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Universidade Federal de Rio Grande Escola de Engenharia Equipamentos Industriais e de Processo Resfriadores de Água - Torres de Resfriamento A maioria dos sistemas de refrigeração rejeita calor para a atmosfera: • Através do Ar - condensadores resfriados a ar; • Massa de água – condensadores resfriados a água e Conceito • Massa de água – condensadores resfriados a água e condensadores evaporativos. Em muitas aplicações, a troca de calor entre a água de refrigeração e o ambiente é realizada por meio de equipamentos denominados Torres de Resfriamento. As torres de resfriamento resfriam a água fazendo- o entrar em contato com o ar ambiente, resultando Conceito na evaporação de parte dessa água (transferência de calor e massa). Usina Termoelétrica – torres de resfriamento com fluxo de ar por convecção natural Conceito Tipos e Classificação Nas torres de resfriamento a o contato direto entre a água e o ar ambiente, ocorrendo um processo combinado de troca de calor e de massa. Durante o processo parte dessa água evapora. Os principais tipos são: • Com circulação natural de Ar;• Com circulação natural de Ar; • Com corrente de ar induzida; • Com corrente de ar forçada. Podendo as correntes ser: • Contracorrente ou contrafluxo; • Correntes de fluxo cruzado. Circulação Natural de Ar Apresentam uma série de aspersores ou chuveiros que lançam, a água a ser resfriada em uma bacia coletora.uma bacia coletora. O ar penetra pelas venezianas, em contracorrente, e ajuda a dispersar as gotas de água e a resfriá-las em sua queda. Circulação Natural de Ar Para grandes capacidade, como as torres utilizadas em usinas térmicas e termonucleares, são utilizados tipos especiais, como as que apresentam perfil hiperbólico. Desvantagens: • Devem localizar-se em lugar elevado para melhor aproveitamento da ação do vento; • Exigem área grande e ficam na dependência da ação do vento para otimização do seu funcionamento. Corrente de Ar Induzida Nesse caso, o princípio de funcionamento é semelhante ao das torres com circulação natural do ar, porém, o ar sai devido a atuação de um ventilador na parte superior da torre. Esse ventilador causa uma rarefação na torre, induzindo a entrada de ar pelas venezianas laterais, em contracorrente. Internamente a torre há um enchimento de grades e colmeias onde ocorre a transferência de calor durante a descida da água. Corrente de Ar Induzida 1 – Coletor de entrada da água a ser resfriada; 2 – Ventilador Axial; 3 – Bicos pulverizadores; 4 – Separador de gotas; 5 – Tubulação de distribuição dos bicos;distribuição dos bicos; 6 – Enchimento; 7 – Revestimento; 8 – Estrutura; 9 – Bacia Recolhedora; 10 – Motor multipolar. Corrente de Ar Forçado O ar é insuflado horizontalmente sobre o enchimento por onde as gotículas de ar por Nesta situação também faz-se uso de um ventilador, porém um ventilador centrífugo. gotículas de ar por gravidade vão passando. A saída de ar pode ser na vertical (contracorrente) ou na horizontal (correntes cruzadas). Tipos de Torres de Resfriamento Fluxo CruzadoContrafluxo Funcionamento Torres de Resfriamento de Contrafluxo O fluxo de ar é diretamente oposto ao fluxo de água. O fluxo de ar entra primeiramente em um espaço aberto abaixo do ponto médio de preenchimento e em seguida, segue verticalmente.segue verticalmente. A água é pulverizada através de bicos pressurizados e flui para baixo através do preenchimento, em oposição ao fluxo de ar. Funcionamento Torres de Resfriamento de Contrafluxo Funcionamento Torres de Resfriamento de Fluxo Cruzado O fluxo de ar é direcionado perpendicularmente ao fluxo da água. O fluxo de ar entra em um ou mais faces verticais da torre de resfriamento para atender ao material de preenchimento. O fluxo de água (perpendicular ao ar) atravessa o preenchimento por gravidade. Funcionamento Torres de Resfriamento de Fluxo Cruzado Componentes 1. Carcaça externa 2. Enchimento 3. Eliminador de gotas 4. Sistema de4. Sistema de distribuição de água 5. Acionamento 6. Bacia 7. Porta de inspeção Componentes internos Enchimento - Grades Trapezoidais Enchimento - Barras Triangulares Eliminador de gotas A lei da linha reta estabelece: “Os estados pelos quais passa o ar em seu contato com a superfície molhada se encontram sobre uma linha reta na Lei da Linha Reta superfície molhada se encontram sobre uma linha reta na Carta Psicrométrica, tendendo a aproximarem do estado saturado à temperatura da superfície”. Ar de entrada: Temperatura te e umidade We, trocando calor e massa com a superfície coberta de uma camada de água - tp. Superfície: ar e água em equilíbrio � estado saturado à temperatura tp e umidade Wp Lei da Linha Reta • te< tp � Transfarência de Calor. • Pressão parcial do vapor depende linearmente da umidade absoluta, logo W < Potencial entálpico linearmente da umidade absoluta, logo We < Wp � Potencial de pressões parciais � transferência de massa. • Durante a circulação de ar através da torre, a entalpia do ar se eleva no processo, Lei da Linha Reta a entalpia da água e sua temperatura deverão conseqüentemente sofrer uma diminuição. Lei da Linha Reta • A temperatura da água na saída da torre tende a temperatura de bulbo úmido do ar na entrada. • Esta é a razão pela qual os fabricantes de torres de resfriamento indicam a temperatura de bulbo úmido do ar na entrada como únicaindicam a temperatura de bulbo úmido do ar na entrada como única característica do ar ambiente que afeta o desempenho do equipamento. • Na medida em que a temperatura de bulbo úmido do ar na entrada da torre aumenta, o mesmo ocorrerá com a temperatura da água na saída da torre. Comportamento da temperatura da água de saída da torre de contrafluxo em função da temperatura de bulbo Lei da Linha Reta temperatura de bulbo úmido do ar, para carga térmica e vazão de água constantes. Análise Térmica Torre de Resfriamento de Contrafluxo A figura mostra um volume diferencial de uma torre de resfriamento de contrafluxo onde L kg/s de água entram pela parte superior e G kg/s de ar entram por baixo. Para simplificar, a pequena quantidade de água evaporada é desprezada, de forma que L e G mantêm-se constantes através da torre. Análise Térmica Torre de Resfriamento de Contrafluxo • A água entra no volume diferencial a uma temperatura T, deixando a temperatura T-dT; • O ar entra no volume diferencial com uma entalpia de ha e deixa-o com uma entalpia ha+dha; • A área total da superfície molhada dA inclui a área superficial das gotas de água bem como as tiras molhadas ou outro material de enchimento. • A taxa de energia removida da água dq é igual a taxa recebida pelo ar: dq = G.dha = L.(4,19 kJ/kg.K) dt (1) Análise Térmica Torre de Resfriamento de Contrafluxo Através do princípio de potencial entálpio, temos dq = hc.dA.(hi-ha)/cpu (2) , onde hc: coeficiente de película, kW/m2.Khc: coeficiente de película, kW/m .K hi: entalpia do ar saturado na temperatura da água, KJ/kg ar seco ha: entalpia do ar, KJ/kg ar seco cpu: calor específico do ar úmido, KJ/kg.K Análise Térmica Torre de Resfriamento de Contrafluxo Para se obter a taxa de calor transferida por toda a torre deve-se integrar a equação a seguir. • hi e ha variam com relação a variável de integração A. Combinando as equações (1) e (2) , rearranjando-se e integrando-se tem- se:se: (3) Onde te e ts são astemperaturas de entrada e saída da água, respectivamente. Análise Térmica Torre de Resfriamento de Contrafluxo Um método tradicional de se realizar a integração da equação (3) é através do processo numérico apresentado abaixo: (4)(4) Onde (hi-ha)m é a diferença de entalpia média (aritmética) para um incremento de volume. Análise Térmica Torre de Resfriamento de Fluxo Cruzado Os mesmos princípios de troca de calor e massa e do balanço de energia deverão ser aplicados, porém o tratamento geométrico dado a torre de fluxo cruzado é diferente, porém a divisão da torre para fins de análisefluxo cruzado é diferente, porém a divisão da torre para fins de análise deverá ser realizada, assim como proposto no cálculo numérico para as torres de contrafluxo. Testes de Aceitação e condições de saída • O valor de hc.A/cpu é uma função da dinâmica dos padrões de escoamento de ar e da dinâmica de queda da torre de resfriamento, porém a magnitude permanece constante para uma mesma torre, caracterizando portanto a torre de resfriamento. Testes de Aceitação e condições de saída • Este valor é a base para a previsão do desempenho para outras temperaturas de água de entrada e de outras temperaturas de bulbo úmido de entrada, e é referido pelos fabricantes como NUT (número de unidades de transferência). Testes de Aceitação e condições de saída • Quanto mais alto o valor do NUT, mais próxima a temperatura da água de saída da torre estará da temperatura de bulbo úmido do ar de entrada. • As condições de teste e aceitação poderão ser realizadas sob condições operacionais diferentes daquelas de projeto, mantendo o NUT constante, é possível obter as condições de saída da água e do ar, tendo em mãos as condições operacionais de entrada. Efeito da qualidade da água Normalmente, as incrustações são formadas por precipitação de sais e/ou óxidos na forma cristalina, o que geram incrustações altamente coesas e aderidas. Critérios de Seleção A seleção adequada do resfriador depende basicamente dos seguintes itens: • Quantidade de calor a ser removido da água; • Vazão da água;• Vazão da água; • Temperatura de entrada da água; • Temperatura desejada de saída da água; • Temperatura de bulbo úmido do ar local; • Nível de ruído. Referências Bibliográficas STOECKER, Wilbert F.; JONES, Jerold W. Refrigeração e Ar condicionado. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1985. STOECKER, Wilbert F.; JABARDO, J. M. S. Refrigeração Industrial. 2 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1998.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1998. SEMCO – Catálogo de torres de resfriamento modelos VX e STC; HD Equipamentos – Catálogo de torres de resfriamento série 1800. TorreTelli – Catálogo de torres de resfriamento séries ASP e INS.
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