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RESUMO – CIRCULATÓRIO CAP 14 FUNÇÃO DA CIRCULAÇÃO – satisfazer as necessidades dos tecidos: transportar até eles os nutrientes, eliminar produtos de dejetos do metabolismo, conduzir hormônios de uma parte do corpo a outra, e em geral, ajudar a manter a homeostase. PARTES FUNCIONAIS DA CIRCULAÇÃO: ARTÉRIAS – transportam sg sob alta pressão para os tecidos. Possuem fortes paredes vasculares e nelas, o sg flui em alta velocidade. ARTERÍOLAS – últimas ramas do sistema arterial. Condutos de controle que liberam o sg para os capilares. Fortes paredes musculares, capaz de ocluir completamente o vaso, ou com o seu relaxamento dilatá-lo, multiplicando seu volume e aumentando o fluxo em resposta a necessidade do tecido. CAPILARES – permitem a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substancias entre o sg e o LEC. Paredes muito finas com numerosos e minúsculos poros permeáveis a água e outras substancias moleculares. VENULAS – coletam o sg dos capilares de forma gradual e se juntam para formar as veias maiores. Recolhem o sg dos capilares. VEIAS – condutos de transporte do sg das vênulas (que já recolheram o sg dos capilares / tecidos) até o coração. Reservatório de sg extra. Paredes finas, suficientemente musculares para se contrair e expandir agindo como reservatório controlável para sg extra, de acordo com as necessidades da circulação. VOLUME DE SG NAS DIFERENTES PARTES DA CIRCULAÇÃO J.A.S CIRCULAÇÃO SISTÊMICA – 84% Veias – 64% Artérias – 13% Arteríolas e capilares – 7% CORAÇÃO E PULMÕES – 16% Coração – 7% Vasos pulmonares – 9% Por mais que seu volume sg seja baixo, a difusão de substâncias do sg para os tecidos e vice-versa ocorre nos capilares. ÁREAS TRANSVERSAIS Áreas aproximadas de secção transversa dos vasos sistêmicos (caso esses fossem colocados lado a lado, separados por tipo de vaso) Aorta – 2,5 Pequenas artérias – 20 Arteríolas – 40 Capilares – 2.500 Venulas – 250 Pequenas veias – 80 Veias cavas - 8 A área transversal é maior nas veias do que nas artérias porque a sua capacidade de armazenamento é maior. Como o mesmo volume de sg deve fluir por cada segmento da circulação a cada minuto, a velocidade do fluxo sg é inversamente proporcional a área transversal vascular – ou seja, quanto maior a área transversal, menor a velocidade do fluxo sg. Capilares – 0,3 a 1 mm – o sg permanece neles por apenas 1 a 3 seg (nesse espaço curto de tempo ocorre a difusão de nutrientes e eletrólitos). PRESSÕES NAS DIFERENTES PARTES DA CIRCULAÇÃO Bombeamento de sg para a aorta – promédio de 100 mmHg PRESSÃO SISTÓLICA – 120 mmHg PRESSÃO DIASTÓLICA – 80 mmHg A medida que o sg flui pela circulação sistêmica, sua pressão média cai. Ao atingir o AD, desaguando das veias cavas, tem uma pressão de 0 mmHg. PRESSÃO NOS CAPILARES SISTÊMICOS – varia entre 35 mmHg (extremidade alveolar) e 10 mmHg (extremidade venosa) – PRESSÃO FUNCIONAL MÉDIA – 17 mmHg. ARTERÍOLAS PULMONARES – pressão menor PA PULMONAR SISTÓLICA MÉDIA – 25 mmHg PA PULMONAR DIASTÓLICA MÉDIA – 8 mmHg PRESSÃO ARTERIAL PULMONAR MÉDIA – 16 mmHg PRESSÃO CAPILAR PULMONAR MÉDIA – 7 mmHg O fluxo de sg total que passa pelos pulmões a cada minuto é o mesmo que o da circulação sistêmica. TEORIA BÁSICA DA FUNÇÃO CIRCULATÓRIA O fluxo sg a todos os tecidos do corpo está quase sempre controlado de forma precisa em relação a necessidade dos tecidos – quando há necessidade, há aumento no fluxo sg. O DC é controlado, principalmente pela soma de todos os fluxos teciduais locais – o coração responde de forma automática ao aumento da chegada de sg, bombeando-o para as artérias. Em geral, a PA é controlada de modo independente do fluxo sg local ou do DC – caso a pressão caia abaixo do normal um conjunto de reflexos nervosos são desencadeados para normalizá-la: Aumento da força de bombeamento cardíaco Constrição dos grandes reservatórios venosos para levar mais sg ao coração para ser distribuído Constrição generalizada da maioria das arteríolas do corpo, aumentando o volume de sg nas artérias, e aumentando a PA Ao longo de períodos mais prolongados, os rins desempenham papel adicional e fundamental no controle da PA, secretando hormônios controladores e regulando o volume sg. PRESSÃO, FLUXO E RESISTÊNCIA O fluxo no vaso é determinado por: Diferença de pressão sg entre as 2 extremidades do vaso – gradiente de pressão ao longo do vaso – força que impulsiona o sg pelo vaso. Impedimento do fluxo sg pelo vaso – Resistência vascular Resistência vascular – resultado do atrito entre o sg em movimento e o endotélio intravascular em todo o interior do vaso. LEI DE OHM – o fuxo sg ocorre em proporção direta a diferença de pressão e inversamente proporcional a resistência. Quanto maior a pressão, maior o fluxo Quanto maior a resistência, menor o fluxo A intensidade/velocidade do fluxo sg é determinada pela diferença de pressão entre as 2 extremidades do vaso, e não pela pressão em seu interior. Portanto, se não houver diferença de pressão entre as extremidades, não há fluxo. FLUXO SG - É a quantidade de sg que passa por determinado ponto da circulação durante certo intervalo de tempo (pode se dar em ml/min – L/min – ml/seg) O fluxo de sg total na circulação de um adulto em repouso é de cerca de 5.000 ml/min. DC (ou gasto cardíaco) – quantidade de sg bombeada pelo coração a cada minuto. TIPOS DE FLUXO SG NOS VASOS FLUXO LAMINAR – quando o sg flui de forma estável pelo vaso, retilíneo e uniforme. Se organiza em linhas de corrente com camadas de sg distantes das paredes do vaso, com uma disposição central no vaso. Resistência menor que no fluxo turbulento. FLUXO TURBULENTO – sg que corre em todas as direções do vaso, se misturando continuamente em seu interior. O sg flui não apenas na direção longitudinal, mas também na perpendicular, formando redemoinhos. Resistência maior devido ao aumento do atrito do sg com o vaso. Quando se diminui o calibre do vaso, se diminui também o fluxo sg (ex: capilares) Perfil de velocidade parabólica durante o fluxo laminar Quando ocorre o fluxo laminar, a velocidade do fluxo no centro do vaso é muito maior que próximo às paredes. A porção de líquido próximo das paredes quase não se move, a porção mais afastada se move pouco, e a porção do centro do vaso se move muito. O perfil parabólico ocorre porque as moléculas de líquido que tocam a parede praticamente não se moveram em virtude da aderência com o endotélio. O líquido do meio do vaso se morre mais rapidamente porque existem muitas camadas de moléculas deslizantes entre o meio do vaso e a parede, assim, cada camada em direção ao centro do vaso, flui progressivamente mais rápido que as camadas externas. Fluxo turbulento – diretamente proporcional a velocidade do fluxo sg, ao diâmetro do vaso, e a densidade do sg. Inversamente proporcional à viscosidade do sg. (Quanto maior o diâmetro e a densidade, maior o fluxo turbulento. Quanto maior a viscosidade, menor o fluxo turbulento). PRESSÃO SG – força exercida pelo sg contra qualquer unidade de área da parede vascular (se mede em mmHg – ocasionalmente se mede em cm de H2O) Quando dizemos que a pressão em um vaso é de 50 mmHg, queremos dizer que a força exercida é suficiente para empurrar uma coluna de mercúrio contra a gravidade até uma altura de 50mm. RESISTENCIA AO FLUXO SG – é dificuldade para o fluxo do sg em um vaso. Se calcula medindo o fluxo sg e a diferença de pressão entre 2 pontos de um vaso. RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA TOTAL – a intensidade do fluxo sg em todo o sistema circulatório é igual à do sg bombeado pelo coração. A diferença de pressão entre as artérias e veias sistêmicas é de cerca de 100 mmHg. Quando todos os vasos do corpo se contraem, a resistência periférica total aumenta. Mas quando os vasos ficam muito dilatados, a resistência pode cair. Resistência vascular pulmonar total – no sistema pulmonar, a PA pulmonar média é de 16mmHg, e a pressão atrial esquerda média é de 2mmHg, o que resultanuma diferença de pressão de 14 mmHg. Portanto, quando o DC está normal, em cerca de 100ml/s a resistência pulmonar total calculada é de cerca de 0,14 URP (1/7 da circulação sistêmica) Condutância - medida do fluxo através de um vaso para uma diferença de pressão dada (ml/seg/ mmHg – L/seg/ mmHg). Variações muito pequenas no diâmetro do vaso podem alterar acentuadamente sua condutância. Alteram sua capacidade de conduzir sg quando o fluxo é laminar. LEI DE POISEUILLE – aumento da condutância quando há aumento no diâmetro. No vaso sg pequeno, todo o sg está contido à parede, de modo que a corrente central do fluxo sg muito rápido não existe. O diâmetro do vaso é muito mais importante que outros fatores na determinação da velocidade do fluxo sg. IMPORTÂNCIA DA LEI DA QUARTA POTÊNCIA Em relação a quarta potência, que relaciona o fluxo sg ao diâmetro do vaso, tem-se que o aumento de 4x no diâmetro do vaso, pode aumentar o fluxo por 256x. Essa lei possibilita que as arteríolas respondendo a sinais nervosos ou químicos teciduais locais com apenas pequenas alterações em seu diâmetro, interrompam ou aumentem enormemente o fluxo sg (mecanismo de vasodilatação para suprir o fluxo sg ou de vasoconstrição para reter). EFEITO DO HEMATÓCRITO E DA VISCOSIDADE SOBRE A RESISTÊNCIA VASCULAR E O FLUXO Quanto maior a viscosidade, menor é o fluxo pelo vaso, se todos os demais fatores permanecem constantes. O que torna o sg viscoso é o grande número de hemácias (eritrócitos) cada um exercendo fricção contra as céls adjacentes e contra a parede do vaso sg. HEMATÓCRITO – porcentagem do sg que corresponde às cels. (Ex.: se uma pessoa tem hematócrito de 40 significa que 40% de seu volume sg é formado por células, o restante é plasma) A viscosidade do sg aumenta a medida que o hematócrito se eleva. A viscosidade do sg é 3x maior que a da água (ou seja, é necessária uma pressão 3x maior para impulsionar o sg pelo vaso do que a água) Quando o hematócrito aumenta a 60 ou 70 (policitemia), a viscosidade do sg pode chegar a ser 10x maior do que a água e o fluxo fica lentificado Outro fator que afeta a viscosidade, é a concentração e o tipo de proteínas plasmáticas (não muito significativo) A viscosidade do plasma é 1,5x maior que a da água. EFEITOS DA PRESSÃO SOBRE A RESISTÊNCIA E O FLUXO SG O aumento da PA não aumenta apenas a força que tende a empurrar o sg pelo vaso, mas também distende o vaso, o que diminui a resistência vascular. Na maioria dos tecidos, o fluxo sg sob a PA de 100mmHg é em geral, 4 a 6x maior do que o fluxo sob PA de 50mmHg em vez de apenas 2x o que ocorreria se não houvesse o aumento do diâmetro vascular sob pressões mais altas. Inibição da estimulação simpática – provoca dilatação nos vasos, podendo aumentar o fluxo por 2x ou mais. Estimulação simpática – pode contrair os vasos e reduzir o fluxo sg por alguns segundos apesar da alta PA. Quando há aumento da pressão, aumenta a força de contração e os vasos se dilatam como compensação.
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