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HEMORRAGIA INTRACRANIANA HEMORRAGIA INTRACRANIANA Classificação: localização e patologia vascular Hemorragia subdural e extradural – traumatismo Hemorragia subaracnóide – trauma/ruptura de aneurisma/MAV Diagnóstico TC sem contraste durante avaliação aguda de AVE Manejo de emergência Controle das vias respiratórias Reduzir com segurança aguda e rapidamente a PAS <140mmHg Utilizar fármacos IV não vasodilatadores (nicardipino, labetalol, esmolol) Estupor, coma e herniação na imagem: intubação traqueal, manitol e elevação de cabeceira do leito até avaliação da neurocirurgia. Reversão de coagulopatia e evacuação cirúrgica do hematoma Hemorragia intracerebral 10% de todos os AVEs Etiologias e FRs: HAS, coagulopatia, drogas simpaticomiméticas, angiopatia amiloide, neoplasias, idade avançada, alcoolismo e uso de drogas. Hemorragia intracerebral hipertensiva Fisiopatologia Ruptura espontânea de uma a. penetrante profunda do cérebro Locais mais comuns: núcleos da base, tálamo, cerebelo e ponte. Hemorragia pequena ou coágulo grande causando herniação e morte Pode dissecar o espaço ventricular e causar hidrocefalia Desenvolvem ao longo de 30 a 90min Expansão da hemorragia em 24hrs Macrófagos fagocitam a hemorragia (48hrs). Após 1 a 6 meses: cavidade alaranjada revestida c/ cicatriz glial e macrófagos. Hemorragia intracerebral hipertensiva Manifestações clínicas Início súbito de déficit neurológico focal que piora em 30 a 90min Associada a diminuição de nível de consciência e sinais de PIC elevada (vômitos) Hemorragia nos núcleos da base (putame) e cápsula interna Sinal sentinela: hemiparesia contralateral Leve: hemiparesia contralateral de face/braço/perna, fala incompreensível, olhos desviados pro lado oposto da hemiparesia. Grandes: sonolência, coma, respiração profunda irregular e intermitente, pupilas ipsilaterais dilatadas e fixas, rigidez de descerebração. Hemorragia intracerebral hipertensiva Manifestações clínicas Hemorragia talâmica Hemiplegia ou hemiparesia contralateral Afasia, apraxia construcional ou mutismo Desvio dos olhos para baixo e para dentro, pupilas anisocóricas e não fotorreagentes, síndrome de Horner, paralisia do olhar vertical e nistagmo de retração. Hemorragia pontina Coma profundo com tetraplegia Rigidez de descerebração Pupilas puntiformes e fotorreagentes Hiperpneia, HAS grave e hiperidrose são comuns Hemorragia intracerebral hipertensiva Manifestações clínicas Hemorragia cerebelares Cefaleia occipital Vômitos repetidos Ataxia de marcha Tontura ou vertigem Paresia do olhar lateral conjugado, desvio forçado dos olhos para o lado oposto ou paralisia do VI nervo ipsilateral. Disartria e disfagia Pcte fica estuporoso e comatoso por causa da compressão do tronco encefálico e hidrocefalia ventricular. Hemorragia intracerebral lobar Cefaleias focais, vômitos e sonolência são comuns Occiptal: Hemianopsia Temporal esquerda: Afasia e dellirium Parietal: hemiperda sensorial Frontal: fraqueza de braço Outras causas de hemorragia intracerebral Angiopatia amiloide cerebral: idosos; hemorragias lobares únicas e recorrentes; vermelho do Congo amiloide nos vasos. Cocaína e metanfetamina: <45anos; hipertensão aguda grave causando hemorragia. TCE: intracerebrais (temporal e frontal inferior), ESA, subdural e extradural; déficit neurológico (hemiparesia, esturpor, confusão) + queda. Hemorragia à terapia anticoagulante: lobares ou subdurais; coagulopatia e trombocitopenia devem ser corrigidas. Hemorragia de tumor cerebral: coriocarcinoma, melanoma maligno, glioblastoma multiforme, meduloblastoma. Encefalopatia hipertensiva: cefaleia, náuseas, vômitos, crise epiléptica, confusão, estupor e coma; Avaliação laboratorial e neurradiológica Exames rotineiros de bioquímica e testes hematológicos Contagem de plaquetas e TTPA/INR TC detecta as hemorragias RM, angioTC, angiografia: quando causa incerta. TRATAMENTO Usuários de antagonista da vit K: concentrado de complexo de protrombina(CCP) + vitamina K concomitante ou plasma fresco congelado. Quando trombocitopenia: transfusão de plaquetas frescas Redução aguda da PA Evacuação cirúrgica de hemorragias supratentoriais não se sustentam Hematoma cerebelar > 3cm precisa de evacuação cirúrgica Agentes osmóticos para ventriculostomia e monitor de PIC drenagem de LCS, terapia osmótica e/ou evacuação cirúrgica. Hematoma intracerebral não responde à CE Prevenção: controlar HAS, cessar álcool e drogas, evitar ACO em angiopatia amiloide. Hemorragia aguda occiptal direita lobar Hemorragia subaracnóide Hemorragia subaracnóide Hemorragia dentro do espaço subaracnóideo Forma espontânea por aneurisma roto de a. cerebral ou MAV Aneurisma sacular (75%): 50-60anos, risco de ruptura aumenta com idade, local e tamanho, e elevação aguda da pressão arterial. Aneurismas fusiformes: dilatação circunferencial de um tronco de artéria cerebral; causados por aterosclerose, dissecção; sistema vertebro-basilar + acometido; tem sintomas de isquemia e efeito de massa além da ruptura. MAV intracranianas (10%): 20-60anos; + comum em homens; causam traumatismo, avei, hemorragia intracerebral. aneurismas Patologia Congênitos c/ fraqueza de parede vascular (ramificações) Aneurismas saculares atingem preferencialmente o Polígono de Willis Aneurismas micóticos (endocardite bacteriana): mais distais das a.cerebrais MAVs + na cerebral média Fisiopatologia Ruptura eleva PIC distorce estruturas (concussão) perda de consciência, cefaleia etc. Sinais e sintomas Cefaleia generalizada grave e incomum Perda de consciência, vômitos e rigidez de nuca Aumento da PA, aumento da temperatura Hemorragias globulares pré-retinianas Sinais neurológicos focais proeminentes são incomuns Paralisia de nervo oculomotor (III) por compressão de ACP Sinal de Babinsk e paralisia de nervo abducente (IV): aumento PIC Achados laboratoriais Investigação por TC, confirma em >90% dos casos. Complicações podem ser identificadas: extensão intracerebral/intraventricular, hidrocefalia e infarto. Se não confirmar: realiza-se punção lombar LCS adquire coloração amarela ou xantocrômica Pleoscitose em 48hrs e redução de glicose ECG com ondas T em pico, intervalo PR curto ou ondas U Arteriografia de 4 vasos cerebrais (planejamento cirúrgico) Complicações e sequelas Recorrência de hemorragia (20%) Extensão intraparequimatosa c/ hemiparesia, afasia e herniação transtentorial Vasoespasmo arterial e isquemia Hidrocefalia aguda ou subaguda Convulsões (<10%) Tratamento Medicamentoso Repouso absoluto no leito com cabeceira elevada, sedação leve e analgésicos Soluções intravenosas isosmolares: administrar com cuidado Tratar hiponatremia c/ Nacl VO ou solução salina IV 3% Reduzir vasoespasmo: Nimodipina 60mg VO 4/4h por 21 dias Profilaxia de crise epiléptica: fenitoína 300mg/dia Tratamento Cirúrgico do Aneurisma Roto: Clampleamento do pescoço ou colocação endovascular de mola para induzir coagulação/embolização. Não roto: favorecido em idade jovem, ruptura prévia, história familiar, crescimento aneurismático observado e baixo risco cirúrgico. Cirurgico da MAV Ressecção em bloco, ligadura de vasos alimentadores ou embolização via cateter intra-arterial
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