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Universidade Federal do Acre – UFAC Centro De Ciências Exatas E Tecnológicas - CCET Curso de Bacharelado em Engenharia Civil Disciplina: Estradas I Docente: MsC. Lauro Julião De Sousa Sobrinho Discente: Bruno Araújo De Oliveira PROJETO GEOMÉTRICO DE UMA ESTRADA Rio Branco - Acre Janeiro de 2015 PROJETO GEOMÉTRICO DE UMA ESTRADA Trabalho realizado durante o Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da Universidade Federal do Acre, para compor a nota de N2, tendo como requisito a aprovação na disciplina de Estradas I, ministrada pelo professor MsC. Lauro Julião De Sousa Sobrinho. Rio Branco Janeiro de 2015 INTRODUÇÃO O presente trabalho é sobre um projeto geométrico de uma estrada, que estará situada dentro do campus Rio Branco, da Universidade Federal do Acre. Partindo do Castelo d’agua, situado próximo ao bloco “Vai quem quer” e como ponto de chegada, o Teatro Universitário. É objetivo deste trabalho, obtenção de conhecimentos por parte do aluno dos elementos integrantes de um projeto geométrico rodoviário, com base nas normas apresentadas em sala de aula pelo professor. O trabalho está organizado em cinco partes. Na primeira parte, será abortado as etapas da elaboração do projeto. Na parte dois, realizei o cálculo das curvas horizontais e verticais. Prosseguindo o trabalho, na terceira parte, foi feito os cálculos da concordância horizontal da curva 01 (um) do projeto. Após isso, na quarta parte, foi a vez de calcular os elementos de concordância vertical. Finalizando, após a obtenção de todos os dados, foi realizado o Diagrama de Bruckner. A metodologia usada foi pesquisa bibliográfica, enriquecida com as notas de aulas do professor Lauro Julião de Souza Sobrinho e utilização de elementos computacionais, dando suporte à elaboração do projeto final e demais gráficos. ELABORAÇÃO DO PROJETO Reconhecimento terrestre: foi necessário o reconhecimento terrestre da área. Levantamento planialtimétrico: o levantamento foi todo feito a partir do estudo topográfico. Desenho da planta do eixo de exploração: definido em sala pelo professor os pontos de partida e chegada da rodovia, sendo viável assim a confecção da planta do eixo de exploração. Desenho da planta de locação: a partir da planta de exploração, definimos o eixo da rodovia tentando desviar de acidentes geográficos e construções. Nesta etapa é que foi feita a concordância horizontal. Desenho do perfil longitudinal: com as cotas do eixo da rodovia fez-se um corte longitudinal na rodovia, permitindo traçar-se um greide visando a compensação, ainda que visualmente, das áreas de corte e aterro. Nesta etapa foram feitas as concordâncias verticais. Seções transversais: são cortes transversais em cada estaca feito com o auxílio das cotas da carta topográfica, da qual foi possível, através de interpolação encontrar as cotas das estacas do eixo e das auxiliares, representando nessas seções o terreno e a cota calculada no projeto, permitindo que se calcule o volume de corte e aterro. CÁLCULO DAS CURVAS HORIZONTAIS E VERTICAIS Para o cálculo da concordância horizontal necessitamos saber a classe e a região da rodovia para que possamos saber o raio mínimo estabelecido por norma. Neste caso temos uma rodovia de classe II e de região plana o que nos dá um raio mínimo de 230m. Tráfego (VDM para o 10º ano de projeto) - 1500-3000 Velocidade diretriz - 80 Km/h Distância de visibilidade de parada (min.) – 140 (110) m Taxa máxima de superelevação - 8,0% Raio mínimo da curva horizontal - 230 m Declividade longitudinal máxima – 3,0% Largura da faixa de rolamento - 3,50 m Largura do acostamento externo (m) (mínimo) - 2,5m – (2,0) Gabarito mínimo vertical - 5,50 Inclinação transversal em tangente - 2,0% Largura da faixa de domínio – 30m O projeto em questão, com as medidas com que foi traçado o eixo da estrada, terá uma curva horizontal apenas. Prossegue-se então às concordâncias: CONCORDÂNCIA HORIZONTAL Cálculos dos elementos da curva 01 Raio da curva: Adotando um R’ ≥ R mín (R mín = 230m) R = 230 m Ângulo Central: AC = α = 55˚53’17’’ Grau da Curva: Deflexão por metro: Tangente: Desenvolvimento: Ponto de intercessão das tangentes: Ponto de início da curva circular: Ponto onde termina a curva circular: Cálculo das deflexões: Estaca Deflexões Parciais Deflexões Acumuladas Inteira Fracionada PC 1 5,06 - - 2 - 1°51'39,99" 1°51'39,99" 3 - 2°29'28,6" 4°21'8,59" 4 - 2°29'28,6" 6°50'37,19" 5 - 2°29'28,6" 9°20'5,79" 6 - 2°29'28,6" 11°49'34,39" PI 7 - 2°29'28,6" 14°19'2,99" 8 - 2°29'28,6" 16°48'31,59" 9 - 2°29'28,6" 19°18'0,19" 10 - 2°29'28,6" 21°47'28,79" 11 - 2°29'28,6" 24°16'57,39" 12 - 2°29'28,6" 26°46'25,99" PT 12 9,41 1°10'19,28" 27°56'45,27" Quadro 01 – Tabela de deflexões da Curva 01. CONCORDÂNCIA VERTICAL Distância dupla de Visibilidade Como D2 ≥ L então adotaremos L = 220 m Inclinações (i1 e i2) Elementos principais Cálculo do Emax Inteira Fracionada Rampa no Greide Greide de(e) Curva PCV 9 10 - 180,472 - 180,472 10 - 1,485% 180,323 0,015 180,338 11 - 180,026 0,061 180,087 12 - 179,729 0,137 179,866 13 - 179,135 0,244 179,379 14 - 179,135 0,381 179,516 PIV 15 - - 178,838 0,420 179,258 16 - 0,109% 178,860 0,381 179,241 17 - 178,882 0,244 179,126 18 - 178,903 0,137 179,040 19 - 178,925 0,061 178,986 20 - 178,147 0,015 178,162 PTV 20 10 - 178,958 - 178,958 Quadro 02 – Tabela de locação da curva. DIAGRAMA DE BRUCKNER Com o estudo topográfico, obtemos as cotas de nível de todas as estacas e assim prosseguir ao desenho das seções transversais da estrada, calculando assim todas as áreas e possibilitando o desenho do diagrama de Bruckner. Para encontrarmos os volumes de corte e de aterro, calculamos a área de cada seção referente a cada estaca do projeto em planta, através de métodos gráficos com o auxílio de computador, e com a área de cada seção, através da média das áreas da seção anterior com a posterior multiplicado pela distância entre elas, obtemos os valores dos volumes de corte e aterro. Com a somatória dos volumes acumulados, construímos o diagrama de Bruckner, que será apresentado em anexo, onde: em cada ponto do diagrama, a simples leitura da vertical (ordenada) nos dá o valor dos volumes acumulados até esse ponto. O ramo ascendente corresponde à corte e o descendente a aterro. Os pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro e os pontos de mínimo correspondem à passagem de aterro para corte. Toda horizontal traçada no diagrama dá os pontos de compensação entre corte e aterro. A linha horizontal e a área limitada pelo diagrama dão o momento de transporte entre aterro e corte que se compensam. Quando há mudança da horizontal de compensação, o ramo descendente corresponde a empréstimo e o ramo ascendente a bota fora. A obtenção da Distância Média de Transporte (DMT), procedeu-se da seguinte forma: dividiu-se ao meio o valor da ordenada (1/2 x V) máxima e traçou-se uma horizontal até localizar os pontos do diagrama, onde o valor correspondente a esta horizontal é a DMT. Procedendo-se desta maneira obteve-se: DMT1 = 124,71 m;DMT2 = 46,21 m; DMT3 = 330,24 m. ESTACA ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (M²) SOMA DAS ÁREAS DISTÂNCIA VOLUME INTERPERFIL (M³) VOLUME ACUMULADO (M²) INTEIRA FRACIONADA 0 1,002 0,000 0 0,00 0,000 1 4,705 5,707 2057,07 57,070 23,65 80,723 2 6,880 11,585 20 86,11 166,828 3 5,489 12,369 20 123,69 290,518 4 8,987 14,476 20 144,76 435,278 5 10,918 19,905 20 199,05 634,328 6 11,608 22,526 20 225,26 859,588 7 -2,674 8,934 20 89,34 948,928 8 -6,952 -9,626 20 -96,26 852,668 9 -4,435 -11,387 20 -113,87 738,798 10 -11,961 -16,396 20 -163,96 574,838 11 -11,135 -23,096 20 -230,96 343,878 -147,89 195,988 12 -3,654 -14,789 20 -59,02 136,972 13 -14,139 -17,793 20 -121,97 15,000 14 -4,055 -18,194 20 -181,94 -166,940 15 2,161 -1,894 20 -18,94 -185,880 16 9,819 11,980 20 119,80 -66,080 17 11,764 21,583 20 215,83 149,750 18 15,415 27,179 20 271,79 421,540 173,09 594,630 19 10,851 26,266 20 82,53 677,158 20 6,763 17,614 20 176,14 853,298 21 5,585 12,348 20 123,48 976,778 22 5,510 11,095 20 110,95 1087,728 23 2,886 8,396 20 83,96 1171,688 24 0,639 3,525 20 35,25 1206,938 25 1,279 1,918 20 19,14 1226,078 26 2,065 3,344 20 33,40 1259,478 27 2,391 4,456 20 44,56 1304,038 28 4,739 7,130 20 71,30 1375,338 29 -0,678 4,061 20 40,61 1415,948 30 -3,406 -4,084 20 -40,84 1375,108 31 -6,137 -9,543 20 -95,43 1279,678 32 4,712 -1,425 20 -14,25 1265,428 33 -1,482 3,230 20 32,30 1297,728 34 -8,684 -10,166 20 -101,66 1196,068 35 -17,613 -26,297 20 -262,97 933,098 36 -15,945 -33,558 20 -335,58 597,518 37 -7,199 -23,144 20 -231,44 366,078 38 -0,501 -7,700 20 -77,00 289,078 38 14,984 2,186 1,685 14,984 12,62 301,702 O diagrama de Bruckner está disposto na prancha em anexo a este trabalho. CONCLUSÃO O projeto foi de grande importância para nos mostrarmos em parte, o que iremos encontrar em campo quando estivermos atuando no mercado de trabalho, nos dando conhecimentos necessários para a elaboração de um projeto geométrico de rodovia, este conhecimento que, deveremos ao longo do tempo, buscar constantemente aprimoramento e atualização com as normas vigentes no país. No levantamento, podemos imaginar a dificuldade que é de implantar rodovias em áreas de difícil acesso, como em muitas localidades da nossa região tomada pela floresta amazônica, devido às algumas regiões do campus, termos que entrar em lugares alagados e tomados pela vegetação alta e outras áreas com a predominância de uma considerada quantidade de arvores e demais vegetações. Outro ponto que é importante destacar é situações que podem ocorrer ao projetarmos uma rodovia passando por dentro de uma cidade, onde em alguns casos pode ocorrer da rodovia passar por lugares onde serão necessárias a retirada de edificações, caso que iria ocorrer caso esse projeto fosse levado adiante. No mais, considero como positivo a realização deste trabalho onde me mostrou algumas das situações que irei vivenciar no meu dia a dia e das suas dificuldades, onde irei ter que buscar soluções para os contra tempos sempre levando em consideração as normas e procedimentos técnicos da engenharia. BIBLIOGRAFIA Foram utilizadas notas de aula e as apostilas fornecidas pelo professor Lauro Julião. DNER – Manual de Implantação Básica www.dtt.ufpr.br/InfraEstrutura/Arquivos/APOSTILA_ProjetoGeometrico_2013.pdf Acesso em 28 de dezembro de 2014 às 15h e 30min. www.pet.ecv.ufsc.br/arquivos/apoio-didatico/ECV5115%20-%20Apostila%20de%20Estradas.pdf Acesso em 02 de janeiro de 2015 às 19h e 30min