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HTLV: ASPECTOS RELACIONADOS À PRÁTICA ODONTOLÓGICA Governador Mangabeira – BA Maio 2017 FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ODONTOLOGIA Orientandos: Jammille Santos Karolinna Zaysk Taís Boaventura Orientadora: Profa. Dra. Kaliane Rocha FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ODONTOLOGIA Governador Mangabeira – BA Maio 2017 INTRODUÇÃO O VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANO (HTLV): Descoberto:1980 Prevalência de contaminação↑ Potencialmente patológico HTLV-1 Descoberto:1982 Prevalência de contaminação↓ Menor associação a patologicas HTLV-2 ( VIEIRA et al, 2007; PEREIRA E MESQUITA, 2015) O HTLV são subdivido em duas classes: HTLV-I e HTLV-II, apesar de ambos serem semelhantes, estes dois vírus comportam-se de maneira bastante diferentes no organismo humano, o HTLV-I possui uma prevalência de contaminação maior além de ser mais agressivo por ser potencialmente mais patológico, associado a várias doenças de alto risco. Já o HTLV-II possui pouca associação a patologias humanas, por seu quadro clínico não apurado. ( VIEIRA et al, 2007) O HTLV-I foi um dos primeiros retrovírus humano identificado, isolado pela primeira vez em 1980 (Poiesz et al., 1980) em um caso de linfoma cutâneo de células T, logo após em 1982 foi descoberto o HTLV-II, o segundo tipo de HTLV. ( VIEIRA et al, 2007) ‹#› OBJETIVO O objetivo deste trabalho é relacionar o HTLV e seus aspectos relacionados à prática odontológica. Abordando transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção, no sentido de auxiliar os cirurgiões dentistas e a população a conhecer mais sobre a patologia e como se portar diante um paciente portador do vírus. REVISÃO DE LITERATURA 1. O VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANO (HTLV): Família Retroviridae Subfamília Orthoretrovirinae Gênero Deltaretrovirus FAMILIA: HTLV = HIV ( VIEIRA et al, 2007; MARTINS et al., 2011; de LIMA et al. (2015) O vírus linfotrópico de células T humano (HTLV) é um retrovírus pertencente à família Retroviridae, subfamília Orthoretrovirinae, gênero Deltaretrovirus. O vírus linfotrópico das células T humanas se caracteriza como um retrovírus, complexo com duas cópias de RNA com fitas simples. Apresenta em sua estrutura genética, genes capazes de codificar as proteínas do core, a transcriptase reversa e as proteínas do envelope viral. (MARTINS et al., 2011) De acordo com o trabalho de Lima et al. (2015), o HTLV pertence à família Retroviridae, mesma família do HIV e possui tropismo por um tipo de linfócitos do sistema de defesa humano, que são linfócitos T. ‹#› REVISÃO DE LITERATURA 1. O VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANO; Cerca de 15 a 20 milhões de pessoas estão infectados com o vírus do HTLV. A infecção do HTLV-I é considerada endêmica no sudeste do Japão, Caribe, Irã entre outros países. O Brasil está entre as áreas endêmicas para o vírus HTLV tipo I. (MARTINS et al., 2011; LIMA, 2014) Cerca de 15 a 20 milhões de pessoas estão infectados com o vírus do HTLV em todo mundo, sendo que, a infecção do HTLV-I é considerada endêmica no sudeste do Japão, Caribe, Irã entre outros países. (MARTINS et al., 2011) Lima (2014) concluiu em seu trabalho que o Brasil está entre as áreas endêmicas para o vírus HTLV tipo I e Salvador-BA possui a maior prevalência de infeções do país com aproximadamente 50.000 pessoas infectadas. ‹#› COMO O VIRUS É TRANSMITIDO? ‹#› REVISÃO DE LITERATURA 2. TRANSMISSÃO DA DOENÇA Os retrovírus humanos HTLV-I, HTLV-II e HIV compartilham as mesmas formas de transmissão. Diferentemente do HIV, admite-se que a transmissão inter-humana do HTLV I/II dependa essencialmente da veiculação de linfócitos infectados. REVISÃO DE LITERATURA 2. TRANSMISSÃO DA DOENÇA SEXUAL VERTICAL PARENTERAL (Vieira et al., 2007) Segundo Vieira et al (2007) A transmissão do HTLV-/I-II ocorre por três vias: materno-infantil, principalmente por meio da amamentação prolongada, contato sexual e transmissão parenteral (componentes celulares sanguíneos contaminados e uso de seringas contaminadas) sendo que esta, na área de saúde inclusive na odontologia é a principal via de transmissão, como em casos de acidentes de trabalho por ferimentos com instrumentais, compartilhamento de agulhas, seringas e materiais perfurocortantes contaminados e, apesar de pouco provável pode ocorrer através de exposição cutânea por soroconversão sendo casos mais raro. ‹#› REVISÃO DE LITERATURA 2. TRANSMISSÃO DA DOENÇA HTLV não é adquirida a partir de beijo, abraço, tosse, espirro, utilização do mesmo banheiro e uso de mesmo talher, toalhas lençóis. Borges, 2013 https://www.google.com.br/HTLVtransmissao QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES ORAIS? ‹#› REVISÃO DE LITERATURA 3. MANIFESTAÇÕES ORAIS E DOENÇAS ASSOCIADAS As patologias que acometem o portador do HTLV estão as patologias relativamente graves neurológica inflamatória progressiva infecciosa autoimune REVISÃO DE LITERATURA 3. MANIFESTAÇÕES ORAIS E DOENÇAS ASSOCIADAS As manifestações bucais mais encontradas são candidíase, língua fissurada, perda das papilas linguais e xerostomia. Existe também uma associação do vírus com a Sindrome de Sjogren, o Linfoma das células T do adulto e com um tipo de mielopatia progressiva. Cerqueira et al., 2016 REVISÃO DE LITERATURA 3. MANIFESTAÇÕES ORAIS E DOENÇAS ASSOCIADAS Síndrome de Sjogren É uma doença autoimune que afeta as glândulas lacrimais e salivares. Afeta diretamente procedimentos odontológicos pois o paciente possui risco de cárie e doença periodontal e a maior probabilidade de desenvolver candidíase. https://www.google.com.br/sindromedesjogren ‹#› REVISÃO DE LITERATURA Linfoma das células T do adulto O LLcTA é uma doença agressiva com expectativa de vida inferior a 12 meses quando em forma aguda ou linfoma. Ocorre geralmente em regiões endêmicas do vírus HTLV. (BRASIL, 2004 Bittencourt e Farré, 2008) 3. MANIFESTAÇÕES ORAIS E DOENÇAS ASSOCIADAS REVISÃO DE LITERATURA 3. MANIFESTAÇÕES ORAIS E DOENÇAS ASSOCIADAS Paraparesia Espástica Tropical É considerada a manifestação neurológica mais frequente. A HAM/TSP acomete indivíduos entre a quarta e quinta década de vida com predominância no sexo feminino. REVISÃO DE LITERATURA 4. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO O Diagnóstico é executado pelos exames de sangue em duas etapas:. Triagem: Elisa Confirmação: Western blot PCR (PEREIRA; MESQUITA, 2015) ‹#› REVISÃO DE LITERATURA 4. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Tratamento Multidisciplinar Controle da infecção através de medicamentos: Prescrição de corticoides . Vitamina C Heparina (CERQUEIRA E XAVIER, 2011) hum.uem.br/wp-content/uploads/2015/10/medicamentos_padronizado ‹#› 5. FORMAS DE PREVENÇÃO Não amamentar, fazer o uso de preservativos, não compartilhar seringas ou agulhas, nem doar sangue. REVISÃO DE LITERATURA Martins et al., 2011 Oliveira, 2007 https://www.google.com.br/htlv+1+formas+de+contagio ‹#› PSIU,SÓ PRA LEMBRAR!! Atenção maior com relação ao uso de EPIs e descarte de material contaminado https://www.google.com.br/=paraparesiaespasticatropical ‹#› CONSIDERAÇÕES FINAIS Importância de o cirurgião dentista conhecer sobre o HTLV. Bem estar do paciente. Cuidado especial com o risco de infecção no consultório. Frequência de manipulação com materiais perfurocortantes e o constante contato com sangue. google_imagens Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Guia do manejo clínico do HTLV / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids.– Brasília: Ministério da Saúde, 2003. BORGES, Luisiane. HTLV: Um virus da família do HIV. Odonto Magazine, São Paulo, v.33, n. 3, p.10-10, out. 2013. CERQUEIRA, Fábio dos Santos et al.. Avaliação do conhecimento de formandos em odontologia sobre a infecção pelo vírus HTLV-1. Rev. Saúde Col. UEFS , Feira de Santana, 6(2): 23-29 dezembro, 2016 MARTINS, Fabiana Martins et al.. Conhecendo o HTLV e suas implicações no atendimento odontológico. Rev. Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, v. 59 , n. 2 , p .293-297 , abr-jun, 2011. PEREIRA, WA; MESQUITA, EM. Vírus linfotrópico de células t humana (htlv): doenças associadas e dificuldades no diagnóstico e tratamento. Rev. Ciênc. Saúde, São Luís, v.17, n.1, p. 40-46, jan-jun, 2015. VIEIRA, A. S. et al.. Htlv (vírus da leucemia humana de células t): relato de caso. UFES Rev. Odontol. , Vitória, v.9, n.1, p.56-61, jan./abr. 2007
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