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ATENÇÃO A VIDA EXTRAULTERINA

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Adaptação a vida 
extrauterina 
 
GRANDE DESAFIO 
“O seu corpo nunca mais sofrer uma modificação 
tão grande ao longo da vida. 
(Dickweyer, 1998) 
Ambiente Intrautero 
Escuro 
Líquido 
Estéril 
Quase sem gravidade 
Temperatura ± constante 36,5c 
Poucos estímulos físicos e sensoriais 
 
Vida Intrauterina 
PULMÕES - Alvéolos e vias respiratórias com 
líquido 
 -Fluxo sanguíneo pulmonar mínimo 
 -Trocas gasosas  Placenta 
SANGUE - No feto a termo 70% Hb F 
CIRCULAÇÃO- cérebro 
 INTESTINO - Motilidade intestinal 
insignificante 
 Nutrição e eliminação dos catabólitos por 
via transplacentar 
 
CRESCIMENTO - Principal hormônio do 
crescimento fetal – Insulina Fetal 
FUNÇÃO RENAL - Função renal, perfusão 
renal e diurese do feto são mínimas 
 - As funções excretoras e homeostáticas 
são realizadas pela placenta 
TEMPERATURA - Semelhante à temperatura 
corporal da mãe- 36,5 C 
 
 
Primeiras 24 horas - estabilização 
dos sinais vitais e das 
funções dos sistemas 
 
 
1 a 2% dos RNT apresentam dificuldade na transição 
fetal-neonatal 
 < período gestacional, > vulnerabilidade a alterações e 
> morbimortalidade neste período 
Teixeira et al, 2007; Bastos, 2010; Sociedade Brsileira de Anestesiologia 
Placenta: “pulmão fetal”; 
vilosidades da porção fetal, que 
contém pequenos ramos das 2 
artérias e da veia umbilical, 
projetam-se para o interior da 
porção materna 
 
VIDA EXTRA-UTERINA 
Função Respiratória 
Função Circulatória 
Regulação Térmica 
Função Gastrointestinal 
Função Metabólica 
Função Renal 
Principal 
estimulo 
 
TERMICO 
E 
QUIMICO 
Função Respiratória 
• PARTO VAGINAL  Expressão do tórax  
Expulsão do fluido intrapulmonar 
 
• Reabsorção do mesmo fluido quando se inicia 
a perfusão pulmonar 
• Expansão pulmonar 
• Indispensável presença do SURFACTANTE 
 
Desenvolvimento estrutural dos pulmões 
 
 
 
• Até 24s – formação de brônquios e bronquíolos 
• A partir de 26s – sáculos aéreos, adelgaçamento, 
maior vascularização 
• 30 a 36s – formação de alvéolos 
• Aumento de alvéolos em número até 7-8 anos 
 
Surfactante pulmonar 
• Secreção 22-24s pelos pneumócitos 
tipo II 
 Função Respiratória 
 
 
Alta resistência vascular pulmonar/recebe 5% do DC 
 
Estímulos que contribuem para início da respiração 
• Asfixia/estiramento pulmonar 
• Alterações químicas sanguíneas (pH e O2, CO2) 
• Estimulação física do ambiente 
Maturação do centro bulbar e da mecânica dos pulmões por 
semanas 
Adaptação Respiratória 
 
Clampeamento do cordão + vasoconstrição arterial (
paO2) = PA sistêmica e retorno venoso pela cava 
 
Influenciam no resistência vascular pulmonar 
• Hipoxemia/hipóxia (forma um ciclo) 
• Atelectasia pulmonar 
• Acidose 
• Expansão excessiva do pulmão 
Adaptação Cardiovascular 
Na circulação fetal verificam-se 3 shunts: Ducto 
Venoso, Forame Oval e Canal Arterial. 
 
O tecido fetal apresenta uma resistência notável à 
hipóxia, em virtude da hemoglobina fetal (HbF) 
 
 Ducto venoso: sangue 
oxigenado para o 
coração 
 Forame oval: sangue 
oxigenado do AD para 
AE 
 Canal arterial: fluxo da 
artéria pulmonar para 
aorta 
 
FORAME OVAL 
CANAL 
ARTERIAL 
DUCTO VENOSO 
 
Circulação periférica 
do RN: lenta e 
insuficiente nas 
1as horas 
 
Aumento da pressão do VE e 
AE 
Remoção da circulação 
placentária 
Diminuição da Resistência 
Vascular Pulmonar 
e 
Aumento do fluxo sanguíneo 
vascular 
Fechamento do Forame Oval 
Aumento da Resistência 
Vascular Sistêmica 
2.TRANSIÇÃO P/ CIRCULAÇÃO NEONATAL 
Com o início da respiração e expansão pulmonar: 
 
  Redução da resistência das Artérias Pulmonares 
  Aumento do fluxo hemático pulmonar 
 
 
 Com a interrupção da circulação placentária (de baixa 
resistência) 
 
  Aumento generalizado das resistências vasculares 
  Aumento das pressões no VE e AE 
  Pressão à Esq. > Pressão à Dta.  Encerramento da 
CIA 
  Activada Circulação 
 Aumento da tensão arterial do O2 
 Encerramento progressivo do CANAL ARTERIAL 
 
 
 
Fechamento dos canais da circulação 
intrauterina 
 
 
 
 
 
•FORAME OVAL: é uma abertura entre os átrios 
direito e esquerdo do coração; 
 
A reversão do gradiente 
de pressão faz com que 
ele se feche 
•Ele encerra sua função, aproximadamente, 1 minuto 
após o nascimento. Porém, o fechamento anatômico 
ocorre em, aproximadamente, 2 semanas; 
 
•DUCTO ARTERIAL: desvia o sangue da artéria 
pulmonar para a aorta, evitando os pulmões; 
 
 
O encerramento da função 
ocorre em aproximadamente 
15 horas, porém, o 
fechamento anatômico 
ocorre por volta da 3ª 
semana de vida; 
 
 
•DUCTO VENOSO: é uma estrutura (desvio) 
que permite que a maior parte do sangue 
oxigenado desvie do fígado, entrando na veia 
cava inferior; 
 
 
 
 
 DESAPARECM OS SHUNTS 
 Dtos.  Esq. TÍPICOS DA VIDA FETAL 
 
 CIRCULAÇÃO IGUAL À DO ADULTO 
 
TETRALOGIA DE FALLOT (T4F) 
A. Estenose pulmonar 
B: Aorta que se sobrepõe ao 
defeito septal ventricular 
C. Defeito septal 
ventricular (DSV) 
D: Hipertrofia do ventrículo direito 
Adaptação Térmica 
 
Nascimento: atividade simpática uso de fontes 
energéticas 
Formas de produção de calor no RN: 
• Estremecimento (atividade muscular) 
• Metabolismo da gordura marrom 
• Aumento do metabolismo geral: lento e após 
aquecimento, leva de 7 a 10 dias para voltar ao 
normal 
 
 
Mecanismos de perda de calor no RN: 
condução (contato), convecção (ar), 
radiação e evaporação 
 
Evaporação • Secar rapidamente o LA 
Convecção • Proteger contra as correntes de ar 
Condução • Utilizar toalhas e roupa aquecidas 
Radiação Manter superfícies aquecidas 
 Fornecer calor radiante ou calor materno 
Uma baixa de 2ºC na 
temperatura ambiente 
constitui estímulo suficiente 
para duplicar o consumo de 
O2 de um RNT 
 
3.MODIFICAÇÕES DO METABOLISMO 
• Para produzir o calor, aumenta o tónus 
muscular e activa a “gordura 
castanha” 
 
• Glicemia tende a  nas primeiras horas 
 
 
• Desde as primeiras horas pode digerir o 
leite e tem boa função intestinal 
 
 
FUNÇÕES ESCRETORAS, HOMEOSTÁTICAS E 
RENAIS 
• Estabelecem-se logo após o 
nascimento com o aumento do fluxo 
hemático renal e filtração glomerular. 
 
• Função qualitativa  à do adulto, mas 
não a quantitativa 
 
• A 1ª micção ocorre até 24-48 h após o 
nascimento 
 
 
Atenção 
 
Caso não haja 
diurese nas primeiras 
48 horas 
1 e 2 dia- 30 a 60 
ml/dia 
1 sem. 300 ml/dia 
5.SANGUE 
• A Hgb F vai ser progressivamente substituída 
por Hgb A 
 
• No RN os níveis de Hgb e Htc são 
relativamente altos – queda progressiva 
 
• N° de Glóbulos Brancos relativamente  nas 
primeiras semanas. Nas prim. 12 horas 
predomínio relativo de Neutrófilos. Depois 
predomínio relativo de Linfócitos 
Exame físico do RN 
 
• Primeiro exame: imediato (sala de parto) 
 - malformações congênitas 
 - verificação de possíveis danos 
 - sinais de infecção 
• Exame minucioso nas 1as 24 horas de vida 
• Ao redor de 6-8 horas de vida realizar 
classificação do RN pelo Método de 
Capurro Somatoneurológico eprimeiro 
exame físico completo do RN

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