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Estados Marave

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Introdução 
o presente trabalho vai abordar acerca do tema estados ou grupo Marave, onde em primeiro lugar abordar acerca da sua formação, localização e em que circunstancias foi formada, o tipo de ocupação, em segundo da sua politica, como é que eles estavam organizados politicamente, qual era o sistema de sucessão, em seguida falara também da sua economia, a sua base de sustentação ou base económica dos estados, distribuição das actividades económicas, as obrigações dos súbditos face a economia do estado, e também dos aspectos socioculturais onde falaremos da cultura mas exactamente da sua religião, dos seus cultos nativos, não deixando para trás a sua organização social e finalmente as causas da decadência dos estados Marave.
Objectivo geral
Saber como funcionava os estados Marave
Objectivos específicos
Explicar como se formaram os estados Marave;
Identificar as formas de fixação dos invasores phiri;
Demonstrar as actividades económicas que sustentaram os estados;
Conhecer os aspectos que caracterizam a vida sociocultural dos estados;
Explicar os motivos da sua decadência.
Metodologia do trabalho
Esse trabalho teve como base de produção a leitura bibliográfica, cujo docente disponibilizou-nos.
1.Estados Marave
1.1.Formação 
Os estados Maraves começaram a formar se após a chegada ao sul do Malawi, de camadas sucessivas de emigrantes, provavelmente oriundos da região luba do Congo e liderados pelo clã Phiri. A arqueologia situa-se entre 1200 e 1400, o aparecimento de um novo grupo de estilos cerâmicos ao norte do rio Zambeze de que faz parte na costa norte de Moçambique a tradição lumbo, pensa-se que esta transformação podia também assinalar a chegadas dos Phiris ao território situado entre Chiri e Luanguãa. (FERREIRA, 1972:46)
Os povos Marave foram formados por camadas sucessivas de envasares ou simplesmente imigrantes talvez provenientes do Congo. O período da chegada da classe aristocrática dos phiri, a região entre o chire e luanguãa é situado pela arqueologia entre 1200 e 1400 d.C. (SERRA, 2000:45) 
Quando os phiri chegaram a região compreendida entre o chire e o luangua, as populações que ai viviam sob liderança de vários clãs, como o Banda, mas a fixação dos phiri não foi aparentemente violenta do tipo militar, foi ideológica, seguida da absorção gradual dos cultos nativos. (FERREIRA, 1972:50)
1.2.Politica
O monarca do clã phiri recebia o título nobiliárquico de karonga, devia obrigatoriamente casar-se com uma rainha, a Mwali, saída do clã autóctone Banda. A sucessão era matrilinear, isto é, os irmãos mais novos ou os filhos das irmãs do karonga antecedente poderiam suceder-lhe competindo aos conselheiros a escolha. (SERRA, 2000:45) 
Os reis Marave asseguravam a sua hegemonia e a unidade dos seus domínios por meio de serviços de natureza ritual, espiritual, religiosa, económica e militar. (SERRA, 2000,P. 46)
Os Marave sofreram um processo de fragmentação política que conduziu a formação de oito subgrupos distintos, os principais foram os manganjas, Nyanjas e os Chewas. Entre cada um destes subgrupos distinguiam-se diversos chefes independentes com os títulos hereditários como é o exemplo de Lundo, Undi, Mekanda, Kanyenda e Mwaze Kazungo (idem)
1.3.Economia
No que concerne a estrutura económica parece que o poder dos reis se encontrava dependente do seu controlo sobre o intercâmbio comercial, iniciado pelos autóctones séculos antes da chegada dos aristocratas do clã Phiri. Graças as escavações de Ingombe Ilede, a 30 milhas a jazente de kariba sabemos que desde os últimos séculos do primeiro milénio d. C., o marfim era transportado a te a costa, utilizando-se como via de comunicação o vale Zambeze. (SERRA, 2000:46-47) 
A agricultura era bastante intensiva nos vales dos rios como o do chire, e mais itinerante sobre queimadas nas zonas altas, sendo a enxada de cabo curto praticamente o único instrumento de trabalho utilizado, a mapira era o cereal mais cultivada, cultivava se nas zonas altas, também se cultivava maxoeira, feijão jugo e outras leguminosas. (FERREIRA, 1972:47)
Os Marave produziam e comercializavam enxadas de ferro em grande escola, embora desconheçamos a altura em que as começaram a fabricar, este foi um dos artigos mas exportado. Por outro lado, havia uma produção considerável de tecidos de algodão a que se chamava machiras, as machiras eram produzidas para venda e entrega como tributo aos senhores, era tão elevada a qualidade e a quantidade de machiras que puderam resistir à competição dos tecidos de origem indiana, um outro produto saído do território marave era o sal. (FERREIRA, 1972:47-48)
Os pagamentos de tributo por vassalagem incluíam as pernas vermelhas de certos pássaros, a ponta inferior dos elefantes abatidos, as peles de leão e leopardo, enfim, partes comestíveis de outros animais. (SERRA, 2000:46) 
No estado de undi, o rei recebia tributos regulares e tributos rituais, são exemplos de tributos regulares, marfim, tabaco, género alimentares, utensílios já referidos antes, e nos tributos rituais recebia taxas devidas ao facto de os chefes orientarem cerimónias rituais, recebia também taxas pela resolução de disputas e de trânsito. Os súbditos aram obrigados a trabalhar regularmente nas terras dos chefes, construir as casas e assegurar a manutenção do capital. (FERREIRA, 1972:49)
 1.4.Aspectos Socioculturais
Segundo SERRA (2000:49) grupo designando marave, compreendia em Moçambique cerca de 250 000 indivíduos, baseados em vários estudos os maraves têm sido divididos em três subgrupos principais que são:
Nyanjas – com os ramos Nyassa, manganja e Nyassa propriamente ditos;
Chewas – como os ramos chefiados por Mwase, Mekanda e Undi, em Moçambique são designados pelos nomes regionais de chipeta e zimba;
Nsengas - no limite ocidental muito influenciado pelos povos lala-lengue, que se estendem pelo actual território da Zâmbia.
Como já havia referenciado na formação dos estados do marave que a sua fixação não foi violenta mas sim ideológica ou religiosa, mudaram certas práticas nos cultos nativos, no caso do estado dos caronga, a mulher espírita do culto Muáli foi tornada mulher perpetua dos caronga, enquanto as oficiantes do culto eram substituídas por médiuns masculino. Por outro lado, o clã local banda foi mantido e o caronga devia obrigatoriamente casar-se com a Muáli, saída do clã Banda. (FERREIRA, 1972:50)
Existiam lã dois cultos de larga projecção e independência relacionada com a produção de chuva, o makewana e o mbona. (SERRA, 2000: 45) 
1.5.Decadência
A decadência dos estados marave, iniciada nos meados do século XVII, foi intensificada pela penetração de uma nova geração de marcadores no fim do século XVIII, Gonçalo Caetano Pereira, foi o fundador da dinastia prazeira, e do estado Macanga, ele chegou a casar-se com a filha do Undi reinante e começou a sua vida como prospector de ouro na mina de java, utilizando mulheres escravas. (FERREIRA, 1972:51-52)
Há que ter em conta ainda também o aparecimento dos Nguni, oriundos do Mfecane, um extenso movimento de migracaoes encetado na Zululândia devido a lutas violentas de interlinhagens. Os Nguni fizeram o seu aparecimento no estado dos Undi em1835, tendo atravessado o Zambeze entre Chicoa e Zumbo, liderados por Zwangendaba Jere. . (FERREIRA, 1972:52)
Conclusão
No trabalho findado concluiu-se que os estados Maraves começaram a formar se após a chegada ao sul do Malawi, de camadas sucessivas de emigrantes, provavelmente oriundos da região luba do Congo e liderados pelo clã Phiri e que o monarca do clã phiri recebia o título nobiliárquico de karonga,e ele devia obrigatoriamente casar-se com uma rainha, a Mwali, saída do clã autóctone Banda, a sucessão ao trono era feita de forma matrilinear. No que concerne a estrutura económica a agricultura era bastante intensiva nos vales dos rios como o do chire, e mais itinerante sobre queimadas nas zonas altas, sendo a enxada de cabo curto praticamente o único instrumento de trabalho utilizado, na sua cultura na regiãoexistiam lã dois cultos de larga projecção e independência relacionada com a produção de chuva, o makewana e o mbona, e por ultimo na sua decadência causado pela penetracao de uma nova geração de marcadores e o aparecimento dos Nguni, oriundos do Mfecane, um extenso movimento de migrações encetado na Zululândia devido a lutas violentas de interlinhagens.

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