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1 SERVIÇOS PÚBLICOS Constituição Federal: Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado. Existem duas correntes que conceituam o serviço público: Segundo a corrente essencialista, uma atividade é considerada serviço público em razão de sua própria natureza, ou seja, existiriam determinadas características essenciais que, uma vez presentes em determinado serviço, forçosamente acarretariam sua classificação como serviço público, submetendo-o ao regime jurídico próprio dos serviços públicos. A corrente formalista entende que não é possível identificar-se um núcleo essencial irredutível, concernente à natureza da atividade, que forçosamente acarretaria a classificação de um serviço como público. Para essa corrente, sem dúvida mais pragmática, é público todo e qualquer serviço que a Constituição ou as leis afirmem ser público, independentemente de sua natureza. Segundo Hely Lopes de Meirelles, “serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado”. Concessão e permissão são espécies de contrato administrativo, esta será sempre contrato de adesão. Este material foi produzido pelo Prof. Kalebe Dionisio e faz parte dos Bônus oferecidos no curso: "Guia Prático para Passar em Concurso Público em 1 Ano". 2 Acepções de serviço público: MATERIAL = Considera que determinadas atividades, por sua natureza, deve ser consideradas serviços públicos pela escola Essencialista. SUBJETIVA = Considera público qualquer serviço prestado diretamente pelo Estado. Essa concepção entrou em declínio a partir do surgimento das formas de prestação indireta de serviços públicos mediante delegação à Pessoas Privadas. FORMAL = Considera serviço público qualquer atividade de oferecimento de utilidade material à coletividade, desde que, por opção do ordenamento jurídico, essa atividade deva ser desenvolvida sob regime de direito público, Corresponde à corrente Formalista, adotada pelo Brasil. Princípios ou requisitos: Modicidade das tarifas Segurança Generalidade Regularidade Eficiência Continuidade Cortesia na prestação Atualidade As concessionárias de serviços públicos, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos. Classificam-se as formas de prestação de serviços públicos em prestação direta e prestação indireta. A prestação direta é aquela realizada pela Administração Pública, seja ela Administração Direta ou Administração Indireta. Diversamente, a prestação indireta é realizada pelos particulares, mediante delegação (a titularidade do serviço permanece, sempre, com o Poder Público), nas modalidades concessão ou permissão de serviços públicos, ambas obrigatoriamente precedidas de licitação. A prestação centralizada pela Administração Direta pode ser feita desconcentradamente, quando órgãos da mesma entidade, portanto unidades destituídas de personalidade jurídica independente, possuam atribuição de executar aquele serviço. Este material foi produzido pelo Prof. Kalebe Dionisio e faz parte dos Bônus oferecidos no curso: "Guia Prático para Passar em Concurso Público em 1 Ano". 3 Na prestação descentralizada do serviço, esta será sempre feita, mediante outorga (criação por lei ou autorização legal) ou delegação (concessão, permissão ou autorização), por uma pessoa jurídica diferente daquela que representa a Administração Direta competente para a prestação (União, Estado-membro, DF e Município). A outorga é feita às Entidades da Administração Indireta (autarquia, fundação pública, empresa pública e sociedade de economia mista). A prestação de serviços públicos sob regime de delegação deve ser classificada como prestação indireta, uma vez que a titularidade do serviço permanece com o Poder Público delegante, diferentemente do que ocorre nos casos de outorga, acima mencionados. OBS: Outorga é prestação direta, delegação é prestação indireta. Serviço centralizado prestação direta Serviço descentralizado prestação indireta Serviço centralizado, ou serviço de prestação centralizada é aquele prestado pela Administração Direta. Serviço descentralizado ou de prestação descentralizada é aquele prestado por pessoa jurídica diversa da União, dos Estados-membros, do DF e dos Municípios. As pessoas prestadoras de serviços descentralizados podem ser integrantes da Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) ou particulares. A prestação de serviços públicos por particulares é possível por delegação. A delegação consiste em transferir ao particular, sempre temporariamente, a incumbência de prestar, mediante remuneração, determinado serviço público. A Constituição menciona duas modalidades de delegação de serviços públicos em seu art. 175, a concessão e a permissão. Ao lado dessas modalidades de delegação, existe ainda a possibilidade de prestação de serviços públicos por particulares mediante autorização, modalidade de delegação expressamente previsto no art. 21 XI e XII da Constituição. Este material foi produzido pelo Prof. Kalebe Dionisio e faz parte dos Bônus oferecidos no curso: "Guia Prático para Passar em Concurso Público em 1 Ano". 4 CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: É certamente a forma mais importante de delegação de sua prestação. MODALIDADES: - Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. (Não se admite concessão a pessoas físicas) - Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. (Admite-se a permissão a pessoas físicas, exige-se a celebração de um contrato de adesão). O transporte de cargas pelos meios rodoviário e aquaviário independe de concessão, permissão ou autorização. A modalidade de licitação aplicável às concessões de serviços públicos é a concorrência. A intervenção na concessão é sempre provisória e o prazo de sua duração deverá estar expressamente assinalado no ato que a decrete (não existe duração máxima estabelecida). Após a decretação da intervenção, o poder concedente tem o prazo de 30 dias para instaurar procedimento administrativo visando a comprovar a existência dos motivos que levaram à intervenção e apurar asresponsabilidades. O procedimento de comprovação tem prazo de 180 dias para estar concluído ou a intervenção será considerada inválida. A intervenção não resulta obrigatoriamente na extinção da concessão. Se não for o caso de extinção, cessada a intervenção a administração do serviço será devolvida à concessionária. Não existem concessões ou permissões por prazo indeterminado. Este material foi produzido pelo Prof. Kalebe Dionisio e faz parte dos Bônus oferecidos no curso: "Guia Prático para Passar em Concurso Público em 1 Ano". 5 CAUSAS DE EXTINÇÃO DA CONCESSÃO: - Advento do termo contratual (reversão): corresponde ao término regular do contrato por haver sido atingido o prazo de sua duração. - Encampação: verifica-se na hipótese de interesse público superveniente, quando se torna mais conveniente a prestação do serviço pelo próprio Poder Público, diretamente. - Caducidade: sempre que houver inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da concessionária. - Rescisão: É a extinção da concessão por parte da concessionária, (quando for por parte do poder concedente será “caducidade”). Deve decorrer de descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente. - Anulação: decorre de ilegalidade da licitação prévia à concessão ou do contrato e acarretará a responsabilização de quem houver dado causa à ilegalidade. - Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual. É admitida a subconcessão de serviços públicos, nos termos previstos no contato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente. A subconcessão, entretanto, será sempre precedida de concorrência. A subconcessão sem previa autorização do poder concedente acarreta decretação de caducidade da concessão. Também acarreta caducidade a transferência do controle societário da concessionária sem previa anuência do poder concedente. Parcerias público-privadas (PPP): São modalidades específicas de contratos de concessão. As PPP têm como objetivo atrair o setor privado, nacional e estrangeiro, para investimentos em projetos de infra-estrutura de grande vulto, urgentemente necessários ao desenvolvimento do país, cujos recursos envolvidos exorbitam, de forma ingente, a capacidade financeira do setor público. Este material foi produzido pelo Prof. Kalebe Dionisio e faz parte dos Bônus oferecidos no curso: "Guia Prático para Passar em Concurso Público em 1 Ano". 6 PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: Costuma ser definida pela doutrina como ato administrativo negocial, portanto unilateral, discricionário e precário por meio do qual a Administração faculta ao particular o uso especial de um determinado bem público ou a prestação de um serviço de utilidade pública em que houvesse, concomitantemente, interesse do particular permissionário. A conceituação de permissão como ato unilateral não mais é admissível em se tratando de permissão de serviços públicos. Não é admissível a permissão de serviços públicos por ato unilateral. Atualmente, podemos falar em permissão como ato administrativo unilateral no caso de permissão de uso de bem público. Entretanto, para a delegação da prestação de serviço público mediante permissão a lei exige celebração de um contrato de adesão, embora, estranhamente, continue afirmando a precariedade e revogabilidade unilateral do contrato (o que, no mínimo, parece um absurdo terminológico, uma vez que revogação somente se aplica a ato unilateral, e não a contrato, o qual deveria ser objeto de rescisão). AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: É a única forma de delegação de prestação que não exige licitação e não depende de celebração de contrato. É ato administrativo unilateral, discricionário e precário. Segundo Hely Lopes Meirelles, a modalidade de serviços autorizados é adequada para todos aqueles que não exigem execução pela própria Administração, nem exige grande especialização. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência. Também não se considera descontinuidade a interrupção do serviço, exigido aviso prévio, quando: Motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; Motivada por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. Este material foi produzido pelo Prof. Kalebe Dionisio e faz parte dos Bônus oferecidos no curso: "Guia Prático para Passar em Concurso Público em 1 Ano".
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