Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DEGENERAÇÕES por acúmulos Composição química da célula: • Água • Eletrólitos • Proteínas • Lípides • Carboidratos Agressão hipobiose ( metabolismo celular) passa a acumular seus próprios componentes degenerações são classificadas de acordo com a natureza da subst. acumulada. Acúmulos intracelulares • Remoção inadequada de uma substancia • Acumulo de uma substancia endogena anormal por defeito genetico ou adquirido • Falha em degradar metabolito dor defeito enzimatico e.g. hereditário (doenças de depósito) Degeneração por acumulo Lipides Triglicerides Lípides complexos (colesterol) ESTEATOSE Acúmulo anormal reversível de lípideos neutros = mono, di e triglicerídeos, no citoplasma de células parenquimatosas. Triglicérides são moléculas formadas por uma molécula de glicerol esterificada a três moléculas de ácidos graxos. Os triglicérides são "desmontados" no intestino, absorvidos e depois podem ser novamente montados no fígado e depositados neste ou nas células de gordura, como reserva de energia. Causas: Desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização dos lípides • Tóxicas e infecciosas: Ag, Puromicina, tetraciclinas, CCl4 , produtos de microorganismos; • Hipóxicas: anemia e insuficiência cardíaca congestiva (ICC); • Dietéticas: dieta hipercalórica, desnutrição, etanol. - Locais de acúmulo de lípides: túbulos renais, hepatócitos, e fibras do miocárdio Metabolismo lipídico hepático: DIETA (gordura) Quilomicrons Intestino Tecido adiposo Corrente sanguínea LIPOPROTEÍNAS micelas REL RER Acetil COA Tecido adiposo Corrente sanguínea REL RER Acetil COA PATOGENESE APORTE DE ÁCIDOS GRAXOS micelas Patogenese REL RER Excesso de Acetil COA ATP, N • Excesso de oferta de lípides nas dietas hiperlipemicas ou por mobilização excessiva de lípides do tecido adiposo (corticoidoterapia. intoxicação alcóolica, jejum ou desnutrição , diabetes descompensado e doenças consumptivas (Tbc, Ca, etc...) • Por hipóxia, deficiência protéica na dieta, ou por excesso de colesterol e gorduras na dieta. – Aumento quantitativo da gordura intracelular sem aumento correspondente de fosfolípides e proteínas • Por aumento da síntese lipídica a partir de acetatos (AcetilCoA) ou pela esterificação dos ácidos graxos em triglicérides. • Por bloqueio na união lípide - apoproteína ou na secreção de lipoproteínas do hepatócito . • O etanol age simultaneamente em varios destes mecanismos 4) Alcoolismo Crônico Alcoolismo Crônico AcetilCoa Lesão microtubular Transporte lipoproteínas Acumulo de triglicérides Patogenia • Tetraciclinas, CCl4, Fósforo Desacoplamento de polirribosomas Síntese protéica Apoproteínas Síntese de VLDL Acúmulo de triglicérides ocorre aumento do volume e diminuição da consistência (órgão fica mais pastoso), com friabilidade e amarelamento, além da presença de gorduras emulsionadas na faca ao corte. Características m acroscópicas : No fígado: aumento do volume e peso com bordas abauladas e consistência amolecida, superfície externa lisa e brilhante, e superfície de corte untuosa, sem marcação lobular. www.hepcentro.com.br Características microscópicas Para confirmação do lípide corantes lipossolúveis como: Sudam III - laranja avermelhado; Sudam IV - Vermelho escarlate; Ácido ósmico - negro; Sulfato azul do Nilo - Violeta azulado avermelhado Aspectos Morfológicos micro: vesículas lipossomais e vacúolos de gordura Esteatose hepática- hepatócitos com acúmulo de lípides (setas) A) Coloração de HE ; B) Oil red O (Coloração especial) - 200x (A) (B) Conseqüências: A lesão Reversível até que haja desequilíbrio intenso - ruptura celular (morte) – inflamação Pode evoluir para o quadro de cirrose hepatica www.medicinenet.com Lipidoses • principais lípides acumulados = colesterol e ésteres de colesterol • Macrófagos pele Xantomas (hiperlipidemia) Artérias =Ateromas Lipidoses Xantomas Formações de nódulos ou placas de gordura na pele. Associados a hipercolesterolemia. Colesterolose Armazenamento de colesterol em macrófagos. Associados a distúrbios inflamatórios. Esfingolipidoses- Doenças de armazenamento de esfingolípídes. Associados a distúrbios metabólicos. Lipidoses Cotovelo com apresentação de placas xantomatosas. Lipidoses Vesícula biliar com apresentação de colesterolose (macrófagos repletos colesterol). Aterosclerose ou Ateromatose: Doença de progressão lenta, de início precoce, "Ateroma" - Depósito circunscrito de lípides na íntima, formando uma placa fibrogordurosa focal e elevada, afetando artérias grandes e medias (principalmente as coronárias, as cerebrais, a aorta, o tronco braquicefálico e as ilíacas). • Etiopatogenia: • Fatores de risco: – Dieta hiperlipídica e obesidade; – Hipertensão arterial; – Doenças metabólicas (diabete melito, hipotireoidismo, etc...) – Tabagismo; – Idade; – Tensão emocional (stress). – Hipercolesterolemia (Relação LDL/HDL alta, ie LDL>70% e HDL<25%) Constituintes da parede dos vasos • HE. Corte transversal. Esta pequena artéria tem estrutura normal exceto por discreto espessamento da camada íntima em certo trecho. Observam-se as três camadas, íntima, média e adventícia, e uma proeminente lâmina elástica interna no limite entre as camadas íntima e média. Locais de aterosclerose grave em ordem de frequencia 1) deposição de lípides na íntima (estrias lipídicas que evoluem para a placa ateromatosa); 2) invasão da túnica subjacente e diminuição da luz arterial: enfraquecimento da resistência vascular com predisposição à formação de aneurismas, comprometimento do fluxo (de lamelar passa a turbulento, predispondo à trombose). Patogenia Evolução Deposição de placas gordurosas na camada íntima dos vasos, com formação de lesões ulceradas. Ateroma = mingau Componentes principais da placa aterosclerótica: -células; -MEC -Lipídios extracelulares e intracelulares espessamento da íntima e acúmulo de lipídios Características Macroscópicas: "Estrias gordurosas" elevadas na superfície. placas arredondadas, ovais ou irregulares (tipo "mapa geográfico") Artéria coronária com placas de aterosclerose. Inicio da lesão. Artéria coronária com placas de aterosclerose. Observa-se uma recente hemorragia na placa. Morfologia Macro: vasos proeminentes, espessos com áreas amareladas irregulares distribuída irregularmente pelas paredes arteriais. calcificação Lumen diminuido Degeneração por acúmulo PROTEÍNAS DEGENERAÇÃO HIALINA: • Sinonímia: Transformação hialina intracelular ou Degeneração hialina intracelular. • Conceito: Acúmulo intracelular de material de natureza proteica e acidófilo, conferindo às células e tecidos afetados um aspecto hialino [gr. "hyalos" = vítreo, claro, homogêneo, translúcido,amorfo, denso, eosinofílico]. Mecanismos: a. Coagulação focal de proteínas celulares, vista em: • Corpúsculos de inclusão tipo 1, • Degeneração cérea de Zenker e de Magarinos-Torres. b. Penetração no citoplasma [via absorção ou pinocitose] de proteínas complexas, com precipitação ou coagulação das mesmas, vista em: – Corpúsculos de inclusão tipo 2, – Células dos túbulos contornados proximais, nas proteinúrias, – Células das vilosidades intestinais do intestino delgado no recém nascido aleitado com colostro. Classificação: a. Degeneração Cérea de ZENKER (em músculos esqueléticos, no gastrocnemio e diafragma) e de MAGARINOS-TORRES (no miocárdio). • Macro: Estrias e máculas amarelo-esbranquiçadas [donde a denominação corrente de "Coração tigrado" o miocárdio]. • Micro: Perda de estriação (desagregação dos miofilamentos) e homogeneização vítrea eosinofílica das fibras. • b. Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos: Cerebelo · Corpúsculos de RUSSEL em Plasmócitos (tipo 1): Agregação de globulinas (tipo "colar de pérolas"), distendendo as cisternas do RER. é visto com freqüência na Salmonelose aguda, na osteomielite crônica, etc... Corpúsculos de MALLORY em hepatócitos (tipo 1): Filamentos ou massa eosinofílica perinuclear (complexo insolúvel de fosfolípides e lipoproteínas). Alcoolismo crônico, na hepatite viral tipo A ou B. • Infecções virais (tipo 1 e 2): Acúmulo de nucleoproteínas virais e/ou de produtos da reação à infecção viral no citoplasma (vírus RNA) ou no nucleoplasma (vírus DNA ou RNA). Exemplos: NEGRI (Raiva), GUARNIERI (Varíola), COUNCILMAN- ROCHA LIMA (Febre amarela), SINEGAGLIA-LENTZ (Cinomose). "Gotículas de proteína" nos túbulos contornados proximais (nas Glomérulopatias com proteinúria) e nas vilosidades do intestino delgado do recém nascido alimentado com colostro. Degeneração por acúmulo Carboidratos Degeneração Mucoide - Hiperprodução de muco por células muciparas: - Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas Tumor de Krukenberg. A neoplasia é constituída por células em "anel de sinete" (contendo muco), que infiltram extensamente o estroma ovárico. O tumor de Krukenberg é uma neoplasia ovárica metastática (mais frequentemente com origem no estômago ou mama). INFILTRAÇÃO GLICOGÊNICA • Acúmulo anormal intracelular de glicogênio, consequência de desequilíbrios na síntese ou catabolismo do glicose ou de glicogênio. • Causas: – Hiperglicemias: Alimentares, por adrenalina ou glucagon, por hiperadrenocorticismo ou por diabete melito; Glicogenoses ou doença do armazenamento do glicogênio: síndromes de origem genética determinando deficiências de enzimas que condicionarão defeitos na síntese e/ou na degradação do glicogenio. Exemplos: • Doença de VON GIERKE [I]; • Doença de POMPE [II] • Doença de McARDLE [V] - Deficiência de Fosforilase muscular. Mecanismos: – Diabete mellitus e demais hiperglicemias: Diminuição de Insulina -> hiperglicemia -> glicosúria -> Maior Reabsorção tubular de glicose -> Aporte excessivo de glicose à célula -> Acúmulo de glicogenio. – Glicogenoses: Defeito na síntese ou na degradação do glicogenio determinando: • -Forma anormal de glicogenio sintetizada não consegue ser metabolizada; • -Falta uma ou mais enzimas que metabolizem o glicogenio normal. Características microscópicas: • O glicogênio é o único carbohidrato evidenciável histologicamente, identificação como o Carmin de best ou o P.A.S. com prova de amilase. Esta prova (Amilase, feita com a saliva...) é importante no diagnóstico diferencial da Infiltração glicogênica com a Degeneração Mucóide intracelular, visto que tanto o Glicogênio quanto os Mucopolissacarídeos (MPS) dão reação positiva com o PAS. Entretanto, a saliva só consegue degradar o glicogênio e não o MPS Características macroscópicas: Pouco significativas. Sem lesão aparente macroscopicamente ou um discreto aumento de volume e palidez.
Compartilhar