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Gabarito da AD1 de 2018-2. Diego Oliver, Paulo Henrique Ortega1 & Valdeci Telmo Tutores à distância da disciplina Introdução às Ciências Físicas II.∗ 1Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Dated: 12 de agosto de 2018) I. QUESTÃO 1 As cargas dos íons de sódio (Na+) e potássio (K+) são QNa+ = QK+ = +e = 1, 6× 10−19C. (1) O enunciado diz que a cada 3 íons de sódio bombeados para fora da célula, 2 íons de potássio são bombeados para dentro da célula. Desta forma, a carga líquida que atravessa a membrana celular, neste processo, é Qliq = 3QNa+ − 2QK+ = 3e− 2e = e = 1, 6× 10−19C. (2) Em seguida, o enunciado pede para considerarmos que 3 bilhões de íons de sódio são bombeados para fora da célula em 16 bilionésimos de segundo. De acordo com a proporção já citada, significa que 2 bilhões de íons de potássio foram bombeados para dentro da célula, resultando numa carga líquida total de QT = 3× 109QNa+ − 2× 109QK+ = 3× 109e− 2× 109e = 1× 109e, = 1× 109 × 1, 6× 10−19C = 1, 6× 10−19+9C = 1, 6× 10−10C. (3) Desta forma, a corrente que passa pela membrana celular, neste processo, é i = QT ∆t = 1, 6× 10−10C 16× 10−9s = 1, 6× 10−10C 1, 6× 10−8s = 10 −10−(−8)A = 0, 01 A = 10 mA. (4) Portanto, a intensidade da corrente elétrica que atravessou a membrana celular é 10 mA. II. QUESTÃO 2 Item A) Em nosso caso, os campos elétricos serão paralelos aos lados do retângulo. Veja a figura (1). ∗paulo.h.ortega@gmail.com 2 Figura 1 – Campos elétricos formados em A. Como os lados dos triângulos são paralelos ao vetores unitários xˆ e yˆ, então podemos escrever. ~E1 = k0|Q1| d21,A xˆ e ~E2 = k0|Q2| d22,A yˆ, (5) com d1,A e d2,A as distâncias entre as cargas Q1 e Q2 e o ponto A, respectivamente. Pela figura (1), vemos que d1,A ≡ a e d2,A = b. Desta forma, ~E1 = k0|Q1| d21,A xˆ = k0|q| a2 xˆ = k0q a2 xˆ, (6) ~E2 = k0|Q2| d22,A yˆ = k0|q| b2 yˆ = k0q b2 yˆ. (7) Deste modo, o campo elétrico resultante no ponto A é ~ER = ~E1 + ~E2 = k0q a2 xˆ+ k0q b2 yˆ. (8) Portanto, o campo elétrico resultante ~ER no ponto A, em termos de k0, q, a e b é ~ER = k0q a2 xˆ+ k0q b2 yˆ. Item B) A energia potencial eletrostática da distribuição de cargas é U = k0Q1Q2 d1,2 , (9) sendo d1,2 a distância entre Q1 e Q2. Pela figura (1), vemos que d1,2 = √ a2 + b2, que é obtido pelo teorema de Pitágoras. 3 Desta forma, temos que U = k0Q1Q2 d1,2 = k0(q)(q)√ a2 + b2 = k0q 2 √ a2 + b2 . (10) Portanto, a energia potencial eletrostática U da distribuição de cargas é U = k0q 2 √ a2 + b2 . Item C) O potencial elétrico da distribuição de cargas, no ponto A, é V (A) = k0Q1 d1,A + k0Q2 d2,A . (11) Desta forma, temos que V (A) = k0Q1 d1,A + k0Q2 d2,A = k0(q) a + k0(q) b = k0q a + k0q b . (12) Portanto, o potencial elétrico V (A) da distribuição de cargas, no ponto A, é V (A) = k0q a + k0q b . Item D) O trabalho da força elétrica para levar uma carga Q3 do infinito até o ponto A é W∞→A = −Q3∆V∞→A = −Q3 [V (A)− V (∞)] . (13) Como no infinito o potencial elétrico das cargas é praticamente nulo, então podemos tomar V (∞) = 0. Sabendo que Q3 = −q e utilizando o resultado do item C), temos que W∞→A = −Q3 [V (A)− V (∞)] = −Q3 [V (A)− 0] = −Q3V (A), = −(−q) [ k0q a + k0q b ] = k0q 2 a + k0q 2 b . (14) Portanto, o trabalho da força elétrica para trazer a carga Q3 do infinito até o ponto A é W∞→A = k0q 2 a + k0q 2 b . Item E) Quando a carga Q3 chega no ponto A, ela sofre a força Q1 e Q2 de acordo com a seguinte expressão ~FR = Q3 ~ER, (15) sendo ~ER o campo elétrico resultante no ponto A devido às cargas Q1 e Q2. 4 Utilizando o resultado do item A), temos que ~FR = Q3 ~ER = (−q) [ k0q a2 xˆ+ k0q b2 yˆ ] = −k0q 2 a2 xˆ− k0q 2 b2 yˆ. (16) Portanto, a força elétrica que a carga Q3 experimenta quando chega no ponto A é ~FR = − k0q 2 a2 xˆ− k0q 2 b2 yˆ. III. QUESTÃO 4 Item A) Vamos modelar este problema como na experiência de mapeamento de potenciais em uma cuba eletrolítica. Neste experimento, o potencial elétrico se relaciona com a intensidade do campo elétrico por V = ‖ ~E‖d, (17) sendo d a distância entre os eletrodos. Em nosso caso, os eletrodos são o tubarão e o peixe, e o campo elétrico gerado pelo peixe é o que se forma no interior da cuba. Deste modo, para um peixe a 1, 0 m de distância do tubarão, se o tubarão detecta tensões até 15 × 10−9V , então a maior intensidade de campo elétrico é ‖ ~E‖ = V d = 15× 10−9V 1, 0 m = 1, 5× 10−8 V/m. (18) Portanto, a intensidade máxima do campo elétrico gerado por um peixe, que não é detectado por um tubarão, estando a 1, 0 m de distância um do outro, é ‖~E‖ = 1, 5× 10−8 V/m. Item B) O enunciado diz para considerarmos o ser humano uma carga puntual. Determinaremos o valor da carga que representa o ser humano. Sabemos que a intensidade do campo elétrico de uma carga puntual é ‖ ~E‖ = kQ d2 ⇒ Q = ‖ ~E‖d2 k , (19) sendo k a constante eletrostática na água (não estamos no vácuo) e d a distância entre o ser humano (carga) e o ponto no qual é medido o campo elétrico. O enunciado diz que a uma distância de d = 210 µm, a intensidade do campo elétrico gerado por um ser humano é ‖ ~E‖ = 3 mV/mm. Deste modo, sabendo que a constante eletrostática na água tem valor k = 1, 1× 108 N.m2/C2, temos 5 Q = ‖ ~E‖d2 k = (3 mV/mm) (210 µm)2 1, 1× 108 N.m2/C2 = (3 N/C) (210× 10−6 m)2 1, 1× 108 N.m2/C2 , = 3× 44100× 10−12 1, 1× 108 C = 1, 2× 10 −15C. (20) Agora que determinamos a carga elétrica que representa o ser humano, obteremos a distância mínima que o mesmo precisa estar do tubarão para não ser detectado pelas ampolas de Lorenzini de um tubarão. Sabemos que o ser humano está sendo modelado por uma carga puntual. Deste modo, o potencial elétrico V gerado por uma carga é V = kQ d ⇒ d = kQ V , (21) Sabemos que o potencial elétrico mínimo sentido pelo tubarão é V = 15× 10−9V . Deste modo, utilizando o valor da carga obtido anteriormente e o valor da constante eletrostática na água, temos que d = kQ V = (1, 1× 108 N.m2/C2) (1, 2× 10−15 C) (15× 10−9 V ) , = (1, 1× 108 N.m2/C2) (1, 2× 10−15 C) (15× 10−9N.m/C) , = 1, 1× 1, 2× 102 15 m = 8, 8 m. (22) Portanto, a distância mínina que um ser humano precisa estar distante de um tubarão para não ser detectado pelas ampolas de Lorenzini do mesmo é 8, 8 m. IV. QUESTÃO 5 Determinaremos primeiro a resistência em cada um dos fios. Sabemos que a resistência de um fio se relaciona com suas dimensões da seguinte forma R = ρ L A , (23) sendo L o comprimento do fio, A a área da seção do fio e ρ a resistividade do material do qual é feito o fio. Os fios em questão tem uma seção reta circular, cuja área é piR2. Deste modo, a resis- tência se torna R = ρ L A = ρ L piR2 = ρ L pi [ D 2 ]2 = ρ L pi D2 4 = 4ρ pi L D2 , (24) sendo D o diâmetro da seção reta circular do fio. Utilizando os dados do enunciado, temos que 6 RCu = 4ρCu pi LCu D2Cu = 4 (1, 7× 10−8Ω.m) pi (80, 0 m) (1, 0× 10−3m)2 = 4× 1, 7× 8× 10−1 pi Ω, ∼= 1, 73Ω. (25) RFe = 4ρFe pi LFe D2Fe = 4 (10× 10−8Ω.m) pi (49, 0 m) (1, 0× 10−3m)2 = 4× 10× 4, 9× 10−1 pi Ω, ∼= 6, 24Ω. (26) Agora podemos determinar a diferença de potencial em cada fio. Utilizando a lei de Ohm, temos que UCu = RCuiCu e UFe = RFeiFe. (27) O enunciado diz que a corrente que passa nos fios são iguais e de valor 2, 0 A. Deste modo, temos que UCu = RCuiCu ∼= (1, 73 Ω) (2, 0 A) = 3, 46 V. (28) UFe = RFeiFe ∼= (6, 24 Ω) (2, 0 A) = 12,48 V. (29) Portanto, as diferenças de potencial nos fio de cobre e de ferro são UCu ∼= 3, 46 V e UFe ∼= 12, 48 V , respectivamente. V. QUESTÃO 6 Item A) Para responder este item, determinaremos todas as correntes no sistema. Para tanto, adotaremos as correntes no circuito como na figura (2). Figura 2 – Correntes no circuito. Desta forma, aplicando a lei dos nós no nó B, temos que I1 = I2 + I3. (30) Aplicaremos a lei das malhas. Percorrendo a malha ABEFA, temos que −R1I1 −R3I3 + V1 = 0. (31) 7 Percorrendo a malha BCDEB, temos que −R2I2 − V2 +R3I3 = 0. (32) Deste modo, temos um sistema de 3 equações e 3 incógnitas (correntes) I1 − I2 − I3 = 0−R1I1 + 0I2 −R3I3 = −V10I1 −R2I2 +R3I3 = V2 (33) Substituindo os valores de R1, R2, R3, V1 e V2, temos que I1 − I2 − I3 = 0−3I1 − 9I3 = −90−6I2 + 9I3 = 18 (34) Da segunda e terceira equação do sistema, temos que −3I1 − 9I3 = −90 ⇔ 3I1 = −9I3 + 90 ⇔ I1 = −3I3 + 30. (35) −6I2 + 9I3 = 18 ⇔ 6I2 = 9I3 − 18 ⇔ I2 = 3 2 I3 − 3. (36) Substituindo na primeira equação do sistema, temos que I1 − I2 − I3 = 0 ⇔ (−3I3 + 30)− ( 3 2 I3 − 3 ) − I3 = 0 ⇔ (37) −3I3 + 30− 3 2 I3 + 3− I3 = 0 ⇔ ( −3− 3 2 − 1 ) I3 + 33 = 0 (38) −11 2 I3 + 33 = 0 ⇔ 11 2 I3 = 33 ⇔ I3 = 2× 33 11 = 6 A. (39) Agora que determinamos I3, podemos obter I1 e I2. I1 = −3I3 + 30 = −3× 6 + 30 = 12 A. (40) I2 = 3 2 I3 − 3 = 3 2 × 6− 3 = 6 A. (41) Portanto, a corrente que atravessa o resistor R3 é I3 = 6 A. Item B) A potência dissipada em um resistor é obtida pela expressão P = RI2, (42) sendo R a resistência do resistor e I a corrente que passa pelo resistor. 8 Desta forma, no resistor R2, temos que P2 = R2I 2 2 = (6 Ω) (6 A) 2 = 216 W. (43) Portanto, a potência dissipada no resistor R2 é P2 = 216 W . Item C) A energia dissipada por efeito joule em um resistor é dada pela seguinte expressão E = P∆t, (44) sendo P a potência dissipada no resistor e ∆t o intervalo de tempo na qual é verificado a dissipação. Para o resistor R1, a potência dissipada é P1 = R1I 2 1 = (3 Ω) (12 A) 2 = 432 W. (45) Desta forma, considerando que o intervalo de tempo de interesse é de ∆t = 10 s, temos que E1 = P1∆t = (432 W ) (10 s) = 4320 J. (46) Portanto, a energia dissipada no resistor R1 por efeito Joule é E1 = 4320 J . Questão 1 Questão 2 Questão 4 Questão 5 Questão 6
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