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Adaptações fisiológicas à vida extrauterina

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ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS À VIDA EXTRAUTERINA 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 O desaparecimento da circulação placento-fetal → perda do enorme fluxo sanguíneo pela 
placenta faz com que a resistência vascular sistêmica aumente, aumenta a pressão aórtica 
e também as pressões no ventrículo esquerdo e no átrio esquerdo. 
 Aumento do fluxo sangüíneo pulmonar → já que resistência vascular pulmonar diminui 
muito com a respiração 
 Fechamento do forame oval (diminui resistência vascular pulmonar → aumenta o fluxo 
sanguíneo → maior fluxo p/ o átrio esquerdo vindo dos pulmões → pressão arterial 
esquerda aumenta e ultrapassa a direita → fecha o forame) 
 Fechamento do ducto arteriosus (resistência sistêmica elevada aumenta a pressão aóritca 
e menor resistência pulmonar diminui a pressão arterial pulmonar → o sangue começa a 
fluir de volta da aorta para a artéria pulmonar, através do ducto arterioso → aumento do 
esforço respiratório e os efeitos e do consequente aumento da pressão parcial de oxigênio 
arterial → fechamento do ducto) 
 Fechamento do ducto venoso 
 O fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais (forame oval, canal arterial e ducto 
venoso), acontece progressivamente, e completa-se em torno de um a dois dias de vida, 
sendo que o fechamento anatômico pode durar semanas. 
➢ Ligamento redondo do fígado, resultante da porção intra-abdominal da veia umbilical 
➢ Ligamento venoso proveniente do ductus venosus 
➢ A maior parte do segmento abdominal das artérias umbilicais forma os ligamentos 
umbilicais laterais; porções desses vasos persistem e constituem as artérias vesicais 
superiores. 
➢ O ductus arteriosus forma o ligamento arterial 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Inicialmente, as paredes dos alvéolos estão colapsadas devido à tensão superficial do 
líquido viscoso do seu interior. 
 Após o nascimento, com a compressão mecânica do tórax e expulsão do líquido 
pulmonar, ocorre uma descompressão do tórax, criando-se assim, uma pressão negativa 
que traz o ar para dentro dos pulmões. 
 
 Normalmente, é preciso mais de 25mmHg de pressão inspiratória negativa nos pulmões 
para se opor aos efeitos dessa tensão superficial e ocorrer a abertura dos alvéolos pela 
primeira vez. 
 Quando os alvéolos se abrem, a respiração pode ser realizada com movimentos respiratórios 
relativamente fracos. 
 As primeiras inspirações do recém-nascido normal são muito potentes, podendo criar até 
60mmHg de pressão negativa no espaço intrapleural. 
 O ar entra nos pulmões com a ajuda dessa pressão negativa e depois, para desinflar os 
pulmões, é preciso que ocorra pressão positiva considerável, devido à resistência viscosa 
oferecida pelo líquido nos bronquíolos. 
 A respiração não se normaliza totalmente até cerca de 40minutos após o nascimento. 
 Assim, o padrão respiratório altera-se, passando das inspirações breves e episódicas 
características da vida fetal para inspirações profundas e regulares. 
 No decorrer da 24ª e 30ª semana de gestação, é produzido surfactante pelas células 
alveolares, que diminui a tensão superficial, evitando o colabamento dos alvéolos ao 
término da expiração. 
 
ADAPTAÇÃO TÉRMICA 
 As crianças nascidas a termo possuem depósito de gordura marrom, que representam 
cerca de 2 a 6% do peso do recém-nascido e se localizam principalmente no pescoço, 
região interescapular, mediastino, ao redor dos rins e das supra-renais. 
 Esses depósitos são muito vascularizados e enervados, e quando sofrem estresse pelo frio, 
aumentam a produção de noradrenalina, que atua nesses depósitos, estimulando a lipólise 
e gerando calor 
 A manutenção da temperatura corporal no neonato se dá por interações entre: a 
temperatura ambiental com a perda e produção de calor. 
 Neonato se defende da perda de calor através do: 
▪ Controle vasomotor: vasoconstrição periférica p/ conservar o calor ou vasodilatação 
periférica para dissipar 
▪ Isolamento térmico: favorecido pela presença de gordura subcutânea 
▪ Atividade muscular: aumenta a produção de calor 
▪ Termogênese sem calafrios: lipólise da gordura marrom 
 
 
SISTEMA HEPÁTICO 
 Limitações do metabolismo da bilirrubina explicam a icterícia fisiológica: a sobrecarga de 
bilirrubina ao hepatócito (maior produção de bilirrubina e circulação êntero-hepática 
elevada da bilirrubina indireta) e a menor capacidade de captação, conjugação e 
excreção hepática da bilirrubina. 
 Com a ausência de atividade bacteriana no trato gastrointestinal, o recém-nascido não 
tem condições de sintetizar vitamina K (responsável pela ativação de fatores de 
coagulação) satisfatoriamente, o que o torna suscetível a desenvolver hemorragias, 
principalmente a doença hemorrágica do recém-nascido, que pode ser prevenida pela 
administração de vitamina K após o nascimento; 
 De 4 a 6 horas após o nascimento, a principal fonte de energia do neonato é a glicose, 
que é armazenada no fígado sob a forma de glicogênio. 
 Nas primeiras 3 horas após o nascimento, devido ao trabalho de parto e parto, cerca de 
90% dessa reserva de glicogênio é utilizada 
 
RENAL 
 O feto é capaz de produzir urina e contribuir para a produção do líquido amniótico por 
volta da 10ª a 16ª semana de gestação. 
 Ao nascimento, ocorre um aumento da resistência vascular sistêmica e uma diminuição 
do fluxo renal, o que acarreta uma diminuição do fluxo glomerular. 
 O sistema renal do recém-nascido é um pouco imaturo, o que o torna suscetível, em casos 
de diarréias e vômitos, à desidratação, acidose e desequilíbrio eletrolítico. 
DIGESTIVA 
 Devido a imaturidade do sistema digestivo, o recém-nascido apresenta dificuldades em 
metabolizar o alimento, em virtude de deficiência de enzimas pancreáticas e hepáticas. 
 Devido à frouxidão do esfíncter esofágico, o recém-nascido pode apresentar regurgitação 
da alimentação, que é uma situação transitória e tende a se resolver com o tempo. 
 
 
 
 
 
HEMATOPOIETICA 
 A vida útil das hemácias fetais tem cerca de 90 dias, sendo que nos adultos é de 120 dias. 
 Com a degradação das hemácias após o nascimento, o recém-nascido pode apresentar uma 
anemia fisiológica, porque possui hemácias com uma meia-vida de 60 a 70 dias, quando a 
termo, e de 35 a 50 dias, quando prematuro. 
 Por volta dos 3 meses de vida, a contagem de hemácias está dentro dos limites de 
normalidade 
NEUROLOGIA 
 As funções neurológicas do recém-nascido são, em sua maioria, primitivas e controladas 
pelo tronco cerebral e medula espinhal. 
 Apesar de não estar totalmente desenvolvido, o sistema neurológico realiza as funções 
necessárias para a sobrevivência do neonato, como o estímulo às respirações iniciais, a 
manutenção do equilíbrio ácido-básico e regulação da temperatura corporal. 
 O cérebro necessita de aporte constante de glicose e níveis elevados de oxigênio para 
manter um metabolismo celular adequado.

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