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Trabalho retificado 1998-1

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France Celso Zitha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL 
COMO RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA, 8
a
 CLASSE NA 
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHILEMBENE, 2011-2023. 
 
Licenciatura em Ensino de História com Habilitações em Ensino de Geografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Save 
Massinga 
2023 
 
 
 
 
France Celso Zitha 
 
 
 
 
 
 
AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL 
COMO RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA, 8
a
 CLASSE NA 
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHILEMBENE, 2011-2023. 
 
 
 
 
 Monografia Científica a ser apresentada no 
Departamento de Letras e Ciências Sociais 
para a obtenção do grau de Licenciatura em 
Ensino de História com Habilitações em 
Ensino de Geografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O supervisor: MSc. Mércia Tembissa 
 
 
 
 
 
Universidade Save 
Massinga 
2023 
 
 
 
 
Índice 
Lista de figuras ........................................................................................................................... v 
Lista de Siglas e Abreviaturas ................................................................................................... vi 
Lista de Mapas .......................................................................................................................... vii 
Lista de apêndices .................................................................................................................... viii 
Declaração ................................................................................................................................. ix 
Dedicatória.................................................................................................................................. x 
Agradecimentos ......................................................................................................................... xi 
Resumo ..................................................................................................................................... xii 
Abstract .................................................................................................................................... xiii 
Introdução ................................................................................................................................. 14 
CAPÍTULO I .......................................................................................................................... 19 
MOMUMENTO COMO RECURSO DIDÁCTICO ........................................................... 19 
1.1. Conceitos Básicos .............................................................................................................. 19 
1.1.1. Monumento ..................................................................................................................... 19 
1.1.2.Origem etmológica do Monumento ................................................................................. 20 
1.2.Historial do surgimento do Monumento ............................................................................. 20 
1.2.1. Características do Monumento ....................................................................................... 21 
1.2.2.Tipos de Monumentos ..................................................................................................... 21 
1.3.Categorias do monumento .................................................................................................. 22 
1.4.Função didáctica dos monumentos ..................................................................................... 22 
1.5. Saberes Associados aos Monumentos ............................................................................... 23 
1.6. Importância do Monumento .............................................................................................. 23 
CAPÍTULO II ......................................................................................................................... 24 
AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO 
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA, 8ª Classe. ......... 24 
2.1.Localização Geográfica de Monumento Samora Machel ................................................... 24 
2.1.1.Descrição Física do local histórico de Chilembene e do Monumento Samora Machel .. 25 
2.1.3.Vida e obra de Samora Machel ....................................................................................... 26 
2.1.4. Contexto Histórico da Edificação do Monumento Samora Machel ............................... 27 
2.2.Localização da Escola Secundária de Chilembene ............................................................ 27 
2.3.Historial do Surgimento da Escola Secundária de Chilembene ......................................... 28 
2.4.Caracterização da Escola Secundária de Chilembene ........................................................ 28 
2.5. Percepção dos Professores e alunos sobre o monumento Samora Machel como recurso 
didáctico no PEA de história da 8ª Classe na ESCH. ............................................................... 29 
2.5.1. Percepção dos Professores sobre o monumento como recurso didáctico no PEA de 
História 8ª Classe. ..................................................................................................................... 29 
2.5.2. Sobre o conceito de Monumento .................................................................................... 29 
2.5.3.Uso do Monumento na Sala de Aulas ............................................................................. 30 
2.5.4. Saberes Associados ao Monumento Samora Machel ..................................................... 30 
2.5.5. Formas de se usar o Monumento Samora Machel no Ensino de História ...................... 31 
2.5.6.Importância de uso do Monumento Samora Machel na disciplina de história ................ 32 
2.6. Percepção dos Alunos sobre as possibilidades de uso do Monumento Samora Machel 
como recurso didáctico no Ensino de História, 8ª Classe na ESCH......................................... 33 
2.6.1. Quanto ao Conceito do Monumento ............................................................................... 33 
2.7.Uso do monumento na sala de aulas. .................................................................................. 33 
2.8.Sobre como utilizar o Monumento no PEA de história ...................................................... 34 
2.8.1. Sobre o aprendizado associado ao Monumento Samora Machel ................................... 34 
2.8.2. Papel do monumento no Ensino de História .................................................................. 35 
III CAPÍTULO ....................................................................................................................... 36 
ESTRATÉGIAS DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO 
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA ........................................................... 36 
3.1.Proposta de Novas Estratégias de uso do Monumento ....................................................... 36 
3.1.1.Pesquisas online ............................................................................................................... 36 
3.1.2.Análise de fotografias e vídeos ........................................................................................ 36 
3.1.3.Discussões em sala de aulas ............................................................................................ 37 
3.1.4.Estudo de documentos históricos .................................................................................... 37 
3.1.5.Actividades criativas........................................................................................................ 37 
3.1.6. Entrevistas ...................................................................................................................... 38 
3.2.Exemplo de como é possível usar-se o Monumento como Recurso didáctico no PEAde 
História ..................................................................................................................................... 38 
IV Conclusão ............................................................................................................................ 41 
V Bibliografia ........................................................................................................................... 42 
APÊNDICES ............................................................................................................................ 45 
v 
 
Lista de figuras 
Figura 1: Descrição física do Monumento de Samora Machel……..………………...….27 
Figura 2: Descrição física da Escola Secundária de Chilembene……………….…..…........30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi 
 
Lista de Siglas e Abreviaturas 
CP- Comunicação Pessoal 
DESCH- Direcção da Escola Secundária de Chilembene 
DGS- Direcção Geral de Segurança 
ESCH- Escola Secundária de Chilembene 
EUA- Estados Unidos de América 
FRELIMO- Frente de Libertação de Moçambique 
MSM- Monumento de Samora Machel 
ONU- Organização das Nações Unidas 
OUA- Organização da Unidade Africana 
PEA- Processo de Ensino e Aprendizagem 
PIDE- Polícia Internacional de Defesa do Estado 
URSS- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. 
WIFI- Wireless Fidelity 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
Lista de Mapas 
Mapa 1: Localização do Monumento Samora Machel…………………….......……..…..24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
Lista de apêndices 
Apêndice A: Roteiro de entrevista dirigida aos professores…………..……..……...…...46 
Apêndice B: Análise e Interpretação de Dados .............................................…..…..............48 
Apêndice C: Roteiro de Entrevista dirigida aos alunos…………………...…………..……..53 
Apêndice D: Análise e Interpretação de Dados .....................................….………………....55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
 
DECLARAÇÃO 
Eu, France Celso Zitha, declaro por minha honra que esta monografia é resultado da minha 
investigação pessoal e das orientações da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas 
as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final. 
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para a 
obtenção de qualquer grau académico. 
 
Massinga, ______ de Outubro de 2023 
 
____________________________________________ 
(France Celso Zitha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x 
 
DEDICATÓRIA 
Dedico esta monografia à minha Mãe Elisa José Chongo, que me incentivou a prosseguir com 
os estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
AGRADECIMENTOS 
A minha gratidão vai a minha supervisora MSc. Mércia Tembissa, pelos ensinamentos, 
paciência, dedicação e incentivo que tornaram possível a conclusão deste trabalho. 
A todos os meus professores do curso de Licenciatura em Ensino de História da Universidade 
Save, Extensão da Massinga, pela excelência de cada um deles. 
Os meus agradecimentos também são extensivos à Escola Secundária de Chilembene bem 
como ao Guia Gabriel Sibinde, pela paciência e por toda ajuda na realização do presente 
trabalho. 
Aos meus avós (José Betuel Chongo e Rosita Manuel Cossa) aos quais expresso a minha 
imensa e infinita gratidão, pelo amor e carinho incondicional assim como pela sua entrega 
abnegada para que eu atingisse esse patamar. Aos meus tios Betuel José Chongo, Felicidade 
José Chongo e Paulo José Chongo, que sempre estiveram ao meu lado a me apoiar ao longo 
de toda trajectória académica. 
Aos meus amigos e companheiros das dificuldades e das vitórias académicas, Felisberto 
Matsinhe, Carmen Castelo Matsinhe, Isac Chaúque, João António Gujamo obrigado pelos 
momentos de amizade. 
A todos que, directa ou indirectamente, através de conversas, incentivos, deram força 
necessária para a realização do presente trabalho. 
Muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xii 
 
Resumo 
A presente pesquisa tem como foco a abordagem sobre as possibilidades de uso do 
monumento de Samora Machel como recurso didáctico no PEA de História 8ª Classe na 
ESCH. Este estudo objectiva reflectir sobre as possibilidades de uso do monumento de 
Samora Machel como recurso didáctico no PEA de história, 8ª classe na ESCH. Para a 
efectivação desta pesquisa recorreu-se ao método etnográfico na sua vertente qualitativa com 
recurso a técnica de entrevista semi-estruturada. Terminado o estudo, conclui-se que existem 
inúmeras possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no 
PEA de história 8ª classe, fazendo referencia ao uso de imagens ilustrando o Monumento 
Samora Machel onde os alunos com base na observação poderão fazer uma análise reflexiva e 
suscitar debates, recurso a vídeo-aula que versa sobre o Monumento Samora Machel, 
realização de excursões ao Monumento Samora Machel, palestras fazendo alusão ao 
Monumento, debates em sala de aulas. Todavia os professores da ESCH não têm explorado 
essas possibilidades alegando a exiguidade do tempo. 
Palavras-chave: Monumento, Ensino, História. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xiii 
 
Abstract 
This research focuses on approaching the possibilities of using Samora Machel's monument as 
a teaching resource in the 8th Class History PEA at ESCH. This study aims to reflect on the 
possibilities of using Samora Machel's monument as a teaching resource in the history PEA, 
8th grade at ESCH. To carry out this research, the ethnographic method was used in its 
qualitative aspect using the semi-structured interview technique. After completing the study, it 
is concluded that there are countless possibilities for using the Samora Machel monument as a 
teaching resource in the 8th grade history PEA, making reference to the use of images 
illustrating the Samora Machel Monument where students, based on observation, will be able 
to carry out an analysis reflective and spark debates, using video lessons about the Samora 
Machel Monument, taking excursions to the Samora Machel Monument, lectures alluding to 
the Monument, debates in the classroom. However, ESCH teachers have not explored these 
possibilities, citing limited time. 
Keywords: Monument, Teaching, History.
14 
 
 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como tema os recursos didácticos no PEA de história e 
objectivamente está focalizado no uso do monumento de Samora Machel como recurso 
didáctico no ensino da disciplina de história, como aspecto, pretende debruçar sobre as 
possibilidades de uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de 
história na 8ª classe. 
Relativamente aos objectivos norteadores da pesquisa, o trabalho tem como objectivo geral: 
reflectir sobre as possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso 
didáctico no PEA da disciplina de história. E tem como objectivos específicos: (I) descrever a 
fundamentação teórica sobre monumento como recurso didáctico; (II) citar as possibilidades 
de uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de história; e (III) 
Sugerir estratégias de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no 
ensino de história 8ª classe. 
A opção pelo tema prende-se pelo facto de fazer parte do programa do ensino de história, e 
particularmente pelo interesse do pesquisador. E ainda pelo facto de ter frequentado o Ensino 
Secundário Geral na Escola Secundária de Chilembene, onde durante o processo de ensino e 
aprendizagem de história não se explorava este recurso didáctico que pode tirar o aluno do 
abstracto para o concreto, motivo pelo qual desenvolve-se a temática sobre as possibilidades 
de uso do monumento de Samora Machel no processo de ensino e aprendizagem com vista a 
compreensãodos conteúdos de História. Quanto ao recorte temporal, a escolha de 2011 
justifica-se por ser o ano em que o Governo Moçambicano edificou em Chilembene o 
Monumento Samora Machel aquando da comemoração do ano Samora Machel, relativamente 
a 2023 deve-se o facto de ser neste ano em que o candidato efectuou uma visita de estudo à 
Escola Secundária de Chilembene e terá notado durante os depoimentos dos Professores a não 
aplicação didáctica do Monumento Samora Machel. 
O monumento constitui uma fonte material viva que além de ter um valor histórico-cultural 
também é usado como recurso didáctico em história na medida em que vai permitir ao 
professor tirar o aluno do abstracto para o concreto, ou seja, permite a confrontação do dito 
com o visto (a fonte oral com a observação), ele não constitui somente um mero material de 
conservação dos factos do passado tem também a função didáctica que vai ser contemplada a 
partir de visitas de estudo e demais possibilidades. Todavia pese embora existam diversas 
maneiras de se explorar didacticamente o monumento de Samora Machel no ensino de 
história, não se tem notado a sua aplicabilidade no processo de ensino e aprendizagem da 
disciplina de história. Perante a situação acima descrita levanta-se a seguinte pergunta de 
15 
 
partida: até que ponto o monumento de Samora Machel pode ser usado como recurso 
didáctico no PEA da disciplina de História, 8
a
 Classe na Escola Secundária de Chilembene? 
Como hipótese presume-se que o monumento de Samora Machel pode ser aproveitado 
como recurso didáctico no PEA de história por diversas maneiras, dentre elas as visitas de 
estudos ou jornadas de estudos, recurso a fontes imagéticas, através de exploração de vídeos 
que possam fazer ligação nas actividades de leccionação possibilitando aos alunos a 
construírem um conhecimento mais sólido, em detrimento de uma simples aula ministrada na 
base da teorização, ou possa retirar o aluno do abstracto ao concreto. 
Esta pesquisa tem como referencial teórico a obra intitulada “Concepção monumental”, de 
Schmidt e Cainelli (2009), referem que os monumentos podem constituir elos entre presente e 
passado, afirmam que a aprendizagem está relacionada ao quotidiano dos estudantes e, 
portanto, tudo o que faz parte deste quotidiano e representa algo relaciona-se ao passado e 
presente, numa organização que compõe a leitura de uma determinada sociedade em um dado 
momento histórico: no quotidiano das cidades que se apresenta a possibilidade de ensinar a 
leitura do mundo a partir das representações construídas como patrimónios e monumentos. 
No que concerne à revisão bibliográfica da presente pesquisa foram consultadas várias 
obras, entre as quais, a obra de Antas (2012) com o titulo “A Didáctica da Histórica e o 
Ensino da História”, refere que o professor deve procurar, sempre que possível, possibilitar 
ao aluno o contacto com fontes primárias e ou secundárias. A título de exemplo se o professor 
levar seus alunos para um monumento histórico, fazer excursões a cidades ou locais históricos 
causaria um impacto, atracção desenvolvendo uma imaginação mais concreta e simples, 
possibilitando o aluno a construir um conhecimento mais sólido, em detrimento de uma 
simples aula ministrada na base de métodos tradicionais. 
Como se pode ver a pesquisa que se pretende realizar apresenta um anglo diferente da citada, 
na medida em que esta busca apresentar as possibilidades de uso do monumento de Samora 
Machel como recurso didáctico no PEA de história para compreensão dos conteúdos da 
disciplina de História, enquanto, o autor limita-se em abordar sobre as metodologias do 
ensino de História em que o professor adoptaria para dinamizar os conteúdos propostos nos 
programas. 
Vale (2010) na sua obra intitulada “A utilização de fontes no ensino de história”, na 
globalidade da sua obra refere que as fontes constituem, enquanto registos e testemunhos dos 
factos, a principal ferramenta na construção do conhecimento histórico. 
Como se pode contemplar nesta obra não se estuda o assunto do ponto de vista desta pesquisa 
porque esta estuda sobre o aproveitamento Didáctico do monumento de Samora Machel no 
16 
 
PEA de História, enquanto a obra defende que o uso de fontes históricas na sala de aula é uma 
possibilidade que deve ser apreciada e valorizada. 
Rusen (2014), na sua obra intitulada “contacto com os monumentos” os monumentos são, 
lugares de memória e meios de memória que visam manter desperta a memorização de 
indivíduos ou eventos, porque estes são tidos como dignos de identificação e passíveis de 
consenso. Por conseguinte, a história da recepção de monumentos se presta para reconstruir 
de modo especialmente instrutivo a mudança histórica dos paradigmas e das identidades 
culturais; basta pensar na história da recepção dos monumentos nacionais de cunho heróico do 
século XIX, que foram sobrecarregados com o teor simbólico monumental e com a função de 
promover a identidade nacional. 
Como se pode notar essa obra difere deste estudo visto que o presente estudo aborda sobre as 
possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no PEA de 
História na Escola Secundária de Chilembene 2011-2023 ao passo que o estudo desse autor 
limita-se em versar sobre os monumentos na educação dos jovens e adultos. 
Ashby (2006) na sua obra intitulada “Desenvolvendo um conceito de evidência 
histórica” postula que o trabalho com fontes históricas revelam evidências do passado, sendo 
que “as fontes tem valor reconhecido com evidência para tipos específicos de afirmações. 
Quando se trata de um monumento também devem ser inquiridas questões que desvelem 
evidências. Portanto, faz-se necessário questionar aos monumentos, para que estes revelem 
evidências sobre o passado. 
O estudo do autor supracitado difere deste na medida em que o autor fala sobre monumento 
como evidência do passado e que contribui para que os sujeitos produzam conhecimentos 
práticos mediados pelos objectos, saberes e fazeres. Este estudo apresenta um ângulo teórico 
diferente do estudo em causa porque nesse estudo pretende-se falar das possibilidades de uso 
do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no Processo de Ensino e 
Aprendizagem de História na Escola Secundária de Chilembene 2011-2023. 
 Le Goff (2003), na sua obra intitulada “História e memória” explica que tanto o monumento 
quanto o documento possibilitam a escrita científica da história, pois participam da memória 
colectiva. Segundo o historiador, os monumentos transformam-se em documentos, no 
momento em que “seja constatada de que maneira foi produzido e de que forma ele torna-se 
um instrumento de poder. 
Cada vez mais os monumentos vêm sendo explorados pelos professores em sua função 
didáctica, onde a turma é levada com o objectivo de vivenciar uma experiência de confronto 
entre sujeito (aluno) e objecto (exposição). O actual conceito de monumentos já estabelece a 
17 
 
dimensão educativa da instituição e mesmo nas formatações mais antigas, sempre foram 
espaços dedicados ao acto de aprender e de ensinar. 
Como se pode observar essa obra difere do estudo em abordagem visto que este estudo aborda 
sobre as possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no 
PEA de História na Escola Secundária de Chilembene 2011-2023 ao passo que o estudo desse 
autor limita-se em versar a necessidade de se argumentar a finalidade de sua construção, sua 
função e como ele pode se tornar uma forma de representação de poder. 
Menezes (2012) na sua obra intitulada “Em direcção a um conceito de literacia histórica” 
postula que actualmente, os debates sobre o papel educativo do monumento afirmam que o 
objectivo não é mais a celebração e sim a reflexão crítica. Se antes os objectos são 
contemplados, agora devem ser analisados. O monumento coloca-se, então, como o lugar 
onde os objectos são expostos para comporum discurso crítico. Mas só isso não basta. Torna-
se necessário desenvolver programas de "alfabetização monumental", com o intuito de 
sensibilizar os visitantes diante do que é mostrado. 
A abordagem do autor difere do estudo em causa visto que nesse estudo o foco é o estudo do 
monumento de Samora Machel como recurso didáctico no processo de ensino e aprendizagem 
de história. 
Choay (2001), na sua obra intitulada “Conceitualização do monumento” refere que o sentido 
original do termo “monumento” é do latim monumentum. Este, por sua vez, deriva de monere, 
que significa advertir ou lembrar. Para a autora, o monumento tem como propósito essencial 
não apenas o de apresentar ou dar uma informação neutra. 
Conforme se evidencia a abordagem do autor difere do estudo em causa, visto que o autor 
cinge-se apenas na apresentação da origem etimológica do termo monumento. 
A presente Pesquisa subordina-se ao tema: Recursos didácticos; objecto: o monumento 
Samora Machel e aspecto: As possibilidades de uso do monumento Samora Machel como 
recurso didáctico no PEA na disciplina de História, 8
a
 Classe na Escola Secundária de 
Chilembene. 
Devido às características do estudo, ao longo do trabalho de campo, recorreu-se ao método 
qualitativo na sua vertente etnográfica
1
 que permitiu a deslocação para o local de estudo com 
 
1
 De referir que não se usou a etnografia como método da antropologia, mas fez-se uma adaptação deste método 
 
18 
 
vista a colher dados na base de entrevista em forma de inquérito, conversar, tirar imagens, e 
entender o problema a partir dos sujeitos entrevistados. 
Em termos metodológicos, a pesquisa procedeu-se em três estágios distintos: onde no 
primeiro estágio fez-se o levantamento e leitura bibliográfica que constitui base fundamental e 
recolha de informações nos livros, artigos, monografias científicas, dissertações, teses, entre 
outros que versam sobre aproveitamento didáctico dos museus no processo de ensino e 
aprendizagem de história para a compressão dos conteúdos que retratam sobre as fontes 
históricas, que abordam ainda sobre os locais de interesse histórico. O segundo envolveu o 
trabalho de campo conduzido pelas entrevistas semi-estruturadas, dirigidas aos professores e 
alunos através de um guião elaborado em língua portuguesa e que não precisou-se da 
interpretação numa outra língua (local). Ainda na mesma fase, como meio de auxílio à 
entrevistas usou-se o gravador de voz (celular), máquina fotográfica para obter imagens, uso 
de bloco de anotações. Na entrevista elaborou-se um questionário de natureza aberta para 
criar condições aos entrevistados de narrar os factos de uma forma mais aprofundada, numa 
amostra de treze (13) indivíduos dos quais três (3) professores de História do nível de 
licenciatura e (10) alunos de história. No terceiro e último estágio fez-se o cruzamento dos 
dados bibliográficos, sistematização e compilação dos resultados colhidos. 
Espera-se que o presente trabalho constitua uma contribuição no enriquecimento do 
conhecimento na disciplina de história no que diz respeito a realidade dos alunos. Aventa-se a 
possibilidade de que o mesmo sirva também, como instrumento complementar para a 
compreensão dos conteúdos do ensino de história, com vista a proporcionar prováveis debates 
em volta do mesmo, entre alunos e professores durante o processo de mediação e assimilação 
dos conteúdos no processo de ensino e aprendizagem de história. 
O presente estudo é composto por três capítulos: sendo o primeiro capítulo referente a 
fundamentação teórica sobre o monumento como recurso didáctico; no segundo capítulo, 
aborda-se sobre as possibilidades de uso do monumento Samora Machel como recurso 
didáctico no PEA da disciplina de História. No terceiro e último capítulo trata-se das 
estratégias de uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de história. 
 
 
 
 
19 
 
CAPÍTULO I 
MOMUMENTO COMO RECURSO DIDÁCTICO 
No presente capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica sobre o monumento como recurso 
didáctico no PEA de História. Abordando inicialmente sobre o conceito de monumento, sua 
origem, historial do surgimento do monumento, suas características, fala-se também dos tipos 
de monumento, categorias do monumento, o contributo didáctico na disciplina de História 
bem como sobre os saberes associados ao monumento e por fim aborda-se sobre a 
importância do monumento. 
1.1. Conceitos Básicos 
1.1.1. Monumento 
Quando se fala em monumento
2
 e remete-se a documento, poderíamos recorrer ao 
autor Le Goff (2003), para uma compreensão mais exacta acerca destes termos. Segundo este 
autor, os monumentos podem ser vistos como documentos. Os monumentos se reportam à 
memória, devendo ser realizadas as perguntas a ele, a fim de que sejam evidenciadas como 
este monumento, pode se tornar um instrumento de poder e quais as formas de sua 
perpetuação. Neste sentido, os monumentos podem ser importantes fontes históricas
3
 que 
contribuem com os aspectos cognitivos do ensino de história, para o aprendizado histórico e a 
formação da consciência histórica dos jovens e podem ser utilizados de forma clara e 
prazerosa nas aulas de história. 
De acordo com Rusen (2014), os monumentos são: 
Lugares de memória e meios de memória que visam manter desperta a 
memorização de indivíduos ou eventos, porque estes são tidos como dignos de 
identificação e passíveis de consenso. Por conseguinte, a história da recepção de 
monumentos se presta para reconstruir de modo especialmente instrutivo a 
mudança histórica dos paradigmas e das identidades culturais; basta pensar na 
história da recepção dos monumentos nacionais de cunho heróico do século XIX, 
que foram sobrecarregados com o teor simbólico monumental e com a função de 
promover a identidade nacional (p.117). 
 
2
 De referir que monumento é parte integrante das fontes históricas, tratando-se de uma fonte material. 
3
 Fontes históricas podem ser definidas como sendo todo vestígio ou marca que permite o historiador reconstruir 
o passado da humanidade, podendo agrupar-se em fontes orais, que são todas aquelas que resultam da 
transmissão oral, como contos, lendas entre outros; Escritas que resumem-se em documentos escritos como 
documentos governamentais, arquivos históricos, e demais; Fontes materiais e arqueológicas são fontes de 
carácter material como edifícios antigos, monumentos, museus (materiais), bem como as ruínas (arqueológicas). 
20 
 
Acerca dos monumentos, estes podem funcionar como vestígios
4
 do passado deixado pela 
humanidade revelando-se em fontes históricas. 
 Segundo Ashby (2006), o trabalho com fontes históricas revelam evidências do passado, 
sendo que “as fontes têm valor reconhecido com evidência para tipos específicos de 
afirmações” (p.155). 
Segundo Françoise Choay (1982), considera-se monumento: 
Todo o artefacto (túmulo, estela, poste, totem, construção e inscrição) ou conjunto 
de artefactos deliberadamente concebidos e realizados por uma comunidade 
humana, sejam quais forem a natureza e as dimensões, da família à nação, do clã à 
tribo, da comunidade de crentes à cidade) no sentido de fazer lembrar à memória 
viva, orgânica e afectiva dos seus membros, pessoas, acontecimentos, crenças, 
ritos ou regras sociais constitutivos da sua identidade. (p.23). 
Com a citação acima conclui-se que monumento é tido como um artefacto arquitectado pelo 
homem podendo assumir a forma de estátua, lápide, busto, com o intuito de buscar uma 
lembrança sobre os acontecimentos do passado humano. 
1.1.2.Origem etmológica do Monumento 
Chauí (2006) sobre a origem do monumento apontou o seguinte: “o monumento, Monere, 
recordar ou lembrar; menini, lembrar-se; mementum, a lembrança ou recordação. 
Menumentum significa: sinal do passado;o que perpetua o passado.” (p. 114). 
“Os monumentos são de fato indiscutíveis testemunhos materiais da história e da cultura de 
um povo, não é menos verdade que o estudo de uma sociedade exige bem mais que o reflexo 
estético e histórico de um monumento isolado”. (Lopes, 1985, p.80). 
1.2.Historial do surgimento do Monumento 
Na perspectiva de Alves (2012), os monumentos foram criados há milhares de anos e são 
frequentemente os símbolos mais duráveis e famosos das civilizações antigas. Túmulos pré-
históricos, dolmens e estruturas semelhantes foram criados em um grande número de culturas 
pré-históricas em todo o mundo, e as muitas formas de tumbas monumentais dos membros 
 
4
 Silva (2009), assevera que vestígio é a palavra actualmente preferida pelos historiadores que defendem que a 
fonte histórica é mais do que o documento oficial: os mitos, a fala, o cinema, a literatura, tudo isso, como 
produtos humanos, torna-se fonte para o conhecimento da história. 
21 
 
mais ricos e poderosos de uma sociedade são frequentemente a fonte de grande parte de 
nossas informações e arte dessas culturas. 
Com base na citação supracitada dá-se a conclusão de que a origem do monumento remonta 
desde as civilizações antigas onde eram edificados os monumentos como lembrança e 
imortalização dos feitos de certas individualidades vinculadas ao poder político local, por 
exemplo as pirâmides de Gizé no Egipto. 
1.2.1. Características do Monumento 
Na visão de Suldane (2009), as características monumentais agrupam-se em: 
 Significado Histórico ou Cultural: O monumento representa eventos, pessoas ou 
ideias significativas na história ou cultura de uma sociedade. 
 Durabilidade: O monumento é projectado para resistir ao tempo e permanecer como 
um símbolo duradouro. 
 Tamanho e escala: Os monumentos tendem a ser grandes e imponentes, destacando-
se no ambiente em que estão localizados. 
 Estética visual: Os monumentos muitas vezes apresentam uma arquitectura elaborada, 
esculturas detalhadas ou elementos artísticos distintos. 
 Localização proeminente: Os monumentos são frequentemente colocados em locais 
estratégicos, como praças públicas, parques ou locais históricos, para maximizar sua 
visibilidade e impacto. 
 Valor simbólico: Os monumentos representam símbolos de identidade, memória 
colectiva e orgulho cultural para uma comunidade ou nação. 
1.2.2.Tipos de Monumentos 
Segundo Silva (1989), existem três tipos de monumento nomeadamente: 
 Monumentos Arquitectónicos: Esses monumentos são conhecidos por sua 
arquitectura impressionante e design único. Podem incluir marcos famosos como 
palácios, catedrais, templos, castelos, arranha-céus e pontes icónicas. Eles 
representam a excelência artística e técnica da construção. 
 Monumentos Históricos: Esses monumentos têm um significado histórico 
significativo. Eles podem ser locais de batalhas importantes, sítios arqueológicos, 
memoriais de guerra, tumbas de líderes ou figuras históricas importantes. Esses 
monumentos ajudam a preservar a memória colectiva e a contar a história de uma 
região ou país. 
22 
 
 Monumentos Culturais: Esses monumentos são representativos da cultura de um 
determinado grupo ou sociedade. Podem incluir museus, galerias de arte, teatros, 
locais sagrados, estátuas e memoriais dedicados a figuras culturais proeminentes. 
Esses monumentos celebram a expressão artística, a identidade cultural e os valores 
de uma comunidade. 
Esses três tipos de monumentos desempenham um papel importante na preservação da 
história, cultura e património de uma região e são apreciados por sua beleza estética e valor 
simbólico. (Idem). 
1.3.Categorias do monumento 
Na visão de Choay (1982), constituem categorias monumentais as seguintes: 
 O Cenotáfio (destinados a homenagear os mortos que estão enterrados em outros 
lugares) e outros memoriais para comemorar os mortos, geralmente vítimas de guerra; 
 Monumentos da igreja para comemorar os mortos fiéis, localizados acima ou perto de 
seu túmulo, geralmente apresentando uma efígie, geralmente cobertas com uma 
estátua, por exemplo, o Berlim. 
 Chamas eternas que são mantidas acesas continuamente, geralmente acesas para 
homenagear soldados; 
 Fontes, estruturas de vazamento de água geralmente colocadas em jardins formais ou 
praças da cidade, por exemplo, Fontaines de la Concorde e Jardins de Versalhes; 
1.4.Função didáctica dos monumentos 
O educador pode utilizar os monumentos nas pesquisas escolares de forma a instruir, ensinar, 
educar e, por conseguinte, estimular o processo reflexivo dos alunos, motivando pesquisas de 
cunho histórico, político, sociológico, psicológico em diante. (Le goff, 2012). 
Grunberg (2007) postula que Lembrar que tudo o que o homem produz e faz é cultura, é um 
conceito que vai ajudar a compreender o mundo que nos rodeia de uma forma mais ampla e 
com menos preconceito. 
Cada monumento contém uma história, herança do passado e para que conheçamos melhor 
essas histórias e valorizarmos o espólio é necessário ter mecanismo facilitador do processo, 
portanto: 
23 
 
A escola e, em particular, o espaço curricular reservado à história, é um ambiente 
essencial para o estudo e consciencialização dos significados do património (como 
mediador entre marcas do passado e o presente) e deve pautar-se por uma 
preocupação com a valorização do ambiente seja histórico, cultural ou natural. E 
com os monumentos podem construir um excelente recurso para que os “sítios” 
patrimoniais entrem na aula (Oliveira & Barca, 2014, p.132) 
1.5. Saberes Associados aos Monumentos 
De acordo com Thompson (1998), os monumentos possuem um valor inestimável, riquíssima 
em detalhes e fonte de conhecimento apropriado para o estudo que poderá abranger desde a 
base (educação de infância) aos estudos universitários e, igualmente sugere novas ideias 
adequadas. Para mudar o formato de transmitir e apropriar-se dos saberes. Esses monumentos 
apelam por mais estudo aprofundado (embora existe alguns não direccionados para o ensino) 
e exploração em diferentes vertentes que transporta além-fronteira que não se prende apenas 
por uma disciplina ou apenas pela arte embora o nosso foco seja a educação artística. 
Com o depoimento acima pode se depreender que os monumentos não são simples objectos 
do passado, os monumentos carregam consigo vários saberes de índole político e educacional 
por isso devem ser explorados não só pela comunidade ao redor mas inclusive pelas escolas 
por serem instrumentos que podem servir de motivação no processo de ensino e aprendizagem 
apagando as noções abstractas do passado para uma dimensão concreta. 
1.6. Importância do Monumento 
Xavier (1996), o monumento recorda um passado determinado e/ou marca um presente 
localizado. Numa tentativa de ter pulso na relação entre a morte e a vida, desafia a acção do 
tempo, funcionando como uma “defesa contra o trauma da existência, um dispositivo de 
segurança”. Decalcando as palavras de Choay (2006), a relação com o tempo vivido e a 
memória, “função antropológica”, constitui a essência do monumento que tem como vocação 
fixar o homem no espaço, no passado e no presente, acalmando a angústia da morte. 
Terminado o primeiro capítulo, conclui-se que quando se aborda sobre monumento trata-
se de uma estrutura física podendo assumir a categoria de edifício ou estátua com a função de 
lembrar ou recordar. Conclui-se ainda que o termo monumento provem do latim 
“monumentum” que significa recordar. Apresenta diversas categorias tais como bustos, etc. 
 
 
 
24 
 
CAPÍTULO II 
AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO 
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA, 8ª Classe. 
No presente capítulo apresenta-se as possibilidades de uso do monumento Samora Machel 
como recurso didáctico no PEA de história, primeiramente faz-se a localizaçãogeográfica do 
monumento Samora Machel, sua descrição física bem como a do local histórico de 
Chilembene, posteriormente é feita a abordagem inerente a vida e obra de Samora Machel 
assim como do contexto histórico da edificação do monumento Samora Machel e por fim a 
análise e interpretação dos dados recolhidos no campo. 
2.1.Localização Geográfica de Monumento Samora Machel 
Chilembene sita na região Sul de Moçambique
5
, Província de Gaza, Distrito de 
Chókwe, Posto administrativo de Chilembene, a cerca de 51km da vila de Macia e 111km da 
cidade de Xai-Xai. Quanto à localização do monumento Samora Machel está localizado no 4
o
 
bairro de Chilembene, Posto Administrativo de Chilembene, (Simone, 2002). 
 
Mapa 1: Localização geográfica do monumento Samora Machel. 
Fonte: Autor (2023). 
 
 
5
No âmbito da colonização imposta pela potência portuguêsa, Moçambique era designado de Província 
ultramarina ou seja Província portuguesa mas além-mar em 1951. Actitude adoptada para desvirtuar as três 
ordens mundiais que defendiam a descolonização (EUA, URSS, ONU), (Jordão, 1998). 
25 
 
2.1.1.Descrição Física do local histórico de Chilembene e do Monumento Samora 
Machel
6
 
O local Histórico de Chilembene é constituído por vários elementos, designadamente: o berço 
de Samora Machel integrando um monumento que simboliza o local onde nasceu o primeiro 
Presidente da República Popular
7
 de Moçambique; A residência do tipo pré-fabricado 
edificado em 1975 e usada por Samora enquanto Presidente da República de Moçambique até 
a sua morte no dia 19 de Outubro de 1986; o monumento de Samora erguido na rotunda de 
Chilembene, em sua homenagem como fundador da nação moçambicana; o cemitério onde 
descansam os restos mortais de parte da família de Samora Machel, incluindo os seus 
progenitores Mandande Moisés Machel e Guguye Thema Dzimba; A mafureira de 
M`chovane
8
: árvore sagrada venerada pela comunidade local; A escola de Marrambajane, 
escola frequentada por Samora Machel; Conjunto de construções coloniais, incluindo prisões
9
 
da PIDE-DGS, a antiga casa do chefe do posto administrativo de Chilembene e as residências 
dos cipaios. (Rodrigues, 1975). 
No que toca à descrição física do monumento Samora Machel, o monumento Samora 
Machel é constituído pelos seguintes elementos: estátua de Samora Machel em homenagem 
ao primeiro Presidente da República Popular
10
 de Moçambique, a existência de onze torres 
que reflectem de um lado os onze anos (1975 até 1986
11
) que o Presidente Samora Machel 
governou Moçambique e doutro lado as onze torres referem-se ao facto de Moçambique ser 
composto por onze Províncias. (G.Sibinde, Cp, 18 Julho). 
Ainda compõem o monumento, uma pequena piscina que de um lado simboliza o 
canal de Moçambique e doutro lado diz respeito ao Mapa de Moçambique. Cada torre 
representa uma foto, ilustrando todos os feitos do Presidente Samora Machel onde numa das 
torres vê-se a foto do Presidente Samora Machel com os outros estadistas Pan-africanistas 
 
6
 No meu entender o Monumento Samora Machel constitui uma lembrança viva do legado histórico inspirando a 
compreensão e o respeito pela luta e conquistas do povo moçambicano. 
7
 Essa designação deve-se à adopção do Sistema ideológico político Socialista com um plendor Marxista-
Leninista em Fevereiro de 1977. (Mazula, 2016). 
8
Àrvore onde Maguiguane, Comandante das tropas de Ngungunhane (o Leão de Gaza) juntamente com os seus 
guerrilheiros descansavam após as batalhas. (G.Sibinde, Cp, 2023, 18 Julho). 
9
 Estes edifícios prisionais funcionavam como verdadeiros centros de punição onde se dava a palmatória de 
modo a sancionar pessoas com comportamentos desajustados. (Constantino, 2005). 
10
 Designação que reflectia ao Moçambique Socialista, pois em Fevereiro de 1977, o movimento de libertação de 
Moçambique (FRELIMO) foi transformado em Partido com um sistema político ideológico socialista com um 
plendor marxista-leninista. (Frazão, 1996). 
11
 De referir que Samora Machel perdeu a vida no dia 19 de Outubro de 1986 quando regressava de mais uma 
missão de paz na Zâmbia o top lev 134 cedido pela união soviética se despenhou em Mbuzini, território sul 
africano, as causas da sua morte foram atribuídas ao regime de segregação racial (Apartheid) que vigorava na 
República Sul africana. (G.Sibinde, Cp, 2023, 18 Julho). 
26 
 
aquando da formação da Organização da Unidade Africana (OUA) cunhada no dia 25 de 
Maio de 1963 em addis Abeba, Etiópia. (Idem). 
 
 
 Figura 1: Monumento Samora Machel 
Fonte: Autor, (2023). 
2.1.3.Vida e obra de Samora Machel 
Samora Moisés Machel nasceu a 29 de Setembro de 1933, filho de Moisés Mandhande 
Machel e Gugiye Thema Dzimba, O nome foi-lhe atribuído por um amigo do seu pai, Samora 
Mukhavele
12
, parente pelo lado materno e antigo soldado do exército português. Durante o 
período em que Samora Moisés Machel viveu em Chilembene, participava activamente nas 
actividades produtivas familiares, com destaque para a pastagem de gado e a produção 
agrícola, onde demonstrou habilidades excepcionais. Samora Machel iniciou a sua educação 
formal em 1941, com cerca de oito anos de idade, na Escola nº 21 em Uamichine, onde fez a 
2ª classe, na região de Songuene. Em 1943, abandonou esta escola, por razões associadas ao 
clima de conflitualidade entre a Igreja Católica Romana e as Igrejas Protestantes. (G.Sibinde, 
Cp, 2023, 18 Julho). 
De referir que a educação formal de Samora Machel finda com a 4ª Classe, entretanto, 
prosseguiu com os estudos enquanto exercia actividades como enfermeiro no Hospital Miguel 
Bombarda, actual Hospital Central de Maputo. Foi destacado para trabalhar na ilha de Inhaca, 
onde conheceu Sorita Tchaiakomo tendo surgido uma relação afectiva entre os dois e 
nasceram quatro filhos, designadamente: Josceline, Edelson, Olívia e Ntewane. (Idem). 
 
12
 De referir que Samora Mucavel amicíssimo de Moisés Machel teve o previlégio de atribuir o nome pela 
segunda vez, pois os Pais de Samora tinham nascido um filho anterior a Samora Machel que tinha sido atribuído 
o mesmo nome todavia por circunstâncias não clarificadas acabou perdendo a vida, quando Moisés Mandande 
Machel e Guguye Thema Dzimba nasceram novamente um outro filho, Samora Mucavel foi convidado a 
reatribuir o mesmo nome a esse filho, que é Samora Moisés Machel. (G.Sibinde, 2023, Comunicação Pessoal, 
24 Agosto). 
27 
 
Com a visita de Eduardo Chivambo Mondlane a Moçambique em 1961
13
, Samora 
juntou-se a esse e em 1963 constituiu um dos primeiros integrantes a ter treinos na Argélia. 
Na sequência da morte de Filipe Samuel Magaia em 1966, Samora Machel foi eleito Chefe do 
Departamento da defesa da Frelimo e membro do Comité Central. Em Naxingueia Samora 
conheceu a Josina Machel onde tiveram um filho, Samora Machel Júnior, porem devido à 
doenças Josina Machel perdeu a vida e na qualidade de Presidente da República tinha de se 
casar novamente e nessa sequência casou-se com Graça Simbine onde tiveram dois filho, 
Josina Machel e Malengane Machel. (G.Sibinde, Cp, 2023, 18 Julho). 
Em 1969 após a morte de Eduardo Mondlane por meio de uma bomba, Samora 
Machel assumiu a presidência da Frelimo e Marcelino dos Santos o seu vice-presidente. 
Machel continuou dirigindo a luta de libertação Nacional até a proclamação da Independência 
Nacional no dia 25 de Junho de 1975 no estádio da Machava e Samora Machel tornou-se o 
Primeiro Presidente de Moçambique Independente. (Macuacua, 2005). 
2.1.4. Contexto Histórico da Edificação do Monumento Samora Machel 
A implantação da estrutura física de Samora Machel surge no contexto das celebrações 
do ano Samora Machel em consonância com a passagem do septuagésimo oitavo aniversárionatalício de Samora Machel que se assinalou no dia 29 de Setembro de 2011 em Chilembene, 
data em que foi inaugurado o monumento Samora Machel pelo então presidente da República 
de Moçambique, Armando Emílio Guebuza. Nasce ainda como corolário da legislação 
moçambicana sobre a configuração dos locais históricos como patrimónios históricos e 
culturais em 2008, da qual ao abrigo do decreto 46/2008
14
 é classificado Chilembene como 
local histórico e cultural de Moçambique por ser o local onde viu nascer o Primeiro Presidente 
de Moçambique independente, imagem indissociável ao processo da luta de libertação 
Nacional. 
2.2.Localização da Escola Secundária de Chilembene 
A Escola Secundária de Chilembene localiza-se no 1º Bairro B (Parque) de Chilembene, 
Posto Administrativo de Chilembene, Distrito de Chókwe na Província de Gaza. (DESCH, 
2023). 
 
13
Mondlane visitou Moçambique enquanto funcionário superior das nações unidas, desempenhando as funções 
de Sub-secretário, onde lhe era incumbida a missão de elaborar relatórios sobre a situação dos países sob tutela 
da ONU. (Nijande, 2002, p.23). 
14
 Ao abrigo do Decreto 46/2008, o Conselho de Ministros classificou como Património Cultural o local histórico 
de Chilembene, visto que, é o local onde nasceu, a 29 de Setembro de 1933, o primeiro Presidente de 
Moçambique Independente, Samora Moisés Machel, e o simbolismo de que se reveste o lugar para a educação 
patriótica dos moçambicanos, urge assegurar a sua preservação e gestão sustentável. 
28 
 
2.3.Historial do Surgimento da Escola Secundária de Chilembene 
A Escola Secundária de Chilembene remonta desde a sua criação no ano de 1976, depois da 
independência, nos estabelecimentos da antiga cadeia no recinto da Casa Samora Machel, a 
localização da escola foi sofrendo alterações com a transferência ou eliminação da cadeia
15
 ou 
B.O, em Chilembene, Samora Machel ordenou a sua eliminação pois segundo as fontes 
fidedignas esta serviu para aprisionar todos militares e apoiante da luta de libertação nacional. 
(DESCH, 2023). 
Depois da retirada da Escola do recinto da família Machel na década 80, esta foi montada na 
antiga Escola Paroquial de Madragoa, actual Chilembene, nas instalações da Igreja Católica 
Romana. As actividades administrativas funcionaram na própria casa dos padres e o próprio 
padre Silva foi um dos professores, onde funcionava em regime de dois turnos, sendo duas da 
5ª classe no período de manhã e duas 6ª classe de período da tarde. Em 1976 a 1981 a Escola 
era chamado Ensino do Ciclo Preparatório, a partir da 5ª a 6ªclasse, as duas classes tinham 
exames. (DESCH, 2023). 
Em 1999 as classes 5ª e 6ª passaram a ser subdividida onde a 5 classe passou a estar na escola 
primária de Chilembene e 6ª e 7ª sendo do Ep2, de 2000 a 2005 a escola ainda era chamado 
de EP2,porém a Escola Secundária de Chilembene em 2006 a 2008 ficou como anexo de 
Escola Secundária de Hókwe a partir da 8ª a 10ªclasse. (Idem). 
2.4.Caracterização da Escola Secundária de Chilembene 
A Escola está na zona rural, em bom estado de conservação, a secretaria bem como os 
gabinetes (do Director e do adjunto pedagógico) encontram-se equipados de mobiliário como 
armário e secretárias e dois computadores para o gabinete do Director e do sector 
Administrativo, material adquirido pelo fundo dos parceiros, fundo que se destina a compra 
de material específico. A Escola tem uma área estimada em 3600 m. Dispõe de solos arenosos 
franco acastanhados. Não está vedada completamente, por isso a comunidade usa o recinto 
como uma via de acesso. (DESCH, 2023). 
Ainda no mesmo diapasão a DESCH (2023), assevera que a Escola dispõe das seguintes infra-
estruturas: 
 
15
 A implantação dessa cadeia foi feita em prejuízo da família Machel devido ao seu envolvimento na luta de 
libertação nacional, pois esse facto foi possível com a implantação da casa do chefe do posto colonial nesse local 
onde estava instalada a família Machel que se viu obrigada a retirar-se e instalar-se por defronte da casa para que 
todos os movimentos por estes efectuados fossem observados pelas autoridades coloniais. (G.Sibinde, 2023, 
Comunicação Pessoal, 18 Julho). 
29 
 
A Escola tem 4 blocos: Com 14 salas de aulas melhoradas das quais 1 funciona como sala de 
organização de Activista Dreams as restantes como salas de aulas; possui ainda um bloco 
administrativo incluindo o Gabinete do Director e o Gabinete dos Directores Adjunto 
Pedagógico, o Sector Administrativo e a Sala de atendimento público; noves blocos de 
latrinas: quatro para os funcionários e seis para alunos, separadas consoante o sexo. A Escola 
dispõe ainda uma sala de professores e Biblioteca ainda em construção, duas cantinas e 
internet grátis WI-FI, que ajuda alunos e a comunidade mais próximos nas realizações de 
trabalhos. 
 
Figura 2: Descrição física das salas da Escola Secundaria de Chilembene. 
Fonte: Autor (2023). 
2.5. Percepção dos Professores e alunos sobre o monumento Samora Machel como 
recurso didáctico no PEA de história da 8ª Classe na ESCH. 
2.5.1. Percepção dos Professores sobre o monumento como recurso didáctico no PEA 
de História 8ª Classe. 
2.5.2. Sobre o conceito de Monumento 
Com o objectivo de querer perceber sobre o conceito de monumento, questionados os 
Professores, disseram que o monumento é uma estrutura edificada com o propósito de 
homenagear uma pessoa ou um certo evento que decorreu a anos e de um interesse nacional. 
(P1, Cp. 2023.15 Agosto). 
P2 (2023) acrescenta que o monumento pode assumir formato de estátua, lápide, bustos e 
demais designações. Referiram ainda que um monumento pode ser tido como uma construção 
que serve como símbolo duradouro de importância histórica, podendo ser uma obra escultural 
ou memorial. (Cp, 2023, 15 Agosto). 
30 
 
Auxiliando à ideia dos Professores em relação ao conceito de monumento, Le gof (2003) 
assevera que um monumento é uma construção ou obra que transmite a recordação de alguém 
ou de algum fato memorável. Ele pode ser uma obra de arquitetura ou escultura destinada a 
transmitir ou perpetuar para a posteridade a lembrança de um grande vulto ou de um 
acontecimento. Alguns exemplos são estatuas, edifícios públicos, etc. 
Com os depoimentos acima, conclui-se que monumento é uma estrutura física ou cunhada 
para comemorar, homenagear ou preservar a memória de uma pessoa, evento, ideia ou 
período histórico importante. 
2.5.3.Uso do Monumento na Sala de Aulas 
Na tentativa de buscar entender nos Professores de história 8ª classe sobre o uso do 
monumento na sala de aulas, deram a opinião de que o uso do monumento na sala de aulas 
pode servir como estímulo ao processo de ensino e aprendizagem, porem referiram que 
embora o uso de monumento na sala de aulas seja importante os mesmos ainda não fizeram 
uso do monumento na sala de aulas por razões de vária ordem tais como a falta de 
programação, insuficiência de tempo para se efectuar uma visita de estudo ao monumento. 
(P3, Cp, 2023, 15 Agosto). 
Contudo Le goff (1998) distancia-se desse posicionamento ao dizer que existem várias formas 
de se explorar o monumento na sala de aulas sem recorrer a visita de estudos. Para o autor o 
professor pode fazer o uso do monumento ilustrando fotos que envolvem o monumento bem 
como o uso de vídeos retratando o monumento, que servem de actividades de discussão na 
sala de aulas. 
Com base nas declarações acima, pode se depreender que o uso do monumento na sala de 
aulas é bastante crucial e para além de se efectuar uma visita de estudo ao monumento 
Samora Machel, o Professor pode leccionar com base no monumento sem que seja imperioso 
explorar o monumento por intermédio de uma visita de estudo, o professor pode trazer 
imagens do monumento Samora Machel para servirem como instrumentode debate assim 
como pode projectar um vídeo aula que aborda sobre o monumento Samora Machel. 
 
2.5.4. Saberes Associados ao Monumento Samora Machel 
Questionados os Professores sobre a sua percepção sobre os saberes que o Monumento 
Samora Machel apresenta, um dos professores vincou que monumento Samora Machel 
31 
 
carrega consigo imensos saberes
16
 pois representa a história da luta pela independência de 
Moçambique e o papel crucial desempenhado por Samora Machel nesse processo. (P1, Cp, 
2023, 15 Agosto). 
Advogam ainda que o Monumento Samora Machel simboliza a identidade nacional 
moçambicana, representando os valores de coragem, resistência e determinação do povo 
moçambicano. O monumento preserva a memória coletiva do país, lembrando as gerações 
futuras da importância dos eventos históricos e das figuras que moldaram o destino da nação. 
(P3, Cp, 2023, 15 Agosto). 
 O monumento serve como um lembrete das lutas sociais e políticas enfrentadas pelo povo 
moçambicano, incentivando a reflexão sobre questões de justiça social e igualdade. O 
monumento proporciona uma oportunidade educacional para os cidadãos moçambicanos e 
visitantes aprenderem sobre a história do país, promovendo uma compreensão mais profunda 
do passado e suas implicações no presente. (P2, Cp, 2023, 15 Agosto). 
Com base nas declarações acima, pode-se concluir que o Monumento Samora Machel carrega 
consigo uma riqueza de saberes associados. Os saberes incluem detalhes sobre a vida, legado 
político de Samora Machel, luta pela independência e contribuições para o país. Esses saberes 
nos permitem compreender e valorizar a importância de Samora Machel na história de 
Moçambique e na luta contra o colonialismo. 
2.5.5. Formas de se usar o Monumento Samora Machel no Ensino de História 
Quanto às formas ou maneiras de se usar o Monumento Samora Machel no Ensino de 
História, os Professores deram a entender que são múltiplas maneiras de uso do Monumento 
Samora Machel no Ensino de História, para os Professores entrevistados pode se usar o 
monumento no ensino de história através da realização de dramatizações ou encenações 
baseadas na história relacionada ao Monumento Samora Machel, assim como o Professor 
pode orientar a criação de projectos de arte em que os alunos criam representações do 
Monumento Samora Machel utilizando diversos materiais e técnicas. (P1, Cp, 2023, 15 
Agosto). 
Acrescentaram os Professores dizendo que pode se também convidar especialistas ou 
historiadores para darem palestras sobre a história do Monumento Samora Machel e o seu 
contexto histórico. (P3, Cp, 2023, 15 Agosto). 
 
16
 Vide o Apêndice B, Resposta do P1. 
32 
 
Este posicionamento leva à conclusão de que o uso do monumento Samora Machel no ensino 
de história oferece uma oportunidade única para os alunos se conectarem com o passado, 
explorarem contextos históricos relacionados ao monumento Samora Machel, torna-se 
evidente que são muitas possibilidades de uso do Monumento Samora Machel como recurso 
didáctico no ensino de história, além das supracitadas pode se usar o monumento no ensino de 
história com o recurso a fontes imagéticas bem como ao uso da exemplificação onde o 
professor aquando da leccionação ligada as fontes históricas ao dar exemplo do monumento 
Samora Machel estaria a fazer o uso do mesmo no processo de ensino e aprendizagem de 
história. Com os depoimentos acima ficam por terra as alegações dadas pelos Professores 
sobre a não exploração do Monumento Samora Machel no Ensino de História. 
2.5.6.Importância de uso do Monumento Samora Machel na disciplina de história 
Com a necessidade de querer entender o posicionamento dos professores da ESCH sobre a 
importância do uso do monumento Samora Machel, um dos professores (P1) entrevistados 
confessou que o uso do Monumento Samora Machel no Ensino de História permite visualizar 
de forma concreta os conceitos históricos o que ajuda a tornar o aprendizado mais tangível e 
facilita a compreensão dos conteúdos, defendem ainda que o uso do monumento pode 
despertar o interesse dos alunos na medida em que os monumentos podem provocar enormes 
debates incentivando a participação activa dos alunos na sala de aulas. Ainda foram unânimes 
ao referir que o uso do monumento na sala de aulas pode permitir a conexão entre o aluno e o 
mundo real visto que a presença do monumento na sala de aulas pode permitir aos alunos 
relacionarem o que estão aprendendo com locais reais ampliando sua percepção sobre o 
monumento. (P2, Cp, 2023,15 Agosto). 
Ainda na óptica dos professores o monumento pode servir como uma forma tangível de 
conectar os alunos com o passado, permitindo que eles visualizem e compreendam melhor os 
eventos históricos. (Idem). 
Menezes (2012) comunga da mesma opinião ao referir que o uso do monumento na sala de 
aulas assume um elevado valor pois fornece uma conexão directa com a história, tornando o 
aprendizado mais significativo e mais envolvente para os alunos além disso os monumentos 
podem despertar a curiosidade e estimular a imaginação nos alunos. 
Com os depoimentos acima, percebe-se que o monumento assume um papel preponderante no 
processo de Ensino e Aprendizagem, visto que o uso deste recurso didáctico permite com que 
o aluno tenha uma forte ligação com o real, bem como possibilita a construção de um 
conhecimento mais sólido relativamente ao ensino de história. 
33 
 
2.6. Percepção dos Alunos sobre as possibilidades de uso do Monumento Samora 
Machel como recurso didáctico no Ensino de História, 8ª Classe na ESCH. 
2.6.1. Quanto ao Conceito do Monumento 
Questionados os alunos sobre o conceito do monumento, os alunos entrevistados avançaram 
que quando se fala de monumento fala se de um objecto feito pelo homem tal como a estátua 
e deram destaque a estátua de Samora Machel, realçaram que monumento é algo que pode ser 
tocado. Para eles monumento faz parte das fontes materiais porque pode ser tocado e serve 
para fazer lembrança de algo que aconteceu no passado. (A1, Cp, 2023, 15 Agosto). 
Conciliando com a visão de Mongal (2006), um monumento é visto como um produto criado 
pelo ser humano. Ele é resultado do trabalho, da criatividade e da habilidade de arquitectos e 
escultores e artistas que o conceberam e construíram. Os monumentos são uma expressão da 
capacidade humana de deixar uma marca duradoura e de transmitir mensagens culturais e 
históricas paras as gerações futuras. 
Com as declarações supracitadas, conclui-se que monumento na perspectiva dos alunos é tido 
como um objecto que tem a função de dar uma recordação dos factos do passado, conclui-se 
ainda que monumento serve para imortalizar o passado humano. Ainda no mesmo diapasão dá 
para entender que para os alunos o monumento é tido como ponto de referência e como fonte 
de aprendizado sobre o passado assim como pode ser visto como símbolo de identidade e 
orgulho de uma comunidade ou país. 
2.7.Uso do monumento na sala de aulas. 
No que diz respeito ao uso do monumento Samora Machel no PEA de História na Escola 
Secundária de Chilembene, os alunos revelaram que os professores de história não tem feito 
uso do monumento Samora Machel, as aulas apenas cingem-se numa mera teorização durante 
as aulas, para evidenciar os conteúdos e torna-los compreensíveis. (A1, Cp, 2023, 15 
Agosto). 
Associando-se à concepção de Grumberg (2007), os monumentos por serem versáteis 
são suscetíveis a várias leituras que coadjuva na compreensão da sociedade e permitem 
criações várias de teor artístico a partir da sua história unindo e motivando a pesquisa na 
escola de forma a adquirir novos saberes, e aprender de forma eficiente. O professor é o 
precursor, o mediador que auxilia o aluno a construir saberes, a conciliar pesquisa e a 
conceber ferramentas que elevará a compreensão e o sentimento de pertença por parte do 
34 
 
aluno,não apenas no presente, mas para a vida, recorrendo à herança espalhada pela cidade e 
estimulando a preservação. 
Desta feita, dá-se a conclusão de que os professores de História da Escola Secundária 
de Chilembene, embora conheçam as possibilidades de uso de monumento na leccionação 
prendem-se no método tradicional limitando-se apenas nos livros e não tem feito o uso do 
monumento Samora Machel para aproximar o aluno da realidade, tirando este do abstracto ao 
concreto. 
2.8.Sobre como utilizar o Monumento no PEA de história 
 Tendo sido questionados os alunos sobre as suas opiniões em relação às formas de se usar o 
monumento Samora Machel no PEA de história, nas suas elocuções os alunos avançaram que 
é possível usar-se o monumento Samora Machel no Ensino de História através de uso de 
imagens sobre o Monumento, os alunos também apontam o esboço de cartazes envolvendo o 
monumento Samora Machel assim como a realização de teatros em que os mesmos poderão 
fazer declamações inerentes ao monumento, questionados como isso poderia se 
operacionalizar, os alunos disseram que o professor pode orientar debates na sala de aulas 
enquanto está exposta a imagem envolvendo o Monumento Samora Machel e isso tornará a 
aula mais criativa e os alunos participariam melhor na aula. (A4, Cp, 2023, 15 Agosto). 
Zotto (2015) defende que o uso do monumento na sala de aulas é uma das ferramentas chaves 
para chamar a atenção do aluno, e quanto mais cria-se campo para debates ligados ao 
monumento os alunos participam de forma eficaz na aula. 
Em relação as declarações acima, é possível concluir que quanto os alunos assim como o 
autor em alusão o uso do monumento na sala de aulas a aula fica cada vez mais atraente e 
permite que a aula seja mais envolvente e menos expositiva permitindo cada vez mais a 
aplicação do método de elaboração conjunta. 
2.8.1. Sobre o aprendizado associado ao Monumento Samora Machel 
Sobre os saberes associados ao monumento Samora Machel, à luz da entrevista, na sua 
maioria, os alunos disseram que o monumento Samora Machel, permite compreender que o 
monumento está relacionado à história de Moçambique e à luta pela independência. 
Avançaram ainda que o monumento representa a memória, a liderança e os ideais de Samora 
Machel e através do monumento Samora Machel o aluno pode sentir-se motivado pela 
coragem, determinação e contribuições de Samora Machel para o país. (A3, Cp, 2023, 15 
Agosto). 
35 
 
Relativamente às declarações acimas, pode-se concluir que os alunos, estão cientes de 
que o Monumento Samora Machel não é uma estrutrura vazia, pois carrega consigo vários 
saberes, e que só podem ser conhecidos pelos alunos com a aplicação didáctica deste no 
Ensino de História onde o Professor sendo criativo adoptará mecanismos de interação entre o 
Monumento Samora Machel e o aluno tirando este do abstracto para o concrecto. 
 
2.8.2. Papel do monumento no Ensino de História 
Quanto a relevância do uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no ensino 
de história, os alunos advogam que seria bastante relevante pois esse seria o momento que 
colocaria o sujeito em interacção com o objecto ou seja permitiria o contacto directo entre o 
aluno com o monumento da qual se abordou na sala de aulas, conciliando a teoria com a 
prática, este momento segundo os alunos romperia com o método tradicional que consiste 
numa mera teorização, não obstante, os alunos reconhecem a necessidade do uso didáctico do 
monumento Samora Machel no processo de ensino e aprendizagem de história, para os alunos 
da Escola Secundária de Chilembene o uso didáctico do monumento significaria um despertar 
de novos horizontes nos alunos, contudo o tempo não lhes permite implementar esta 
ferramenta didáctica. (A8, Cp, 2023, 15 Agosto). 
Na óptica dos alunos os monumentos transmitem alguma mensagem não só aos alunos mas 
também à comunidade, assim sendo é necessário os alunos tenham um contacto directo com o 
monumento pois no momento não só existe estátua mas jaze alí um conhecimento que as 
estátuas transmitem para quem visita. (Idem). 
No que tange aos conteúdos que podem ser aproveitados no uso do monumento de Samora 
Machel, entende-se que a o monumento Samora Machel pode ser utilizado como recurso 
didáctico quando se trata do tema relacionado com as fontes históricas. 
Terminado o presente capítulo conclui-se que o conceito do monumento na visão dos 
professores e alunos diz respeito a uma estrutura física com objectivo de recordar um evento 
histórico, relativamente às possibilidades de uso do Monumento Samora Machel no ensino de 
história pode se materializar de diversas maneiras tais como o recurso à exemplificação onde 
o professor aquando da leccionação pode citar o monumento Samora Machel, pode ser usado 
o monumento através de análise de fotografias e documentos que envolvem o monumento 
Samora Machel proporcionando debates alargados na sala de aulas. 
36 
 
III CAPÍTULO 
ESTRATÉGIAS DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO 
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA 
Neste capítulo, propusemo-nos debruçar sobre as estratégias de uso do monumento de Samora 
Machel como recurso de didáctico no processo de ensino e aprendizagem de história. 
3.1.Proposta de Novas Estratégias de uso do Monumento 
3.1.1.Pesquisas online 
Essa estratégia pode se efectivar com a execução de pesquisas detalhadas onde o professor 
poderá orientar os alunos a efectuarem pesquisas sobre a vida e o legado de Samora Machel. 
O professor pode orientar um trabalho independente aos alunos que consiste em orientar-lhes 
para fazerem pesquisas sobre o monumento Samora Machel para posterior debate na sala de 
aulas, feito isso terão sido criadas as condições para o debate alargado na turma em torno das 
informações obtidas nas pesquisas sobre o Monumento Samora Machel. 
No tocante a esta estratégia, um dos alunos (A6), assevera que: 
Eu acredito que para entendermos bem sobre o Monumento Samora Machel nas 
aulas de história, para além de irmos ao monumento Samora Machel, podemos 
usar o Monumento, o Professor pode nos mandar investigar sobre o Monumento 
Samora Machel, e depois noutro dia das aulas vamos já debater sobre os 
resultados das nossas pesquisas. (Cp, 2023, 15 Agosto). 
3.1.2.Análise de fotografias e vídeos 
O professor pode juntamente com os alunos fazer a exploração das imagens e vídeos 
envolvendo o monumento, bem como eventos relacionados a Samora Machel para entender a 
sua importância histórica e simbolismo. O professor pode o usar o vídeo e fotos ligados ao 
monumento Samora Machel como matéria de debate na sala de aulas onde após ter se 
assistido o vídeo o Professor poderá colocar questões aos alunos sobre o que terão entendido 
após terem observado o vídeo, assim sendo o Professor poderá explorar o pensamento dos 
alunos em relação ao monumento Samora Machel. 
Sobre a questão em apreço, um dos entrevistados (P3), fez saber que: 
Eu acho que podemos explorar didacticamente o monumento Samora Machel 
através de análise de fotografias envolvendo a imagem do Monumento Samora 
Machel bem como a análise de vídeos, pois aí podemos suscitar debates e 
reflexões nos alunos, pois feita a observação podemos questionar aos alunos afinal 
37 
 
de contas o que terão visto, tornando a aula mais envolvente, e não sendo 
imperioso levar os alunos até ao Monumento. (Cp, 2023, 15 Agosto). 
3.1.3.Discussões em sala de aulas 
Deve-se promover debates e discussões em sala de aula sobre o monumento Samora Machel, 
o Professor pode fazer a aplicação dessa estratégia trazendo imagens, vídeos assim como 
textos envolvendo o monumento Samora Machel para que os alunos possam explorar mais a 
fundo o Monumento Samora Machel e suas conexões com o círculo escolar. Durante as 
discussões em sala de aulas, os alunos podem compartilhar as suas descobertas sobre o 
Monumento Samora Machel debatendo diferentes interpretações e reflectirsobre a 
importância do monumento Samora Machel no ensino de História. 
3.1.4.Estudo de documentos históricos 
Prende-se na análise de documentos, discursos, fotografias ou escritos de Samora Machel e 
relatórios oficiais relacionados a ele para compreender suas ideias e contribuições. Os alunos 
podem estudar e interpretar esses documentos, fazendo conexões entre o conteúdo dos 
documentos e os elementos patentes no monumento. Isso permite uma compreensão mais 
aprofundada do contexto histórico e do significado do monumento em relação à vida e à 
contribuição de Samora Machel. 
3.1.5.Actividades criativas 
O professor para explorar o monumento por intermédio dessa estratégia deve exortar os 
alunos a criar projectos artísticos, como desenhos, cartazes ou escritas inspiradas em Samora 
Machel e no monumento, expressando as suas próprias interpretações e reflexões. Pode-se 
ainda promover a criação de poesias, músicas ou até mesmo encenações teatrais inspiradas no 
Monumento Samora Machel. Estas actividades permitem uma abordagem mais interactiva e 
envolvente, estimulando a imaginação e conexão emocional dos alunos com o monumento. 
Não só, esse papel também é incumbido ao professor, pois o professor também deve ser 
criativo, assim sendo o professor também deve elaborar projectos artísticos como pinturas, 
cartazes envolvendo o Monumento Samora Machel para estimular atrair cada vez mais a 
atenção dos alunos e tornar a aula mais criativa e motivadora. 
 
 
 
38 
 
Sobre esta estratégia, P2 referiu que: 
“Podemos usar o monumento Samora Machel orientando os alunos a criar projectos artísticos 
tais como esboço de cartazes, construção de quadros retratando o monumento Samora Machel 
para uma melhor interacção pois o aluno interagirá com o mundo real”. (Cp,2023, 15 Agosto). 
3.1.6. Entrevistas 
O professor pode explorar didacticamente o monumento Samora Machel convidando as 
designadas bibliotecas vivas, guias especializados ou até mesmo historiadores, onde irão dar 
seu testemunho ou parecer sobre o Monumento Samora Machel, após as entrevistas, o 
professor juntamente com os alunos podem analisar e comparar os diferentes pontos de vista e 
informações obtidas para obterem uma compreensão mais completa sobre o Monumento 
Samora Machel. 
Na perspectiva de um dos Professores (P3) sobre a realização das entrevistas como estratégia 
de exploração do Monumento Samora Machel no Ensino de história, deu a entender que: 
Nós podemos muito bem usar o Monumento Samora Machel nas aulas de história, 
podemos convidar as pessoas que estão abalizadas no assunto para nos brindar 
sobre a imagem de Samora Machel, sua maneira de ver as coisas, sua visão sobre 
Moçambique, mas é claro que não vamos convidar uma pessoa qualquer mas sim 
os nossos avos que vivenciaram o tempo de Samora Machel, então são esses que 
virão nos falar do Monumento Samora Machel aqui na Escola. (Cp, 2023, 15 
Agosto). 
3.2.Exemplo de como é possível usar-se o Monumento como Recurso didáctico no 
PEA de História 
 
Introdução e motivação 
De acordo com Libâneo (2008), esta função didáctica visa a preparação e introdução da 
matéria correspondendo especificamente ao momento inicial de preparação para o estudo da 
matéria nova e compreende actividades interligadas tais como: preparação prévia do professor 
assim como dos alunos; introdução de nova matéria e colocação didáctica dos objectivos. 
Assim sendo nesta função didáctica o professor deve buscar a atenção do aluno, e para tal 
efectivação o professor deve criar mecanismos de deixar o aluno mais motivado para 
acompanhar a aula, tratando-se de uma temática que lida com as fontes históricas, deve antes 
de tudo projectar slides com imagens que ilustram o monumento de Samora Machel, 
39 
 
questionando aos alunos sobre o que estão observando na imagem e a equiparação da mesma 
com a aula a ser dada, assim como pode recorrer a uma visita de estudo, onde o aluno ira 
observar in loco o dito na sala de aulas, após isso o professor deve orientar os alunos para 
fazer um resumo sobre aquilo que terão visto no local. Fazendo uso desta estratégia, o 
professor tornará as suas aulas mais criativas assim como atrairá cada vez mais a atenção dos 
alunos. 
Mediação e assimilação 
Depois de suscitada a atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior (Introdução e 
Motivação), este é o momento dos alunos familiarizarem-se com o conhecimento que irão 
desenvolver e um dos procedimentos práticos é a apresentação do conteúdo como um 
problema a ser resolvido. (Soves, 2001). 
 A Mediação e Assimilação é o segundo momento da aula, após o professor ter introduzido ou 
apresentado o tema a ser leccionado neste caso sobre as fontes históricas, segue-se o momento 
em que deve explicar os contornos envolventes do tema, deve explicar tudo sobre o conteúdo 
para que os alunos percebam na medida em que a imagem exposta no âmbito da introdução e 
motivação e uma das formas elucidativas sobre as fontes materiais por intermédio do 
monumento Samora Machel. 
Para tal, o professor deverá apoiar-se em várias técnicas e estratégias, conversar com os 
alunos em volta do assunto (Monumento Samora Machel), após a observação das imagens do 
Monumento Samora Machel o professor poderá colocar as seguintes questões: o que 
conseguem ver na imagem e os alunos vão respondendo, que ligação tem o tema em decurso 
com a imagem que estão observando. Nesta fase a concepção do professor como transmissor 
do conhecimento desaparece. 
Domínio e consolidação 
Segundo Pilleti (1991) o domínio e consolidação é o momento da aula em que se realizam 
acções com a finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar. 
Finda a etapa de mediação e assimilação, nesta função didáctica o professor deve conseguir o 
aprimoramento do novo saber nos alunos, para isso o professor deve criar condições de 
retenção e compreensão das matérias através de exercícios e actividades praticas para 
solidificar a compreensão e nesta fase em que o professor irá orientar os exercícios sobre as 
fontes materiais concretamente o monumento Samora Machel para consolidar a matéria assim 
e havendo possibilidade o professor poderá levar os alunos até o monumento de Samora 
40 
 
Machel e poderá dirigir questões sobre o monumento Samora Machel e o postulado na sala de 
aulas. 
Controle e Avaliação 
Grumberg (2007), assevera que esta etapa permite o acompanhamento de todo o processo 
ensino-aprendizagem ao mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino. O professor pode 
dirigir efectivamente o processo de ensino e aprendizagem e conhecer permanentemente o 
grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. 
Em unanimidade com postulado supracitado, nesta última função didáctica, é o momento em 
que o professor ira examinar o grau de compreensão dos alunos em relação a matéria sobre o 
Monumento Samora Machel assim como poderá observar as dificuldades que os alunos 
apresentavam em torno do tema em debate e para tal, tratando-se das fontes históricas 
sobretudo as materiais fazendo alusão a realidade local, o professor deve orientar os alunos 
algumas tarefas de casa tais como: mandar esboçar numa cartolina o monumento Samora 
Machel, como também pode orientar pequenos grupos de estudos para efectuar uma excursão 
ao monumento Samora Machel e posteriormente debater-se na turma sobre o que terão 
observado. 
 
Terminado o terceiro capítulo atinente as estratégias de uso do monumento Samora Machel 
como recurso didáctico no PEA de história, conclui-se que constituem estratégias de uso do 
monumento no ensino de história as seguintes: realização de entrevistas a pessoas que 
carregam consigo o legado de Samora Machel para darem as suas opiniões; actividades 
artísticas como pinturas, desenhos ou até mesmo a realização de poesias que retratam a vida e 
obra de Samora Machel; ainda constitui estratégia de uso do monumento a realização de

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