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A intepretação jurídica

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A intepretação jurídica 
 A interpretação jurídica é um caso particular de uma atividade, que sucede em disciplinas científicas distintas e contextos cotidianos numerosos: da interpretação. A expressão “interpretação” é ambígua e, por conseguinte, mesmo carente de interpretação. A expressão “interpretação no sentido mais amplo (larguíssimo sensu)” designa o entendimento do sentido de todos os objetos, que foram produzidos por sujeito no quando de sua capacidade para unir com esses objetos um sentido. A interpretação jurídica pertence se prescinde da interpretação de normas pelo dador de normas (interpretação autêntica), exclusivamente a este tipo. Se o objeto da interpretação realmente deve ser produzido por um sujeito, que é capaz de unir com esse objeto um sentido, ou basta que o interprete, é da opinião que isso é o caso. 
 A interpretação em sentido amplo (sensu largo) é um subcaso a intepretação em sentido mais amplo (largissimo sensu), ela não da a entender que quaisquer objetos, que estão unidos com um sentido, mas somente ao entender manifestações idiomáticas. Existem vários casos na qual as manifestações idiomáticas são entendidas sem aparecerem dúvidas ou questões, o que no caso seria o ‘’entender imediato’’, um exemplo disso é quando alguém vê a placa ‘‘proibido fumar’’, então ela apaga seu cigarro. O entender mediato deixa citar todos os casos nos quais juízes consideram várias intepretações possíveis de uma normal e decidem-se com argumentos por uma delas. A interpretação em sentido restrito (sensu stricto) é um subcaso da interpretação em sentido amplo (sensu largo). Ela torna-se necessária quando uma manifestação idiomática admite várias interpretações e não é certo qual é correta, a interpretação em sentido restrito seria designada como ‘’explicação’’. 
 A interpretação tem um caráter prático, porque nela sempre se trata imediatamente ou mediatamente, o que em um sistema jurídico, é ordenação, proibido e permitido e para que ela autorize. Em um caráter “prático” pode também ser falado de um “normativo” O caráter institucional da intepretação jurídica resulta tanto do seu objeto como de seu sujeito, leis são produzidas por atos institucionais, hoje, particularmente, por decisões do parlamento. A intepretação é distinguida entre a intepretação autêntica, doutrinal, leiga e usual. A interpretação autêntica é a interpretação por órgãos que pelo ordenamento jurídico, são autorizados à determinação vinculativa do sentido da norma. A intepretação doutrinal é a interpretação pela Ciência do Direito. Ela não tem, por falta de força vinculativa, caráter institucional, mas dele pode aproximar-se quando se forma uma opinião dominante. A interpretação leiga é a interpretação pelos cidadãos submetidos ao direito, e por fim a interpretação usual, que é explicação de uma norma pelo direito costumeiro, é um subcaso da interpretação leiga. 
 A interpretação jurídica e a hermenêutica estão unidas cm o conceito do círculo hermenêutico. No quadro Ciência do Direito deve ser distinguido entre três tipos de círculos hermenêuticos. O primeiro círculo concerne à relação entre a chamada pré-compreensão e o texto. A pré-compreensão deve ser entendida uma hipóteses com a qual o intérprete aproxima-se do texto, essa hipótese expressa uma presunção ou esperança do intérprete sobre a solução correta do problema jurídico pendente de decisão e seu conteúdo é determinado pelas informações do mundo da vida e pelas experiências profissionais do intérprete. O segundo tipo de circulo hermenêutico concerne à relação entre a parte e o todo. Por um lado o entender que uma norma pressupõe o entender do sistema de normas ao qual ela pertence e por outro lado o entender que um sistema de normas não é possível sem que as normas particulares, que pertencem a ele e sejam entendidas. Já o terceiro tipo de círculo hermenêutico concerne à relação de norma e fato, normas são universal-abstratas, os fatos aos quais elas devem ser aplicadas são individual-concretos. Esse círculo ilustra somente um problema, sem oferecer um critério para a sua solução, pelo menos está claro que o problema então poder ser resolvido, quando todas as características do fato e todas as características nas normas possivelmente correspondentes são consideradas. 
 O resultado da intepretação é uma afirmação da interpretação, como toda a afirmação assim também a afirmação promove uma pretensão de correção. A interpretação jurídica é um meio para o cumprimento da tarefa prática da Ciência do Direito. Essa consiste, em último lugar, nisto dizer o que em casos concretos é ordenado, proibido judicialmente. A interpretação jurídica tem lugar no quadro da fundamentação de sentenças de dever jurídico concreto, isso vale imediatamente para interpretação judicial e, pelo menos, mediatamente para outras interpretações, particularmente a científico-jurídica. 
 No primeiro plano da teoria da interpretação jurídica está o procedimento argumentativo, somente ele é acessível intersubjetivamente e por consequência revisável objetivamente, somente no seu quadro é possível um uso público da razão. A interpretação é argumentação, a isso corresponde que em sistemas jurídicos modernos regularmente existe um dever de fundamentação judicial e na Ciência do Direito são solucionados problemas pela consideração de argumentos pró e contra. Na estrutura argumentativa da interpretação jurídica, a teoria da interpretação agradece á tópica-jurídica e à nova retórica, mais recentemente doutrinas da argumentação e da fundamentação jurídicas continuaram a desenvolver esses inícios e projetaram novos. 
 O objetivo da interpretação é debatido. Concorrem teorias do objetivo da explicação subjetivas e objetivas, segundo a teoria subjetiva, o objetivo da interpretação consiste na averiguação da vontade do dador de leis. Já a teoria objetiva o intérprete tem que averiguar o sentido razoável, correto ou justo da lei. O litigio complica-se pelo fato de a dicotomia objetiva ser coberta por uma temporal, e precisamente, aquela entre a data do estabelecimento da norma e da explicação. Os meios da interpretação são argumentos. Das formas de argumentos ou dos cânones de explicação devem ser distinguidas as regras da argumentação jurídica e estas dizem como os argumentos distintos devem ser empregados e ponderador. Existem quatro categorias de argumentos jurídicos, os argumentos linguísticos, os genéticos, os sistemáticos e práticos gerais. 
 O argumento linguístico descansa sobre o principio da autoridade do dador de leis que em um estado constitucional democrático é apoiado pelos princípios de democracia, da divisão de poderes e do Estado de Direito. O argumento genético funda-se na autoridade do dador de leis, dos fundamentos da certeza jurídica e, com isso, em virtude do principio do Estado de Direito, o dito pelo dador de leis, contudo, tem primazia diante daquilo por ele meramente querido. Por conseguinte os argumentos linguísticos também prevalecem prima facie sobre os sistemáticos, com isso existe, dentro dos argumentos institucionais, uma primazia-prima facie dos argumentos linguísticos sobre os genéticos e os sistemáticos. Entre os argumentos genéticos e os sistemáticos, pelo contrário não se deixa formular uma primazia-facie geral. 
 Cada interpretação modifica o Direito e é, com isso, que ocorre um aperfeiçoamento do Direito em sentido amplo. No aperfeiçoamento do Direito em sentido restrito isso é, sobretudo, a colisão entre os princípios da democracia, da divisão de poderes e da certeza jurídica, por um lado, que apoiam a autoridade do dador de leis, e os princípios da coerência e da correção quanto ao conteúdo, por outro, que exigem uma decisão justa, e a solução para essa colisão depende do Direto constitucional, que cada vez está mais vigente e da Filosofia do Direito sustentada pelo intérprete.

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