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Anabolizantes e o Controle Antidoping

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Anabolizante 
 
 Em 2007 teremos no Brasil a realização do Pan Americano, evento que geralmente 
precede países antes de sediar uma olimpíada. Sabendo disto já começaram pelo mundo todo 
exames anti-doping no intuito de preservar o evento de fraudes atléticas. 
 Então, vamos descobrir um pouco mais sobre esse processo que gera tanta expectativa 
nos atletas, técnicos e telespectadores. 
Anabolizantes são medicamentos que alteram o metabolismo. Os esteróides funcionam como 
os hormônios masculinos naturais. Ajudam a aumentar a massa e a força muscular do atleta. 
Seu uso é difundido também entre as mulheres que praticam provas que exigem grande 
potência muscular, ou desejam melhor aparência física. Podem ocorrer efeitos de virilizacão, 
como: Crescimento de pelos na face, crescimento de ombros, voz grossa. 
O aumento da força física do atleta ocorre justamente quando a droga é ministrada durante 
um intensivo treinamento físico e uma reforçada dieta de proteínas. Para produzir os efeitos 
desejados pelos atletas, o medicamento - indicado durante a convalescença, para acelerar o 
crescimento ou na recuperação de atrofias musculares - é empregado em doses até vinte 
vezes superior às ministradas em seu uso terapêutico. Dessa forma, seu resíduo é detectável 
no organismo até um ano depois de ter sido usado. 
Exame antidoping nas Olimpíadas 
Os vencedores das provas individuais e alguns atletas de equipes coletivas, indicados por 
sorteio, são obrigados a permitir a análise da sua urina para que se proceda ao controle 
antidoping. A lei também permite a convocação de outros atletas sob suspeita. 
O material da colhida é separado em dois frascos (prova e contraprova), numerado e 
encaminhado para o laboratório de análises. A quantidade mínima de urina é de 65 ml. No 
laboratório, dois aparelhos - cromatógrafo e espectrômetro - são usados para a análise da 
 
urina. O resultado, em envelope lacrado, é enviado ao presidente do Comitê Antidoping do 
COI, que atualmente é o príncipe belga, Alexandre de Merode. 
O presidente do Comitê Antidoping é o único que tem a lista que relaciona os números de cada 
amostra aos nomes do atletas. No caso de algum resultado positivo, ele encaminha ao 
laboratório o pedido para que a contraprova seja analisada. 
Todo o processo se repete. Se a contraprova confirmar o resultado positivo, o nome do atleta 
será divulgado pelo próprio réu de julgamento, que também providencia as punições 
imediatas. 
 
O truque 
Ao contrário dos estimulantes, que para fazer efeito devem ser tomados uma única vez nas 
vésperas das competições, os anabolizantes são ingeridos em época de treinamentos por 
períodos contínuos que variam entre três e seis meses. O tratamento é interrompido de duas a 
três semanas antes das provas: tempo suficiente para o organismo eliminar traços das 
substâncias proibidas e permitir a passagem pelo exame antidoping. Para fazer face a essa 
situação, desde 1993 que a Federação Internacional de Atletismo realiza exames-supresa nos 
melhores atletas do mundo. 
O exame de sangue seria muito mais eficiente no controle antidoping, mas não é permitido 
pelo Comitê Olímpico Internacional. A entidade teme o protesto de alguns países , que 
alegarão motivos religiosos para evitar que seus atletas tirem sangue. 
 
 
As substâncias que dopam (proibidas) 
 
Betabloqueadores 
Os betabloqueadores são remédios que baixam a pressão sanguínea. Atuam no sistema 
cardiovascular, diminuindo o número de batimentos do coração. Ajudam em categorias que 
exigem precisão, como o arco e flecha e o tiro. 
Diuréticos 
Os diuréticos são usados pouco antes das provas para desidratar o organismo e diminuir o 
peso dos atletas. Atletas de boxe, luta, judô e halterofilismo podem usar a substância para 
atuarem em categorias de peso inferior ao seu. 
Estimulantes 
Os estimulantes agem direto no sistema nervoso, fazendo o atleta ficar mais excitado. A 
cafeína é o exemplo mais comum. Os velocistas de atletismo conseguiram melhorar seus 
tempos com esse tipo de substância. 
Injeção de sangue 
Alguns atletas injetam até um litro de sangue pouco antes da competição. A transfusão 
aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de circulação de 
oxigênio entre as células até 5%. 
Narcóticos 
Os narcóticos são usados para combater dores moderadas e agudas. A maior parte tem efeitos 
colaterais, incluindo transtornos respiratórios em proporção a dose e risco de dependência 
física e psíquica. 
 
 
Brasileiros pegos no exame 
Alguns atletas brasileiros foram pegos em flagrante pelo uso de um anabolizante chamado 
nandrolona, usado pelos atletas para aumentar a massa muscular. 
Em 1986, o velocista Salviano Domingues foi apanhado quando disputava o Meeting 
Internacional de Atletismo em São Paulo. Na mesma competição, seis anos depois, a velocista 
Berenice Ferreira acabou caindo na malha fina do antidoping. 
Um dos casos mais comentados, porém, foi o da lançadora de dardo Sueli Pereira dos Santos. 
Em 1994, ela consegiuiu a marca de 65,96 metros e ficou entre as dez melhores do mundo. 
Um exame de supresa realizado em janeiro de 1995 constatou a presença da droga. Sueli foi 
suspensa por quatro anos. 
 
Curiosidades 
• Para usar a cafeína como estimulantes, o atleta teria que tomar num curto espaço de 
tempo 36 copos de café. 
• Na olímpiada de Barcelona em 1992, foram feitos 1850 testes de urina. 
• Foi no Canadá, em 1967, numa prova de ciclismo, que estrearam os testes antidoping 
oficialmente no esporte amador. No mesmo ano, a comissão médica do COI instituiu um 
índex de substâncias proibidas. 
• Na Olimpíada de Roma, em 1960, o ciclista dinamarquês Knut Jensen morreu durante a 
prova de perseguição por equipes. O laudo falava em "insolação", mas a autópsia 
constatou que ele havia ingerido grandes doses de anfetaminas. 
• A nadadora da ex-Alemanha Oriental Kristiane Knacke, medalha de bronze nos 100 
metros borboleta, levou oito anos para perder quinze quilos de musculatura gerada por 
anabolizantes. Sua filha, nascida dois anos depois que ela deixou as piscinas, apresenta 
graves problemas hormonais. 
• O halterofilista russo Kaarlo Kangasniemi, medalha de ouro, na Olimpíada de 1968, 
sofreu um grave acidente. Ao erguer uma barra de 160 quilos, um dos músculos de suas 
costas, inchado pelo uso de anabolizantes, rompeu pelo uso dos alteres. A barra caiu 
sobre sua nuca, quebrou uma das vértebras e ele ficou paralisado pelo resto da vida. 
 
• Em 1991, a velocista alemã Katrin Krabbe estava treinando na África do Sul quando 
recebeu a visita de um fiscal da Federação Internacional de Atletismo para colher a sua 
urina. O laboratório descobriu que o material tinha sido adulterado. Não foi detectada 
nenhuma droga, mas verificou-se que a urina de Katrin era idêntica a de outras duas 
corredoras que forneceram amostras do mesmo dia. A adulteração do material é punida 
com a mesma severidade que um caso de doping. 
• Antes mesmo do início da competição, o velocista inglês Jason Livingston e dois 
levantadores de peso da equipe britânica foram desligados da Olímpiada de Barcelona, 
em 1992. Os três atletas sofreram a punição quando se soube do resultado positivo dos 
exames de doping realizados do início de Julho, ainda na Inglaterra, durante o período 
final de treinamento para os jogos. A droga usada por Livingston chamava-se 
Methandianone, um medicamento da família dos esteróides anabolizantes. 
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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