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Turbinas a Vapor Profª Fernanda Mazuco Clain Definição • São motores de combustão externa rotativos no qual a energia térmica do vapor é transformada em energia cinética, devido a sua expansão através dos bocais, e posteriormente em energia mecânica de rotação, devido à ação do vapor nas pás rotativas; • É o mais difundido por possibilitar unidades de grande potência unitária, alta confiabilidade, vida útil e eficiência; Definição • Mediante a organização de extrações reguláveis na sua seção de fluxo, pode-se fornecer calor com os parâmetros requeridos pelo consumo externo; • O custo desse calor não é alto, pois nos sistemas de cogeração o vapor, antes de ser fornecido a um consumidor de calor, é aproveitado para produzir eletricidade. Classificação De acordo com a finalidade • Acionamento elétrico Utilizadas para acionar um gerador elétrico de uma indústria que irá suprir as necessidades da central. Geralmente operam com velocidade síncrona (1800 ou 3600 rpm) e com potências na faixa de 16 a 1300 MW; Classificação De acordo com a finalidade • Acionamento mecânico Utilizadas para acionar grandes ventiladores de tiragem, bombas, compressores e na propulsão de navios e outros equipamentos. Operam entre 900 e 10000 rpm e com potências de 500 kW a 10 MW. Classificação De acordo com o princípio de funcionamento • De ação (impulso) A expansão ocorre unicamente nos bocais e o vapor atravessa as palhetas do rotor com pressão constante, atuando sobre elas unicamente em função de sua velocidade, levando a uma velocidade elevada na saída dos bocais. Classificação De acordo com o princípio de funcionamento • De reação A expansão tem início nos bocais mas permanece acontecendo nas palhetas do rotor. A pressão na entrada dos canais das palhetas é maior que na saída, de modo que o vapor realiza trabalho durante sua ação sobre as palhetas. Classificação De acordo com o princípio de funcionamento Turbina de Ação Turbina de Reação Classificação De acordo com o princípio de funcionamento • Estágio de ação Grupo de bocais distribuidores seguidos de sucessivas fileiras de palhetas móveis e fixas, tendo a primeira a função de converter a energia cinética do vapor em trabalho mecânico, enquanto que a segunda tem a função de redirecionar o fluxo Classificação De acordo com o princípio de funcionamento • Estágio de reação Conjunto de fileiras de palhetas móveis e fixas. A primeira com a função de converter a energia do vapor em trabalho mecânico e a segunda, além de redirecionar o fluxo, pelo seu formato, o espaço entre elas forma um bocal convergente divergente, o que converte parte da energia térmica em energia cinética, aumentando a velocidade do fluxo. Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina de ação simples ou de Laval – A expansão do vapor ocorre completamente no bocal, produzindo um fluxo de alta velocidade para o rotor. – Como as palhetas móveis não absorvem toda a energia cinética, o vapor sai com velocidade relativamente alta, o que constitui uma perda. – Possui baixo rendimento, simplicidade de projeto e construção, o que a torna recomendada para baixas potências. Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina de ação simples ou de Laval Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Curtis – A fim de evitar a perda por energia cinética na saída, montam-se 2 ou mais filas de palhetas móveis intercaladas por palhetas fixas que só redirecionam o fluxo; – Estágio Curtis ou de velocidade escalonada. Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Curtis Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Rateau – A expansão é dividida em 2 ou mais fileiras de bocais (escalonamento de pressões), semelhante a um arranjo de 2 ou mais turbinas de Laval em série; – Pode-se obter velocidades mais adequadas nas palhetas móveis em termos de resistência dos materiais; – Podem apresentar maiores dimensões conforme o número de estágios; Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Rateau Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Curtis – Rateau – É a combinação de estágios Curtis (escalonamento de velocidades) e Rateau (escalonamento de pressões); – Velocidades ideais nas pás do rotor; – Maiores rendimentos; – Permite o uso de materiais mais leves e baratos, exceto nos primeiros estágios; – Turbinas mais curtas; Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Curtis – Rateau Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Parsons ou de reação – São de múltiplos estágios; – A queda de pressão ocorre nas palhetas fixas e também nas móveis; – A queda de pressão em cada fileira de palhetas é pequena, resultando em baixas velocidades de vapor em cada estágio; Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Parsons ou de reação Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Parsons ou de reação – As fileiras de palhetas tem suas dimensões aumentadas progressivamente à medida em que o vapor se expande (aumento do volume específico); – Como o volume específico do vapor é baixo nos estágios de alta pressão, há excessiva fuga de vapor pelas folgas, induzindo a uma queda sensível de rendimento total da turbina, assim evita-se usar turbinas de reação como turbinas de alta pressão; Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Curtis/Parsons – Utiliza os princípios de ação e reação; – Adição de um estágio Curtis a uma turbina Parsons, reduzindo-se a pressão e a temperatura do vapor para ser utilizado nos estágios de reação; Classificação De acordo com o arranjo dos estágios • Turbina Curtis/Parsons Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de contrapressão de fluxo direto; – O termo contrapressão indica que o vapor na saída da turbina está a uma pressão igual ou superior a atmosférica, condição necessária para atender a demandas de calor em temperaturas superiores a 100 °C; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de contrapressão de fluxo direto; – Geralmente menores do que uma unidade de condensação equivalente e, usualmente, operam com maiores rotações; – Instaladas em indústrias em que haja necessidade de vapor nos processos de fabricação; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de contrapressão de fluxo direto; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de contrapressão com sangria ou extração controlada – Utilizadas quando o processo exigir vapor em diferentes níveis de pressão (média e baixa); – Sangrias são usadas quando o volume de vapor de extração (média pressão) é menor que o de escape (baixa pressão); Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de contrapressão com sangria ou extração controlada – Extrações controladas são usadas quando o fluxo de extração (média pressão) é relativamente alto quando comparado com o fluxo de vapor de escape (baixa pressão) e a demanda de vapor de média pressão está sujeita a flutuações consideráveis; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de contrapressão com sangria ou extração controlada Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação de fluxo direto – Descarrega o vapor para o condensadora uma pressão menor que a atmosférica (alto vácuo) afim de aumentar a eficiência térmica ; – Tendem a ser maiores e mais potentes do que as de contrapressão; – A eficiência total é inferior ao de uma instalação de contrapressão, pois uma parte da energia contida no vapor se perde no condensador; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação de fluxo direto Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação com extração – Empregada quando se necessita mais eletricidade do que se pode gerar com o calor de processo; – Compensação das oscilações de consumo de eletricidade e vapor de processo; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação com extração – Quando de extração automática ou regulável, permitem a retirada de vazões variáveis de vapor sob pressão constante, em um ou mais pontos de extração; – Quando de extração não regulável, não há controle da pressão do vapor retirado, que varia em função da carga; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação com extração Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação com reaquecimento – Após o 1° estágio de expansão (alta pressão) o vapor retorna ao gerador de vapor para o reaquecimento antes de prosseguir para o estágio de pressão intermediária; – Podem ser de reaquecimento duplo; Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação com reaquecimento Classificação De acordo com a descarga de vapor • Turbina de condensação com reaquecimento Classificação De acordo com a direção do fluxo • Turbina de fluxo axial – O escoamento é axial, paralelo ao eixo; – Maioria das turbinas modernas Classificação De acordo com a direção do fluxo • Turbina de fluxo axial Classificação De acordo com a direção do fluxo • Turbina de fluxo axial Classificação De acordo com a direção do fluxo • Turbina de fluxo radial – O escoamento é radial: centrífuga ou centrípeta; Classificação De acordo com a direção do fluxo • Turbina de fluxo radial Classificação De acordo com nas turbinas axiais • Turbina axial de fluxo simples – O fluxo escoa na mesma direção desde a entrada até a saída; Classificação De acordo com nas turbinas axiais • Turbina axial de fluxo duplo – O fluxo é admitido no centro do cilindro e dividido em duas direções axiais opostas; – Evita o tamanho excessivo das palhetas nos últimos estágios; – Reduz os esforços axiais causados pelo fluxo; Classificação De acordo com nas turbinas axiais • Turbina axial de fluxo duplo Classificação De acordo com nas turbinas axiais • Turbina axial de fluxo duplo – Apresentam 2 carcaças, sendo uma interna e outra externa, onde o fluxo flui em uma direção na carcaça interna e na direção oposta na carcaça externa; – Redução dos esforços axiais; – Resfriamento da carcaça interna pelo próprio vapor após sua expansão na mesma; – Permite partidas mais rápidas; Classificação De acordo com a posição dos cilindros em relação ao eixo • Tandem-compound – Cilindros montados em linha (colineares); – Mesmo eixo; – Acionamento de um único gerador; Classificação De acordo com a posição dos cilindros em relação ao eixo • Cross-compound – Cilindros montados em paralelo; – Eixos diferentes; – Acionamento de mais de um gerador; Classificação Turbina de condensação com extração Elementos • Carcaça (1) – Geralmente tem corte horizontal; • Diafragma (2) – Onde são fixadas as palhetas fixas; – É composto por: anel (2.1) palhetas fixas (2.2) e corpo do diafragma (2.3); • Selo (3) – Serve para diminuir as fugas de vapor Elementos • Eixo (4) • Discos (5) – Fixação das palhetas móveis (rotores integrais ou aperto forçado a quente) • Palhetas Móveis (6) – Fixadas no disco • Aro de consolidação (7) Elementos Referências Bibliográficas • LORA, Electo Eduardo Silva; NASCIMENTO, Marco Antônio Rosa do. Geração Termelétrica: Planejamento, Projeto e Operação. Volume 1 Rio de Janeiro: Interciência, 2004. • MACINTYRE, Archibald Joseph. Equipamentos Industriais e de Processo. Rio de Janeiro: LTC, 2007;
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