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Trocadores de Calor Profª Fernanda Mazuco Clain Definição • Equipamentos usados para facilitar a transferência de calor entre dois ou mais fluidos em temperaturas diferentes; • Processos são comuns em muitas aplicações da Engenharia; • Podem ser utilizados na climatização de ambientes, produção de energia, recuperação de calor e no processo químico. Classificação • Processo de transferência de calor; • Disposição das correntes; • Tipo construtivo. Classificação Processo de transferência de calor • Contato direto • Contato indireto Classificação Processo de transferência de calor • Contato direto – Os fluidos se misturam; – Aplicações comuns de um trocador de contato direto envolvem transferência de massa além de transferência de calor; – São alcançadas taxas de transferência de calor muito altas; – Sua construção é relativamente barata. Classificação Processo de transferência de calor • Contato direto Classificação Processo de transferência de calor • Contato indireto – Podem ser de transferência direta ou de armazenamento; – Os de transferência direta há um fluxo contínuo de calor do fluido quente ao frio através de uma parede que os separa. Não há mistura entre eles, pois cada corrente permanece em passagens separados. Este trocador é designado como Recuperador. Classificação Processo de transferência de calor • Contato indireto – Transferência direta Classificação Processo de transferência de calor • Contato indireto – No trocador de armazenamento, os ambos fluidos percorrem alternativamente as mesmas passagens. A superfície de transferência de calor é uma estrutura chamada matriz. – O fluido quente atravessa a superfície de transferência de calor e a energia é armazenada na matriz. Posteriormente, o fluido frio passa pelas mesmas passagens e a matriz “libera” a energia térmica. Classificação Processo de transferência de calor • Contato indireto – Este trocador também é chamado regenerador. – Podem ser dinâmicos ou estáticos. – Os estáticos não possuem partes móveis e consistem em uma matriz através da qual passa alternadamente os fluidos quentes e frios. Classificação Processo de transferência de calor • Contato indireto – Armazenamento Classificação Disposição das correntes • Correntes Paralelas – Os fluidos quente e frio entram na mesma extremidade do trocador de calor e fluem na mesma direção. Classificação Disposição das correntes • Contracorrente – Os fluidos quente e frio entram em extremidades opostas do trocador de calor e fluem em direções opostas. Classificação Disposição das correntes • Corrente cruzada – Os fluidos quente e frio entram em extremidades opostas do trocador de calor e fluem em direções opostas. Classificação Disposição das correntes • Escoamento Multipasse – Empregada para intensificar a troca térmica; – Muito usada nos trocadores tipo casco e tubo. Classificação Disposição das correntes • Escoamento Multipasse Classificação Disposição das correntes • Escoamento Multipasse Classificação Tipo Construtivo • Duplo tubo • Casco e tubo • Placa Classificação Tipo Construtivo • Duplo tubo – Dois tubos concêntricos, um inserido dentro do outro; – Um dos fluidos escoa pelo tubo interno e o outro pela parte anular entre tubos; – Este é talvez o mais simples de todos os tipos de trocador de calor pela fácil manutenção envolvida. É geralmente usado em aplicações de pequenas capacidades. Classificação Tipo Construtivo • Duplo tubo Classificação Tipo Construtivo • Casco e tubos – Casco e tubos é construído com tubos e uma carcaça; – Um dos fluidos passa por dentro dos tubos, e o outro pelo espaço entre a carcaça e os tubos; – São os mais usados para quaisquer capacidades e condições operacionais, tais como pressões e temperaturas altas, atmosferas altamente corrosivas, fluidos muito viscosos. Classificação Tipo Construtivo • Casco e tubos Classificação Tipo Construtivo • Casco e tubos Classificação Tipo Construtivo • Placas – São construídos com placas planas lisas ou com alguma forma de ondulações; – Geralmente, este trocador não pode suportar pressões muito altas, comparado ao trocador tubular equivalente; – São trocadores de calor compactos. Classificação Tipo Construtivo • Placas Classificação Tipo Construtivo • Placa aletada – Aletas planas ou onduladas são separadas por placas planas; – Há um aumento significativo da compacticidade (relação entre área e volume do trocador); – Correntes cruzadas, contracorrente ou correntes paralelas são arranjos facilmente obtidos; – Muito empregados em trocas gás-gás. Classificação Tipo Construtivo • Placa aletada Classificação Tipo Construtivo • Tubo aletado – São geralmente construídos com tubos cilíndricos ou chatos onde são instaladas aletas; – Suportam altas pressões; – Usados em turbinas a gás, reatores nucleares, automóveis, refrigeração, eletrônica, etc. Classificação Tipo Construtivo • Tubo aletado Critérios de Seleção Gerais • Desempenho Térmico; • Desempenho operacional; • Manutenção; • Flexibilidade operacional; • Custo; • Perda de carga; • Limitações dimensionais. Critérios de Seleção Tipo de Equipamento • Casco e tubos: – Baixo custo por unidade de área de troca térmica; – Grande variedade de tamanhos e tipos; – Inflexibilidade construtiva. Critérios de Seleção Tipo de Equipamento • Duplo tubo: – Construção simples; – Fácil limpeza; – Bom controle na distribuição de fluidos; – Alto custo por unidade de área de troca térmica; – Usados onde a área de troca térmica não ultrapassa 20 m². Critérios de Seleção Tipo de Equipamento • Placas – Disposição das placas permite altos coeficientes de transferência de calor; – Elevada resistência a depósitos; – Fácil limpeza; – Elevada perda de carga e limitação de pressão; – Usados em serviços onde a corrosão, limpeza e esterilização são problemas. Critérios de Seleção Tipo de Equipamento • Placas – Disposição das placas permite altos coeficientes de transferência de calor; – Elevada resistência a depósitos; – Fácil limpeza; – Elevada perda de carga e limitação de pressão; – Usados em serviços onde a corrosão, limpeza e esterilização são problemas. Coeficiente Global de Troca Térmica • Definido em função das resistências térmicas à convecção interna e externa à parede e condução na parede. R1 R2 R3 Coeficiente Global de Troca Térmica 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑣 = 1 ℎ. 𝐴 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝐿 𝑘. 𝐴 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑑 = ln 𝑟𝑒 𝑟𝑖 2. 𝜋. 𝑘. 𝐿 R1 R2 R3 Coeficiente Global de Troca Térmica 𝑅𝑡 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 Para uma parede plana: 𝑅𝑡 = 1 ℎ𝑒 . 𝐴𝑒 + 𝐿 𝑘. 𝐴 + 1 ℎ𝑖 . 𝐴𝑖 Em um tubo: 𝑅𝑡 = 1 ℎ𝑒 . 𝐴𝑒 + ln 𝑟𝑒 𝑟𝑖 2. 𝜋. 𝑘. 𝐿 + 1 ℎ𝑖 . 𝐴𝑖 Coeficiente Global de Troca Térmica 𝑞 = ∆𝑇 𝑅𝑡 Para uma parede plana: 𝑞 = ∆𝑇 1 ℎ𝑒 . 𝐴𝑒 + 𝐿 𝑘. 𝐴 + 1 ℎ𝑖 . 𝐴𝑖 Em um tubo: 𝑞 = ∆𝑇 1 ℎ𝑒 . 𝐴𝑒 + ln 𝑟𝑒 𝑟𝑖 2. 𝜋. 𝑘. 𝐿 + 1 ℎ𝑖 . 𝐴𝑖 Coeficiente Global de Troca Térmica 𝑞 = 𝑈. 𝐴. ∆𝑇 Para umaparede plana: 𝑈 = ∆𝑇 1 ℎ𝑒 + 𝐿 𝑘 + 1 ℎ𝑖 Coeficiente Global de Troca Térmica Para um tubo: 𝑈𝑖 = ∆𝑇 1 ℎ𝑒 + 𝐴𝑒 . ln 𝑟𝑒 𝑟𝑖 2. 𝜋. 𝑘. 𝐿 + 𝐴𝑒 ℎ𝑖 . 𝐴𝑖 𝑈𝑒 = ∆𝑇 𝐴𝑖 ℎ𝑒 . 𝐴𝑒 + 𝐴𝑖 . ln 𝑟𝑒 𝑟𝑖 2. 𝜋. 𝑘. 𝐿 + 1 ℎ𝑖 Incrustação • Ao longo da operação normal de trocadores de calor, as superfícies estão sujeitas à deposição de impurezas dos fluidos, à corrosão ou a outras reações entre o fluido e o material que compõe a parede; • Isto, aumenta a resistência à transferência de calor entre os fluidos, reduzindo sua eficiência; Incrustação • Causa danos econômicos devido: – Ao elevado custo de uma instalação em virtude do superdimensionamento; – À perda de energia devido a falta de eficiência térmica; – Aos custos para limpeza periódica; – Às perdas de produção durante a limpeza. Incrustação Incrustação por precipitação • Cristalização da substância dissolvida na solução sobre superfície de transferência de calor. Incrustação por sedimentação • Acúmulo de sólidos finamente divididos, suspensos no fluido do processo, sobre a superfície de transferência de calor Incrustação Incrustação por reação química • Formação de depósitos sobre a superfície de transferência de calor por reação química. Incrustação por corrosão • Acúmulo de produtos da corrosão sobre a superfície de transferência de calor. Incrustação Incrustação biológica • Depósitos de microrganismos sobre a superfície de transferência de calor. Incrustação por solidificação • Cristalização de um líquido puro, ou componente da fase líquida sobre a superfície de transferência de calor. Incrustação Incrustação por Carbonato de Cálcio Incrustação Incrustação por Carbonato de Cálcio Incrustação Formação de tubérculos Incrustação Depósito biológico Fouling Incrustação Corrosão Fator de Incrustação • O efeito global da incrustação é representado por um fator de incrustação, ou resistência de incrustação ou resistência de depósito (Rd); • Esta resistência deve ser considerada juntamente com as outras resistências; • Os fatores de incrustação são obtidos experimentalmente; • O U deve ser determinado para o trocador limpo e sujo. Fator de Incrustação • O fator de incrustação pode ser determinado: 𝑅𝑑 = 1 𝑈𝑙𝑖𝑚𝑝𝑜 − 1 𝑈𝑠𝑢𝑗𝑜 Fator de Incrustação Fator de Incrustação Distribuição de Temperatura • Trocador com um passe em contracorrente Distribuição de Temperatura • Trocador com um passe em contracorrente Distribuição de Temperatura • Trocador com um passe e correntes paralelas Distribuição de Temperatura • Trocador com dois passes nos tubos Distribuição de Temperatura • Trocador com correntes cruzadas Referências Bibliográficas • Özisik, M. N.: Transferência de Calor – Editora Guanabara Koogan, 1990; • Kakaç, S.; Bergles, A. E.: Heat Exchanger: Selection, Rating and Thermal design – Second edition – McGraw-Hill Books Company, 1981; • Incropera, F. P.; Witt, D. P.: Fundamentos de transferência de calor e massa – McGraw-Hill Books Company, 2006.
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