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20/02/2017 1 Profa. Geórgia Sampaio Fernandes Cavalcante Anamnese detalhada, direcionada ao indivíduo/população-alvo: Antropometria Anamnese clínica e alimentar; Exames bioquímicos; Exame físico; Dados do exercício; Análise dos dados: DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL CONDUTA Anamnese Clínica •Social, Médica Medicamentos a e Dietética •Sintomas gastro intestinais; •Capacidade físi ca; •Antecedentes familiares; •Histórico de variação do peso; • uso de dietas de moda... Anamnese nutricional •Métodos retrospectivos •Recordatórios dietéticos •QFA (Questionário de Frequência Alimentar) •História alimentar •Métodos prospectivos •Registro alimentar pesado e estimado, fotografia, Antropometria •Determinação da composição corporal •Peso •Altura •Circunferências •Dobras Cutâneas •Diâmetros ósseos Exames Bioquímicos •Glicemia •Alterações lipídica •HEMOGRAMA •Hemoglobina: •Hematócrito: •VCM: •Ferritina: •Saturação de transferrina •Ureia •Creatinina •Teste de função hepática Exame físico •Análise de sinais e sintomas de deficiência nutricional Dados do exercício • Investigação detalhada da prática de exercícios •Modalidade (s) •Horário da prática de cada uma X dias de prática •Duração X intensidade • investigação sobre: Estresse, cansaço, ansiedade. Comum: modismos e falta de conhecimentos científicos sobre nutrição esportiva. ORIENTAR Papel do nutricionista 20/02/2017 2 Avaliar também o consumo alimentar: Na fase de treinamento Nos Períodos de competição (pré e pós competição) Fora da temporada Ingestão pré e pós treino Não esquecer: líquidos, suplementos, recursos ergogênicos, medicamentos É uma estimativa da densidade corporal através de combinações de peso, altura, diâmetro dos ossos, circunferências e dobras cutâneas. Determinação da composição corporal PESO: é a soma de todos os componentes corpóreos e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo. ALTURA: é considerada indicadora das condições de vida de uma população, uma vez que seu déficit pode refletir inadequações nutricionais de caráter crônico. Utilidade: - Usada em associação com o peso para compor o IMC - Cálculo do peso ideal - Cálculo das necessidades energéticas PESO ATUAL PESO USUAL OU HABITUAL PESO IDEAL: peso médio para a altura, com base no IMC (IMC desejado x altura (m)2 ) e tabela de estrutura óssea. Cálculo do IMC PESO AJUSTADO: Peso ideal corrigido para determinação das necessidades energéticas. Usado quando a adequação do peso for < 95% ou > 115% Peso Ajustado = (Peso Ideal – Peso Atual) x 0,25 + Peso Atual Peso Ideal ou Teórico PI = IMC médio x estatura2 IMC médio: Homens = 22,0 Mulheres = 20,8 Obesos - IMC médio: Homens = 30,0 Mulheres = 28,6 20/02/2017 3 Compleição: Altura (cm) Circunferência do punho (cm) COMPLEIÇÃO HOMEM MULHER Pequena >10,4 >10,9 Média 9,6 – 10,4 9,9 – 10,9 Grande <9,6 <9,9 1º passo: calcular a estrutura óssea pela CP* (cm) 2º passo: indicar o peso ideal na tabela de acordo com a altura e tipo de estrutura óssea Fonte: adaptado de Grant et al., 1981, in Tirapegui e Ribeiro, 2009 *Circunferência do punho onde, h = altura Fonte: Augusto et al.,1999 in Duarte, 2007 Biotipo Homens variação Mulheres variação Brevilíneo (h-100)-5% até h – 100 (h-100)-10% até (h-100)- 5% Normolíneo (h-100)-10% até (h-100)- 5% (h-100)-15% até (h-100)- 10% Longelíneo (h-100)-15% até (h-100)- 10% (h-100)-20% até (h-100)- 15% Utilizando os dados do mesmo indivíduo... Sexo: masculino Idade: 32 anos Altura: 1,71m. Biotipo Homens variação Variação de peso Brevilíneo (h-100)-5% até h – 100 67,45 a 71 kg Normolíneo (h-100)-10% até (h-100)-5% 63,9 a 67,45 kg Longelíneo (h-100)-15% até (h-100)-10% 60,35 a 63,9 kg Classificação do Estado Nutricional pelo % de adequação de peso ideal Blackburn e cols, 1977., citado por Bernard e cols., 1986. % DE ADEQUAÇÃO DE PESO IDEAL CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL >120 Obesidade 110, 1 – 120 Sobrepeso 90,1 – 110 Eutrofia 80,1 – 90 Desnutrição leve 70,1 – 80 Desnutrição moderada < ou = 70 Desnutrição grave % de adequação de peso ideal = peso atual x 100 peso ideal Classificação do Estado Nutricional: % de adequação de peso usual Blackburn e cols, 1977, citado por Bernard et al, 1986. % DE ADEQUAÇÃO DE PESO USUAL CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL 95 – 110 Eutrofia 85 – 95 Desnutrição leve 75 – 84 Desnutrição moderada < 75 Desnutrição grave % de adequação de peso usual = peso atual x 100 peso usual 20/02/2017 4 % de perda de peso = (peso usual - peso atual) x 100 peso usual ASPEN, 1993 in Duarte, 2007. Tempo Perda moderada de peso (%) Perda grave de peso (%) 1 semana 1 – 2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 >7,5 6 meses 10 >10 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC IMC = Peso (Kg)/ Altura2 (m) Utilidade: - Classificação do estado nutricional e do risco de morbimortalidade - Menores riscos entre 20 – 30kg/m2 - Limitações ??? PESO Classificação do EN: Índice de Massa Corporal (IMC) Fonte: OMS, 1995 e 1998 IMC CLASSIFICAÇÃO RISCO DE CO-MORBIDADE > 40,0 Obesidade Grau III Muito alto 35,0 – 39,99 Obesidade Grau II Alto 30,0 – 34,99 Obesidade Grau I Moderado 25, 0 – 29,99 Pré-obeso Baixo 18,5 – 24,99 Eutrófico 17,0 – 18,49 D. Leve ou Magreza I Baixo 16,0 – 16,99 D. Moderada ou Magreza II Moderado <16,0 D. Severa ou Magreza III Alto Classificação do Estado Nutricional: IMC no Idoso Kac, Sichieri e Gigante, 2007 Critérios/ Referências Classificação IMC (Kg/m2) Baixo peso Eutrofia Excesso de peso Lipchitz, 1994* < 22 22 a 27 > 27 OPAS, 2003 < 23 23 a 28 28 a 30 – SP > 30 - OB Harris, 2005 < 24 24 a 27 > 27 WHO, 1998 < 18,5 18,5 a 24,99 25 a 29,99 – SP ≥ 30 - OB Classificação do Estado Nutricional: IMC no Idoso Lipchitz, 1994. IMC CLASSIFICAÇÃO > 27, 0 Excesso de peso 22,0 - 27,0 Adequado ou Eutrófico < 22,0 Desnutrição ou Magreza IMC = Peso (Kg)/ Altura2 (m) Utilizado pelo SISVAN 20/02/2017 5 Panturrilha Punho Braço CB, CMB e AMB Compleição Cintura Quadril Coxa Abdome Pescoço Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseos, muscular e gorduroso do braço. Adequação da CB = CB obtida (cm) x100 CB percentil 50 Valores Normais (Jelliffe, 1966) MEDIDAS HOMEM MULHER CB (cm) 29,5 28,5 Idade (anos) Percentil 50 Homens Mulheres 18,0 – 24,9 30,7 26,8 25,0 – 29,9 31,8 27,6 30,0 – 34,9 32,5 28,6 35,0 – 39,9 32,9 29,4 40,0 – 44,9 32,8 29,7 45,0 – 49,9 32,6 30,1 50,0 – 54,9 32,3 30,6 55,0 – 59,9 32,3 30,9 60,0 – 64,9 32,0 30,8 65,0 – 69,9 31,1 30,5 70,0 –74,9 30,7 30,3 Fonte: Frisancho, AR. 1990 Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CB <70% 70 -80% 80-90% 90-110% 110-120% >120% A classificação do estado nutricional será realizada com base no % obtido, segundo Blackburn & Thornton (1979) 20/02/2017 6 Este parâmetro avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea). CMB (cm) = CB (cm) – (PCTmm x 0,314) Adequação da CMB = CMB calculada (cm) x 100 CMB percentil 50 Valores Normais (Jelliffe, 1966) MEDIDAS HOMEM MULHER CMB (cm) 25,3 23,2 Idade (anos) Percentil 50 Homens Mulheres 18,0 – 18,9 26,4 20,2 19,0 – 24,9 27,3 20,7 25,0 – 34,9 27,9 21,2 35,0 – 44,9 28,6 21,8 45,0 – 54,9 28,1 22,0 55,0 – 64,9 27,8 22,5 65,0 – 74,9 26,8 22,5 Fonte: Frisancho, AR. 1981 Idade (anos) Percentil 50 Homens Mulheres 60,0 – 69,9 28,4 23,5 70,0 – 79,9 27,2 23,0 > 80,0 25,7 22,6 Fonte: NHANES III, 1988-1991 Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia CMB <70% 70 -80% 80-90% > 90% A classificação do estado nutricional será realizada com base no % de adequação obtido, segundo Blackburn, G. L. & Thornton Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. Reflete mais adequadamente a verdadeira magnitude das mudanças do tecido muscular do que a CMB. AMB (cm2) = [CB (cm) – 0,314 x PCT (mm)]2 - 10 4 x 3,14 HOMEM MULHER AMB (cm2) = [CB (cm) – 0,314 x PCT (mm)]2 – 6,5 4 x 3,14 20/02/2017 7 Com o resultado, localizar na tabela de referência (Frisancho, 1990) segundo idade e sexo, o percentil correspondente ao valor encontrado. Em seguida, classificar o estado nutricional com base na tabela abaixo. Normal Desnutrição leve/ moderada Desnutrição grave AMB Percentil > 15 Percentil entre 5 e 15 Percentil <5 Fonte: Frisancho, AR. 1990 Idade (a) Percentil Homens Percentil Mulheres 5 15 50 5 15 50 18,0 – 24,9 34,2 39,6 49,4 19,5 22,8 28,3 25,0 – 29,9 36,6 42,4 53,0 20,5 23,1 29,4 30,0 – 34,9 37,9 43,4 54,4 21,1 24,2 30,9 35,0 – 39,9 38,5 44,6 55,3 21,1 24,7 31,8 40,0 – 44,9 38,4 45,1 56,0 21,3 25,5 32,3 45,0 – 49,9 37,7 43,7 55,2 21,6 24,8 32,5 50,0 – 54,9 36,0 42,7 54,0 22,2 25,7 33,4 55,0 – 59,9 36,5 42,7 54,3 22,8 26,5 34,7 60,0 – 64,9 34,5 41,2 52,1 22,4 26,3 34,5 65,0 – 69,9 31,4 38,4 49,1 21,9 26,2 34,6 70,0 – 74,9 29,7 36,1 47,0 22,2 26,0 34,3 Adequação da AMB = AMB calculada (cm) x 100 AMB percentil 50 Valores Normais (Jelliffe, 1966) MEDIDAS HOMEM MULHER AMB (cm) 28,1 22,2 Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia AMB <70% 70 -80% 80-90% > 90% A classificação do estado nutricional será realizada com base no % de adequação obtido, segundo Blackburn, G. L. & Thornton 20/02/2017 8 Imediatamente abaixo da última costela; No menor diâmetro (American Standardization Reference Manual) Ponto médio entre o rebordo costal e a crista ilíaca (National Institute of Health) Imediatamente acima da crista ilíaca (Lohman; NHANES III) Último rebordo costal Última costela Crista ilíaca Ponto médio para medir a cintura Prediz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares Correlaciona-se fortemente com o IMC e parece predizer melhor o tecido adiposo visceral Classificação do risco de desenvolver DCVs SEXO RISCO ELEVADO1 RISCO MUITO ELEVADO2 MASCULINO ≥ 94 cm ≥ 102 cm FEMININO ≥ 80 cm ≥ 88 cm Fonte: OMS, 1998 1 IDF – International Diabetes Federation 2 NCEP – National Cholesterol Education Program Indicadores da distribuição de gordura corporal Andróide Ginóide 20/02/2017 9 Japoneses tendem a acumular gordura intraJaponeses tendem a acumular gordura intra--abdominal sem abdominal sem desenvolver obesidade generalizadadesenvolver obesidade generalizada Distribuição da Gordura Corporal e RiscoDistribuição da Gordura Corporal e Risco //NlNl RCQ = Circunferência da cintura Circunferência do quadril Risco elevado de desenvolver DCVs MEDIDAS HOMEM MULHER RCQ (cm)1 > 0,95 > 0,85 RCQ (cm)1 > 1,0 > 0,8 RCQ (cm)2 > 0,9 > 0,85 1 citado por Duarte, 2007 sem referenciar 2 CLAO, 1998 Risco aumentado Risco Substancialmente Aumentado Homens 94 cm 102 cm Mulheres 80 cm 88 cm Fonte: Garrow (2000) OMS, 1998. Faixa etária Níveis de Risco Muito alto Alto Moderado Baixo Masculino 20-29 >0,94 0,88 a 0,94 0,83 a 0,87 <0,83 30-39 >0,96 0,92 a 0,96 0,84 a 0,91 <0,84 40-49 >0,01 0,95 a 1,01 0,88 a 0,94 <0,88 50-59 >1,02 0,96 a 1,02 0,90 a 0,95 <0,90 60-69 >1,03 0,98 a 1,03 0,91 a 0,97 <0,91 Feminino 20-29 >0,82 0,77 a 0,82 0,71 a 0,76 <0,71 30-39 >0,85 0,78 a 0,85 0,72 a 0,77 <0,72 40-49 >0,87 0,80 a 0,87 0,73 a 0,79 <0,73 50-59 >0,88 0,82 a 0,88 0,74 a 0,81 <0,74 60-69 >0,91 0,85 a 0,91 0,76 a 0,84 <0,76 BRAY, G. A. Classification and evaluation of the obesities. Medical clinics of North America, v. 73, n. 1, p. 161-183, 1989. Indicativo do risco para o aparecimento e o desenvolvimento de disfunções cardiovasculares e metabólicas índice de conicidade = Circunferência da cintura (m) 0,109 peso (kg)/altura (m) • Valores próximos a 1,00 → baixo risco • Valores próximos a 1,73 → elevado risco RCE = Circunferência da cintura (cm) altura (cm) Risco elevado de desenvolver DCVs MEDIDAS HOMEM MULHER RCA1 ≥ 0,52 ≥ 0,53 IC1 ≥ 1,25 ≥ 1,18 1PITANGA; LESSA (2005) 20/02/2017 10 A medida mais sensível para avaliar a massa muscular do idoso • superior à área muscular do braço (AMB) • Indicativo de perda muscular CP < 31cm (WHO, 1995) Screening para detecção de indivíduos com excesso de peso Associada ao risco cardiovascular??? • é necessário investigar excesso de peso ≥ 37cm (homens) e ≥ 34cm (mulheres) • não há risco para o excesso de peso < 37cm (homens) e < 34cm (mulheres) • associação a IMC > 30Kg/m2 ≥ 39,5cm (homens) e ≥ 36,5cm (mulheres) (Ben-Noun e cols., 2001) Diâmetro biepicôndilo umeral Diâmetro biestilóide rádio-ulnar É a quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano que podem causar maiores variações no peso corporal. Tecido ósseo músculos Gordura corporal água COMPOSIÇÃO CORPORAL
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