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Crítica na arquitetura e no urbanismo

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ARQUITETURA E URBANISMO
ENSAIO CRÍTICO
CRÍTICA NA ARQUITETURA E NO URBANISMO
	
Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC GO
Escola de Artes e Arquitetura – EAA
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Ramo de Teoria, História e Crítica – THC
Disciplina: Ensaio Crítico – EC
Turma C03
CRÍTICA EM ARQUITETURA E URBANISMO
LEITURAS, FICHAMENTOS E RESENHA
ACADÊMICA: Tamires Araujo de Oliveira
ORIENTADOR: Fernando Carlos Rabelo
GOIÂNIA
24 DE AGOSTO DE 2018
SUMÁRIO
1 LEITURAS E FICHAMENTOS
1.1 DICIONÁRIOS 
1.1.1 Dicionário Michaelis Online 	3
1.1.2 Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 	3
1.1.3 Minidicionário Luft	3
1.1.4 Minidicionário da Língua Portuguesa	3
1.2 SITES
1.2.1 Revista aU 	4
1.2.2 Archdaily	5
1.2.3 Arco Web	6
1.3 LIVROS
1.3.1 Arquitetura e Crítica – Josep Maria Montaner 	7
1.3.2 O Lugar da Crítica – Ruth Verde Zein 	8
1.3.3 Depoimento de Uma Geração, Arquitetura Moderna Brasileira – Alberto Xavier 	9
1.3.4 O Clássico, o Poético e o Erótico e outros ensaios – Edson Mahfuz	11
2 RESENHA
2.1 Conceituação de Crítica	12
2.2 Crítica em Outras Áreas do Conhecimento	12
2.3 Crítica na Arquitetura e no Urbanismo	12
2.4 Crítica e Estudos de Caso na Arquitetura e no Urbanismo	13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	14
1 LEITURAS E FICHAMENTOS
1.1 DICIONÁRIOS
1.1.1 DICIONÁRIO MICHAELIS ONLINE
s.f.
1 Apreciação de uma obra literária, científica ou artística.
2 Avaliação baseada apenas na razão, com um propósito final.
3 Análise da legitimidade de uma obra ou de um documento.
4 FILOS Análise lógica, científica e moral de um conceito ou ideia.
1.1.2 DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA
s.f.
1. Análise, feita com maior ou menor profundidade, de qualquer produção intelectual (de natureza artística, científica, literária, etc.). = APRECIAÇÃO
2. Capacidade de julgar.
3. [Figurado] Opinião desfavorável. = CENSURA, CONDENAÇÃO
1.1.3 MINIDICIONÁRIO LUFT
s.f.
1. Arte ou faculdade de examinar ou julgar obras de natureza literária, artística ou científica.
2. Apreciação escrita; análise.
1.1.4 MINIDICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA
s.f.
1. Arte de julgar as produções literárias, artísticas ou científicas; comentário; apreciação (às vezes negativa).
1.2 SITES
1.2.1 Revista aU - O que é crítica de arquitetura?
O artigo retrata duas opiniões divergentes sobre a crítica na arquitetura. Inicialmente, há a questão que Josep Maria Montaner afirma que os críticos brasileiros não escrevem livros, Roberto Segre o questiona. “São eles [os que escrevem em revistas] os que formam a opinião na cultura social arquitetônica e não os livros especializados. Não podemos nos esquecer do papel incentivador da crítica.”
Roberto Segre é arquiteto e professor do Prourb da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em sequência, a autora, Ruth Verde Zein, define que vem havendo confusão quanto às formas de criticar uma obra de arquitetura. “Segue-se confundindo crítica de arquitetura com juízo de gosto; qualquer tentativa séria de compreender a arquitetura na sua complexidade e profundidade não é entendida como crítica.” Nota-se com isso que a crítica passa a ter um campo menos profissional e mais acadêmico. 
Ruth Verde Zein é arquiteta, professora e pesquisadora PPI da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e pesquisadora voluntária do Propar-UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O autor seguinte, Edson Mahfuz, traz uma adequada definição para a crítica na arquitetura, afirmando o que concerne o desenvolvimento profissional e o entendimento por seus usuários. “Crítica de arquitetura é toda reflexão informada que visa a esclarecer relações internas e externas de um artefato arquitetônico que não possam ser apreendidas sem mediação, assim como a sua relevância profissional e cultural.”
Edson Mahfuz é arquiteto e professor titular do departamento de arquitetura da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Em resposta ao comentário de Montaner, Carlos Eduardo Comas diz que a crítica é uma avaliação com o devido fundamento plausível. “Tem gente fazendo isso no Brasil, sim. Talvez não apareçam como autores de livros individuais, mas amplitude, ambição e generalidade da argumentação não são privilégios de um único meio de divulgação.”
Carlos Eduardo Comas é arquiteto e professor titular do departamento de arquitetura da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Por fim, Alberto Xavier responde com definição e exemplificação em outras áreas do conhecimento, pontuando veículos de informação e retratando nossas reações como profissionais da área em estudo. “[...] o enfoque por elas dado é raramente crítico, desprezando-se esse instrumento fundamental para qualquer atividade artística.”
Alberto Xavier é arquiteto e professor do Centro Universitário Belas Artes e da Universidade São Judas Tadeu.
1.2.2 Archdaily - Sobre a (ausência de) crítica na arquitetura: ou, por que temos que ler mais que apenas o título
O artigo inicia-se com uma consideração acerca da crítica como reflexão e de sua importância como manifestação intelectual. No entanto, o que tem se visto ultimamente é que as críticas estão sendo mal fundamentadas e com uma postura cega por não se basearem – de forma geral – ao conteúdo dos artigos e dos textos, e se fecharem nos títulos e resumos dos mesmos. “Esta postura nos cega para estratégias de retórica interessantes à crítica, como a ironia, utilizada em diversos tratados. artigos e manifestos, e, também em um dos textos citados acima. Crítica, antes de tudo, é análise.”
“Parte dos leitores não se debruça com a devida atenção sobre as questões levantadas, tendo como perspectiva um discurso vazio e carregado de preconceitos, que confunde liberdade de expressão com opressão.” A crítica se faz necessária, mas deve apresentar um conteúdo cuidadoso e com bons fundamentos que incitem o leitor a pensar e questionar.
1.2.3 Arco Web - A crítica de arquitetura, crise da crítica?
O arquiteto Edson Mahfuz é questionado em um debate para essa reportagem. Primeiramente é perguntado acerca da crítica no Brasil, se há a existência da mesma. E sua resposta é clara, que “seria uma leviandade afirmar que não há crítica no Brasil”, o que deve ser observado é a forma que ela se exerce, o modo esporádico. E ele retrata a forma que seria desejável e seus veículos “não apenas nas revistas de arquitetura, mas nas publicações de cultura e nos cadernos culturais dos nossos principais jornais”. Mahfuz afirma que os críticos de arquitetura devam ser arquitetos, por terem mais afirmação intelectual sobre a área, porém que não a faça para sua própria profissão e a divulgue para os leigos poderem entendê-la também, com uma linguagem clara e sucinta. 
1.3 LIVROS
1.3.1 ARQUITETURA E CRÍTICA – JOSEP MARIA MONTANER
O sentido da crítica, páginas 9 a 11, 2ª edição, 2007 
“Numa primeira definição, a crítica implica um julgamento estético. Tal julgamento consiste em uma valoração individual da obra arquitetônica empreendida pelo crítico a partir da complexidade da bagagem de conhecimentos de que dispõe, da metodologia que utiliza, de sua capacidade analítica e sintética, bem como de sua sensibilidade, intuição e gosto. Ao mesmo tempo, porém, parte de um compromisso ético.”
“A atividade do crítico consiste em compreender a obra para que seu conteúdo possa ser explicado ao público.”
As origens da crítica, páginas 11 a 13, 2ª edição, 2007 
“As origens da crítica situam-se na segunda metade do século XVIII, com o surgimento do espírito ilustrado e a eclosão do neoclassicismo, que, mais do que um estilo, representou uma total transformação do gosto e dos métodos de criação e de interpretação das artes, da arquitetura e das cidades.”
“Com seus textos [Milizia], tem início um novo tipo de literatura crítica, que revisa cada grande obra de arte ede arquitetura com o máximo rigor, discernindo o acertado e o errôneo em cada um dos elementos daquelas obras.”
“Será, porém, a partir da arte de vanguarda e do movimento moderno que a atividade da crítica irá adquirir um papel mais relevante.”
Matéria e técnica da crítica, páginas 15 a 17, 2ª edição, 2007 
“A missão da crítica vai muito além [do estabelecimento de quais obras são melhores, quais são piores], é muito mais complexa, está impregnada de problemas metodológicos e de contradições.”
“No caso da arquitetura, tal juízo é estabelecido na medida em que a obra alcança suas finalidades.”
“Para que essa crítica possa se desenvolver, devem ser garantidas duas condições básicas. Somente existe crítica quando existe uma teoria. [...] Somente existe crítica quando existem visões contrapostas, quando há uma diversidade de possibilidades.”
Os objetivos básicos da crítica, páginas 25 a 28, 2ª edição, 2007 
“Toda crítica arquitetônica deve penetrar a fundo na análise estritamente formal, superando aquelas leituras que se limitam apenas a interpretações gerais.”
“Uma obra é, ao mesmo tempo, uma criatura viva e algo a ser vivido; uma peça que cada geração verá e interpretará de maneiras distintas.”
“A melhor crítica, portanto, é aquela que concilia considerações sobre o conteúdo com considerações sobre a forma.”
1.3.2 O LUGAR DA CRÍTICA – RUTH VERDE ZEIN
Reflexões ao papel-espelho – O lugar da crítica: nunca é inocente escrever sobre a arquitetura, páginas 201 a 203, 2ª edição, 2003 
“O memorial de obra, quando se limita a indicar as condições construtivas imediatas, seria o grau quase zero da crítica [...] mas descrever uma obra de arquitetura é algo além.”
“Obra e descrição [no século XX] formavam um corpo coeso que podia dispensar a crítica e a teoria, sendo simultaneamente ambas.”
“A descrição de uma obra de arquitetura tende hoje à busca de maior “objetividade”, à ausência de crítica e teoria, pois supõe não caber à descrição – e sim ao comentário, à análise ou à interpretação – a tarefa de fazer teoria e crítica.”
“A análise tenta verificar que questões a obra coloca - ou que abordagens ela pode suscitar na subjetividade de quem realiza a análise.”
“O lugar da crítica principia no primeiro traço e vai até a obra realizada e usufruída; principia nas primeiras ideias da obra e vai até o tratado genérico.”
Reflexões ao papel-espelho – Sete motivos para a inexistência da crítica de arquitetura, páginas 211 a 213, 2ª edição, 2003 
“1. Tudo o que é realmente importante, atualmente, deve estar escrito em inglês, ou pelo menos ter uma versão nesse idioma.”
“2. Para existir uma crítica de arquitetura é necessário que exista uma arquitetura.”
“3. Não havendo, ou não devendo haver, uma América Latina, não é possível postular a existência da sua crítica de arquitetura.”
“4. Para poder existir uma crítica de arquitetura é necessária, como condição prévia, a existência de uma bem estabelecida tradição de pensamento.”
“5. A arquitetura é uma atividade essencialmente masculina. [...] as poucas exceções [arquitetas] só confirmam a regra.”
“6. [...] Apenas pode falar da obra de arquitetura com total propriedade e cabimento o arquiteto que de fato a projetou e construiu.”
“7. [...] A crítica só existe se for publicada.”
1.3.3 DEPOIMENTO DE UMA GERAÇÃO, ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA – ALBERTO XAVIER
Arquitetura e crítica – Da necessidade de crítica sobre a arquitetura, páginas 284 a 286, 2003 
“A crítica de arte tem por função explicar ao homem que a arte é uma expressão dele mesmo e da sociedade. Uma expressão objetiva e ideológica ao mesmo tempo.”
“Não é pela crítica que se pode avaliar o desenvolvimento artístico de um povo, nem mesmo pela obra de arte em si.”
“O que é mais acessível à compreensão geral num simples quadro, não o é da mesma forma numa fachada de uma obra de arquitetura, ainda que colorida. Disso, naturalmente, não tem culpa total o indivíduo interessado na obra de arte, mas a crítica, essa sim, tem a ver com esse problema.”
“[1º. Congresso Internacional de Arquitetura] É indispensável que o arquiteto exerça uma influência sobre a opinião pública e a faça constatar os meios e os recursos da nova arquitetura. A opinião está mal informada e os que dela fazem uso, em geral, não sabem mais do que formular muito mal seus desejos em matéria de arquitetura.”
Arquitetura e crítica – Crítica de arte e arquitetura, páginas 287 a 289, 2003 
“Cabia, realmente, à crítica – e esse foi seu grande papel – criar, primeiro, condições para a existência das novas correntes artísticas, educar o povo para recebê-las, convencer, antes de dedicar-se à análise profunda dos projetos, porque essa análise podia conduzir à aceitação de algumas deficiências que levariam à falsa impressão de restrições ao movimento, óbice que importava evitar para seu normal desenvolvimento.”
“A análise isenta, desapaixonada, a pesquisa, as tentativas de anotar resultados brilhantes ou menos favoráveis, enfim a crítica em sua real acepção, tornou-se uma temeridade, uma ofensa, uma posição contra, um desserviço à arte, uma prova de incapacidade mental ou emocional e uma provocação.”
“[...] a tendência da crítica atual é limitar-se apenas ao aspecto plástico da arquitetura. “
Arquitetura e crítica – A crítica de arte na arquitetura, páginas 290 a 291, 2003 
“Só agora foi possível ao pensamento crítico contemporâneo abordar, sem remorso ou complexos, o fenômeno arquitetura como se aborda a pintura, a escultura, ou a música, ou, na fórmula de Geoffrey Scott, “a arquitetura simples e imediatamente percebida”.”
“Tal método crítico não quer dizer, como poderia parecer a Sylvio de Vasconcellos, que “só importe a solução plástica” ou que se desdenhem a “técnica estrutural” e “os impulsos que as motivaram”.”
“[...]Henry Wotton em seus Elements of architecture, quando este apontava três condições prévias indispensáveis à boa edificação: acomodação, solidez e deleite.”
“[...] é preciso que a crítica de arte da arquitetura saiba distinguir, separar os vários elementos e problemas que a compõem. Importa antes de tudo evitar a mistura de considerações de ordens diferentes, moral, técnica, social e estética.”
1.3.4 O CLÁSSICO, O POÉTICO E O ERÓTICO E OUTROS ENSAIOS – EDSON MAHFUZ
Reflexões sobre o projeto arquitetônico – Teoria, história e crítica, e a prática de projeto, páginas 69 a 73, 4ª edição, 2002 
“[...] teoria, história, crítica e prática de projeto são estritamente vinculadas, sendo o projeto o fio condutor que deve guiar as demais.”
“A história da arquitetura que interessa à prática de projeto é aquela que está voltada para o descobrimento de seus valores universais e suas aplicações circunstanciais, explicando porque determinadas obras de arquitetura são como são.”
“É preciso ter muito claro que entre teoria e prática não existe contraposição e, menos ainda, exclusão, mas plena complementariedade.”
“[Josep Maria Montaner] chama a atenção para o importante papel cultural que a crítica desempenha e para o fato de que é caracterizada pela emissão de juízos, e para tanto é obrigada a uma relação muito próxima com a teoria, a estética e a história.”
“A crítica profissional e acadêmica muitas vezes excede suas funções e apresenta a obra analisada como vista e julgada, monopolizando a ação crítica do sujeito, privando-o daquilo que é o momento essencial da arte moderna, a sua interpretação por parte do usuário.”
“A interrelação da teoria, história, crítica e projeto fica aparente quando procuramos entender as atividades que são desenvolvidas em um típico ateliê de projetos.”
2 RESENHA
2.1 CONCEITUAÇÃO DE CRÍTICA
Para o senso comum, criticar é julgar, geralmente apontando dualidades, ou seja, aspectos negativos e positivos, o lado bom e o lado ruim, mesmo esse termo tendo a conotação de desaprovar e de encontrar defeitos, há um posicionamento acerca de crítica que a toma apenas como apontamento de aspectos negativos, tornando-a temida. Tal posicionamento não escapa aos dicionários. O quese deve pensar, é que crítica, é, acima de tudo, análise.
2.2 CRÍTICA EM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO
No que diz respeito à “crítica de arte”, a não compreensão do objeto da crítica leva ao desprezo pelo mesmo, baseado em um julgamento de gosto. O crítico não pode ser visto como detentor de poderes de decisão.
Há uma certa crítica contundente sobre o trabalho dos críticos de arte: principalmente quanto a arte contemporânea, que não possui distinção clara entre os objetos de arte dos objetos funcionais.
Outra questão, é acerca do autor. A crítica deve focar apenas o objeto de arte, e nunca se dirigir ao autor da obra. O crítico pode influenciar no sucesso da obra por conferir credibilidade, portanto, essa análise deve ser somente uma referência para o público, uma opinião profissional.
Toda atividade artística é registrada pela imprensa diária. Para informar sobre música, pintura, escultura, teatro ou cinema, os jornais enviam críticas a exposições, concertos e funções, para publicar informações críticas precisas e o público forma seus julgamentos por essas críticas.
2.3 CRÍTICA NA ARQUITETURA E NO URBANISMO
Conhecer arquitetura é uma tarefa que transcende a abordagem de seus aspectos formais, funcionais ou técnicos. Na arquitetura brasileira é comum que tenhamos alguns pontos cegos. Não podemos negar a importância que os espaços em periódicos constituem para a crítica de arquitetura. A falta de críticas, ou mesmo - quase - de notícias arquitetônicas na mídia, é um indicador da baixa presença da arquitetura no meio cultural, do alarmante desinteresse e desinformação da opinião pública sobre a temática. Os espaços estão a cada dia mais se restringindo às academias. Na ausência de divulgação, informação, crítica e debate, a presença disciplinar torna-se cada vez mais fraca e incerta e, como consequência desse fato, toda a cultura se empobrece. Dessa forma, temos muita opinião e pouca crítica.
2.4 CRÍTICA E ESTUDO DE CASO NA ARQUITETURA E NO URBANISMO
As publicações das análises de estudos de casos pretendem ressaltar os diferentes aspectos que integram uma composição arquitetônica. Em outras palavras, objetiva-se identificar o efeito e o horizonte de expectativas a partir dos quais a crítica especializada construiu seus parâmetros avaliativos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
"crítica", em Dicionário Michaelis Online, 2018. Disponível em: 
< http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=critica>. Acesso em: 15 de agosto de 2018.
"crítica", em Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2018. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/crítica> Acesso em: 15 de agosto de 2018.
"crítica", em Minidicionário Luft. Editora Ática. Ministério da Educação, 2003.
"crítica", em BUENO, Silveira, Minidicionário da Língua Portuguesa. Editora FTD, 2002.
Equipe ArchDaily Brasil. "Sobre a (ausência de) crítica na arquitetura: ou, por que temos que ler mais que apenas o título" 18 Set 2017. ArchDaily Brasil. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/879557/sobre-a-ausencia-de-critica-na-arquitetura-ou-por-que-temos-que-ler-mais-que-apenas-o-titulo> Acesso em: 21 de agosto de 2018.
Revista aU. "O que é crítica de arquitetura?" Abr 2018. Editora Pini. Edição 169. Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/169/artigo77737-1.aspx> Acesso em: 21 de agosto de 2018.
Projeto Design. "A crítica de arquitetura, crise da crítica?" Abr 2002. Editora Arco Web. Edição 266. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/artigos/a-critica-de-arquitetura-crise-da-critica-edson-mahfuz-03-05-2009> Acesso em: 21 de agosto de 2018.
MONTANER, Josep Maria. Arquitetura e crítica. Barcelona: Gustavo Gili, 2007.
ZEIN, Ruth Verde. O lugar da crítica. Ensaios oportunos de arquitetura. Porto Alegre, Editora Ritter dos Reis, ProEditores, 2003.
XAVIER, Alberto [organizado por]. Depoimento de uma geração, Arquitetura Moderna Brasileira. Edição original 1987, edição revista 2003. Editora Cosac & Naify, 2003.
MAHFUZ, Edson. O clássico, o poético e o erótico e outros ensaios. Editora Ritter dos Reis, 2002.

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