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* Aula – Glicólise Embden-Meyerhof-Parmas Prof. Jonas Contiero RC - 2013 * Glicólise Processo Anaeróbico Converte uma hexose à duas moléculas de piruvato Gera 2 ATP e 2 NADH Para certas células do cérebro e olhos, glicólise é o único caminho para gerar ATP Glicose+2ADP+2NAD++2Pi -> 2piruvato+2ATP+2NADH+2H++2H20 * * Glicólise Essencialmente todas as células possuem essa via metabólica. Dez reações – o mesmo ocorre em todas as células – mas a diferentes velocidades Duas fases: Na primeira fase glicose é convertida à dois G-3-P Na segunda fase ocorre produção de duas moléculas de piruvato Produtos formados: piruvato, ATP e NADH Três possíveis caminhos para piruvato * Fase I: Clivagem de 1 hexose fornecendo 2 triose * Fase II: Geração de 2 ATPs, 2 NADH e 2 Piruvatos * Hexocinase Primeiro passo na glicólise; G grande, negativo Nessa reação - ATP é consumido de maneira que será recuperado mais tarde ATP faz a fosforilação da glicose de maneira espontânea * Hexocinase também atua em outros processos (não é específica) Captação da Glicose Direcionamento da glicose à outras vias Não atende somente o primeiro passo da glicólise * Hexocinases Diferentes Isoenzimas Duas principais formas hexocinases (todas as células) e glicocinase (Fígado) Km para hexocinase é 10-6 - 10-4 M; célula tem 4 X 10-3 M glicose Km para glicocinase é 10-2 M somente ocorrendo quando a célula é rica em glicose. Função da Glicocinase: Quando o nível de glicose é alto ocorre sequestro de glicose para o Fígado Hexocinase é regulada - alostericamente inibida por (produto) glicose-6-P * Reação 2: Fosfoglicose isomerase Usa estrutura de cadeia aberta como substrato Próximo ao equilíbrio reacional (reversível) Enzima é altamente estereospecífica (não utiliza epímeros de glicose-6-fosfato * Reação 2: Fosfoglicose isomerase Porque essa reação ocorre?? Próximo passo (fosforilação no C-1) não ocorre facilmente para hemiacetal -OH, mas sim para o carbono primário -OH isomerização ativa C-3 para clivagem na reação com aldolase * Reação 3: Fosfofrutocinase – PFK-1 PFK-1 catalisa a transferência de um grupo fosfato do ATP para a Frutose- 6- P A reação é irreversível nas condições celulares PFK é altamente regulada, representando o ponto principal de regulação da glicólise b-D-frutose-6-fosfato é o substrato para essa reação * Fosfofrutocinase é altamente regulada inibição por ATP, AMP reverte a inibição Citrato é também um inibidor alostérico Frutose-2,6-bifosfato é ativador alostérico mais significativo PFK-1 aumenta sua atividade quando o nível de ATP é baixo PFK-1 diminui sua atividade quando o nível de ATP é alto * * Reação 4: Aldolase Hexose é clivada para formar duas trioses C1 a C3 da F1,6-BP ->DHAP(diidroxiacetona-P) C4 a C6 -> G-3-P(gliceraldeido-3-P) Posição do grupo carbonila determina qual ligação será clivada. Se o substrato fosse Glicose-6 –P o produto final seria uma molécula com 2 carbonos e outra com 4 carbonos * Reação 5: Triose Fosfato Isomerase (TPI) Conversão de DHAP à G-3-P por TPI Triose fosfato isomerase é uma enzima quase perfeita (Kcat/Km próximo do limite de difusão)(a formação do produto ocorre tão rapidamente quanto a colisão entre enzima e substrato) Kcat= Vmáx/[E]T * Reação 5: Triose Fosfato Isomerase (TPI) * Glicólise - Segunda Fase Metabolismo produz 4 ATPs Rendimento líquido em ATP para glicólise é de dois ATPs Segunda fase envolve dois intermediários fosfatados de alta energia. 1,3 BPG Fosfoenolpiruvato * Fase II: Geração de 2 ATPs, 2 NADH e 2 Piruvatos * Reação 6: Gliceraldeído-3P-Desidrogenase G3P é oxidado e fosforilado (NAD+ e Pi) a 1,3-BPG Próximo ao equilibrio reacional Pi é usado como doador de fosfato O grupo fosforila do C1 possui um alto potencial para transferência do grupo, usando para fosforilar ADP para fornecer ATP no próximo passo da glicólise Arsenato pode substituir fosfato na reação (resultando em baixo ATP) NADH gerada na reação é reoxidado durante transporte de elétrons na cadeia respiratória (gerando ATP) * Reação 7: Fosfoglicerato Cinase (PGK) ATP sintetisado a partir de um fosfato de alta energia Embora tenha um grande DGo’ negativo (-18 kJ/mole) devido PGK catalisar no equilíbrio “in vivo”, o DG geral é 0.1 Kj/mole e ocorre próximo do equilíbrio da reação. 2,3-BPG (para hemoglobina) * 2,3-BPG (para hemoglobina) é produzido evitando a ação de PGK 2,3-BPG atua para manter Hb com baixa afinidade pelo oxigênio Nível de 2,3 BPG (4 a 5 mM) * Reação 8: Fosfoglicerato Mutase Grupo fosforila move do C-3 para C-2 Mutases são isomerases que transferem fosfatos de uma hidroxila para outra Envolve um intermediário histidina-fosfato * * Reação 9: Enolase Próximo ao equilíbrio reacional “Conteúdo de Energia" de 2-PG e PEP são similares Enolase faz um rearranjo, de maneira que mais energia possa ser liberada na hidrólise Requer Mg2+ para atividade * Reação 10: Piruvato cinase Geração de ATP G negativo - regulação! Alostericamente ativada por AMP, F-1,6-biP Alostericamente inibida por ATP and acetil-CoA * Glicólise Regulação da Glicolise * Destino do Piruvato após glicólise Sob condições aeróbicas piruvato é oxidado à Acetil-CoA a qual entra no Ciclo do ácido citrico (TCA). Sob condições anaeróbicas piruvato pode ser reduzido à etanol (fermentação) ou lactato Sob condições anaeróbicas a formação de etanol e lactato é importante na oxidação do NADH fornecendo NAD+ Sob condições aeróbicas NADH is oxidado à NAD+ pela cadeia respiratória de transporte de elétrons * Necessidade de reciclar NAD+ a partir de NADH caso glicólise continue sob condições anaeróbicas * Formação de Lactato Em animais sob condições anaeróbicas piruvato é convertido à lactato através da enzima lactato desidrogenase Importante para regeneração de NAD+ sob condições anaeróbicas. * O sistema circulatório de animais grande é deficiente no transporte de O2 para sustentar longos periodos de atividade muscular. Condições anaeróbicas levam ao acúmulo de lactato e diminuição do glicogênio armazenado Períodos pequenos de intensa atividade devem ser seguidos por períodos de recuperação Acidose Lactica causa diminiução do pH do sangue Ciclo Cori * Fermentação Alcólica Importante para regeneração de NAD+ sob condições anaeróbicas Processo comum para microrganismos como leveduras Produção de CO2 e etanol CO2 gerado é importante em produtos de padaria e cervejarias. * Variação da Energia Livre na Glicólise Hexokinase Phosphofructokinase-1 Pyruvate kinase * Pontos de Controle na Glicólise * Regulação dos Transportadores de Hexose A [glicose] Intra-celular é muito mais baixa que [glicose] no sangue Glicose é transportada para interior da célula através de transporte passivo. A elevação da glicose no sangue faz com que o nível de insulina aumente com consequente aumento no número de transportadores de glicose nas membranas plasmáticas de células do músculo e adiposo * A Insulina Induz Exocitose do Transportador de Glucose * Regulação da Hexoquinase Glicose-6-fosfato é um inibidor alostérico da hexoquinase. O nível de glicose-6-fosfate aumenta quando o passo posterior é inibido. Hexokinase não é necessariamente o primeiro passo regulatório a ser inibido. * Regulação da FosfoFrutoquinase (PFK-1) Inibida por ATP e Citrato Ativada por AMP e Frutose-2,6-bisfosfato Regulação relatada ao estatus de energia da célula. * PFK-1 regulação por adenosina nucleotideos ATP é substrato e inibidor. Liga ao sítio ativo e alostérico da PFK. Ligação do ATP ao sitio alostérico aumenta Km para ATP AMP and ADP são ativadores alostéricos da PFK. AMP diminui inibição por ATP. ADP diminui Km para ATP Glucagon (hormonio pancreático) produzido como resposta a baixa [glicose] na sangue sinalizando cAMP, a síntese de glicogênio é inibida e sua degradação ativada * Efeito do ATP sobre Atividade da PFK-1 * Efeito do ADP e AMP sobre Atividade da PFK-1 * Regulação da PFK por Frutose-2,6-bifosfato Frutose-2,6-bifosfato é um ativador alostérico da PFK em eucariotos, mas não em procariotos Formado a partir de frutose-6-fosfato por PFK-2 Degradada à frutose-6-fosfato por frutose 2,6-bifosfatase. Em mamiferos as 2 atividades estão na mesma enzima PFK-2 é inibida por Pi e estimulada por citrato * Regulação da PFK-1 no Fígado por Glucagon Proteina G media a via de sinalização do cAMP Inducão da proteina quinase A que induz atividade fosfatase e inibe atividade quinase Resultando em baixo nível de F-2,6-P e diminuindo atividade PFK-1 (menos glicólise) * Regulação da Piruvato quinase Enzima Alostérica Ativada por Frutose-1,6-bifosfato Inibida por ATP Quando alto nível de frutose 1,6-bifosfato está presente, a plotagem de [S] vs Vo vai de sigmóide à hiperbólico. Aumentando a concentração de ATP aumenta Km para PEP. No fígado, PK também é regulada por glucagon. Proteina quinase A fosforila PK e decresce atividade PK. * Regulação da Piruvato quinase * Desregulação da Glicólise em Células Cancerígenas A glicólise é dez vezes mais rápida em tumores do que em tecidos não cancerígenos Células tumorais inicialmente tem suprimento de oxigênio limitado Células tumorais possuem poucas mitocôndrias, dependendo mais da glicólise para obter ATP Aumento no nível de enzimas glicolíticas em tumores * Outros açúcares que podem entrar na glicólise * * Como outros açúcares entram na glicólise Manose pode ser fosforilada à manose-6-fosfato pela hexoquinase e então convertida à frutose-6-fosfato por fosfomanose isomerase. Frutose pode ser fosforilada por frutoquinase para formar frutose-1 fosfato (F-1-P). F-1-P pode então ser convertida à gliceraldeido e DHAP por F-1-P aldolase. Triose quinase converte então gliceraldeido à G-3-P. * No músculo: a conversão da frutose no intermediário glicolítico F6P envolve apenas uma enzima, hexoquinase No fígado sete enzimas paricipam da conversão de frutose em intermediários glicolíticos Frutoquinase: fosforilação da frutose, F-1-P Frutose-1-P aldolase , converte F-1-P em gliceraldeído e diihidroxiacetona-P Gliceraldeído quinase, converte gliceraldeído em gliceraldeído-3-P Alternativamente gliceraldeído pode ser convertidoem glicerol pela álcool desidrogenase Glicerol quinase pode converter glicerol em glicerol-3-P Glicerol-P-desidrogenase pode converter glicerol-3-P em diidroxiacetona-P e este ser convertido em gliceroldeído-3-P pela triose-P-isomerase. O excesso de glicose é prejudicial? PFK no fígado é ignorada e fluxo glicolítico pode ser conduzido para síntese de lipídeos na ausência de produção de ATP * * Galactosemia Deficiência de galactose-1- fosfato uridiltransferase. Acúmulo de galactose-1-fosfato Causa dano no fígado Crianças não tratadas têm um desenvolvimento irregular, ocorrendo retardo mental. Podem ser tratadas com dieta livre de galactose. * Intolerância a Lactose Humanos sofrem redução na lactase aos 5 a 7 anos de idade. Em deficientes em lactase, lactose é metabolizada por bactérias no intestino. Produzindo CO2, H2 e ácidos de pequenas cadeias. Esses ácidos causam um desequílibrio iônico no intestino (diarréia)
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