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Conceitos de Sistemas Embarcados Sistemas embarcados estão relacionados ao uso de hardware (eletrônica) e software (instruções) incorporados em um dispositivo com um objetivo pré- definido e único!. A diferença entre um sistema embarcado e um computador de propósito geral está justamente na objetividade. Computadores como PCs, notebooks e afins são máquinas multi-objetivo, ou seja, foram criadas e dimensionadas para atuar num domínio de funções muito grande. Conceitos de Sistemas Embarcados Já os sistemas embarcados ou SEs possuem dimensionamento de recursos direcionado a um domínio de objetivos bem menor, ou mesmo singular. Destrinchando um projeto de SE, normalmente encontramos um subdivisão clara, que corresponde à unidade de processamento, memória e periféricos. Conceitos de Sistemas Embarcados Conceitos de Sistemas Embarcados A unidade de processamento executa as instruções (software/firmware) responsáveis por realizar cálculos, tomar decisões e tratar eventos (como aquele do botão do elevador). Possui normalmente a arquitetura elementar clássica de um processador de computador convencional, como a Unidade lógico-Aritmética (ULA), unidade de controle (UC), registradores, etc. A memória armazena dados e instruções relacionados às operações da unidade de processamento. As instruções e dados podem dividir a mesma memória, como nos PCs (arquitetura Von Neumann) ou separados em memórias distintas (arquitetura Harvard), sendo a segunda a mais comum em SEs. Os periféricos são as interfaces da unidade de processamento com o mundo externo, trazendo ou enviando informações para ele. Um exemplo de um periférico seria um conversor analógico/digital acoplado a um sensor térmico que converte a temperatura de um ambiente em números binários para que a unidade de processamento consiga interpretar e processar a informação. Conceitos de Sistemas Embarcados O objetivo de um sistema embarcado é o de controlar processos, em outras palavras, atuar sobre um problema. Um processo pode ir de um simples acender e apagar de lâmpadas automatizado, até gerenciamento autônomo de um avião (piloto automático). Isso é feito por intermédio dos periféricos, que são escalados e dimensionados com base no problema alvo. Conceitos de Sistemas Embarcados Duas categorias de periféricos se destacam em um SE, os sensores e os atuadores. Sensores são responsáveis em adquirir informação do processo a ser controlado. Essas informações são primordiais para a unidade de processamento, pois com base nelas, decisões podem ser tomadas. Bons sensores devem fornecer informação confiável e não promover alterações no processo alvo. Isso significa que um sensor não pode mudar os valores da grandeza física do qual é responsável por medir, como por exemplo diminuir a velocidade de um motor em monitoramento. Isso na prática pode difícil de conseguir dependendo da tecnologia do sensor (contato mecânico por exemplo). Exemplos desses tipos de periféricos são sensores de temperatura (termistores), pressão (piezos), contato (chaves mecânicas), toque (touchscreen), distância (sonar/infravermelho), movimento (acelerômetros), óticos (câmeras), etc. Esses são periféricos que enviam informação do processo para o SE. Conceitos de Sistemas Embarcados Duas categorias de periféricos se destacam em um SE, os sensores e os atuadores. Atuadores proporcionam ao SE a habilidade de intervir no meio onde atua. Como o próprio nome diz, são dispositivos que realizam ações que interferem no processo em controle, como motores, ventiladores, luzes, aquecedores, resfriadores, chaveadores, etc. Esses são periféricos que enviam informação do SE para o processo. Conceitos de Sistemas Embarcados Normalmente a unidade de processamento toma a decisão de acionar os atuadores com base nas informações recebidas dos sensores, isso é conhecido como sistema em malha fechada ou sistema realimentado. Outra forma também usada para acionar os atuadores é com base no tempo, em um sistema conhecido como malha aberta, onde não há informações advindas do processo (não há sensores nele). Conceitos de Sistemas Embarcados Exemplo de Sistema Embarcado para entendimento Supondo que tenhamos de projetar um sistema embarcado de uma estufa de papel para fotocopiadores (máquinas de xerox). O objetivo do SE é manter os papéis aquecidos evitando umidade que comprometa a qualidade das cópias (quem já trabalhou como copista sabe que esse é um problema incômodo). Primeiro vamos ver como poderia ser o sistema em malha aberta e em seguida em malha fechada. Conceitos de Sistemas Embarcados Parte mecânica : a estufa é uma caixa de madeira com medidas necessárias para caber folhas de papel no formado A4 e demais componentes do sistema, com uma tampa superior afixada em uma dobradiça. Conceitos de Sistemas Embarcados Sistema embarcado: usaremos um chip microcontrolador como unidade de controle com memória já embutida no próprio chip. Como atuador usaremos uma lâmpada incandescente de 40 W acionada por intermédio de um relê ligado ao chip microcontrolador, que irá gerar o calor necessário para eliminar a umidade. Como trata- se de um sistema em malha aberta, não temos sensores de umidade aqui, então vamos programar o chip para estabelecer um tempo regular em que a lâmpada fique acesa e outro tempo em que ela fique apagada. Suponhamos que, com base em experimentos prévios, o tempo seja definido em 3 minutos acesa e 15 minutos apagada para manter uma temperatura adequada ao papel. Note que não há nenhum evento externo que influencie no acendimento da lâmpada, somente a contagem de tempo realizada pela unidade de processamento (chip) é que vai decidir quando ligar ou desligar a lâmpada. Esse é um sistema em malha aberta. O fluxograma de execução do programa ilustra esse processo. Conceitos de Sistemas Embarcados Conceitos de Sistemas Embarcados Numa abordagem em malha fechada, todos os componentes do projeto anterior estariam presentes, só que agora teríamos que adicionar um novo periférico que adquira informação de umidade do ar na caixa, ou seja, um sensor de umidade. Então agora temos o chip microcontrolador, uma lâmpada acionada por relê e mais um sensor de umidade ligado ao chip. Desse modo, temos no sistema embarcado uma configuração CPU, sensor, atuador, onde podemos acionar a lâmpada quando a umidade informada pelo sensor estiver acima do esperado, ou apagá-la quando estiver no nível desejado. O processo é exemplificado pelo fluxograma a seguir. Conceitos de Sistemas Embarcados Conceitos de Sistemas Embarcados A desvantagem do sistema em malha aberta é evidente, ele não compensa variações de umidade de dias chuvosos ou mais secos, podendo gastar mais energia, porém é um sistema mais simples e barato de se produzir. Já o sistema em malha fechada é mais “inteligente” e consegue lidar com as variações de umidade sem problemas, mas acaba saindo mais caro devido ao adicional de componentes, além de ter uma programação um pouco mais complexa, já que agora temos que considerar a informação do sensor. Conceitos de Sistemas Embarcados Sistemas Embarcados e IoT – O futuro! Sistemas Embarcados – Tarefa 1! 1) Escolher um Sistema Embarcado Existente, dar detalhes do Microcontrolador utilizado e descrever suas funções. 2) Criar um projeto de Sistema Embarcado, montar diagrama de funcionamento (exemplo slides 12 e 14). 3) Montar arquivo em Word e exportar em PDF para entrega no Ambiente Conhecer. 4) Entrega permitida até 19/08/2018 23:00h. Referências. https://www.hardware.com.br/artigos/sistemas-embarcados-computacao- invisivel/conceito.html https://www.youtube.com/playlist?list=PLxI8Can9yAHc8BuSrtqEhU6Xkx3hkFn--