Reporting Standards - IFRS), aplicadas ao setor privado. Verificou-se, principalmente, a compreensão de que elas deveriam de ser adotadas, pois o mundo exige transparência na divulgação dos resultados. Afinal, as empresas, mais do que nunca, têm uma responsabilidade social muito grande frente à sociedade. 
Dessa forma entende-se que os empresários não mediram esforços financeiros para se adequar rapidamente às novas normas. A sociedade contábil, do mesmo modo, também fez imenso empenho para viabilizar rapidamente sua aplicação com eficácia e segurança. 
Atualmente, observa-se que as novas normas já são amplamente utilizadas em diversas empresas, de capital aberto e de grande porte e as demais empresas privadas também devem se adequar a novos padrões contábeis.
Rodrigues e Nascimento (2012) afirmam que apesar da prorrogação do prazo para 2014, o setor público brasileiro adote as IPSAS o mais rapidamente possível. O Tesouro Nacional já o fez. Publicou em seu site balanço consolidado já com base nas normas internacionais. Nas notas explicativas, observou: "As mudanças vêm ocorrendo gradualmente em razão das restrições da Administração Pública, que mantém uma visão orçamentária em detrimento da importância do patrimônio, e da dificuldade em adequar os sistemas de informação aos padrões necessários ao registro da Contabilidade Pública". 
O Brasil enfrenta de modo bastante eficaz as crises mundiais, mantendo razoável patamar de crescimento em relação à maioria dos países. Neste momento, seria muito positiva a antecipação das novas normas contáveis para o setor público, um gesto de boa vontade e transparência. 
considerações finais
O que se pode observar na nossa atualidade é que a profissão contábil evoluiu com a sociedade e atualmente está como a mais requerida, pois todas as empresas e instituições precisam de seus serviços. 
Dessa forma nota-se que a ética profissional tem um papel muito importante, pois no seu conteúdo existem várias regulamentações e limitações para o exercício da profissão. 
É dever dos contabilistas ter uma boa preparação técnica e um excelente nível de comprometimento, capaz de identificá-los como profissionais diferenciados, e que não estejam abertos à participação com atos e ações reconhecidos pela sociedade como imorais ou ilícitos, o que somente deve ser alcançado com a demonstração de suas boas ações, dos seus valores e deveres éticos pessoais e sociais. 
A valorização da ética é uma tendência mundial e exigência adotada pelas organizações, e o estu​do da ética nas instituições, empresas e no ensino superior é uma consequência direta.
Porém também se observa, que conforme o meio em que está inserida a organização, os contadores tendem a se sentir pressionados pela administração para o gerenciamento e a adequação do resultado, o que vai contra os princípios contábeis e a ética profissional, já que embasados nos princípios éticos da profissão não deveriam se sujeitar a tais pressões, pois são cientes da função social que detêm ao lidar com informações que afetam a empresa e a sociedade.
Então, independentemente da área escolhida para atuação, o contabilista deve ter consciência de todas as suas responsabilidades, e entender que somente conhecer o código de ética profissional não é suficiente para o bom desempenho da atividade, mas sim exercê-lo em sua plenitude se torna elemento imprescindível ao correto profissional. 
E quando se comenta sobre o comportamento organizacional nota-se que ele oferece desafios e oportunidades para os executivos. Ele aponta para diferenças e ajuda os executivos a perceber o valor da diversidade da mão-de-obra e quais as práticas que precisam ser modificadas quando se opera em diferentes países.
Este estudo pode melhorar a qualidade e a produtividade dos funcionários, mostrando aos executivos como dar autonomia ao seu pessoal e como elaborar e implementar programas de mudanças, melhorar o atendimento ao cliente e ajudar os funcionários a equilibrar vida pessoal e profissional. 
Considerando a economia atual a contabilidade se torna ainda mais imprescindível já que sua atividade norteia com clareza a situação econômica do país e necessita constantemente do conjunto do exercício da Ética, das teorias contábeis atualizadas do comportamento organizacional para impulsionar a economia e superar os desafios que essas dificuldades impõem para o crescimento financeiro do Brasil e que a Administração Pública possa ter em vista uma saída para a atual crise econômica que hoje enfrentamos.
Referencias bibliograficas
ALVES, Francisco José dos Santos, LISBOA, Nahor Plácido, WEFFORT, Elionor Farah Jreige, ANTUNES, Maria Thereza Pompa. Um estudo empírico sobre a importância do código de ética profissional para o contabilista. São Paulo: Revista de Contabilidade Financeira. Junho 2007;
ARISTÓTELES. Ética a nicômacos. Trad. Mario da Gama Kuy. Brasília: UNB, 2001. Disponível em: http://www.espacoetica.com.br/midia/suporte/aristoteles moral.pdf . Acesso em: 10 abr. 2016;
ARRUDA, M. C.C.; WHITAKER, M. C. & RAMOS, J. M. R. Fundamentos de ética empresarial e economia. São Paulo: Atlas, 1997;
ARRUDA, Maria Cecília C.; WHITAKER, Maria do Carmo; RAMOS, José M. R. Fundamentos de ética empresarial e econômica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003;
BERGUE, Sandro Trescastro. Comportamento Organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências e administração/ UFSC. Brasília: CAPES: UAB. 2010;
 
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