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5 Conhecimentos Gerais do Estado do Sergipe

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CONHECIMENTOS GERAIS
Didatismo e Conhecimento 1
CONHECIMENTOS GERAIS
FORMAÇÃO TERRITORIAL 
DE SERGIPE.
O nome Sergipe, originário do tupi si’ri ü pe, quer dizer “no rio dos siris”, tendo sido mais tarde adotado Cirizipe ou Cerigipe, 
que significa “ferrão de siri”, nome de um dos cinco caciques que se opuseram ao domínio português.
Sergipe é o menor Estado brasileiro, com área de 22.050,4 km, localizado no Leste da região Nordeste, equivalência de: 0,26% 
do Território Nacional e 1,43% da Região Nordeste.
No litoral há praias concorridas como a de Atalaia Velha, em Aracaju, a capital. Primeira cidade planejada do país, Aracaju tem 
papel importante na resistência contra os Franceses no período colonial. O acervo arquitetônico dessa época é conservado em São 
Cristóvão- a primeira capital do Estado, tombada como monumento nacional- e laranjeiras, um dos maiores centros produtores de 
açucar do período colonial.
Como ocorre nos demais Estados Nordestinos, o litoral de Sergipe também é freqüentado por corsários franceses interessados 
no escombro de pau- brasil com os índios. A madeira é o principal produto econômico da região até o inicio do século XVII. Entre o 
final do século XVI e as primeiras décadas do XVII, a atuação dos missionários e de algumas expedições militares afasta os franceses 
e vence a resistência indígena. Surgem os primeiros povoados, como o arraial de São Cristóvão, e engenhos de açúcar.
A existência de áreas inadequadas à plantação de açúcar no litoral, no entanto, favorece o surgimento das primeiras criações de 
gado.
Passa a ser capitania independente com o nome de Sergipe d’EL Rey. Durante as invasões holandesas, a região sofre com a de-
vastação econômica e volta a ficar subordinada à capitania da Bahia.
Em 1823, depois da independência, Sergipe recupera sua autonomia. Mas o progresso da província é pequeno durante o império, 
com exceção de um breve surto algodoeiro na Segunda metade do século XIX. O quadro permanece assim durante o primeiro pe-
ríodo republicano, com setores das camadas médias urbanas sendo as únicas forças a enfrentar a oligarquia local, como nas revoltas 
tenentistas em 1924.
No tocante à sua posição absoluta, Sergipe situa-se entre as latitudes sul de 9°31´11°34´ e as longitudes oeste de 36°25´e 
38°14´,cujos pontos extremos são:
- ao norte, a barra do rio Xingó ,em Canindé de São Francisco;
- ao sul, a curva do rio Real, no povoado Barbeiro em Cristinápolis; 
- ao leste, a barra do rio São Francisco, na ilha de Arambipe , em Brejo Grande;
- ao oeste, a curva do rio Real, no povoado Terra Vermelha, em poço Verde;.
O estado de Sergipe possui 75 municípios: uns são grandes como Poço Redondo (1.224,4 km), Lagarto (939,8 km) , Porto da 
Folha (892,5 km),
Outros são pequenos como General Maynard (18 km), Pedrinhas (33,2 km), Riachuelo (31 km) e Amparo do São Francisco (39,3 
km) que foram agrupadas em treze microrregiões Geográficas. Veja o mapa a seguir.
*Conheça como formou algumas das principais cidades :
 
- Aracaju: O povoado de St° Antônio do Aracaju é elevado á categoria de cidade, com o nome de cidade Aracaju, através de 
Resolução de N° 413 de Março de 1855.
É capital Do Estado e está localizada à margem direita do rio Sergipe, com uma área municipal de 176 km.
- Itabaiana: Localizada no centro do Estado. Elevada à categoria de cidade em 28 de Agosto de 1888 pela Resolução N° 1.331.
Seu nome é de Origem Tupi- Guarani e significa “Pedra grande “.
É considerada o principal centro comercial do estado.
- Lagarto: Elevada á categoria de cidade em 20 de agosto de 1880, pela Lei Provincial N°1.140.
Localizada no centro- sul do Estado. a origem do seu nome supõe-se ser devido à existência de muitas pedras próximas ao po-
voado com relevo em forma de lagarto .
- Estância: Elevada à categoria de cidade pela Lei Provincial de 04 de Maio de 1848. Localizada ao sul do estado, à distância de 
98 km da capital.
É considerada o principal centro industrial depois da capital.
Estância “Cidade Jardim “, assim denominada em 1860, por D. Pedro II.
- Propriá: Elevada à categoria de Cidade em 21 de fevereiro de 1866. Localizada á margem direita do São Francisco. Seu sistema 
de trocas é crescente, estimulado pelo rio e pela sua localização no eixo viário da BR- 101,elo de ligação entre Sergipe e o restante 
do País.
Didatismo e Conhecimento 2
CONHECIMENTOS GERAIS
O primeiro núcleo populacional surgiu próximo à localidade conhecida com o nome de Urubu de Baixo e mais tarde recebeu 
a denominação de Santo Antônio do Urubu de Baixo, sendo escolhida como sede da freguesia em1718. Em setembro de 1801, foi 
elevada á categoria de vila. É sede da diretoria regional da CODEVASF (companhia de Desenvolvimento do vale do São Francisco), 
que implantou vários projetos de irrigação nas vá rzeas (Betume, Propriá e Contiguiba) onde atua um sistema de parcelas, trabalhan-
do pelos parceleiros .
A cidade de Propriá é porto fluvial e também servida pela Ferrovia Federal Leste Brasileiro. Sua feira é bastante procurada por 
moradores das margens do rio, tanto do lado sergipano como do alagoano.
FORMAÇÃO E DESMEMBRAMENTO DE 
MUNICÍPIOS SERGIPANOS.
Situado entre duas Capitanias importantes, Pernambuco e Bahia, os portugueses entenderam que era fundamental sua coloniza-
ção. As terras sergipanas eram então ocupadas apenas por indígenas e por franceses contrabandistas de pau-brasil, o que representava 
séria ameaça ao domínio português.
Em 1575, jesuítas chegam ao território numa primeira tentativa, sem resultado, de catequizar os índios. Fundam a aldeia de São 
Tomé, no povoado de Santa Luzia. Inicia-se, então, uma série de batalhas pela posse da terra, terminando em 1590 com a conquista 
do território por Cristóvão de Barros que funda a Capitania de Sergipe Del Rey, assim denominada para distinguir de Sergipe do 
Conde, no Recôncavo Baiano. Constrói um fortim e funda o Arraial de São Cristóvão, próximo ao Rio Poxim, e concede sesmarias 
a inúmeros companheiros de luta.
Anos depois o arraial torna-se uma vila e passa a ser chamado de cidade de São Cristóvão.
Com a saída de Cristóvão de Barros do território, Tomé da Rocha passa a administrá-lo e inicia a criação de gado e a plantação de 
cana-de-açúcar. O gado passa a dominar o território. Surgem muitos currais de onde saem os bois para o abate na Bahia. O caminho 
que liga Sergipe à Bahia e por onde passam as boiadas, passa a ser conhecido como a “Estrada da Boiada” e o baixo São Francisco, 
de “Rio dos Currais”. Os ricos de Salvador compram terras na nova Capitania e para lá mandam suas cabeças de gado.
A cana-de-açúcar também se desenvolve principalmente no Vale do Cotinguiba e chegam negros trazidos da África para traba-
lhar como escravos, pois os índios não estavam acostumados a esse trabalho. Outras vilas foram fundadas nas regiões do Rio Real e 
do Rio Piauí, ao sul do Estado, e nas terras banhadas pelo Vaza-Barris, Cotinguiba e Rio Sergipe, ao norte do Estado.
Em 1637, os holandeses ocupam e incendeiam a Cidade de São Cristóvão e roubam milhares de cabeças de gado, causando 
completa desorganização econômica e social.
Em 1645, as terras são recuperadas pelos portugueses. Encontram-na devastada e arrasada. Aos poucos o território volta a 
povoar-se, e a cultura canavieira e a criação de gado reinicia seu desenvolvimento, porém a desunião política faz com que haja uma 
grande desorganização com diversos atritos entre os habitantes e constantes reclamações contra a prepotência dos poderosos. Essa 
desordem contribui para que a Bahia domine as terras sergipanas, o que prejudica sua formação, originando debates sobre as questões 
de limites entre Sergipe e Bahia até o início da República.
Em 1696 é criada a comarca (Ouvidoria) de Sergipe separada da Capitania da Bahia de Todos os Santos e em 1698, as Vilas de 
Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e SantoAmaro das Brotas.
Em 1759, os jesuítas são expulsos do território, deixando para trás a base da formação religiosa e do ensino e belos exemplares 
da arquitetura religiosa. (ver reformas Pombalinas)
Em 1763, Sergipe é novamente anexado à Capitania da Bahia de Todos os Santos, tornando-se responsável por um terço da 
produção açucareira baiana da época, além de fornecer couro, tabaco, algodão e farinha de mandioca. Existem classes sociais bem 
distintas: a dos senhores de terras e a dos trabalhadores (escravos negros e índios) e homens livres que se dedicavam á produção de 
subsistência.
Em 1820, a Capitania se separa definitivamente da Bahia e após a Independência se torna Província, tendo como Capital a Vila 
de São Cristóvão. Porém, a situação política de Sergipe continua a mesma, com constantes conflitos, como os de Laranjeiras e Santo 
Amaro (1836). A prosperidade da classe dominante era cada vez maior, com a produção e exportação do açúcar, principalmente no 
Vale do Cotinguiba, o que leva à transferência da Capital São Cristóvão para uma região litorânea, o povoado de Santo Antônio de 
Aracaju.
 A nova Capital, uma das primeiras Cidades planejadas do Brasil, muito contribui para o desenvolvimento de Sergipe, pois é 
dotada de melhores condições portuárias; sua posição geográfica facilita a vida econômica da região do Cotinguiba; e é melhor loca-
lizada, facilitando o embarque do açúcar para a Europa. Esta mudança estimula o povoamento nesta parte do litoral; faz surgir novas 
estradas; e aumenta a integração entre Estados próximos. 
Didatismo e Conhecimento 3
CONHECIMENTOS GERAIS
A partir de 1860, o desenvolvimento da cultura do algodão ao lado dos engenhos de açúcar, principalmente em Itabaiana, passa 
a ter considerável importância na economia da Província, chegando a ser, por muitos anos, o segundo produto de Sergipe, originando 
o aparecimento das fábricas de tecidos nas Cidades de Aracaju, Estância, Propriá, São Cristóvão, Vila Nova (Neópolis), Maruim e 
Riachuelo.
Com a Proclamação da República, em 1889, a Província de Sergipe passa a ser um dos Estados da Federação, com sua primeira 
Constituição promulgada em 1892. Inicia-se uma fase em que os sergipanos sobressaem no cenário nacional devido ao seu prestígio 
intelectual. A representação de Sergipe no plano federal passou a ser disputada por intelectuais de projeção, e não por provincianos 
poderosos.
Logo depois volta a intervenção, que se mantém até 1945. A vida política sergipana durante a República Velha continua a ser um 
jogo de interesses entre as classes dominantes, especialmente os senhores de terra.
Em 1963, jorra petróleo nos campos de Carmópolis.
A partir de 1964, com o movimento militar, Sergipe passa a empregar todos os seus esforços na tentativa de superar o subdesen-
volvimento, tentando modificar a estrutura agroindustrial da cana-de-açúcar para desenvolver a exploração do subsolo. Começa a 
exploração do petróleo na plataforma marítima.
Em 1975, um terço do território de Sergipe passa a ser considerado de utilidade pública, para efeito de desapropriação pela Petro-
brás, visando evitar a especulação imobiliária, que prejudicava o trabalho da empresa na prospecção de petróleo. A faixa considerada 
de utilidade pública se estende da foz do Rio São Francisco até o Rio Real, na divisa com a Bahia.
Em 1987, o Governo desenvolve o Projeto Canindé do São Francisco, denominado projeto Califórnia; e, em 1993, o Platô de 
Neópolis, na margem direita do Rio São Francisco, para o plantio de abacaxi, acerola e manga, com fins industriais, ambos para 
tornar o Estado auto-suficiente na produção de alimentos, defendendo a agricultura das secas frequentes e prolongadas. Além disso, 
em 1990, mudam a legislação tributária estadual, para atrair investidores nacionais e estrangeiros, e a inauguram a Hidrelétrica de 
Xingó, o Pólo Cloro químico do Nordeste e o Porto de Sergipe. Contudo, devemos frisar quanto ao aspecto sócio cultural e artístico 
que é a partir da segunda fase da colonização portuguesa de Sergipe quando começam a surgir os principais monumentos que marcam 
a paisagem do Estado.
São Cristóvão centralizara, com sua própria função, os mais representativos exemplares da arquitetura. Convivem ali harmonio-
samente conventos como o de São Francisco e sua Ordem Terceira, sede do Museu de Arte Sacra; o do Carmo e sua Ordem Terceira 
onde se encontra a milagrosa e venerada imagem do Senhor dos Passos, cuja festa no segundo final de semana depois do carnaval, 
atrai milhares de peregrinos de vários pontos do Nordeste; o despojado hospício dos Capuchinhos, do qual resta apenas a casa con-
ventual, a Santa Casa de Misericórdia, transformada em recolhimento de meninas órfãs; igrejas como a Matriz de Nossa Senhora da 
Vitória, a do Amparo e do Rosário, onde nas Festas de Reis se apresentavam as Taieiras; e casa residenciais, como a praça de São 
Frâncico, notabilizada pelas suas sacadas balaústres trabalhados, a do balcão corrido, na praça da Matriz, onde funciona o Centro de 
Restauração de Obra de Arte, a antiga casa de Câmara e Cadeia, transformada, depois de reforma, em grupo escolar e, mais recente-
mente, em Centro de Arte da UFS, além de vários outros sobrados, como o antigo Palácio do Presidente da Província.
Templos e conventos, galilés, portadas e claustos silenciosos, ao lado de imagens e telas, constituem um conjunto harmonioso, o 
mais importante do Estado e, sem dúvida alguma, um dos mais significativos da região, da mesma forma que Laranjeiras, desenvol-
vida no século passado, está intimamente ligada à agroindústria do açúcar em terras sergipanas.
Pelo interior, em Santo Amaro das Brotas, ergue-se a elegante igreja matriz de Santo Amaro, com sua bela portada encantaria, 
além do convento dos Carmelitas, hoje desaparecido (o que restou da construção - uma portada -, está no Museu Histórico de Sergi-
pe), nas terras doadas por Pedro Leal Barbosa, lá pelos idos de 1721. 
Em Laranjeiras, os jesuítas deixaram o conjunto do Retiro, formado pela capela Santo Antônio, mais tarde completamente mo-
dificada, e pela residência anexa, edificada em 1701; além da igreja Comandaroba, com a sua portada de 1734 e os arcos do alpendre 
que circundam a nave, o que faz com que Silvia Teles a considere uma igreja de peregrinação.
No sentido do sul de Sergipe, destaca-se o conjunto da antiga fazenda Colégio que pertenceu aos jesuítas, sendo confiscada em 
1759 (trata-se de uma fazenda na região de Tejupeba, no município de Itaporanga d’Ajuda), em especial a casa com amplas varandas 
com balcão corrido.
E mais para o sul, nas margens do rio Real, está a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na antiga aldeia do Geru, hoje 
sede do município de Thomar do Geru. Construída por volta de 1720, notabiliza-se pela “bela decoração da talha do arco-cruzeiro e 
dos altares colaterais”, com os seus “putti” com fisionomia de índios. Mas Sergipe, em termos de patrimônio histórico monumental, 
não tem apenas os monumentos mencionados. 
Muitos outros merecem uma menção, como a igreja matriz de Divina Pastora, onde está o mais belo teto decorado existente em 
templo sergipano, devido ao pincel de José Teófilo de Jesus; a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade do mesmo 
nome, com um belo arco na capela do Santíssimo e altares laterais separados da nave principal por um balaústre de madeira; a singela 
igreja de São Pedro, no município de Porto da Folha, onde os Capuchinhos mantiveram, até o século passado, um aldeamento indí-
gena, ou, ainda, a igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Neópolis, com as sepulturas no piso da nave recoberto de madeira, hoje 
um monumento tombado pelo Estado.
Didatismo e Conhecimento 4
CONHECIMENTOS GERAIS
E o que dizer das capelas rurais – que na expressão da museóloga Lígia Martins Costa são verdadeiras igrejas – como a do enge-
nho Jesus Maria José, em Laranjeiras, a do Penha,em Riachuelo, a do Poxim, em São Cristóvão, e a do Caieira, em Santo Amaro das 
Brotas, com o seu alpendre? São marcas de uma época em que se era “rara a propriedade açucareira, junto da qual não se edificasse 
um templo. Os interesses da família eram esquecidos por alguns dos chefes que, em verbas testamentárias, deixavam ricos legados 
às irmandades, às ordens, e às capelas”.
Estância, ativo centro comercial desde o século XVIII, tem a sua arquitetura peculiar. São os sobrados, com dupla função, resi-
dência e casa de comércio, da rua Capitão Salomão e as casas do Pernambuquinho, muitos deles com fachadas revestidas de azulejos 
vindos da Europa. Se as cidades são ricas em termos de monumentos civis e, sobretudo, religiosos, as propriedades rurais são muito 
pobres em termos de arquitetura, talvez porque os senhores de engenho preferissem investir seus lucros no próprio negócio com a 
compra de novas terras, em lugar de constituírem casas onde tivessem com um certo conforto. Isto é observado por Orlando Dantas 
quando escreveu:
A aristocracia rural não teve brasões, castelos e escadarias de mármore. Os sobrados do Escurial, construído pelo Barão de Es-
tância, o das Pedras imitando o palácio governamental e as casas grande do Castelo, São Félix, Vassouras, São José de Laranjeiras, 
Lombada, Topo, Junco, marcam o máximo de conforto da aristocracia sergipana. Em algumas casas existem retratos a óleo dos seus 
antepassados, baixelas de prata, porcelanas finas e móveis de jacarandá Sergipe é grande pela expressão da sua cultura e pelo con-
tribuição dada ao Brasil. Seus monumentos são expressivos e marcam, com características próprias, uma parte da história com seus 
heróis anônimos e todo um sistema de vida que se baseou no trabalho escravo, na cana-de-açúcar e no gado.
LOCALIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS 
DE SERGIPE.
Seus 75 Municípios estão divididos em 13 microrregiões, a de Aracaju, a do Sertão do São Francisco, a de Propriá, a de Nossa 
Senhora das Dores, a do Agreste de Itabaiana, a do Cotinguiba, a do Agreste do Lagarto, a de Tobias Barreto, a do Boquim, a de 
Estância, a do Baixo do Cotinguiba, a de Japaratuba e a de Carira.
Localização Leste da Região Nordeste
Sigla SE
Área 22.050,3 km²
Limites
Alagoas (N), Oceano Atlântico 
(L), Bahia (S e O).
Relevo Planície litorânea e planalto 
Vegetação
Mangues, floresta tropical e caa-
tinga. 
População 1.784.475 habitantes (2000)
Habitante Sergipano
Densidade populacional 80,92 hab/km²
Municípios 75
Analfabetismo 33,29%
Rios principais
São Francisco Vaza Barris, Ser-
gipe, Japaratuba, Real e Piauí.
Clima Tropical
Capital Aracaju
Temperatura média anual 23 e 24ºC
Chuvas Outono e inverno
Hora local (relação à Brasília) A mesma
Cidades mais populosas Aracaju, Lagarto, Itabaiana e 
Estância.
Atrações
Aracaju, São Cristóvão, Laran-
jeiras e Estância.
Didatismo e Conhecimento 5
CONHECIMENTOS GERAIS
Os municípios interioranos têm ligação rodoviária fácil com a capital, são centros regionais que apoiam significativo número de 
centros emergentes e centros locais.
Propriá, situada na bacia do Rio São Francisco, é o mais importante município do norte do Estado. Historicamente, essa cidade 
comandou a região do Baixo São Francisco Sergipano, atendendo Sergipe e Alagoas.
Itabaiana, localizada na região central do estado de Sergipe, na bacia do Rio Sergipe, é centro regional consolidado que atende 
a uma vasta região, com oferta de bens e serviços, e funciona como entreposto comercial para produtos vindos da região sudeste do 
país e local de apoio ao transporte rodoviário. As áreas rurais do município e de seus vizinhos abastecem várias regiões dentro e fora 
do estado de Sergipe, usando a irrigação como forma bastante disseminada de produção de alimentos.
Estância, segundo centro industrial do estado de Sergipe, fica na região do agreste e localiza-se na bacia do rio Piauí. Seu dina-
mismo econômico esteve bastante ligado à produção de laranja e industrialização de sucos para exportação. Sede de distribuidora de 
energia elétrica (Sulgipe), este centro regional atende aos municípios da região sul e parte da região sudeste de Sergipe. Atualmente, 
o município se destaca por sediar indústrias de sucos e bebidas, têxteis e cosméticos, que geraram empregos e outros benefícios à 
população.
Aracaju, capital do Estado, situada na região da foz do Rio Sergipe, forma com os municípios de Nossa Senhora do Socorro, 
Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e São Cristóvão, uma região metropolitana, com aproximadamente 700 mil habitantes. A população 
de Aracaju e regiões limítrofes vem crescendo aceleradamente, devido à imigração de pessoas provenientes de outros municípios de 
Sergipe, especialmente de áreas rurais, bem como de outros estados da Federação, especialmente do Nordeste Brasileiro.
ASPECTOS CLIMÁTICOS 
DE SERGIPE.
O clima de Sergipe é tropical quente e úmido ao longo da costa do Oceano Atlântico, enquanto no interior torna-se mais seco, 
tornando-se um clima semiárido no sertão mais árido. As temperaturas são bastante elevadas e variam ligeiramente em diferentes 
estações do ano.
As chuvas são mais ao longo da costa, onde a estação chuvosa começa em março e termina em agosto, os meses mais chuvosos 
são entre abril e julho, a estação seca é entre outubro e fevereiro. A quantidade de chuva que cai ao longo da costa é em torno de 1600 
mm por ano. As temperaturas máximas médias variam entre 30°C durante os meses de verão e os 27ºC durante os meses de inverno. 
As temperaturas mínimas médias variam entre 24°C nos meses de verão e 22°C durante os meses de inverno.
No interior as chuvas diminuem algumas dezenas de quilômetros da costa, há, em média, cerca de 1000 mm de chuva por ano, 
enquanto mais a oeste as chuvas estão reduzidas a cerca de 700 mm por ano. Nestas regiões, a estação chuvosa é reduzida entre os 
meses de março e julho e a estação seca é mais acentuada. As temperaturas máximas médias são pouco superiores do que ao longo 
da costa, enquanto que as temperaturas médias mínimas são ligeiramente menores.
A temperatura da água do mar varia entre 28°C durante os meses de verão e de 25°C em Agosto.
PRINCIPAIS RELEVOS E 
ECOSSISTEMAS DE SERGIPE.
Seu relevo é composto de planície e planalto, e a maior parte, cerca de 86%, com menos de 300 m de altitude.
O trecho litorâneo é largo, formado pelas areias e dunas litorâneas. A medida que se vai indo para o interior surgem pequenas 
elevações (em torno dos 100 m), os tabuleiros, até o centro do Estado.
Em direção a oeste as altitudes chegam a 742 m formando a Serra Negra (ponto culminante do Estado). Próximo à divisa com a 
Bahia surgem as Serras Comprida, Palmares, Miava, Itabaiana, Cajueiro, Calunga, entre outras e a sudoeste, as Serras Aguilhadas, 
Gabiei, Boqueirão, Mascota, Caraíba e outras. Margeando o São Francisco encontramos planície que na divisa com Alagoas, junto 
ao litoral, forma um delta.
Como nos outros Estados do Nordeste, também em Sergipe encontramos as unidades físicas regionais: Litoral e Zona da Mata, 
Agreste e Sertão, mas de forma menos nítida.
- Litoral - encontra-se a vegetação de mangues, cobertos de água salobras, junto a extensas áreas arenosas, onde se espalham os 
famosos coqueirais sergipanos e campos de dunas.
- Zona da Mata - permanece dominada pela cana-de-açúcar e floresta tropical, atualmente muito devastada, nos topos de algumas 
colinas e sopé de serras.
Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS GERAIS
- Agreste - abriga duas regiões: a de Itabaiana, essencialmente agrícola com policultura, minifúndio e alta densidade demográfica 
e a de Lagarto, na qual se desenvolve a lavoura do fumo. A vegetação foi quase toda devastada para a agricultura.
- Sertão - ocupa a parte noroeste do Estado, com a caatinga e a pecuária, predominando as grandes propriedades e as baixas 
densidades populacionais.O Estado não apresenta secas importantes, pois com o relevo baixo, os ventos úmidos do Oceano penetram facilmente.
Abriga uma das maiores concentrações de bacias hidrográficas, a do Rio São Francisco; do Rio Japaratuba; do Rio Sergipe, 
responsável pelo abastecimento de água de Aracaju através do represamento dos Rios Poxim e Pitanga; do Rio Vaza-Barris; do Rio 
Piauí; e do Rio Real, que quando deságuam em seu litoral formam imensos manguezais, viveiro natural de várias espécies marinhas, 
onde se encontram os caranguejos, importantes para a população.
Os mangues vêm sendo arrasados, ou para a fabricação de carvão, aterros (Coroa do Meio) e construção civil, ou para sua utili-
zação como combustível, pelas indústrias.
Conta com várias ilhas, destacando-se as Ilhas da Paz do Paraíso (nos estuários dos Rios Vaza-Barris) e a Ilha de Aram bipe (na 
foz do Rio São Francisco). Na Ilha de Santa Luzia, defronte a Aracaju, está a Cidade de Barra dos Coqueiros. Em São Cristóvão, a 
Ilha de Patativa ou Ilha da Veiga; em Porto da Folha, a Ilha de São Pedro.
As lagoas existentes são de restinga e de várzea. Cedro é a maior lagoa em Sergipe. O Estado abriga ainda as Lagoas de Catu, 
em Japaratuba e a da Prata, em Tobias Barreto.
O clima tropical domina o Estado: o quente úmido corresponde à faixa litorânea, com um período de seca de apenas 3 meses; 
quente e semiúmido entre o litoral e o sertão, com um período de 4 a 5 meses de seca; e quente e semiárido (seco) no sertão, com um 
período de 7 a 8 meses de seca.
Região Cidades
01 - Agreste de 
Itabaiana
Areia Branca, Campo do Brito, Itabaiana, Ma-
cambira, Malhador, Moita Bonita, .
02 - Agreste de 
Lagarto Lagarto, Riachão do Dantas
03 - Aracaju Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora 
do Socorro, São Cristóvão
04 - Baixo 
Cotinguiba
Carmópolis, General Maynard, Laranjeiras, 
Maruim, Riachuelo, Rosário do Catete, Santo 
Amaro das Brotas
05 - Boquim Boquim, Arauá, Cristinápolis, Itabaianinha, Pe-
drinhas, Salgado, Geru, Umbaúba
06 - Carira Carira, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida, 
Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis
07 - Cotinguiba Capela, Divina Pastora, Santa Rosa de Lima, Si-riri
08 - Estância Estância, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda, Santa 
Luzia do Itanhy
09 - Japaratuba Japaratuba, Japoatã, Pacatuba, Pirambu, São 
Francisco
10 - Nossa 
Senhora das 
Dores
Nossa Senhora das Dores, Aquidabã, Cum-
be, Malhada dos Bois, Muribeca, São Miguel 
do Aleixo
11 - Propriá
Propriá, Amparo de São Francisco, Brejo Gran-
de, Canhoba, Cedro de São João,Ilha das Flo-
res, Neópolis, Nossa Senhora de Lourdes, San-
tana do São Francisco, Telha
112 - Sergipana 
do Sertão do 
São Francisco
Canindé de São Francisco, Feira Nova, Gararu, 
Gracho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergi-
pe, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, 
Porto da Folha
13 - Tobias 
Barreto Tobias Barreto, Poço Verde, Simão Dias
Didatismo e Conhecimento 7
CONHECIMENTOS GERAIS
BACIAS HIDROGRÁFICAS 
DE SERGIPE.
No Estado de Sergipe existem 08 (oito) Bacias Hidrográficas: bacias do Rio São Francisco, Rio Vaza Barris, Rio Real, Rio Japa-
ratuba, Rio Sergipe, Rio Piauí, Grupo de Bacias Costeiras 1 (GC1) e Grupo de Bacias Costeiras 2 (GC2). Os rios São Francisco, Vaza 
Barris e Real são rios federais por que atravessam mais de um Estado. Enquanto os rios Japaratuba, Sergipe e Piauí são rios estaduais, 
pois suas bacias estão dentro do Estado de Sergipe.
A Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba
A bacia hidrográfica é um sistema físico e compreende todo o território que apresenta característica topográfica, geológica, de 
solo, de vegetação e de águas; que recebe e conduz todos os volumes sólidos e líquidos superficiais que se precipitam e escoam pelo 
exutório, com limites interno e externo em todos os processos, provocando interferência no fluxo de matéria e energia em rios e 
canais fluviais. No entendimento de (Magalhães Junior, 2007), “compreende um conjunto ambiental integrado de elementos físicos, 
bióticos e socioeconômicos inter-relacionados”. Dessa forma, universalmente foi adotada a bacia hidrográfica como unidade básica 
de estudos e planejamento “sendo analisada como um sistema aberto, resultante da interação das ações humanas com os elementos 
e formas do meio físico” (Santos, 2004), visando fornecer subsídios para a construção de um planejamento de políticas públicas que 
possa alavancar o desenvolvimento sustentável da região e, por conseguinte melhorar a qualidade ambiental e de vida para o homem, 
tanto as suas gerações presentes quanto futuras.
No que diz respeito à capacidade de suporte ambiental, que por conta do processo de degradação já existente e pela intensificação 
acelerada da ocupação humana em seu entorno; amplia tanto as fronteiras urbanas, e no seu encalço o lançamento de esgotos “in 
natura” nos corpos d’ água; quanto à agrícola, visto que, a adoção da política nacional na busca de uma alternativa aos combustíveis 
fósseis tem provocado a corrida para o aumento do plantio de cana-de-açúcar para a produção de combustíveis renováveis, o etanol, 
nesta região que já foi palco da monocultura canavieira no passado, retoma este tipo de economia com mais vigor; pela ocupação 
desordenada do solo e pela perspectiva de ampliação da industrialização no médio e baixo curso do rio.
A bacia hidrográfica do rio Japaratuba ocupa um espaço de drenagem de 1.734,9 km², o que corresponde a 7,73% do Estado de 
Sergipe. Encontra-se localizada entre 10° 13’ e 10° 47’ de latitude sul e 36° 49’ e 36° 19’ de longitude oeste; ao norte confronta-se 
com as bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Sapucaia e riacho Aningas; ao sul, com a bacia hidrográfica do rio Sergipe, desa-
guando a leste no oceano Atlântico, e, contrai-se a Oeste para formar um vértice entre as bacias hidrográficas dos rios São Francisco 
e Sergipe. Sua nascente se localiza na serra de Boa Vista, no município de Gracho Cardoso, a uma altitude pouco superior a 240 m. O 
seu território se compõe de dezoito municípios pertencentes às microrregiões de Nossa Senhora das Dores, entre os quais três estão 
totalmente inclusos: Cumbe, Carmópolis e General Maynard, e os quinze restantes estão parcialmente inseridos na mesma: Capela, 
Barra dos Coqueiros, Graccho Cardoso, Aquidabã, Malhada dos Bois, Muribeca, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, Piram-
bu, Nossa Senhora das Dores, Feira Nova, Divina Pastora, Siriri e Japaratuba.
Atualmente os problemas ambientais na bacia hidrográfica do rio Japaratuba, tem se revelado com relativa gravidade, decorrente 
principalmente pelo processo de ocupação humana, seja do ponto de vista urbano, quanto agroindustrial e industrial. Estes problemas 
podem ser mais bem compreendidos a partir do conhecimento dos fatores fisiográficos e hidrográficos que determinam o comporta-
mento ambiental do sistema em estudo.
Saliente-se, no entanto, que dentre os elementos naturais/ambientais componentes do sistema bacia hidrográfica, os recursos 
hidrológicos, integrado à percepção ambiental dos entrevistados, teve a prioridade na análise desta pesquisa, enquanto que, os fatores 
geológicos e climáticos, os recursos biológicos e o uso do solo e ocupação da terra, serviram de instrumentos auxiliares para a ava-
liação, cumprindo, dessa forma, a abordagem metodológica proposta.
A bacia hidrográfica do rio Japaratuba compõe-se de três rios principais que são: o rio Japaratuba, drenagem principal; o Siriri, 
afluente pela margem direita e o Japaratuba Mirim pela margem esquerda, que formam três sub-bacias. A do rio Japaratuba, cuja 
largura é de 12,57 km com declividade de 0,26%, ou seja, 2,6 m/km que se estende por uma área de 930 km², compreendendo 54,85% 
de toda a bacia hidrográfica; apresenta um curso de 124 km até o Oceano Atlântico e forma estuário entre os municípios de Pirambu e 
Barra dos Coqueiros. Liga-se à bacia hidrográfica do rio Sergipeatravés do Canal Pomonga construído no século XIX (Fontes, 1997).
A sub-bacia hidrográfica do rio Siriri apresenta declividade de 4,1 m/km, altitudes de 230 m e se estende por uma área de 430,3 
km², compreendendo 25,37% de toda a bacia hidrográfica; apresenta um curso de 56 km, nasce em Nossa Senhora das Dores e sua 
direção é NW-SE. A sub-bacia hidrográfica do Rio Japaratuba-Mirim apresenta largura de 8,83 km, altitudes de 230m e se estende 
por uma área de 335,4 km², compreendendo 19,78% de toda a bacia hidrográfica; apresenta um curso de 54 km, nasce em Aquidabã 
e sua direção é NW-SE até tornar-se afluente (Fontes, 1997).
Didatismo e Conhecimento 8
CONHECIMENTOS GERAIS
Os principais tributários da margem direita são: rio Siriri, rio Mocambo, rio Pomonga e outros de menor porte. Os tributários da 
margem esquerda são: rio Cagamba e rio Japaratuba Mirim, além de outros rios e riachos de pequeno porte. Constituem os principais 
reservatórios encontrados na bacia do rio Japaratuba os açudes do Cumbe e do Rosário. Além desses, podem ser encontrados outros 
açudes de pequeno porte, construídos para minimizar os efeitos das secas prolongadas, especialmente no trecho inserido na região 
semiárida.
Conforme Brasil (2002), os domínios hidrogeológicos das águas subterrâneas da bacia hidrográfica do rio Japaratuba se dis-
tinguem por se encontrarem em formações do tipo Metassedimentos/Metavulcanitos, Cristalino e apresentam comportamento de 
“aquífero fissural”; Formações Superficiais Cenozoicas e Bacias Sedimentares e tem comportamento de “aquífero granular”; Meta-
carbonatos que constitui um sistema de aquífero desenvolvido em rochas calcárias; Grupo Estância cujo comportamento é de aquí-
fero granular e “misto”.
Os municípios que se encontram sob a influência da bacia hidrográfica do rio Japaratuba apresentam climas que variam desde o 
megatérmico úmido e subsumido, megatérmico seco e semiárido e megatérmico quente e semiúmido; alguns deles estão inseridos 
parcialmente no polígono das secas ou totalmente inclusos, no primeiro caso encontram-se os municípios de Nossa Senhora das Do-
res e Aquidabã, no segundo Cumbe, Feira Nova e Gracho Cardoso ou na área de transição como é o caso de Malhada dos Bois, con-
forme classificação climática (Leite, 1976). A média anual de temperatura encontra-se entre 24,6°C a 26°C em toda a sua extensão. 
E, precipitação pluviométrica anual, cujo período chuvoso vai de março a agosto, apresenta índices em torno de 1050 mm a 1650 mm 
para os municípios próximos ao litoral, enquanto que, para aqueles que estão na região do polígono das secas ou na sua transição, o 
índice varia em torno de 800,0 mm a 996,7 mm, com exceção do Município de Nossa Senhora das Dores, que se encontra na zona de 
transição e apresenta precipitação média anual de 1056,4 mm.
Conforme Brasil (2002), a geologia da bacia hidrográfica do rio Japaratuba está representada pelas seguintes formações: Domí-
nio Macururé; Depósitos Flúvio-lagunares; Depósitos de Pântanos e Mangues; Depósitos Aluvionares; Depósitos Eólicos Litorâneos; 
Grupo Perucaba; Grupo Barreiras; Formação Cotinguiba, membro Sapucari; Granitoides, Tipo Falo mal; Grupo Coruripe; Membro 
Taquari (Formação Riachuelo); Membro Maruim (Formação Riachuelo) e Corpos Máfico-Ultramáficos.
A unidade geomorfológica dominante em boa parte da bacia hidrográfica do rio Japaratuba, principalmente os municípios in-
terioranos é o Pediplano Sertanejo, cujas características são de superfície pediplanada e relevos dissecados dos tipos colina, cristas 
e interflúvios tabulares. Superfícies de rios, com relevo dissecado predominantemente em colinas, embora existam crista e interflú-
vios tabulares dominando a área compreendida nos vales do rio Cotinguiba-Sergipe. Tabuleiros Costeiros com características de 
superfície Tabular Erosiva, do tipo aplainado, com seções de drenagem perene e relevos dissecados em colinas, cristas e interflúvios 
tabulares, ocorrendo no nordeste do Estado. Planície Costeira ocorrendo na região litorânea da bacia hidrográfica do rio Japaratuba, 
especificamente na sua foz e são resultantes de processos de acumulação flúvio-marinha, fluvial e fluvial, correspondendo às planícies 
marinhas, flúvio marinha e fluvial com ou sem terraço fluvial.
Os solos que compõem a região da bacia hidrográfica do rio Japaratuba-Sergipe são Argissolo Vermelho – Amarelo Eutrófico, 
Eutrófico, Argissolo Vermelho – Amarelo, Neossolos Litólicos Eutróficos e Planossolo Háplico Eutrófico Vertissólico, Vertissó-
lico, Vertissolos Hidromórficos (Gleisolos, Organossolos e Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos), Espodossolos, Latossolos 
Vermelhos Amarelos, Cambissolos Háplicos Eutróficos e Cambissolos Háplicos Distróficos, Pediplano Sertanejo, Neossolos Quart-
zarênicos Marinhos e Halomórficos (Indiscriminados de Mangues) com uma vegetação de Capoeira, vestígios de Mata, Caatinga e 
Higrófila, campos limpos e campos sujos.
Aspectos socioeconômicos
A civilização humana sempre esteve associada à ocupação das margens dos cursos d’água existentes na superfície da Terra. Estes 
assentamentos também se condicionaram às condições climáticas, o de ver suas águas secarem por conta de estiagens prolongadas 
ou a presença de grandes inundações, considerando as ações dos fenômenos naturais. E também, por outro lado, ter que enfrentar 
querelas e disputas por conta de interesses de outros grupos. A despeito destes conflitos que têm o foco no ambiente, a sobrevivên-
cia destes grupos humanos sempre esteve ligada às suas necessidades básicas e vitais. Como o objeto deste estudo são os conflitos 
socioambientais imbricados nos usos dos recursos naturais, a bacia hidrográfica do rio Japaratuba, não está livre das querelas, con-
tradições e conflitos humanos. Antes, em séculos antecedentes, o espaço era ocupado pelos índios Tupinambás, que tiveram disputar 
suas terras com os colonos brancos portugueses. 
Hoje, os municípios que compõem a bacia hidrográfica do rio Japaratuba-Sergipe, são ocupados por uma população de 201.337 
habitantes, dos quais 122.486 estão nas áreas urbanas e o restante, que representa 78.851 habitantes, encontra-se nas áreas rurais. A 
maior concentração de população é registrada na área central desta unidade de planejamento, onde estão localizadas as cidades de 
Nossa Senhora das Dores, Capela, Aquidabã e Maruim.
Didatismo e Conhecimento 9
CONHECIMENTOS GERAIS
A partir da década de 1960 a bacia hidrográfica do rio Japaratuba, que já se encontrava com o ambiente em processo de degra-
dação e com algumas reservas de mata atlântica dispersas em locais ainda não explorados ou em latifúndios ainda não usados pela 
lavoura recebeu, no seu estuário, a instalação do Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás (indústria petrolífera ligada à prospecção, ex-
ploração, extração e produção de petróleo e gás). Some-se ao processo de degradação já existente, a partir da exploração do solo pela 
monocultura da cana-de-açúcar, da pecuária e da extração de madeira, a chegada da indústria de petróleo que faz uso do solo e do sub-
solo dessa bacia hidrográfica, impõe uma exploração de forma mais significativa e com consequência de degradação ambiental ainda 
maior. A unidade de planejamento em estudo sofreu maior agressão ambiental quando o descarte de água produzida proveniente do 
processo de produção de petróleo era lançado diretamente no leito do rio Japaratuba ou mesmo no entorno da bacia hidrográfica. Tal 
fato refletia negativamente na utilização dos corpos d’água superficiais para uso humano, animal e para pesca, que se constituía em 
economia de subsistência para as comunidades do entorno da referida bacia. Nesse contexto, a unidade de planejamento foi e tem sido 
objeto de conflitos na região, o que impede a sustentabilidade do ambiente e da comunidade com reflexos no desenvolvimento social 
da região e, por consequência, na qualidade de vida da população.Na década de 1980 foi instalado o Complexo Minero- industrial 
Taquari-Vassouras (explorado pela empresa Petróleo Brasileiro Mineração – Petromisa) – arrendada desde 1992 à Companhia Vale 
do Rio Doce (Vale) – a se instalar para produzir cloreto de potássio e sódio, acrescentando mais uma variável no já degradado espaço 
ambiental da bacia hidrográfica do rio Japaratuba. 
A implantação destas indústrias de mineração e exploração de petróleo provocou alterações físicas, econômicas e sociais, em 
decorrência da forma de utilização da bacia hidrográfica do rio Japaratuba que a modificou desde o subsolo à superfície moldando, 
inclusive o relevo, com a derrubada de morros e colinas para adequar às suas necessidades exploratórias.
A estrutura produtiva do setor secundário da bacia hidrográfica do rio Japaratuba apresentava-se sempre de forma semelhante a 
do Estado de Sergipe, dado o seu interrelacionamento com o setor primário, base econômica da região. Os estabelecimentos indus-
triais presentes na bacia hidrográfica do rio Japaratuba são indústrias químicas, indústrias cerâmicas, indústria de mineração, indús-
trias de exploração de petróleo, minerações (mármore e granito) e indústrias de cerâmica. A quantidade total de estabelecimentos in-
dustriais cadastrados nos municípios da bacia do rio Japaratuba é 111, o que corresponde a 7% do total do Estado. Os municípios que 
registram a maior concentração de estabelecimentos industriais são: Capela (19), Japaratuba (16) e Nossa Senhora das Dores (28). 
As áreas de exploração de petróleo pela Petrobrás ocorrem nos municípios de Pirambu, Carmópolis, Japaratuba, Rosário do Catete, 
General Maynard, Maruim, Santo Amaro das Brotas e Siriri. A extração de potássio e sódio ocorre exclusivamente no município do 
Rosário do Catete. Os municípios de Pirambu e Barra dos Coqueiros destacam-se também na atividade turística, pois se encontram 
localizados na faixa litorânea, onde afloram as praias às margens do rio Japaratuba e se constroem os bares e pontos de atracação de 
embarcações (Sergipe, 2006).
No que se refere ao atendimento pela rede pública de abastecimento d’água aos domicílios situados na bacia hidrográfica do rio 
Japaratuba, aproximadamente 37,7% dos mesmos não são atendidos. Melhor situação é observada nos municípios de Carmópolis 
(18,7%), Rosário do Catete (25,5%) e Pirambu (27,3%), enquanto que no município de Siriri observa-se a pior situação, onde 54,4% 
dos domicílios apresentam abastecimento d’água inadequado. Quanto ao esgotamento sanitário, 88,7% dos domicílios da bacia 
hidrográfica do rio Japaratuba apresentam situação inadequada. Na maioria dos municípios esse percentual chega a 100%, exceto 
em Rosário do Catete e Carmópolis, onde se tem índices de inadequabilidade do sistema de esgotamento sanitário de 13% e 51,1%, 
respectivamente. A maior parte dos domicílios possuem fossa rudimentar (71,4%), enquanto 15,5% não possuem nem banheiro nem 
sanitário. Dessa forma, os rios e açudes da bacia do rio Japaratuba recebe uma carga poluidora orgânica representada pelo lançamento 
de esgotos domésticos.
Quanto ao uso da terra na bacia hidrográfica do rio Japaratuba está caracterizado pela existência de áreas urbanas e rurais, uni-
dades industriais e grande parte do campo de exploração de petróleo do Estado de Sergipe e de exploração de potássio. As principais 
formas de uso da terra são as seguintes: ocupação urbana e industrial (Nossa Senhora das Dores); áreas cultivadas com cana-de-
-açúcar (Japaratuba e Capela); áreas cultivadas com coco (Santo Amaro das Brotas); áreas cultivadas com feijão (Nossa Senhora das 
Dores); áreas cultivadas com mandioca (Nossa Senhora das Dores); áreas cultivadas com milho (Nossa Senhora das Dores); áreas 
de exploração de petróleo (Pirambu, Carmópolis, Rosário do Catete e Siriri); áreas de Mata Atlântica e Manguezais e, uma área de 
proteção ambiental localizada próximo ao litoral no município de Pirambu – a Reserva Biológica de Santa Isabel pertencente à União. 
(Texto adaptado de ARAÚJO, S. S. de. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente).
Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe 
O rio Sergipe é um rio brasileiro que banha o estado de Sergipe. Na sua foz, separa Aracaju da Barra dos Coqueiros. Recentemen-
te uma ponte foi construída sobre o seu leito. A ponte Construtor João Alves filho que liga a capital do estado Aracaju ao município 
de Barra dos Coqueiros é o último obstáculo do rio até o seu encontro final com o mar.
Didatismo e Conhecimento 10
CONHECIMENTOS GERAIS
- Características da Bacia Hidrográfica
Com uma extensão de 210 km, o rio Sergipe nasce na Serra Negra, divisa com o estado da Bahia, atravessando Sergipe no sentido 
oeste/leste até desaguar no Oceano Atlântico, entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros, perfazendo uma área de 3.673 
km², o que corresponde a 16,70% do território sergipano.
- Principais afluentes
Entre os principais afluentes que compõem a bacia hidrográfica, destacam-se pela margem direita os rios Sovacão, Lages, Cam-
panha, Jacoca, Vermelho, Jacarecica, Pitanga e Poxim e pela margem esquerda os rios Salgado, Cágado, Ganhamoroba, Parnamirim 
e Pomomba; a Lagoa dos Mastros, o Açude da Macela, em Itabaiana e as Barragens Jacarecica I e II.
- Clima
Na bacia do rio Sergipe, como em todo o Estado, predomina o clima quente, com verão seco. No sertão, que corresponde a 58% 
da bacia, o clima é semiárido, enquanto na parte do agreste, que cobre 24% das terras, é subsumido. Na faixa litorânea (18% da área), 
o clima é classificado como úmido. As chuvas, normalmente, se concentram nos meses de março e agosto. Na grande Aracaju, a 
precipitação média anual é de 1.333 mm e a temperatura média anual é de 25,2%°C.
- Uso do solo
Ao longo da bacia hidrográfica predomina a ocupação das terras com pastagem, correspondendo a 46% da área física da bacia. 
Esse fato torna a pecuária uma atividade econômica de natureza predatória, sendo responsável por grande parte do desmatamento. As 
matas pouco densas ocupam 22,6% da área, enquanto 18,5% estão ocupadas pelas lavouras; 5,1% por florestas; 2,2% por mangues; 
2% por áreas urbanas; 1,6% por vegetação de dunas; 1,3% por superfícies com água e 0,7% por áreas expostas. 
- Municípios pertencentes à bacia hidrográfica
A bacia hidrográfica do rio Sergipe é constituída por 26 municípios, dos quais oito possuem suas terras inseridas integralmente na 
área da bacia: Laranjeiras, Nossa Senhora Aparecida, Malhador, Riachuelo, Santa Rosa de Lima, Moita Bonita, São Miguel do Aleixo 
e Nossa Senhora do Socorro. Os demais estão parcialmente inseridos, destacando-se Aracaju, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, 
Carira, Divina Pastora, Feira Nova, Frei Paulo, Gracho Cardoso, Itabaiana, Itaporanga d’Ajuda, Maruim, Nossa Senhora da Glória, 
Nossa Senhora das Dores, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, Siriri e Ribeirópolis. Ao longo do seu percurso, 
dezesseis outros rios e vários riachos vão lançando suas águas na calha principal do rio, contribuindo para sua formação e culminando 
no Oceano Atlântico, por meio de seu extenso estuário.
- Principais usos da água
Abastecimento humano através dos rios Poxim, Jacarecica e poços artesianos perfurados na bacia, atendendo a população urbana 
e rural. As barragens Jacarecica I e II e o Açude da Macela são importantes reservatórios de água para a irrigação de hortaliças e fru-
tas. As atividades pesqueiras artesanais, aquicultura, recreação náutica, turismo e transporte hidroviário lignado a cidade de Aracaju 
aos municípios vizinhos. O crescimento urbano e o desenvolvimento industrial submetem a bacia à intensa poluição, resultante dos 
efluentes domésticos e industriais. O Decreto nº 20.778 de 21 de junho de 2002, do Governo do Estado de Sergipe instituiu o Comitê 
da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe que tem, entre outras, a atribuição de deliberar sobre os projetos de aproveitamentode recursos 
hídricos.
- Ocupação urbana
Dos 2.184.475 habitantes do estado de Sergipe (IBGE, 2010), 1.010.523 habitam a área de influência da bacia, o que correspon-
de a 56,6% da população estadual. Aracaju, capital com 570.561 habitantes, representa 52,67% da população residente na bacia. O 
rio Sergipe se constitui num importante curso d’água para o desenvolvimento econômico do estado, contribuindo para as atividades 
econômicas e tornando-se um corredor atrativo para a implantação de empreendimentos nos setores industrial e de agropecuária.
Didatismo e Conhecimento 11
CONHECIMENTOS GERAIS
- Problemas da bacia hidrográfica
Os principais problemas hídricos e ambientais da bacia são: lixeiras a céu aberto; deficiência de sistema de esgoto; desmatamen-
to; contaminação por fontes diversas e irregularidades no abastecimento de água; má qualidade da água; uso intensivo de agrotóxi-
cos; desperdício de água; exploração de areia e de argila; queimadas; deficiência de educação ambiental; pesca e caça predatórias e 
enchentes.
 - Bacia Hidrográfica e sua Importância
A Bacia do rio Sergipe - existe uma certa polêmica quanto a nascente do rio Sergipe, alguns afirmam que se situa na serra da Boa 
Vista, em Poço Redondo, e outros dizem que o rio nasce nas fraldas da serra Negra, na Bahia. Porém, todos concordam que a sua 
bacia possui uma grande importância histórica e sócio- econômica para o Estado, foi por ela que se desenvolveu o Estado, no seu leito 
escoava toda a produção açucareira e todas as riquezas do Estado, “nenhum dos vales sergipanos, nenhum dos grandes e históricos 
rios representou papel tão permanente e tão amplo como o rio Sergipe”, escreveu Luiz Antônio Barreto, Diretor do Instituto Tobias 
Barreto de Educação e Cultura.
Desta forma, Guerra (1978, p.46), conceitua Bacia Hidrográfica como um “conjunto de terras drenadas por um rio principal e 
seus afluentes”.
Pois, a bacia hidrográfica do Rio Sergipe são aproximadamente 210 km até o mar, sendo alimentada por doze rios e vinte e cinco 
riachos, sua bacia drena 16,7% do Estado, o que representa 3.673 km2, abrangendo vinte e seis municípios sergipanos, sendo assim 
a maior, mais importante e mais povoada bacia de domínio estadual, onde se encontra a maior concentração industrial, e também o 
maior índice degradação e de problemas ambientais.
Desse modo, o diagnóstico participativo realizado na Bacia aponta como principais problemas o desmatamento, o esgoto e o 
lixo. “A situação atual complica- se também do ponto de vista da disponibilidade, uma vez que o desmatamento, aliado à degradação 
do solo, provoca irregularidade no abastecimento de águas das sedes municipais e comunidades rurais, devido principalmente a uma 
cadeia de eventos formada pelo aumento do escoamento superficial, pelo assoreamento dos mananciais superficiais e pela diminuição 
dos reservatórios subterrâneos”. 
Contudo, a bacia hidrográfica deve incluir também noção de dinamismo, por causa das modificações que ocorrem nas linhas 
divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou diminuindo a área da bacia.
- Dados da Bacia do Rio Sergipe
- Área (km²) – 3.659,028
- Comprimento Rio Principal (km) – 210
- Potencial Água Subterrânea (Mil m³/ano) 334
- Nome – Bacia do Rio Sergipe
- Potencial Água Superficial (Milhões m³/ano) - 6,6
- Vazão Media do Rio Principal (m³/s) – 13,84
- Principais rios que abastecem a cidade de Aracaju
Rio Sergipe: O rio Sergipe, que tem sua nascente nas fraldas da Serra negra, no Estado da Bahia, corre mais de 140 km, até 
lançar-se ao mar, em Aracaju. Seu curso é alimentado por muitos rios, como o Caípe, o Cotinguiba, o Vermelho ou Donga, o Guanha-
moroba, o Jacoca, o Jacarecica, o Madre Deus, o Morcego, o Mangaba, o Parnamirim, o Pitanga, o Poxim, que integram o sistema 
de abastecimento de água de Aracaju, o Poxim-Açu, o Poxim-Mirim, e o Sal.
Conta, ainda, com muitos riachos, alguns com volume razoável de água e perenidade. São, portanto, riachos tributários: o Boa 
Vista, Bexiga, Cadoz, Canal, Canabrava, Calumbi, Cancelo, Cafuz ou Chiqueiro, Cedro, Coqueiro, Cumbe, Flor, Negros, Piabas, 
Pati, Pacaí, Poço das Moças, Represa, Salgadinho, Saco Torto, Tabocas, Timbó, Tramandaí, Vermelho e X, que tem, na verdade, 
outro nome.
- Rio Poxim: O Rio Poxim é um dos principais afluentes da margem direita da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, o Poxim, é 
considerado uma sub-bacia que abrange parte dos municípios de Itaporanga D’Ajuda, Areia Branca, Laranjeiras, Nossa Senhora do 
Socorro, São Cristóvão e Aracaju recebendo as águas dos rios Poxim- mirim, Poxim-açu e Pitanga, tendo sua foz na maré do Apicum.
A região estuarina do Rio Poxim-SE, está localizada na região sudoeste do Estado de Sergipe, possuindo uma extensão de apro-
ximadamente 9 km, com cerca de 100 m de largura e profundidade média de 2 m.
Didatismo e Conhecimento 12
CONHECIMENTOS GERAIS
O Poxim percorre vários bairros da capital sergipana, onde a maioria não possui uma rede de saneamento correta e todos os 
dejetos que saem das casas, sejam eles orgânicos ou artificiais, são jogados diretamente no rio. No Conjunto Beira Rio, no Bairro 
Inácio Barbosa, não é diferente.
O mau cheiro incomoda a população e afasta a clientela de alguns comerciantes. “Sou morador do bairro há mais de 25 anos 
e esse problema com o rio Poxim é caso antigo. Tem dias que fica insuportável até ficar na porta de casa pelo cheiro forte que aqui 
existe. Não sei como os comerciantes dessa região ainda possuem clientela fixa, porque o incômodo é grande”, reclama o aposentado 
José Roberto Santana.
- Adutora do São Francisco
Em 1980 foi implantada a 1ª etapa do Sistema de Adutora São Francisco, com alcance para 10 anos. Sua construção respaldou-se 
na necessidade de atender ao mesmo tempo, o crescimento de demanda de Água da cidade de Aracaju e a implantação de dois grandes 
projetos industriais, quais sejam: as plantas de Amônia e Ureia, da NITROFERTIL e Cloreto e Potássio, da antiga PETROMISA, 
hoje operada pela Cia Vale do Rio Doce.
Captação: Margem direita do Rio São Francisco - cerca de 2 km à montante da cidade de Própria.
- Municípios Atendidos:
- Aracaju
- N.Sra. do Socorro
- Barra dos Coqueiros
- Atalaia Nova
- Malhada dos Bois
- Muribeca
O Sistema entrou em operação em l982, e Aracaju passou a ser a primeira capital do Nordeste a ser abastecida pelo Rio São 
Francisco, o maior, o mais importante e o mais seguro suprimento do Estado, com água de boa qualidade para o consumo humano.
O abastecimento da área metropolitana de Aracaju conta, além do Sistema São Francisco, com outros sistemas menores, nem por 
isso menos importantes. (Texto adaptado de TRINDADE, M. A. D. Pós-Graduado em Educação e Gestão Ambiental).
Bacia Hidrográfica do Rio Vaza Barris 
O rio Vaza Barris nasce no município de Uauá, no estado da Bahia, numa elevação de aproximadamente 500m. Seu comprimento 
total é de 3.300Km, dos quais apenas 152 km estão no Estado de Sergipe. A área total da bacia hidrográfica é de 17.000 km2, sua 
maior parte esta no Estado da Bahia, apenas 15% ou seja 2.559 km2 localiza-se no Estado de Sergipe, cobrindo 11,6% da área do 
Estado. 
Apesar de sua significativa área hidrográfica, a descarga na Bahia é intermitente e é apenas no Estado de Sergipe que o Vasa 
Barris se torna um rio perene. Os tributários principais em Sergipe são os rios Salgado e Traíras, ambos desaguando no rio Vaza 
Barris em sua margem esquerda. Quanto ao abastecimento urbano e grande rural, 97.3 mil m3/dia de água são desenvolvidos dentro 
da bacia, principalmente pelo Projeto da Barragem do Vaza Barris. Desta fonte hídrica, 20.0 mil m3/dia (21%) de água é fornecida à 
própria bacia e 77.3 m3/dia (79%) a outras bacias. 
A água consumida na bacia é 42% proveniente da própria bacia e 58% de outras bacias. Municípios do Estado de Sergipe in-
seridos na bacia hidrográfica:Carira, Frei Paulo, Pedra Mole, Pinhão, Areia Branca, Campo do Brito, Itabaiana, Macambira, São 
Domingos, Simão Dias, Lagarto, . Aracajú, São Cristovão, Itaporanga D’ajuda. 
Bacia Hidrográfica do Rio Piauí 
A Bacia Hidrográfica do Rio Piauí possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território estadual e abran-
ge 15 municípios, onde estão totalmente inseridos terras de seis municípios: Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Estância, Boquim, 
Pedrinhas e Arauá e parcialmente nove municípios: Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Poço Verde, Riachão do 
Dantas, Simão Dias, Tobias Barreto e Umbaúba, localizados em sua maioria na região sul do estado e com uma população de 432.000 
habitantes aproximadamente. 
A sua bacia hidrográfica está localizada na parte sul do estado, sendo delimitada, aproximadamente, pelas coordenadas geográ-
ficas 10°45’ e 11°30’ de latitude sul e 37°15’ e 38°00’ de longitude oeste. Limita-se ao norte com a bacia do rio Vaza Barris; a oeste 
com o estado da Bahia e com a bacia do rio Real; ao sul com a bacia do rio Real; e, a leste, com o Oceano Atlântico, onde tem a sua 
desembocadura em terras do município de Estância, no complexo hídrico denominado Barra da Estância. 
Didatismo e Conhecimento 13
CONHECIMENTOS GERAIS
O rio Piauí constitui-se como um dos mais importantes componentes da rede hidrográfica do estado de Sergipe. O sistema hidro-
gráfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo curso d’água principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte, 
destacando-se, pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo. Os diversos 
usos das águas na Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias, consumo humano e animal, pescam, turismo e lazer 
estão associados às atividades econômicas, ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas hídricos, naturais 
e construídos, que possibilitam o desenvolvimento da região. 
Os problemas ambientais que têm relação direta com os recursos hídricos presentes na bacia hidrográfica do rio Piauí são ine-
rentes a quase todos os municípios brasileiro como: lixeira, esgoto a céu aberto, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, 
uso indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais, desmatamento. Esse registro identifica o tipo de relação que 
a sociedade estabelece com o meio ambiente. Excetuando-se os problemas relacionados com os resíduos industriais presentes nos 
municípios de Estância, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Salgado e Simão Dias, os demais estão presentes em todos os municípios. 
Bacia Hidrográfica do Rio Real 
O rio Real nasce no Estado da Bahia mas percorre até sua foz oito municípios do Estado de Sergipe: Poço Verde, Tobias Barreto, 
Riachão do Dantas, Cristinapólis. Itabaianinha, Tomar do Geru, Umbaúba, Indiaroba, tendo uma área de 2.568 km2 que corresponde 
11,6% do Estado, sua vazão média é de 20,46 m3/seg. O abastecimento urbano e grande rural tem 8.8 mil m3/dia de água desenvol-
vidos dentro da bacia, principalmente pelo projeto de elevação do dique da Barragem do Jabeberí. Desta fonte hídrica, 8.5 mil m3/
dia (96%) de água são fornecidos à própria bacia e 0.4 mil m3/dia (4%) a outras bacias. A água consumida dentro da bacia é 42% 
proveniente da própria bacia e 58% de outras bacias hidrográficas. 
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco abrange 639.219 km2 de área de drenagem (7,5% do país) e vazão média de 2.850 
m3/s (2% do total do país). O rio São Francisco tem 2.700 km de extensão e nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoando 
no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa 
entre Alagoas e Sergipe.
Didatismo e Conhecimento 14
CONHECIMENTOS GERAIS
 A Bacia possui sete unidades da federação – Bahia (48,2%), Minas Gerais (36,8%), Pernambuco (10,9%), Alagoas (2,2%), 
Sergipe (1,2%), Goiás (0,5%), e Distrito Federal (0,2%) – e 504 municípios (cerca de 9% do total de municípios do país). Devido à 
sua extensão e diferentes ambientes percorridos, a Bacia está dividida em 4 regiões: Alto São Francisco – das nascentes até a cidade 
de Pirapora (111.804km2 – 17,5% da região); Médio São Francisco – de Pirapora até Remanso (339.763km2 – 53% da região); 
Sub-Médio São Francisco – de Remanso até Paulo Afonso (155.637km2 – 24,4% da região); e o Baixo São Francisco – de Paulo 
Afonso até sua foz (32.013km2 – 5,1% da região). Cerca de 16,14 milhões de pessoas (9,5% da população do país) habitam a bacia 
hidrográfica do São Francisco, com maior concentração no Alto (56%) e Médio São Francisco (24%). 
A população urbana representa 77% da população total e a densidade populacional é de 22 hab/km2. Nas demais regiões, obser-
va-se percentual de população da ordem de 10% no Sub-Médio e no Baixo São Francisco. Os dados referentes à população urbana e 
rural, e taxa de urbanização estão apresentados na tabela abaixo:
A ECONOMIA DE SERGIPE NO PERÍODO 
COLONIAL E IMPERIAL.
Durante todo período colonial, (1500-1808) o Brasil manteve uma economia primária exportadora, considerada por Nova Pinto 
como “colônia agrícola fornecedora de produtos tropicais”, excetuando-se o período de 1700 a 1780, quando predominou a economia 
mineira, controlada através do monopólio de Portugal que por sua vez manteve uma semi-dependência econômica da Inglaterra. 
 O território sergipano, no mesmo período colonial, (1500-1808), não fugiu às regras impostas pela metrópole à economia brasi-
leira, sofrendo inclusive com a exportação e contrabando do pau-brasil pelos franceses. 
 Por outro lado, começa a contribuir com o ciclo açucareiro, a partir do início do século XVII (1612) quando foi criado o primeiro 
engenho, acrescido de mais sete, já na terceira década, durante a ocupação holandesa, entre 1630 e 1654. 
 Na segunda metade do século XVIII a cultura canavieira começa a expandir-se mais ainda e em 1724 o estado já contava com 
25 engenhos, passando a 140 no final do século, quando começa a receber o incentivo do governo imperial na criação de engenhos 
centrais, tornando-se inclusive em julho de 1820, oficialmente independente da Bahia, através de uma Carta Régia, o que se torna 
realmente factual em 1822, com a emancipação do país. 
 Em 1855, dá-se a mudança da capital da província, de São Cristóvão para Aracaju, agora mais perto do seu porto e se integrando 
ao comércio internacional do açúcar, definindo aos poucos relações econômicas com diversas outras regiões. 
 Inicia-se aí a modernização do processo produtivo do açúcar, sendo criado no município de Riachuelo, na década de 1880, um 
engenho central, sem muito êxito, devido à falta de matéria-prima. Alguns engenhos são transformados em usinas e outros passam 
a ser simples fornecedores de cana. Na década de 1850 a cultura do algodão que vinha com bom desempenho começa a decair e 
em 1852 o presidente da província solicita ao governo imperial remessas de sementes para regenerar a cultura do produto, sofrendo 
também à época toda economia provincial um sensível abalo com a epidemia da cólera-morbis que atingiu as regiões produtoras, 
fazendo cerca de dez mil vítimas. 
 A cana de açúcar fazia também uma grande concorrência ao cultivo do algodão, não lhe concedendo espaço nas exportações, 
situação que vem a melhorar na década de sessenta, com a guerra civil americana e a saída dos Estados Unidos como principal forne-
cedor para a Inglaterra. Em 1863 já havia registro de grandes vendas àquele país, principalmente de algodão e tabaco. 
 A partir de 1873, começava o declínio nas importações e exportações do algodão e algumas cidades começavam a associar ao 
seu cultivo outras culturas, notadamente de subsistência, como fez Simão Dias, Estância, Lagarto, Itabaianinha, Campos, Vila Nova, 
Curralde Pedras, Maruim, Japaratuba, Nossa Senhora das Dores, Itabaiana e várias outras, que deixaram de dar prioridade ao algodão 
para serem grandes produtoras de feijão, milho, mandioca, fumo, batata e coco. 
Didatismo e Conhecimento 15
CONHECIMENTOS GERAIS
 Mas a atividade industrial em Sergipe começa em 1858, embora algumas dificuldades segurassem seu desenvolvimento nas 
cidades de Laranjeiras, Capela e Santa Luzia, não havendo inclusive aparelhos aperfeiçoados para o beneficiamento do algodão, o 
que concorria para uma menor produção e consequentemente custos mais elevados. 
 Em 1869 dispunha a província de 127 máquinas de descaroçar algodão, as mais importantes instaladas na cidade de Maruim, 
pertencente à Casa de A. Scharamm e Cia., e no Engenho Serra Negra, pertencente ao Dr. Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel. 
 Na década de 70, a província de Sergipe reunia condições mínimas para implantação da indústria têxtil. Mas a principal indús-
tria era a do açúcar, vivendo com grandes dificuldades, vencida somente na década seguinte, com a expansão do mercado externo. 
É quando começa também o processo de urbanização de Aracaju, em função da criação de um comércio interno, das epidemias e 
das secas, pois a cidade passa a receber dezenas de emigrantes que, com os seus negócios arruinados, passam a viver do acanhado 
comércio que nascia na capital. 
 Em 1889, proclamada a república, não acontecem grandes transformações e as finanças estaduais são ainda inteiramente depen-
dentes das exportações açucareiras, assim, continuando a ser o açúcar a grande exportação do Estado e o segundo produto no nordes-
te, mas permanecendo a dependência da Bahia e do Rio de Janeiro, onde estavam os grandes financiadores, prevalecendo, portanto 
uma economia praticamente agrícola, embora alguns esforços para desenvolver o setor industrial. 
 Por outro lado, já em 1922 começa a se desenvolver a indústria de tecidos, aperfeiçoada em suas aparelhagens, como também a 
de óleos vegetais e de beneficiamento de couros e peles. O algodão começa a fazer concorrência, já possuindo Sergipe oito fábricas 
de tecidos, com produtos expostos em Londres. 
 Em 1834 começa a diversificação do parque industrial do estado, contando já com 630 unidades fabris, sendo 49 as mais impor-
tantes, dedicadas ao tecido, espelhos, coco, móveis, doces, produtos farmacêuticos, vinagre, calçados e gelo. 
 A primeira fábrica ou estufa de coco de Sergipe surge nos idos de 1916, em Barra dos Coqueiros, pelas mãos do sergipano 
Jardelino Porto, e é também neste período, 1932-1934 que o estado sai da condição de importador para exportador da fibra de coco, 
através da firma E. Porto & Irmãos, dirigida por Euclides e Irineu Porto. 
Surge também neste período o início da produção do leite de coco, graças à visão do empresário Álvaro Sampaio e do químico 
Antônio Tavares de Bragança. 
Na década de 40 o governo começa a estimular a iniciativa particular e o então Governador do Estado, Dr. José Rollemberg 
Leite, em 1943, isenta de impostos indústrias novas, estabelecendo prazos, critérios e valores através de uma tabela. Aos 30 dias de 
abril de 1948, na sede da Delegacia Regional do Trabalho é fundada a Federação das Indústrias do Estado de Sergipe FIEs, com a 
participação dos seguintes sindicatos: Fiação e Tecelagem, Panificação e Confeitaria, Açúcar, Calçados, Alfaiataria e Confecções de 
Roupas de Homem. 
No salão nobre da Associação Comercial de Aracaju, é realizada a Assembleia Geral de instalação e posse da primeira diretoria 
da FIES, tendo como endereço a Av. Rio Branco 330, 1º andar. A nova entidade surge tendo por objetivos amparar e defender os inte-
resses gerais das categorias econômicas industriais perante os poderes públicos, colaborando com os mesmos no estudo e solução de 
todos os assuntos capazes de fomentar a coesão, o fortalecimento e a expansão econômica. Objetivava ainda promover a solução con-
ciliatória dos dissídios ou litígios concernentes às atividades por ela representadas, a adoção de regras e normas que possibilitassem 
aperfeiçoar os sistemas de fabricação e os processos tecnológicos, dentre outras importantes diretrizes que assinalassem significativo 
avanço no processo industrial. 
 Neste mesmo ano, o Sindicato da Indústria da Construção Civil é filiado a Federação das Indústrias, é aprovado o pedido de filia-
ção da entidade à CNI e eleitos os seus primeiros representantes junto aquela entidade, nas pessoas dos industriais: Durval Rodrigues 
da Cruz, Carlos Silva Gomes e José Irineu no Nascimento. 
 Em Setembro de 1948 é criado o Departamento Regional do SENAI. 
A partir daí inicia-se o esforço pela preparação e qualificação da mão de obra industrial. A entidade dá início ao processo, pri-
meiro com a instalação do Centro de Treinamento Coelho e Campos, instalado na rua Própria e depois com a instalação de outros 
núcleos e cursos de capacitação profissional, assinalando uma nova fase para o segmento industrial que passa a contar com pessoal 
qualificado no desempenho das atividades fabris e na operacionalização do maquinário instalado nas indústrias sergipanas com sig-
nificativa melhoria da qualidade de vida da população. Em janeiro do ano seguinte é instalado o Departamento Regional do SESI 
em Sergipe. A entidade tinha como objetivo o estudo, o planejamento e a execução de medidas que contribuam diretamente para o 
bem estar social dos trabalhadores da indústria e atividades assemelhadas, concorrendo para a melhoria do seu padrão de vida. A 
Educação, o Esporte, o Lazer, a Saúde e a Assistência Social aos operários, passam a experimentar uma nova e importante fase com 
multiplicação de ações direcionadas ao empregado da indústria e seus dependentes. 
Chega à década de 50 e Sergipe com a política de isenção amplia seu parque industrial, desenvolvendo vários segmentos como 
tecidos, açúcar, beneficiamento de arroz, coco, óleos vegetais, sabão doméstico, laticínios, artes gráficas, álcool, papelão, entre ou-
tros. 
 Alcançada a década de 60, a expectativa com a exploração do petróleo gerou um resfriamento das atividades agrícola e pecuária 
e como consequência o setor industrial que dependesse do algodão, da cana-de-açúcar e do coco passou a receber insumos menores 
e menos atenção das autoridades. 
Didatismo e Conhecimento 16
CONHECIMENTOS GERAIS
É também neste período que Sergipe alcança o maior número de empresas no ramo da industrialização do coco. Na década de 60 
o Estado já é o terceiro em participação no contexto nacional, perdendo apenas para o Rio de Janeiro e São Paulo e o primeiro em 
qualidade de produção física. 
 Em 1963, com a descoberta do campo petrolífero de Carmópolis, começa a ser implantada toda infraestrutura para produção 
efetiva do petróleo, sendo instalada oficialmente a Petrobrás em Sergipe. Com relação aos demais minerais que deveriam ser explo-
rados, permaneceram ligados a interesses puramente particulares, dificultando assim o incremento definitivo desta atividade, o que 
só vem a acontecer no final da década, com a criação pelo governo de órgãos de assessoramento e planejamento industrial como o 
Ceag, Inep, Condese e com a participação efetiva da Federação das Indústrias de Sergipe. No início da década de 70 é implantado o 
DIA - Distrito Industrial de 
Aracaju, e definidos alguns incentivos fiscais, que impulsionam o surgimento de novos empreendimentos industriais. 
Em 1971 é oficialmente instalado o Núcleo Regional do Instituto Euvaldo Lodi- IEL, também vinculado a Federação das Indús-
trias do Estado. O IEL surge com o objetivo de realizar estudos e pesquisas de atividades universitárias entrosadas com atividades 
industriais, promovendo seminários, cursos especializados e estágios de treinamento. Procura, por fim, contribuir, sob qualquer for-
ma e dentro do espírito da livre iniciativa, para a formação da mentalidade de cooperação universidade/ empresa.Na década de 80 há um grande desenvolvimento da economia sergipana motivada pelo efetivo aproveitamento dos recursos mi-
nerais do estado, graças a amplos investimentos estatais, notadamente do sistema Petrobrás. Dar-se a instalação de duas importantes 
subsidiárias daquela estatal: a Nitrofértil, para a fabricação de amônia e ureia, e a Petromisa, para exploração e beneficiamento do 
Potássio, explorado da mina de Taquarí-Vassouras. É nesta década que o estado de Sergipe apresenta as maiores taxas de crescimento 
do seu produto interno, que o eleva à condição de detentor da maior renda per capita do nordeste brasileiro. 
Os anos 90 iniciam-se com inovações nem sempre benéficas a Sergipe. 
Dentro de mudanças globais, redefini-se o papel do setor público, coma retirada do Estado da economia. Isto representa um cho-
que para os sergipanos, posto que o grande capital estatal marcou como força motriz do desenvolvimento acelerado observado nas 
últimas décadas. Mesmo assim o Estado não parou. Sergipe conseguiu reverter o que eram derrotas, transformando-as em grandes 
vitórias. Dois exemplos podem ser citados: com a extinção da Petrofertil, a sua subsidiária sergipana, a Nitrofertil é incorporada a 
Petrobras; e com a extinção da Petromisa, conseguiu-se a continuidade do Projeto Potássio, através da Companhia Vale do Rio Doce. 
A vinda da Vale do Rio Doce para Sergipe merece destaque especial, pois ainda na década de 90, consolidam-se alguns investimentos 
primordiais para o desenvolvimento de Sergipe, entre os quais, com maior destaque para o Terminal Portuário Ignácio Barbosa, na 
Barra dos Coqueiros, o primeiro organizado dentro da nova legislação do setor e entregue para operação justamente à Vale do Rio 
Doce que apresenta larga experiência em logística e operações de transporte. 
O final da década de 90, bem como o início dos anos 2000, marcam o que deve ser analisado como uma nova fase da economia 
sergipana, com uma diversificação muito grande do setor industrial. Instalam-se novos tipos de indústrias, notadamente no setor de 
transformação, com destaque para a indústria de alimentos e bebidas, de equipamentos agrícolas e de irrigação, entre outros. 
A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe tanto como entidade de representação sindical, quanto como gestora do SESI, 
SENAI e IEL, continua no tempo e no espaço desempenhando um papel agregador do empresariado sergipano, procurando com equi-
líbrio manter um elo destes, para com o setor público, bem como trabalhando com denodo nos serviços de assistência e benefícios 
educacionais, de saúde e lazer ao trabalhador, na formação de mão de obra especializada para o setor, na transferência de tecnologia 
e interação universidade/indústria. 
GOVERNADORES E PREFEITOS DO
 PERÍODO REPUBLICANO.
1. A oligarquia Olimpista (1900-10):
No inicio do século XX, a política sergipana registra dois partidos majoritários: Partido Republicano de Sergipe: cabaús. Partido 
Republicano Sergipense: pebas.
• Olimpio Campos: tendo conseguido impor-se sobre os velhos políticos como líder dos cabaús, o Monsenhor Olímpio Campos. 
foi presidente do Estado, indicou os seus sucessores no governo, influiu poderosamente na eleição de deputados elegeu-se senador. 
Nos municípios também eram eleitas sempre pessoas ligadas ao Monsenhor e os empregos públicos eram distribuídos entre os seus 
correligionários. Manteve controladas as classes subalternas através do esquema de poder e repressão, apoiado pelos coronéis. 
Procurou contentar as classes dominantes, principalmente aos senhores de engenho, com um plano de recuperação da economia 
açucareira.
Didatismo e Conhecimento 17
CONHECIMENTOS GERAIS
• Revolta de Fausto Cardoso (1906): Definição: Golpe para derrubar o governo olimpista. Motivos: − A longa permanência dos 
olimpistas no poder. A formação de um grupo mais radical da oposição. A criação do Partido Progressista: oposição radical ao olim-
pismo. − causa imediata: a visita, pela primeira vez depois de eleito, do deputado federal Fausto Cardoso. + O Movimento: No dia 
10.08.1906, um contingente da Polícia Militar tomava o Palácio do Governo e depunha o presidente Guilherme Campos. Formou-
-se um novo governo com membros (camadas médias urbanas) do Partido Progressista. O movimento começou em Aracaju, mas 
espalhou-se por Maruim, Itabaiana, N. S. das Dores, Laranjeiras, Rosário, Itaporanga, Propriá, Divina Pastora, Capela, Riachuelo 
e Japaratuba. A Intervenção Federal: Em 28.08.1906, o governo federal enviou uma força interventora para Sergipe, que depôs os 
progressistas, retomou todas as sedes municipais e repôs o olimpista Guilherme Campos na presidência do Estado. Fausto Cardoso 
foi assassinado durante os embates militares da intervenção.
Dois meses depois, os filhos de Fausto Cardoso assassinaram Olimpio Campos no Rio de Janeiro.
O governo Graccho Cardoso (1922-26):
Fazia parte do grupo político que dominou Sergipe de 1910 a 1930: o PRC (Partido Republicano Conservador). procurou moder-
nizar a capital e atingiu em certa medida o interior do Estado: Saneamento. Abastecimento de água. Urbanização e embelezamento. 
Construção de estradas, pontes e escolas no interior.
• Revolta de 13 de Julho (1924): Movimento tenentista em Sergipe que promoveu a deposição de Graccho Cardoso aderindo à 
revolta movida em São Paulo para depor o presidente da república Artur Bernardes. Motivos: A crise política vivida pelo Brasil em 
âmbito nacional. a presença no 28º BC de oficiais implicados na revolta do Forte de Copacabana (RJ): foco de propaganda do anti-
bernardismo oposição ao Governo Federal. causa imediata: a participação de tropas do 28ºBC na deposição do governo baiano J. J. 
Seabra indignou os oficiais sergipanos, que se sentiram instrumentos da política vingativa e arbitrária do Presidente da República. O 
Movimento: os militares depuseram Graccho Cardoso e tomaram as cidades de Aracaju, Carmópolis, Rosário, Japaratuba, Itaporan-
ga e São Cristóvão. Repressão Federal: os militares foram violentamente derrotados pelas forças militares e pelas tropas formadas 
pelos “coronéis” sergipanos. Consequências: a violenta repressão gerou grande descontentamento e dividiu a sociedade sergipana 
em vencidos e vencedores. Desgastou o governo de Graccho Cardoso e o tornou cada vez mais submisso ao Governo Federal e aos 
“coronéis”.
• Revolta de Augusto Maynard (19.01.1926):
Motivos: A repressão aos movimentos tenentistas. A passagem da Coluna Prestes pelo Nordeste O Movimento: Fugindo da 
prisão, o tenente Augusto Maynard Gomes, comandou uma operação que a partir do controle do 28ºBC, tentou tomar o Quartel de 
Polícia e depor o governo. A Repressão: Graccho Cardoso mobilizou as forças legais ao governo: Augusto Maynard foi ferido e os 
tenentes pediram rendição.
A revolução de 30 em Sergipe: 
Sergipe não se incorporou dessa vez desde os primeiros momentos à revolução. em 16.10.1930, o manifesto de Juarez Távora e as 
tropas revolucionárias foram recebidas festivamente na cidade. Augusto Maynard foi indicado como Interventor Federal de Sergipe.
O governo de Seixas Dórea (1962-1964):
Incorporou-se à luta pelas reformas de base do presidente João Goulart. Participou do comício do 13 de maio no Rio, no qual 
anunciou a realização da reforma agrária para Sergipe. Essas atitudes provocaram inquietação nos grupos conservadores. O golpe 
militar de 31 de março de 1964, que derrubou João Goulart, também depôs Seixas Dórea.
Período 1889-2013
nº Nome início do mandato fim do mandato
1 Junta governativa sergipana de 1889 17 de novembro de 1889 13 de dezembro de 1889
2 Felisbelo Firmo de Oliveira Freire 13 de dezembro de 1889 17 de agosto de 1890
— Augusto César da Silva Lourenço Freire de Mesquita Dantas Antônio de 
Siqueira Horta
17 de agosto de 1890 4 de outubro de 1890
— junta governativa e interinos 4 de outubro de 1890 18 de maio de 1892
3 José de Calazans

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