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Aula 35 Poder Judiciário Disposições Gerais

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Poder Judiciário – Disposições Gerais
DIREITO CONSTITUCIONAL
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PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS
Relembrando!
Uma das diferenças entre o estável e o vitalício se refere à possibilidade da 
perda do cargo. 
O servidor estável pode perder o cargo em quatro hipóteses: Sentença 
Transitada em Julgado, Processo Administrativo Disciplinar, sobrelevação 
do limite de gastos com pessoal e Avaliação Periódica de Desempenho, nos 
termos de lei complementar.
Por sua vez, o Magistrado vitalício só pode perder seu cargo, via de regra, em 
uma hipótese.
Para quem ingressa por meio de concurso público, o prazo necessário para se 
tornar vitalício é de dois anos. Já aqueles que entram no quinto constitucional, 
no terço constitucional ou ainda diretamente no Supremo são vitalícios desde 
a posse.
HIPÓTESES DE PERDA DO CARGO 
Antes de se tornar vitalício, o Juiz pode perder o cargo em duas hipóteses: 
decisão administrativa do próprio tribunal e sentença judicial transitada em jul-
gado. 
Do ponto de vista administrativo, a punição máxima para um Juiz é a aposen-
tadoria compulsória. Na esfera judicial, entretanto, o Juiz pode perder seu cargo.
Após o vitaliciamento, em regra, a perda do cargo só será possível por Sen-
tença Judicial transitada em Julgado.
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Atenção!
Em prova do TRF 2ª Região, determinado item questionava se a única hipótese 
de o Juiz vitalício perder o cargo seria por sentença judicial transitada em 
julgado. Esse item estava incorreto, pois alguns Magistrados podem perder o 
cargo, por decisão do Senado Federal, em caso de crime de responsabilidade.
De acordo com o artigo 52 da Constituição Federal, compete ao Senado Federal 
processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, Ministros do Supremo 
Tribunal Federal e membros do CNJ e do CNMP.
Dessa forma, alguns Magistrados também podem perder o cargo, por sentença 
do Senado, ainda que sejam vitalícios.
QUINTO CONSTITUCIONAL
• Função e origem: O quinto constitucional tem a função de oxigenar os tri-
bunais. No entanto, ele tem sido utilizado de forma desvirtuada como meio 
de acesso político fácil a tribunais onde é aplicável.
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O quinto constitucional tem origem na Constituição de 1937, outorgada por 
Getúlio Vargas, após seu golpe denominado Estado Novo.
Vargas fechou o Congresso Nacional e passou a legislar utilizando decreto-lei, 
hoje conhecido como medida provisória.
A medida provisória se destina a casos de urgência e relevância, enquanto o 
decreto-lei era utilizado em casos de urgência ou relevância, ou seja, era cabível 
em diversas hipóteses. Assim como a medida provisória, este tinha prazo, com 
a diferença de que ela é rejeitada tacitamente quando não apreciada dentro do 
tempo estabelecido, e o decreto-lei era aprovado nessa hipótese.
Getúlio Vargas era ao mesmo tempo executivo e legislativo, perdendo algu-
mas vezes para o judiciário. Por essa razão, ele criou o quinto constitucional, 
que estabelecia que um quinto das vagas do Poder Judiciário seriam de pessoas 
inseridas por ele.
Portanto, o surgimento do instituto do quinto constitucional não é muito demo-
crático.
• A quais Tribunais se aplica: TST, TRTs, TRFs e TJs. 
• O STJ e o terço constitucional: No STJ, se aplica o terço constitucional. 
Dos 33 Ministros que o compõem, 1/3 advém de TJ, 1/3 de TRF e 1/3 alter-
nadamente entre membros do MP e da OAB. Logo, não há que se falar em 
quinto constitucional no STJ, mas em terço constitucional.
• O que fazer com as frações: arredonda-se para o número acima. O TST, 
por exemplo, tem 27 Ministros. Um quinto de suas vagas deve ser com-
posta por membros do MP e da OAB, e as demais, por Juízes de Trabalho 
da Carreira. Um quinto de 27 é igual a 5,4 membros. Nesse caso, arre-
donda-se esse número para cima, a fim de que se ocupe 1/5 das vagas. 
Portanto, nesse caso, há 6 vagas para o MP e para a OAB. As demais, ou 
seja, as vinte e uma restantes, são destinadas a Juízes de Carreira.
• A (des)necessidade de motivar a recusa da lista sêxtupla: conforme o 
STF, não é necessário que o Poder Judiciário motive a recusa de lista sêx-
tupla.
• A (in)constitucionalidade de norma estadual que preveja sabatina pela 
Assembleia Legislativa: segundo o Supremo Tribunal Federal, é incons-
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titucional norma de constituição estadual que preveja sabatina por assem-
bleia legislativa em lista tríplice, em razão de violação do princípio de sepa-
ração dos poderes. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
• Fim das férias coletivas: as férias coletivas foram extintas na primeira e 
na segunda instância, ou seja, a atividade de juízes e tribunais de segundo 
grau é ininterrupta. Contudo, em tribunais superiores e no Supremo Tri-
bunal Federal, ainda existem férias coletivas, que ocorrem de 2 a 31 de 
janeiro e de 2 a 31 de julho. 
• Decisões administrativas dos Tribunais: anteriormente, as sessões de 
julgamento eram reservadas. Atualmente, como regra, as sessões adminis-
trativas de tribunais são públicas em decisões sempre motivadas, salvos 
casos em que o princípio da publicidade admite exceções.
• O princípio do Juiz Natural e os órgãos fracionários compostos majo-
ritariamente por convocados: conforme a Emenda Constitucional n. 45, 
a distribuição de processos deve ser imediata em todos os graus de juris-
dição. 
Ao surgir essa emenda, os processos represados, que demoravam aproxi-
madamente quatro anos para serem julgados, foram enviados de uma só vez 
para a primeira instância.
Por essa razão, o TJ de São Paulo criou câmaras extraordinárias, desdo-
brando as câmaras existentes, que normalmente eram compostas por seis 
Desembargadores, em seis câmaras, cada uma formada por um Desembarga-
dor e cinco juízes, que receberiam gratificação por processo julgado.
Alegava-se, entretanto, que essa solução ofendia o Princípio do Juiz Natural, 
uma vez que os julgamentos estavam sendo realizados por profissionais menos 
experientes que os Desembargadores.
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Todavia, conforme o Supremo Tribunal Federal, o fato de o órgão fracionário 
ser composto majoritariamente ou mesmo exclusivamente por juízes convoca-
dos não viola o Princípio do Juiz Natural, desde que essa convocação esteja 
amparada por lei.
Obss:� Órgãos fracionários são Turmas, Câmaras ou Sessões.
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê.

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