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Anemia sideroblástica
Anemia sideroblástica
Alunas:
Tanildes Ribeiro
Gislaine Ferreira.
	Disciplina de Hematologia
A pesquisa é parte da avaliação de
aprendizado das aulas.
Professora: Silvania
Salvador
2017
Anemia sideroblástica
Anemia sideroblástica (AS) representa um grupo de desordens heterogêneas que possuem como característica comum, além de anemia, a presença de depósitos de ferro nas mitocôndrias dos eritroblastos. A mitocôndria “carregada” de ferro assume localização perinuclear, nessas células vermelhas jovens que recebem por isso o nome de sideroblástos em anel.
A patogênese das anemias sideroblásticas (independente da causa) tem como base um distúrbio da síntese do heme, desde que não seja carência de ferro. O heme é formado pela corporação do ferro a protoporfirina IX. Todo esse processo desde a síntese da protoporfirina até a incorporação do ferro ocorre no interior da mitocôndria dos eritroblastos.
Deficiências enzimáticas ou defeitos mitocondriais podem prejudicar a síntese do heme.
 
Dessa forma podem surgir duas consequências nesse momento:
1 prejuízo a síntese de hemoglobina, levando a hipocromia e anemia
2 acumulo de ferro na mitocôndria.
O que acontece fisiologicamente é o seguinte:
O heme inibe a captação de ferro pelo eritroblasto (um tipo de feedback negativo) como pouco heme é formado o ferro continua se acumulando cada vez mais na célula, culminando com a formação dos sideroblástos em anel.
O ferro mitocondrial acumulado é potencialmente lesivo ao eritroblasto, eventualmente levando a sua destruição na própria medula - um mecanismo chamado eritropoiese ineficaz. Isso explica o encontro de uma leve hiperplasia eritroide na medula óssea sem elevação da contagem de reticulócitos periféricas. A anemia megaloblástica e as talassemias são outro exemplo de eritropoiese ineficaz.
A redução da síntese do heme, em conjunto com a eritropoiese ineficaz estimula (por motivos desconhecidos) a absorção intestinal de ferro. Após vários anos o paciente evolui com um estado de sobrecarga de ferro chamado hemossiderose ou hemocromatose. É o mesmo processo que ocorre nas talassemias... por isso, grande parte da morbilidade das anemias sideroblásticas (especialmente hereditários) vem da sobrecarga de ferro nos órgãos e tecidos, manifestando-se como hepatoesplenomegalia, lesão hepática e cardíaca.
Surge a questão: de onde vem o distúrbio da síntese do heme?
- Não há um distúrbio único para todas as anemias sideroblásticas.
Alguns deles são:
Tipo hereditário, ligado ao cromossomo X:
Há uma mutação na primeira enzima da síntese de protoporfirina, a ALA síntase. Essa enzima catalisa a reação limitante do processo, a síntese do ALA (Ácido aminolevulinico) a partir da glicina e do succinil-CoA. Essa enzima tem como principal cofator a vitamina B6 (sob formação de piridoxal 5 – fosfato). O mutante da Ala síntase só funciona quando altas doses (supra fisiológicas) de vitamina B6 são oferecidas ao paciente. Existe ainda um tipo de anemia sideroblástica hereditária causada ainda por uma mutação na proteína hABC7, que auxilia a enzima ferroquilase a incorporar o ferro ao heme.
Tipo adquirido idiopático:
Nesse tipo não se conhece muito bem onde está o distúrbio da síntese do heme, contudo há fortes indícios de que mutações no DNA mitocondrial prejudica a ação da enzima que converte o íon férrico Fe+3 em íon ferroso Fe+2. O íon férrico Fe+3 não consegue ser incorporado a protoporfina IX. Tais mutações podem determinar outras consequências nas células hematopoiéticas da medula provocando uma síndrome mielodisplastica que pode fazer parte do contexto das anemias sideroblásticas adquiridas.
Tipo adquirido reversível:
Determinadas drogas ou distúrbios de oligoelementos podem atingir diretamente ou indiretamente a síntese do heme. O etanol é o principal exemplo... essa substância pode:
1 interferir na interação entre piridoxina (vitamina B6) e a ala síntase
2 inibir diversas enzimas da síntese protoporfirinica.
3 promover disfunção mitocondrial.
Outras drogas implicadas são: Isoniazida, pirazinamida e cloranfenicol.
A deficiência de cobre provoca anemia sideroblástica, provavelmente pelo fato da enzima mitocondrial que converte Fe+3 em Fe+2 (citocromo oxidase) conter em sua composição. As principais causas de deficiências de cobre na pratica medica são nutrição parental total, gastrectomia e reposição desnecessária de sais de zinco. O Excesso de zinco induz a formação de uma proteína intestinal (metalotioneína) capaz de quelar ( tirar) todo o cobre da dieta.
	FORMAS DE ANEMIA SIDEROBLASTICA
	
	Herança ligada ao X.
	Hereditária
	Herança autossômica dominante
	
	Congênita - Síndrome de Pearson
	
	Idiopática pura
	Adquirida
	Associada a mielodisplasia, doenças mieloproliperativas e quimioterapia.
	
	Alcoolismo.
	
	Drogas (Isoniazida, pirazinamida e cloranfenicol) 
	
	Deficiência de cobre (nutricional, toxidade pelo zinco)
	
	Hipotermia
Quadro clinico e diagnostico:
Características comuns a todos os tipos de anemias sideroblásticas são: Hemácias circulantes com sideroblástos em anel, microcitose e hipocromia, o que reflete a produção inadequada de hemoglobina (existe pouco heme). Entretanto é observado duas populações de eritrócitos, uma hipocrômica e microcítica e outra normocítica e eventualmente macrocítica.
A isso denominamos dimorfismo eritrocitário isso pode ser denominado por um RDW aumentado, pela curva de anisocitose ou na própria hematoscopia do sangue periférico.
O que acontece é que na forma herdada da doença o que prevalece na visualização do sangue periférico é hemácias microcíticas (Redução do VCM), enquanto na forma adquirida, geralmente predominam as hemácias macrocíticas (VCM aumentado), esse últimos se devem a eritropoiese acelerada dos eritroblastos afetados pela doença por estimulo da eritropoietina.
Outro aspecto é a cinética do ferro, como consequência temos ferro sérico alto, ferritina sérica normal ou alta, TIBC normal e saturação da transferrina alta.
Quando devemos suspeitar da anemia sideroblástica:
Sempre que houver coexistência de hipocromia com ferro sérico alto, saturação da transferrina elevada e ferritina elevada. Como as talassemias também podem apresentar esse padrão uma eletroforese de hemoglobina pode excluir essa última possibilidade.
 
O que são corpúsculos de pappenheimer?
Em alguns pacientes com (AS), as hemácias circulantes podem reter as mitocôndrias sideroticas por um breve período nesse caso um esfregaço de sangue perlífero identifica precipitados de ferro conhecidos como corpúsculos de pappenheimer
Obs.: os sideroblástos em anel aparecem nos aspirados de medula, enquanto os corpúsculos de pappenheimer, no sangue periférico.
Como o diagnóstico é confirmado?
Só há uma forma: Aspirado de medula óssea (mielograma), pelo encontro de mais de 15% de eritroblastos do tipo sideroblástos em anel, esse achado é sempre confirmatório.
Apesar de ser menos comum do que as formas adquiridas, a anemia sideroblástica assume uma grande importância clinica pela sua potencial reversibilidade com o tratamento, na forma hereditária (altas doses de piridoxina) e adquirida reversível e pela sua semelhança laboratorial com a anemia ferropriva (microcítica e hipocrômica). Percebe-se que uma confusão diagnostica pode ser fatal. A reposição de sulfato ferroso para um paciente com AS, além de não corrigir a anemias, pode acelerar o processo de hemocromatose (Ou hemossiderose) culminando no agravamento da doença, podendo levar o paciente a óbito por arritmia ou disfunção miocárdica.
Síndrome de Pearson:
Tal distúrbio é caracterizado pela disfunção da medula óssea na infância e erros na atividade pancreática exócrina. Devido a essa desordem da medula óssea, pode haver o desenvolvimento de uma pancitopenia, ou seja, uma redução simultânea dos três elementos figurados do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.Como consequência da anormalidade da mitocôndria, é comum, ainda, o aparecimento de uma anemia sideroblástica, doença marcada pelo acúmulo de ferro nas hemácias jovens. Os primeiros sintomas surgem, geralmente, no primeiro ano de vida. Além da medula óssea e do pâncreas, outros órgãos podem ser acometidos também, como, por exemplo, rins e fígado.
O diagnóstico da doença é feito através de um exame de sangue ou biópsia em tecidos. Nesse exame, as amostras são analisadas em busca de mutações, que, no caso da Síndrome de Pearson, surgem, principalmente, como grandes deleções. A síndrome não tem cura, o que pode ser feito é o tratamento dos sintomas e de outras doenças provenientes. Uma medida paliativa utilizada nesse caso é o transplante de medula óssea, uma vez que a síndrome de Pearson afeta e compromete muito este tecido.
De um modo geral, a sobrevida de indivíduos portadores da síndrome fica entre 2 e 3 anos de vida.

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