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MANUAL HISTOLOGIA


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MANUAL DE HISTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresina, 2014 
1. TECIDO EPITELIAL 
 
1.1. Funções: 
 Revestimento: na pele; 
 Proteção; 
 Absorção: no intestino; 
 Secreção: nas glândulas; 
 Percepção de estímulos: o neuroepitélio e o gustativo. 
 
1.2. Características: 
 Células justapostas formando folhetos ou aglomerados tridimensionais; 
 Forma de células variadas, desde células colunares altas até células 
pavimentosas, com formas intermediárias; 
 A forma do núcleo acompanha a forma das células, assim, células 
cubóides costumam ter núcleos esféricos e as pavimentosas têm 
núcleos achatados; 
 Avascularizado; 
 Células polarizadas, a porção da célula voltada para o tecido conjuntivo 
é denominada porção basal ou pólo basal, a extremidade oposta é 
denominada porção apical ou pólo apical e a superfície de células 
epiteliais que confrontam células vizinhas são denominadas paredes 
laterais. 
 
1.3. Tipos de Epitélios: 
 
1.3.1. Epitélios de revestimento 
 As células são organizadas em camadas que cobrem a superfície externa 
do corpo ou revestem as cavidades do mesmo. Podem ser classificados de 
acordo com: 
 
 Números de camadas de células: 
o Simples: contém uma só camada de células; 
o Estratificado: contém mais de uma camada; 
o Pseudo-estratificado: todas as células estão apoiadas na lamina 
basal, mas nem todas alcançam a superfície do epitélio, fazendo 
com que a posição dos núcleos seja variável. 
 Forma das células: 
o Pavimentoso ou escamoso: quando simples revesti vasos, 
cavidades pericárdica, pleural e peritoneal, facilitando o 
movimento das vísceras, o transporte ativo por pinocitose e a 
secreção de moléculas biologicamente ativas. Já quando 
estratificados pode ser queratinizado na epiderme, protegendo e 
prevenindo a perda de água, ou ainda não queratinizado na boca, 
no esôfago, na vagina e no canal anal, protegendo, secretando e 
também prevenindo à perda de água; 
o Cúbico: quando simples revesti o externo do ovário, os ductos de 
glândulas, e os folículos. Já quando estratificado se localiza nas 
glândulas sudoríparas e nos folículos ovarianos em 
desenvolvimento; 
o Prismático, colunar ou cilíndrico: quando simples revesti o 
intestino e vesícula biliar, protegendo, secretando e transportando 
por cílios de partículas aderidas ao muco nas passagens aéreas. 
Já quando estratificado esta na conjuntiva, protegendo-a; 
o Transição: a forma das células muda, está presente na bexiga, 
nos ureteres e nos cálices renais, proporcionando proteção e 
distensibilidade. 
 
1.3.2. Epitélios glandulares 
 São constituídos por células especializadas na atividade de secreção. 
 As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento 
cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo adjacente. 
 
 Tipos de glândulas: 
o Exócrinas: mantêm sua conexão com o epitélio do qual se 
originam. Esta conexão toma a forma de ductos formados por 
células epiteliais, pelos quais as secreções são eliminadas, 
alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade; 
o Endócrinas: sua conexão com o epitélio é obliterada durante o 
desenvolvimento. Portanto, elas não possuem ductos e suas 
secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu 
local de ação pela circulação sanguínea. 
 
 Critérios de classificação das glândulas exócrinas: 
o De acordo com a ramificação do ducto: 
 Simples: têm somente um ducto não-ramificado; 
 Compostas: têm ductos ramificados. 
o De acordo com a forma da porção secretora: 
 Tubulosas: têm a porção secretora em forma de tubo; 
 Acinosas: têm a porção secretora em forma de esfera ou 
arredondada. 
o Modo de eliminação de secreção: 
 Holócrinas: o produto de secreção é eliminado juntamente 
com toda a célula (glândulas sebáceas); 
 Apócrinas: o produto de secreção é descarregado junto 
com porções do citoplasma apical (glândulas mamárias); 
 Merócrinas: a secreção é eliminada pela célula por meio 
de exocitose, sem perda de outro material celular. 
o Tipos de secreção: 
 Serosas: as células serosas são poliédricas ou piramidais, 
têm núcleos centrais arredondados e polaridade bem 
definida. A região basal possui grande numero de reticulo 
endoplasmático granuloso. Na região apical há um 
complexo de golgi bem desenvolvido (pâncreas, glândulas 
salivares parótidas); 
 Mucosas: estas células possuem numerosos grânulos de 
grande tamanho, que coram fracamente e que contêm 
muco, que é constituído por glicoproteínas intensamente 
hidrofílicas. Tais grânulos de secreção preenchem a parte 
apical da célula, onde também se localiza o complexo de 
golgi e o núcleo achatado fica na região basal, juntamente 
com os retículos endoplasmáticos rugosos (glândula 
sublingual); 
 Sero-mucosa ou mista. 
 
 Critérios de classificação das glândulas endócrinas: 
o De acordo com o arranjo das células: 
 Cordonais; 
 Foliculares ou vesiculares: (tireóide). 
 
1.4. Considerações sobre os epitélios: 
 Inervação: a maioria das células epiteliais é ricamente inervada por 
terminações nervosas de plexos nervosos da lamina própria. Além da 
inervação sensorial, o funcionamento de muitas células epiteliais 
secretoras depende de inervação motora que estimula sua atividade. 
 Renovação: as mitoses dos tecidos epiteliais estratificados e pseudo-
estratificados ocorrem na camada basal do epitélio, onde se encontram 
as células-tronco desses epitélios. 
 Células mioepiteliais: sua função é contrair-se em volta da porção 
secretora ou condutora da glândula e assim ajudar a impelir os produtos 
de secreção para o exterior. 
 Metaplasia: um tipo de tecido epitelial se transforma em outro. Nos 
fumantes o epitélio pseudo-estratificado ciliado dos brônquios 
transforma-se em epitélio estratificado pavimentoso. 
 
 
2. TECIDO CONJUNTIVO 
 
2.1. Características: 
 Vários tipos celulares; 
 Abundante material intercelular (matriz extracelular). 
2.2. Matriz extracelular: 
 Substância fundamental amorfa (SFA): 
o Característica física: material gelatinoso, incolor e viscoso; 
o Composição química: glicosaminoglicanas (ác. Hialurônico), 
proteoglicanas e glicoproteínas; 
o Funções: 
 Preenche os espaços entre células e fibras; 
 Atua como lubrificante; 
 Previne a penetração de partículas e microorganismos nos 
tecidos (a viscosidade da SFA é dada pelo ác. hialurônico 
e é responsável pela barreira de penetração de partículas 
e microorganismos estranhos nos tecidos - bactérias com 
enzima hialuronidase penetram nos tecidos); 
 É veículo para difusão de substâncias hidrossolúveis 
(nutrientes) para dentro e fora dos tecidos por via 
sangüínea. 
 Fluido tecidual: 
o Corresponde à mínima quantidade de plasma liberado dos vasos 
sanguíneos; 
o Moléculas de água de composição do fluido ligam com as 
glicosaminoglicanas, constituindo a água de solvatação, que é 
veículo de transporte e difusão de nutrientes e outras substâncias 
hidrossolúveis. 
 Fibras colágenas: 
o São produzidas em um processo com dois estágios envolvendo 
eventos intracelulares e extracelulares: Aminoácidos (prolina e 
lisina) -> cadeias polipeptídicas (RER) -> adição de carboidratos 
(Golgi), construindo o procolágeno -> peptidases quebram 
moléculas eliminando para o exterior o procolágeno para 
transformar em tropocolágeno -> enrolamento e entrelaçamento 
de cadeias alfas 1,2 e 3 polipeptídicas, em hélice, formando a 
molécula de tropocolágeno -> fibrila de colágeno -> fibra colágena 
-> feixe de fibras colágenas. 
 Dependendo dos tipos de cadeia e das associações 
dos mesmos, podem-se ter diferentes tipos de 
colágenos; 
 O colágeno presente na matriz extracelular dos 
conjuntivos comuns é colágenoI; 
 Possui grande extensibilidade e resistência e 
confere grande flexibilidade e força aos tecidos que 
o contém. 
 Fibras reticulares: 
 São compostas por colágeno do tipo III associado 
com glicoproteínas; 
 São fibras extremamente finas; 
 Reações tintoriais: PAS + argirófilas (coram-se com 
sais de prata, alto teor de carboidratos); 
 Função: forma uma rede de arcabouço de 
sustentação em torno de células de certos órgãos: 
glândulas, fígado, rins, pulmão e pequenos vasos. 
 Fibras elásticas: 
 São fibras ramificadas que, algumas vezes, formam 
redes; 
 São compostas por microfibrilas das proteínas, 
elastinas e fibrina; 
 Possuem grande poder de distensibilidade; 
 Observadas ao MO com coloração especial, orceína 
e resorcina – fucsina. 
2.3. Células do tecido conjuntivo 
 Incluem muitos tipos celulares com diferentes funções e que podem ser 
originadas localmente, permanecendo no tecido conjuntivo fixas ou 
serem originadas fora, permanecendo no conjuntivo apenas 
temporariamente (células móveis). 
 Fibroblasto (fixa) 
o Origina-se de células mesenquimais indiferenciadas; 
o São predominantes no tecido conjuntivo; 
o Podem apresentar-se nas formas: 
 Fibroblasto ativo: 
 Forma fusiforme com prolongamentos 
citoplasmáticos numerosos; 
 REG e Complexo de Golgi bem desenvolvidos; 
 Núcleo ovulado de cromatina frouxa e nucléolo bem 
evidente; 
 Função: síntese de procolágeno. 
 Fibroblasto quiescente (fibrócito): 
 Menores, mais achatados e quase sem 
prolongamentos comparados aos ativos; 
 REG e Complexo de Golgi menos desenvolvidos; 
 São sinteticamente inativos. 
o Obs.: fibroblastos e fibrócitos são dois estágios funcionais 
diferentes da mesma célula, sendo que os fibrócitos podem 
reverter ao estagio ativo se estimulado (durante a reparação de 
lesões, por exemplo). 
 Pericitos (fixa) 
 São derivadas das células mesenquimais indiferenciadas e 
permanecem com o papel pluripotencial (capacidade de originar 
diferentes tipos celulares) das células mesenquimais; 
 São menores que os fibroblastos e estão localizados nas 
proximidades dos vasos sanguíneos; 
 Função: reposição das células do conjuntivo (não-degeneradas 
ou degeneradas); 
 Células adiposas: 
 São derivadas das células mesenquimais indiferenciadas; 
 São responsáveis pela síntese e armazenamento de gorduras 
neutras; 
 Podem formar duas formas de tecido: 
 Células adiposas uniloculares: 
 Possuem núcleo e citoplasma restritos a uma 
delgada faixa que contorna grande gotícula lipídica 
que ocupa todo citoplasma; 
 As gotículas lipídicas não são separadas do 
citoplasma por membrana; 
 As gorduras são armazenadas sob forma de 
triglicerídeos e gorduras neutras. 
 Células adiposas multiloculares: 
 Apresentam múltiplas gotículas lipídicas dispersas 
pelo citoplasma; 
 Possuem numerosas mitocôndrias geradoras de 
calor importantes nas fases iniciais da vida do 
indivíduo (estando presentes nos recém-nascidos) 
 Praticamente desaparecem no adulo, vindo a 
constituir um estágio inicial de armazenamento de 
gordura. 
 Macrófagos: 
 Origina-se na medula óssea como monócito, este 
circula no sangue e migra para o tecido conjuntivo onde 
passam a constituir macrófagos imaturos e funcionantes 
que junto ao monócito compõe o Sistema Macrofágico 
Mononucleares (elementos circulares cuja circulação pela 
corrente sanguínea e distribuição nos diferentes tecidos 
conjuntivos recebem diferentes denominações). 
 Sistema macrofágico mononuclear 
 
 
 
Compartimento medular 
 
 
 
Célula-tronco pluripotencial 
V 
Célula-tronco unipotencial 
V 
monoblasto 
V 
Monócitos 
V 
Compartimento sanguíneo Monócitos circulares 
V 
 
 
 
Compartimento tecidual 
Macrófagos 
Do tecido conjuntivo comum; 
Das cavidades serosas 
(macrófagos peritoniais); 
Dos órgãos hemocitopoéticos; 
Células de Küpffer (macrófago do 
fígado); 
Macrófagos alveolares (células de 
poeiras do pulmão); 
Micróglia (sistema nervoso 
central). 
 São geralmente esféricos; 
 Possuem pseudópodos, vacúolos fagocíticos, lisossomos e 
corpos residuais quando ativados, o que caracteriza a sua 
função fagocítica. 
 Podem funcionar quando estimulados – células gigantes 
tipo corpo estranho; 
 Em condições normais se encontram fixos as fibras do 
tecido conjuntivo; 
 Em condições patológicas tornam-se móveis; 
 Funções: 
 Células fagocitárias mais ativas do tecido conjuntivo; 
 Participam da resposta imunológica, como células 
apresentadoras de antígenos; 
 Secretam substancias que funcionam na reparação 
tecidual. 
o Linfócitos: 
 Núcleo volumoso e esférico ocupando quase a totalidade 
do citoplasma; 
 Cromatina frouxa; 
 Escasso citoplasma; 
 São derivadas das células tronco-linfocitárias; 
 Estão distribuídos no organismo através dos tecidos 
conjuntivos subepitelial (sistema respiratório, digestório e 
áreas de inflamação crônica); 
 Apresentam duas classes funcionais: 
 Linfócitos T: responsáveis pela resposta 
imunológica do tipo celular; 
 Linfócitos B: após ativação apresentado pelos 
macrófagos – plasmócitos. Resposta imunológica do 
tipo humoral. 
o Plasmócitos: 
 Originam-se dos linfócitos B; 
 Possuem forma ovóide com núcleo excêntrico com grumos 
heterocromatina periféricos (roda de carroça); 
 Complexo de Golgi bem desenvolvido; 
 Grande concentração de RE; 
 Síntese de imunoglobulina (anticorpos). 
2.4. Tipos de tecidos conjuntivos: · 
 
2.4.1. Tecido conjuntivo propriamente dito: 
o Frouxo: 
 Preenche espaços entre grupos de células musculares, 
suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos 
vasos sanguíneos; 
 As células mais numerosas são os fibroblastos e os 
macrófagos; 
 Tem uma consistência delicada, é flexível, bem 
vascularizado e não muito resistente a trações. 
o Denso: 
 Oferece resistência e proteção aos tecidos; 
 Predominância de fibras colágenas; 
 Menos flexível e mais resistente; 
 Não modelado: 
 Quando as fibras são organizadas em feixes sem 
orientação definida; 
 As fibras formam uma trama tridimensional, o que 
lhes confere certa resistência às trações exercidas 
em qualquer direção; 
 Encontrado na derme profunda da pele. 
 Modelado: 
 Quando os feixes de colágeno estão paralelos e 
alinhados com os fibroblastos; 
 Presente nos tendões. 
2.4.2. Tecido conjuntivo de propriedades especiais: 
o Tecido adiposo: 
 Maior depósito corporal de energia, sob forma de 
triglicerídeos; 
 Predominância de células adiposas (adipócitos); 
 Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular: 
 As células, quando completamente desenvolvidas, 
contêm apenas uma gotícula de gordura que ocupa 
quase todo citoplasma; 
 Tecido adiposo pardo ou multilocular: 
 Formado por células que contêm numerosas 
gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias. 
o Tecido elástico: 
 Composto por feixes espessos e paralelos de fibras 
elásticas; 
 Cor amarelada; 
 Grande elasticidade; 
 Presente nos ligamentos amarelos da coluna e no 
ligamento suspensor do pênis. 
o Tecido reticular: 
 É muito delicado e forma uma rede tridimensional que 
suporta as células de alguns órgãos; 
 Constituído por fibras reticulares intimamente associadas 
com células reticulares (fibroblastos especializados). 
o Tecido mucoso: 
 Consistência gelatinosa graças à predominância de matriz 
fundamental composta predominantemente e acido 
hialurônico com poucas fibras; 
 As principais células são os fibroblastos; 
 Principal componente do cordão umbilical, onde é referido 
como geléia de Wharton. 
 Encontrado também na polpa jovem dos dentes. 
2.4.3. Tecido conjuntivo de suporte: 
o Tecidocartilaginoso: 
 Desempenha a função de suporte de tecidos moles, 
reveste superfícies articulares, onde absorve choques e 
facilita o deslizamento dos ossos nas articulações; 
 É essencial pra a formação e o crescimento dos ossos 
longos, na vida intra-uterina e depois do nascimento; 
 Contém células, os condrócitos, e abundante material 
extracelular, que constitui a matriz; 
 As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são 
as chamadas lacunas; 
 Não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos 
capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio); 
 Também é desprovido de vasos linfáticos e nervos; 
 Cartilagem hialina: 
 É a mais comum e cuja matriz possui delicadas 
fibrilas constituídas principalmente de colágeno do 
tipo II; 
 Cartilagem elástica: 
 Possui poucas fibrilas de colágeno tipo II e 
abundantes fibras elásticas; 
 Cartilagem fibrosa: 
 Apresenta matriz constituída preponderantemente 
por fibras de colágeno tipo I. 
o Tecido ósseo: 
 Formado por células e material extracelular calcificado, a 
matriz óssea; 
 As células são os osteócitos, que se situam nas lacunas, 
os osteoblastos, produtores da parte orgânica da matriz e 
os osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas 
que absorvem o tecido ósseo, participando do processo de 
remodelação dos ossos; 
 A nutrição dos osteócitos depende de canalículos que 
existem na matriz e que possibilitam as trocas de 
moléculas e íons entre capilares sanguíneos e os 
osteócitos; 
 Os revestimentos internos e externos são respectivamente 
os periósteos e os endósteos; 
 Funções: 
 Suporte para as partes moles; 
 Protege órgãos vitais; 
 Aloja e protege a medula óssea; 
 Proporciona apoio aos músculos esqueléticos; 
 Constitui um sistema de alavancas que amplia as 
forças geradas na contração muscular; 
 Funciona como depósito de cálcio, fosfato e outros 
íons. 
 
 
3. TECIDO ÓSSEO 
 
 3.1. Características: 
 É um tecido conjuntivo especializado formado por células e material 
extracelular calcificado, a matriz óssea; 
 É recoberto, tanto na superfície externa (periósteo) como interna 
(endósteo), por camadas de tecido conjuntivo contendo células 
osteogênicas; 
 As técnicas usadas para estudos são o desgaste e a descalcificação; 
 A nutrição dos osteócitos depende de canalículos da matriz, que 
possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os capilares 
sanguíneos e os osteócitos. 
 3.2. Funções: 
 Suporte para as partes moles; 
 Protege órgãos vitais; 
 Aloja e protege a medula óssea; 
 Proporciona apoio aos músculos esqueléticos; 
 Constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na 
contração muscular; 
 Funciona como depósito de cálcio, fosfato e outros íons. 
 
 3.3. Células do tecido ósseo: 
 Osteócitos: 
 Encontrados no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas 
das quais partem os canalículos; 
 São células achatadas, com forma de amêndoa; 
 Possui pequena quantidade de retículo endoplasmático rugoso, 
complexo de golgi pequeno e núcleo com cromática condensada; 
 São essenciais para a manutenção da matriz. 
 Osteoblastos: 
 São células que produzem a parte orgânica da matriz (colágeno 
tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas); 
 São capazes de concentrar fosfato e cálcio, participando da 
mineralização da matriz; 
 Estão nas superfícies ósseas; 
 Quando aprisionado pela matriz, torna-se osteócito. 
 Osteoclastos: 
 São células móveis, gigantes, ramificadas, com partes dilatas que 
contém seis a 50 ou mais núcleos; 
 Possuem citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos, 
fracamente basófilo quando jovens e acidófilo nos maduros; 
 A superfície ativa dos osteoclastos, voltada para a matriz óssea, 
apresenta prolongamentos vilosos irregulares, circundado pela zona 
clara ( pobre em organelas e rica em actina), que é o local de adesão 
do osteoclasto com a matriz óssea, onde tem lugar a reabsorção 
óssea; 
 Secretam ácido, colagenase e outras hidrolases que digerem a 
matriz orgânica, dissolvendo os cristais de sais de cálcio; 
 A atividade do osteoclasto é coordenada por citocinas e por 
hormônios como a calcitonina e o paratormônio. 
 
 
3.4. Matriz óssea: 
 50% é parte inorgânica (cálcio e fosfato – Ca10(PO4)6(OH)2; 
 A parte orgânica é formada por fibras colágenas, constituída por 
colágeno tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanas e 
glicoproteínas. 
 
3.5. Periósteo e Endósteo: 
 A camada mais superficial do periósteo contém fibras colágenas e 
fibroblastos. As fibras de Sharpey é o que prende o periósteo ao 
osso; 
 Na porção mais profunda é mais celular e apresenta células 
osteoprogenitoras, que vão diferenciar-se em osteoblastos, 
desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na 
reparação das fraturas; 
 O endósteo é constituído por uma camada de células osteogênicas 
achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal 
medular, os canais de Havers e os de Volkmann. 
 
3.6. Tipos de tecidos ósseos: 
 Nos ossos longos as epífises são formadas por osso esponjoso com 
uma delgada camada superficial compacta e a diáfise é quase toda 
compacta (osso cortical), com osso esponjoso na camada profunda, 
delimitando o canal medular; 
 Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recoberto por uma 
camada compacta. 
 Os ossos chatos possuem duas camadas compactas (tábuas internas 
e externas), separadas por osso esponjoso (díploe) 
 Tecido ósseo primário ou imaturo: 
 Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções, tem 
menor quantidade de sais minerais e maior proporção de osteócitos 
do que o tecido secundário; 
 No adulto, persiste apenas próximo as suturas dos ossos do 
crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de 
tendões. 
 Tecido ósseo secundário ou lamelar: 
 Possui fibras colágenas organizadas em lamelas, que u ficam 
paralelas ou em camada concêntricas, formando os sistemas de 
Havers ou ósteons. 
Histogênese: 
 Ossificação intramembranosa: 
 É o processo formador dos ossos frontal, parietal, e de partes do 
occipital, do temporal e dos maxilares. Contribui para o crescimento 
dos ossos curtos e para o crescimento em espessura dos ossos 
longos; 
 Tem início pela diferenciação de células mesenquimais que se 
transformam em grupos de osteoblastos, estes sintetizam o osteóide, 
que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se 
transformam em osteócitos; 
 A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa 
a constituir o endósteo e o periósteo. 
 Ossificação endocondral: 
 Tem inicio em uma cartilagem hialina; 
 Responsável pela formação dos ossos curtos e longos; 
 Primeiro a cartilagem hialina sofre modificações, havendo 
hipertrofia dos condrócitos e morte por apoptose dos mesmos, 
redução e mineralização da matriz cartilaginosa; 
 Depois as cavidades antes ocupadas pelo condrócitos são 
invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas. Tais 
células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea 
sobre os tabiques de cartilagem ossificada. 
 Crescimento dos ossos: 
 Os ossos chatos crescem por formação do tecido ósseo pelo periósteo 
situado entre as suturas e na face externa do osso, enquanto ocorre 
reabsorção na face interna. 
 Nos ossos longos, as epífises aumentam de tamanho devido ao 
crescimento radial da cartilagem, acompanhada por ossificação 
endocondral. A diáfise cresce em extensão pela atividade dos discos 
epifisários e, em espessura, pela formação do tecido ósseo na superfície 
externa da diáfise com a reabsorção na superfície interna, o que aumenta o 
diâmetro do canal medular. 
 
 
4. TECIDO CARTILAGINOSO 
 
 4.1. Características: 
 É uma forma especializadade tecido conjuntivo de consistência rígida;, 
 Contém condrócitos e abundante material extracelular que constitui a 
matriz; 
 As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são as chamadas 
lacunas; 
 Não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do 
conjuntivo envolvente (pericôndrio), nem vasos linfáticos e nervos; 
 As cartilagens que revestem as superfícies dos ossos nas articulações 
móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das 
cavidades articulares. 
 
 4.2. Funções: 
 Suporte de tecidos moles; 
 Reveste superfícies articulares, onde absorve choques; 
 Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações; 
 É essencial pra a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida 
intra-uterina e depois do nascimento; 
 
 4.3. Tipos: 
 Cartilagem hialina: 
 É o tipo mais freqüente encontrado no corpo humano; 
 Tem coloração branco-azulada e translúcida a fresco; 
 Forma o primeiro esqueleto do embrião; 
 No adulto, é encontrada na parede das fossas nasais, traquéia e 
brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as 
superfícies articulares dos ossos longos; 
 É formada por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido 
hialurônico, proteoglicanas muito hidratadas e glicoproteínas; 
 O alto conteúdo de água de solvatação das moléculas de 
glicosaminoglicanas atua como um sistema de absorção de choques 
mecânicos; 
 É envolvida por uma camada de tecido conjuntivo denso, o 
pericôndrio, que é fonte de condrócitos para o crescimento e 
responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de refugos 
metabólicos de cartilagem e também é rico em fibras de colágeno 
tipo I na parte superficial e mais rico em células à medida que se 
aproxima da cartilagem; 
 O crescimento da cartilagem pode ser intersticial, por divisão mitótica 
dos condrócitos preexistentes ou aposicional, que se faz a partir de 
células dos pericôndrio, que é a principal, 
 Cartilagem elástica: 
 É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na 
tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe; 
 Além de fibrilas de colágeno, possui uma abundante rede de fibras 
elásticas continuas com as do pericôndrio; 
 Tem coloração amarelada a fresco; 
 A coloração usada para examiná-la é a orceína; 
 O crescimento ocorre principalmente por aposição. 
 Cartilagem fibrosa: 
 É encontrada nos disco intervertebrais, nos pontos em que alguns 
tendões e ligamentos se inserem os ossos, e na sínfise pubiana; 
 Está sempre associada a conjuntivo denso; 
 Os condrócitos formam fileiras alongadas; 
 É acidófila, por conter grande quantidade de fibra colágena; 
 A substancia fundamental amorfa é escassa e limitada à proximidade 
das lacunas; 
 Na fibrocartilagem não existe pericôndrio. 
 
5. TECIDO MUSCULARr 
 
 5.1. Características: 
 Origina-se do mesoderma; 
 Presença de proteínas filamentosas contráteis (miofibrilas); 
 Componentes recebem nomes especiais: sarcolema (MP), sarcoplasma 
(citoplasma) e reticulo sarcoplasmático (REL). 
 
 5.2. Função: 
 Responsável pelos movimentos corporais. 
 
 5.3. Classificação: 
 De acordo com suas características morfológicas e funcionais: 
5.3.1. Músculo estriado esquelético: 
 São formados por feixes de células longas, cilíndricas e 
multinucleadas, que tem origem no embrião através de células 
alongadas, os mioblastos; 
 Possuem envoltórios: epimísio, endomísio e perimísio; 
 São muito irrigados, cujos vasos sanguíneos penetram no músculo 
através dos septos de tecido conjuntivo e correm entre as fibras 
musculares; 
 Cada fibra muscular apresenta uma terminação nervosa motora 
(placa motora); 
 De acordo com a estrutura e a composição química, as fibras 
musculares esqueléticas dividem-se em: tipo I ou lentas, tipo II ou 
rápidas e intermediárias; 
 Sarcoplasma preenchido por fibrilas paralelas, as miofibrilas: 
 Aparecem com estriações transversais, que são alternâncias das 
faixas claras e escuras; 
 Banda A, banda I e linha Z; 
 A unidade funcional do tecido muscular estriado é o sarcômero: 
formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z e 
contêm uma banda A, separando duas semibandas I. ainda na 
banda A apresenta uma zona mais clara, no centro, chamada 
banda H; 
 No microscópio eletrônico observa-se a presença de filamentos 
finos de actina e filamentos grossos de miosina; 
 Estes dois filamentos são unidos e presos ao sarcoplasma por 
diversas proteínas, como a desmina e distrofina; 
 As miofibrilas contêm quatro proteínas principais: 
 Actina: 
o Actina F formada por monômeros globulares (actina G), 
torcidas uma sobre a outra em forma de hélice dupla; 
o Possui uma região que interage com a miosina; 
 Tropomiosina: 
o Molécula longa e fina; 
o Localiza-se no sulco existente entre os dois filamentos de 
actina G; 
 Troponina: 
o Possui três subunidades: 
 TnT, que se liga fortemente à 
tropomiosina; 
 TnC, que tem grande afinidade por íon 
cálcio; 
 TnI, que cobre o sítio ativo onde ocorre 
interação entre a actina e miosina; 
 Miosina: 
o Molécula grande, em forma de bastão; 
o Em uma de suas extremidades, possui locais específicos 
para a combinação com ATP e é dotada de atividade 
ATPásica; 
o Nesta parte também se encontra o local de combinação 
com actina; 
 Contração muscular: 
 Durante o ciclo de contração, o filamento de actina desliza sobre o 
filamento de miosina; 
 O ATP liga-se à ATPase das cabeças de miosina; 
 A actina atua como cofator, para liberar a energia química do ATP; 
 Quando em repouso, a miosina não pode se associar a actina, por 
causa da repressão do sítio ativo feito pelo complexo troponona-
tropomiosina; 
 Na presença de cálcio, muda a configuração das três moléculas de 
troponina, liberando o sítio ativo da actina, ativando o complexo 
miosina-ATP; 
 Essa atividade resulta do movimento da cabeça da miosina, 
fazendo o seu deslizamento sobre a actina; 
 Quando a membrana do retículo sarcoplasmático é despolarizada 
pelo estímulo nervoso, os íons cálcio são liberados passivamente e 
atingem os filamentos finos e grossos; 
 Quando cessa a despolarização, o retículo sarcoplasmático recolhe 
os íons por processo ativo; 
 Placa motora: 
 Local onde se inicia a despolarização da membrana; 
 Consiste em uma junção entre nervo e músculo, situada na 
superfície da fibra muscular; 
 É comandada por nervos motores que se ramificam no tecido 
conjuntivo do perimísio; 
 Neste local, o nervo perde a bainha de mielina e forma uma 
dilatação que se coloca dentro de uma depressão na superfície da 
fibra muscular; 
 O terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e vesículas 
sinápticas com acetilcolina; 
 A despolarização, iniciada na placa, propaga-se ao longo da fibra 
muscular e penetra na sua profundidade através do sistema de 
túbulos transversais: 
 É o responsável pela contração uniforme da cada fibra muscular 
esquelética; 
 É constituído por uma rede de invaginações tubulares do 
sarcolema, cujos ramos vão envolver ambas as junções das 
bandas A e I de cada sarcômero; 
 Tríade é o complexo formado pelo túbulo T e cisternas terminal 
do retículo sarcoplasmático presentes em cada lado do túbulo; 
 Unidade motora: 
 É a fibra nervosa mais as fibras musculares por ela inervada. 
5.3.2. Músculo estriado cardíaco: 
 É constituído por células alongadas que se anastomosam 
irregularmente; 
 Apresentam estriações transversais semelhantes a do músculo 
esquelético; 
 Possuem um ou dois núcleos localizados centralmente; 
 São revestidos por uma delgada bainha de tecido conjuntivo muito 
irrigado; 
 Presença de discos intercalares, que são junções ondeaparecem 
zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes; 
 O sistema T e o retículo sarcoplasmático não são muito 
desenvolvidos, como no ME, são encontrados ao nível da banda Z; 
 Presença de díades; 
 No MC, as mitocôndrias ocupam 40% do volume citoplasmático, 
refletindo o intenso metabolismo aeróbio; 
 A principal fonte de energia é os ácidos graxos que são armazenados 
sob forma de triglicerídeos; 
 Apresentam grânulos secretores, mais numerosos no átrio esquerdo, 
que contém molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial 
natriurético; 
 Tem sistema próprio de auto-estimulação, composto por células 
musculares cardíacas modificadas; 
5.3.3. Músculo liso: 
 Formado por associação de células longas, fusiformes, com núcleo 
único e central; 
 São revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por uma rede 
muito delgada de fibras reticulares; 
 O sarcolema apresenta grande quantidade de vesícula de pinocitose; 
 Os filamentos de actina e miosina não apresentam organização 
encontrada nas fibras estriadas; 
 Apresentam feixes de miofilamentos que se cruzam em todas as 
direções formando uma trama tridimensional; 
 A miosina da célula lisa só interage com a actina quando a miosina 
está fosforilada; 
 O cálcio, no sarcoplasma, forma um complexo com a calmodulina, 
que ativa a cinase da cadeia leve de miosina, mudando a formação 
da cabeça, o que resulta no deslizamento dos miofilamentos; 
 As células apresentam os corpos densos que servem de ancoragem 
para os filamentos de actina e intermediários; 
 Não possuem sistema T e o reticulo sarcoplasmático é extremamente 
reduzido. As vesículas de pinocitose desempenham o papel regulador 
do cálcio; 
 Existem terminações nervosas, mas o grau de controle é variado. 
Recebem fibras do sistema nervoso simpático e parassimpático; 
 
5.4. Regeneração: 
 O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração, as partes 
destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras 
colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso; 
 O músculo estriado esquelético tem pequena capacidade de 
regeneração. Admite-se que as células satélites sejam responsáveis 
por esta regeneração. Tais células são mononucleadas, fusiformes, 
dispostas paralelamente às fibras musculares dentro da lâmina basal. 
Após uma lesão,as células satélites tornam-se ativas, proliferam por 
divisão mitótica e se fundem umas às outras para formar novas fibras 
musculares esqueléticas. As células satélites também entram em mitose 
quando o músculo é submetido a exercício intenso. Neste caso elas se 
fundem coma s fibras musculares preexistentes, contribuindo para a 
hipertrofia do músculo; 
 O músculo liso é capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente. 
Ocorrendo lesão, as células musculares lisas que permanecem viáveis 
entram em mitose e reparam o tecido destruído. Na regeneração do 
tecido muscular liso da parede dos vasos sanguíneos há também a 
participação dos pericitos, que se multiplicam por mitose e originam 
novas células musculares lisas. 
 
6. TECIDO NERVOSO 
 
 O tecido nervoso é um dos quatro tios básicos de tecidos do corpo, 
encontrando-se distribuído por todo organismo. É formado por células, os 
neurônios e as células glia ou neuroglia. Estas, por sua vez, são formadas 
pelos astrócitos protoplasmáticos e fibrosos, pelos oligodendrócitos e pelas 
microglias. Todas estas células agrupam-se, formando o Sistema Nervoso, que 
é dividido em Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) e em 
Sistema Nervoso Periférico (gânglios nervosos e nervos). 
 
 6.1. Neurônios 
O neurônio é a maior célula nervosa. Histomorfologicamente é formado 
por um corpo (pericário), onde se localiza o núcleo. Do corpo partem 
prolongamentos celulares denominados dendritos e um prolongamento 
citoplasmático chamado axônio, cuja extremidade distal denomina-se 
telodendro. 
 De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados 
em: 
 Neurônios Multipolares: Apresentam vários dendritos e um axônio. É o 
tipo mais comum. 
 Neurônios Bipolares: Apresentam um dendrito e um axônio, 
localizados em pólos opostos da célula. Encontrados nos gânglios 
coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória. 
 Neurônios Pseudo-unipolares: Apresentam apenas um prolongamento 
citoplasmático, que próximo ao pericário bifurca-se em axônio e 
dendrito. Encontrados nos gânglios espinhais. 
Obs.: Todo neurônio pode apresentar um ou vários dendritos, entretanto 
apresenta só um axônio. 
 
 Citomorfologicamente o neurônio apresenta o núcleo arredondado e 
central. A cromatina nuclear é descondensada ( eucromatina), por isso, o seu 
núcleo é claro, deixando o nucléolo bem evidente. 
 Em neurônios do sexo feminino, encontra-se aderido à face interna do 
envoltório uma estrutura elétron-densa denominada cromatina sexual. 
 No citoplasma dos neurônios destaca-se em volta do Núcleo a presença 
do Complexo de Golgi que é visto apenas no citoplasma do pericário, não 
sendo observado no citoplasma dos dendritos, nem do axônio. 
 As mitocôndrias são encontradas em grande quantidade no citoplasma 
dos telodendros, em quantidade moderada no pericário. 
 No citoplasma do pericário encontram-se estruturas basófilas, 
constituídas por polirribossomos livres e Retículo Endoplasmático Rugoso, 
denominadas Corpúsculo de Nissl. Destacam-se também algumas inclusões 
citoplasmáticas e algumas vesículas lipídicas. 
 
 Sinapses 
 São locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras 
células efetuadoras. A função da sinapse é transformar um sinal elétrico do 
neurônio pré-sináptico em um sinal químico que atua sobre a célula pós-
sináptica. A maioria das sinapses transmite informação por meio da liberação 
de neurotransmissores. 
 A sinapse constitui-se por um terminal axônico (terminal pré-sináptico) 
que traz o sinal, uma região na superfície da outra célula, onde gera um novo 
sinal (terminal pós-sináptico) e um espaço muito delgado entre os dois 
terminais, a fenda pós-sináptica. 
 A sinapse de um axônio com o corpo celular (pericário) chama-se axo-
somática, a sinapse com um dendrito chama-se axo-dendrítica e entre dois 
axônios chama-se axo-axônica. O terminal pré-sináptico contém vesículas 
sinápticas com neurotransmissores e contém também muitas mitocôndrias. Por 
não possuir estas vesículas é rara a passagem de estímulo nervoso de um 
dendrito para outro, mas isto acontece, sendo chamada de sinapse dentro-
dendrítica. 
 
 6.2. Neuroglia 
 Astrócitos protoplasmáticos: (localizam-se na substância branca) 
Citomorfologicamente apresentam o corpo arredondado, de onde partem 
numerosos prolongamentos citoplasmáticos, sendo estes grossos e 
intensamente ramificados. Alguns destes prendem-se à parede 
endotelial dos capilares sanguíneos, sendo chamados de pés-
vasculares. Por isso são responsáveis pela sustentação e nutrição do 
tecido nervoso. Participam também do controle da composição iônica e 
molecular do ambiente extracelular dos neurônios. 
 Astrócitos fibrosos: Apresentam corpo celular de uma forma irregular, 
de onde partem numerosos prolongamentos citoplasmáticos, sendo 
estes muito ramificados. Alguns destes formam os pés-vasculares, por 
isso, também são responsáveis pela nutrição e sustentação do tecido 
nervoso. 
 Oligodendrócitos: Apresentam o corpo celular, geralmente, com a 
forma hexagonal, de onde partem poucos prolongamentos 
citoplasmáticos, sendo estes finos e pouco ramificados. Formam a 
bainha de mielina no SNC. 
 Microglias: Apresentam corpo pequeno e oval, de onde partem 
numerosos prolongamentos, sendo estes finos e intensamente 
ramificados, conferindo à célula um aspecto espinhoso. São célulasfagocitárias e representam o sistema histiocitário. 
 Células Ependimárias: São células epiteliais colunares que revestem 
os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. Em 
alguns locais as células ependimárias são ciliadas, o que facilita a 
movimentação do líquido cefalorraquidiano. 
Obs.: As células da neuroglia não são evidenciáveis à microscopia óptica em 
cortes corados por método de rotina (HE). Para observá-las faz-se necessário 
colorações especiais que utilizam a prata e o ouro. 
 
6.3. Sistema nervoso 
 
 6.3.1. Sistema nervoso central (SNC): 
É formado pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal; 
 Substância branca: 
 É constituída por axônios mielinizados, oligodendrócitos produtores 
de mielina. Possui também outras células da glia; 
 É predominante nas partes centrais do cérebro e do cerebelo, já na 
medula localiza-se externamente. 
 Substância cinzenta: 
 É formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção inicial não 
mielinizada dos axônios e células da glia; 
 Predomina na superfície do cérebro e do cerebelo, constituindo o 
córtex cerebral e cerebelar, enquanto na medula localiza-se 
internamente, com a forma de letra H, que, por sua vez, possui um 
corno anterior, onde possui neurônios motores e um orno posterior, 
que recebe as fibras sensitivas. Tais neurônios são multipolares e 
volumosos; 
 No córtex cerebral a substância cinzenta está organizada em seis 
camadas, já no córtex cerebelar existem três camadas, a camada 
molecular, a mais externa; uma camada central com grandes células 
de Purkinje; e uma camada granulosa mais central, formada por 
neurônios muito pequenos. 
 Meninges: 
 É formada por tecido conjuntivo e envolve o SNC; 
 São formadas por três camadas: 
 Dura-máter: É a meninge mais externa, constituída por tecido 
conjuntivo denso, contínua com o periósteo dos ossos da caixa 
craniana e separada do periósteo das vértebras, formando o 
espaço peridural, que contém tecido conjuntivo frouxo e tecido 
adiposo; 
 Aracnóide: É formada por tecido conjuntivo sem vasos 
sanguíneos, com suas superfícies revestidas por epitélio simples 
pavimentoso. A parte que a mantém contato com a dura-máter é 
constituída por membrana, possuindo um espaço entre elas, o 
espaço subdural; e a parte que a liga com a pia-máter é 
constituída de traves, formando uma cavidade, o espaço 
subaracnóideo, que contém líquido cefalorraquidiano, constituindo 
um colchão hidráulico; 
 Pia-máter: É muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, 
ficando entre eles prolongamentos dos astrócitos. A sua superfície 
externa é revestida por células achatadas. 
 
 6.3.2. Sistema nervoso periférico (SNP): 
 É formado por nervos, gânglios e terminações nervosas. 
 Fibras nervosas: 
 Constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias; 
 Seus grupos formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP; 
 Nas fibras periféricas a célula envoltória é a célula de Schwann, já 
no SNC estas células são os oligodendrócitos. O conjunto de 
envoltórios é denominado bainha de mielina, que se interrompe em 
intervalos regulares, formando os nódulos de Ranvier; 
 O tecido de sustentação dos nervos é constituído por uma camada 
fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso, o epineuro, que 
reveste o nervo. Cada um dos feixes é revestido por uma bainha de 
várias camadas de células, o perineuro. Os axônios estão 
envolvidos por bainha de células de Schwann, com sua lâmina basal 
e um envoltório conjuntivo constituído principalmente por fibras 
reticulares, o endoneuro. 
 Gânglios: 
 É o acumulo de neurônios localizados fora do SNC; 
 São esféricos protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a 
nervos; 
 Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser: 
 Gânglios sensoriais (aferentes): podem estar associados aos 
nervos cranianos (gânglio cranianos) ou localizados nas raízes 
dorsais dos nervos espinhais (gânglios espinhais), que são 
aglomerados de grandes corpos neuronais, com muitos corpos de 
Nissl e circundados por células da glia, denominadas células 
satélites. Os neurônios dos gânglios cranianos e espinhais são 
pseudo-unipolares. O gânglio do nervo acústico é o único bipolar. 
Um estroma de tecido conjuntivo forma uma cápsula que protege o 
gânglio; 
 Gânglios do sistema nervoso autônomo (eferente): aparecem como 
formações bulbosas ao longo dos nervos do sistema nervoso 
autônomo, localizando-se alguns no interior de certos órgãos, 
principalmente na parede do tubo digestivo, formando os gânglios 
intramurais. Os neurônios são geralmente multipolares, com a 
camada de células satélites incompleta. 
 
6.4. Sistema nervoso autônomo: 
 Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, com a modulação do 
ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas, mantendo a 
homeostase; 
 É formado por aglomerados de células nervosas, localizadas no SNC, 
por fibras que saem do SNC através dos nervos cranianos e espinhais e 
pelos gânglios nervosos situados ao longo dessas fibras; 
 É uma rede de dois neurônios. O primeiro está ligado no SNC e entra 
em conexão sináptica com o segundo no gânglio. As fibras que ligam o 
primeiro ao segundo são as pré-ganglionares e as que partem do 
segundo são as pós-ganglionares; 
 É formado por duas partes distintas: o sistema simpático, que possui 
núcleos nas porções torácica e lombar da medula, em geral, tem ação 
estimuladora e tem como mediador químico a noradrenalina; e o sistema 
parassimpático, cujos núcleos situam-se no encéfalo e na porção sacral 
da medula, em geral, tem ação inibidora, e tem como mediador químico 
a acetilcolina. 
 
7. SANGUE 
 
Funções: 
 Transporte; 
 Sistema tampão; 
 Nutrição; 
 Excretora; 
 Manutenção do volume do fluído corporal; 
 Regulação térmica; 
 Proteção. 
Coloração: 
 Misturas especiais (eosina, azul de metileno e azuares). 
Glóbulos sanguíneos: 
 Eritrócitos ou hemácias; 
 Leucócitos: granulócitos e agranulócitos; 
 Plaquetas. 
Plasma: 
 Solução aquosa; 
 Proteínas plasmáticas; 
 Sais inorgânicos; 
 Compostos orgânicos. 
Hemácias 
 Tamanho: 
o 7,5µm de diâmetro e 2,6 µm de espessura; 
 Quantidade: 
o Mulher: 3,9 a 5,5 milhões por mm³; 
o Homem: 4,1 a 6,0 milhões por mm³; 
 Função: 
o Transportar oxigênio e um pouco de gás carbônico. 
 Leucócitos Granulócitos: 
 Neutrófilo: 
o Características: 
 Dois a cinco lóbulos no núcleo; 
 Citoplasma com diversos grânulos; 
o Tamanho: 
 12-15µm de diâmetro; 
o Quantidade: 
 60-70% dos leucócitos; 
o Função: 
 Fagocita intensamente. 
 Eosinófilo: 
o Características: 
 Núcleo bilobular; 
 Citoplasma com diversos grânulos; 
o Tamanho: 
 12-15µm de diâmetro; 
o Quantidade: 
 2-4% dos leucócitos; 
o Funções: 
 Fagocita somente complexo antígeno anticorpo; 
 Libera uma enzima que bloqueia a ação da histamina 
liberada por mastócitos (modulador). 
 Basófilo: 
o Características: 
 núcleo retorcido em forma de “S”. as granulações azuladas 
do citoplasma sobrepõem o núcleo; 
o Tamanho: 
 12-15µm de diâmetro; 
o Quantidade: 
 20-30% dos leucócitos; 
o Funções: 
 Histamina: fatores quimiotáticos para eosinófilos e 
neutrófilos; 
 Heparina: responsável pela metacromasia do grânulo. 
Leucócitos Agranulócitos: 
 Linfócito: 
o Características: 
 Núcleo geralmente esférico; 
 Cromatina esta bastante condensada (heterocromatina), o 
que faz o núcleo ser bastante corado; 
 Delgado citoplasma; 
o Tamanho: 
 6-18µm de diâmetro; 
o Quantidade: 
 20-30% dos leucócitos 
o Função: 
 Linfócito T: resposta celular (produzido na medula óssea e 
amadurece no timo); 
 Linfócito B: resposta humoral (produzido e amadurecido na 
medula óssea). 
 Monócito:o Características: 
 Maior leucócito; 
 Núcleo e forma de rim ou em ferradura; 
 Cromatina está muito descondensada (eucromatina); 
o Tamanho: 
 12-20µm de diâmetro; 
o Quantidade: 
 3-8% dos leucócitos; 
o Função: 
 Diferencia-se em macrófago. 
 Plaquetas 
 Tamanho: 
o 2-4µm de diâmetro; 
 Quantidade: 
o 200.000-400.000µ/L; 
 Função: 
o Coagulação sanguínea. 
 
 
8. SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 Todo o sistema circulatório (sanguíneo e linfático) encontra-se revestido 
internamente por um epitélio simples pavimentoso originado do mesênquima, o 
endotélio. 
 O sistema circulatório, através da distribuição de hormônios e nutrientes 
para as células e tecido do corpo, e do transporte de produtos do refugo do 
metabolismo para órgãos excretores, contribui para manter a constância do 
meio interno e para integrar o funcionamento do organismo como um todo. 
 O sistema circulatório abrange os sistemas vascular sangüíneo e linfático. O 
sistema vascular sanguíneo é formado pelos seguintes componentes: coração, 
artérias, capilares e veias. 
 
8.1. Capilares sangüíneos 
 Constituição: 
o Uma camada de células endoteliais, enroladas em forma de tubo; 
o Uma lâmina basal onde os endotélios se apóiam; 
o Espessura: varia de 9 a 12 mm. 
 Tipos: 
o Capilares Contínuos ou Somáticos: 
o Ausência de fenestrações em suas paredes; 
o São encontrados em todos os tipos de músculo, tecido conjuntivo, 
glândulas exócrinas e tecido nervoso. 
o Capilares Fenestrados ou Viscerais: 
o Presença de orifícios (fenestrações), obliterados por um 
diafragma que é mais delgado que a membrana celular; 
o Lâmina basal contínua; 
o São encontrados em órgão onde ocorre intensa trocas entre o 
tecido eo sangue (rins, intestino e glândula endócrina). 
o Capilares Fenestrados sem Diafragma: 
o Fenestrada sem diafragma; 
o Lamina basal contínua; 
o São encontrados no glomérulos renais. 
o Capilares Sinusóides: 
o Trajeto tortuoso com calibre aumentado (diminui a velocidade da 
circulação sanguínea) 
o Células endoteliais formam uma camada descontínua; 
o Grande quantidade de poros sem diafragma; 
o Presença de macrófago na parede; 
o Lamina basal descontínua; 
o São encontrados no fígado e nos órgãos hemocitopoéticos 
(medula óssea e baço) 
o Apresentam essa estrutura que lhes convergem a característica 
de serem mais fácil e mais intenso o intercâmbio do sangue com 
o tecido. 
 
8.2. Células endoteliais 
 Além de papel nas trocas de moléculas e células entre o sangue e os 
tecidos, as células endoteliais exercem diversas funções: 
 > Ativação: conversão de angiotensina I em angiotensina II; 
 > Inativação: conversão de bradicinina, serotonina, noradre- nalina, 
trombina e outras moléculas biologicamente ativas em com- postos inertes; 
 > Lipólise: degradação enzimática de lipoproteínas; 
 > Produção de fatores vasoativos; 
 > Função antitrombogênica. 
 
8.3. Camadas dos Vasos Sangüíneos 
 Túnica Íntima: 
o Uma camada de células endoteliais; 
o Camada subendotenlial (tec. Conjuntivo frouxo) 
o Pode ocasionalmente apresentar células musculares lisas 
esparsas; 
o Nas artérias, a camada íntima apresenta ainda a membrana 
limitante elástica interna, que é a camada mais externa da íntima, 
separando-a da média. 
 Túnica Média: 
o Fibras musculares lisas; 
o Fibras elásticas, fibras reticulares e proteoglicanas; 
o Nas artérias, a média possui também uma lâmina limitante 
elástica externa, que a separa da túnica adventícia. 
 Túnica Adventícia: 
o Tecido conjuntivo (fibras de colágeno e elástica). 
 
8.4. Vasos Arteriais 
 Arteríolas: São os menores tipos de vasos arteriais; 
o Túnica íntima: apresenta a camada subendotelial muito delgada 
e não existe a membrana limitante elástica interna, exceto nas 
arteríolas mais grossas; 
o Túnica média: formada por uma ou duas camadas de células 
musculares lisas e não existe limitante elástica externa; 
o Túnica adventícia: pouco desenvolvida. 
 Artérias de Médio Calibre (artérias musculares): 
o Túnica íntima: composta por uma camada subendotelial mais 
espessa do que nas arteríolas e por um a membrana limitante 
elástica interna bem desenvolvida; 
o Túnica média: pode conter mais de 40 camadas de fibras 
musculares lisas. Alem disso, também apresenta quantidade 
variável de fibras elásticas, fibras reticulares e proteoglicanas. E 
ainda é composta por uma membrana limitante elástica externa, 
exceto nas artérias musculares mais finas. 
o As limitantes elásticas e a túnica íntima aparecem pregueadas 
nos cortes histológicos, devido à queda da pressão arterial e à 
contração da musculatura lisa no momento da morte; 
o A camada muscular das artérias médias pode controlar o afluxo 
do sangue nos vários órgãos por meio de seu grau de contração 
ou relaxamento; 
o Túnica adventícia: é formada por tecido conjuntivo rico em fibras 
colágenas e com algumas fibras elásticas. Apresenta capilares 
linfáticos, vasos vasorum e nervos, que podem penetrar até a 
parte externa da túnica média. 
 Artérias de Grande Calibre (artérias elásticas): 
o Túnica íntima: bastante espessa devido ao grande 
desenvolvimento da camada subendotelial e rica em fibras 
elásticas. A membrana elástica interna não é bem evidente.; 
o Túnica média: acumula elastina resultando na cor amarelada 
dessas artérias. É constituída por uma serie de membranas 
elásticas, perfuradas, dispostas concentricamente, que estão 
intercaladas por células musculares lisas, fibras colágenas, 
proteoglicanas e glicoproteínas.as laminas elásticas permitem a 
túnica média regularizar o fluxo sangüíneo, fazendo com que as 
artérias se distendem na sístole e recuperem seu calibre normal 
na diástole, impulsionando o sangue; 
o Túnica adventícia: é relativamente pouco desenvolvida. 
8.5. Vasos Venosos 
 Vênula: 
o Túnica íntima: composta por endotélio e delgada camada 
subendotelial; 
o Túnica média: inexiste ou é formada por poucas fibras 
musculares lisas; 
o Túnica adventícia: composta de tecido conjuntivo. É mais 
espessa. 
 Veias de pequeno e médio calibre: 
o Túnica íntima: com camada subendotelial delgada; 
o Pequenos feixes de músculo liso entremeados de fibras 
reticulares e de uma rede delicada de fibras elásticas; 
o De natureza colágena. É bastante desenvolvida; 
o As veias contêm válvulas no seu interior. As válvulas são pares 
de dobras da camada íntima, em forma de semilua. São 
constituídas por tecido conjuntivo com fibras elásticas. 
 Veias de grande calibre: 
o Túnica íntima: é bem desenvolvida; 
o Túnica média: é bastante reduzida, com pouco músculo e pouco 
conjuntivo; 
o Túnica adventícia: é a camada mais evidente, contendo feixes 
de músculo liso dispostos longitudinalmente ao vaso. 
8.6. Vasos linfáticos 
 Consiste em vasos, revestidos por endotélio, que recolhem o líquido tecidual 
e o devolvem no sangue. Esse líquido, ao contrário do sangue, circula em uma 
direção, isto é, dos órgãos para o coração. 
 Os capilares linfáticos originam-se nos vários tecidos como delgados 
túbulos em fundo de saco constituídos apenas por endotélio e lâmina basal 
incompleta. 
 
8.7. Coração 
 É um órgão muscular que se contrai ritmicamente, impulsionando o sangue 
no sistema circulatório, e é também o responsável pela síntese de um 
hormônio chamado polipeptídeo atrial natriurético. 
 Sua parede é constituída por três túnicas: 
 Túnica interna ou Endocárdio: 
o Homólogo à camada íntima dos vasos; 
o Constituída por endocárdio apoiado sobre uma delgada camada 
subendotelial, de tecido conjuntivo frouxo; 
o Entre o miocádio e a camada subendotelial, encontra-se o estrato 
subendocárdio (tec. Conj.), onde correm vasos, nervos e ramos 
do aparelho condutor. 
 Túnica médiaou Miocárdio: 
o Constituído por fibras musculares cardíacas; 
o Disposição das fibras variáveis. 
 Túnica externa ou Pericárdio: 
o É um saco seroso onde está contido o coração; 
o Externamente ao coração encontra-se o epicárdio (pericárdio 
visceral) que é a camada visceral do pericárdio. É constituído por 
tecido conjuntivo frouxo que contém vasos, nervos e gânglios 
nervosos. 
Obs.: o coração apresenta-se coberto externamente por um tecido epitelial 
pavimentoso simples (mesotélio) apoiada em delgada camada conjuntiva 
(epicárdio). 
 
8.8. Esqueleto Fibroso do Coração 
 São septos membranosos, trígonos fibrosos e anéis fibrosos. 
 Constituição: 
o Tecido conjuntivo denso; 
o Em determinadas regiões, aparecem zonas de cartilagens 
fibrosas. 
 Função: 
o Servem de ponto de apoio às válvulas (cordoalhas tendíneas) e 
fibras musculares cardíacas (trabéculas córneas). 
8.9. Válvulas Cardíacas 
 É constituída por tecido conjuntivo denso contendo fibras colágenas e 
elásticas (no centro), revestida nas suas duas faces por uma camada 
endotelial. 
 
8.10. Nodos Cardíacos 
 É um sistema próprio que o coração possui para gerar estímulos e transmitir 
a excitação produzida. Esse sistema é constituído por dois nodos localizados 
no átrio. O nodo sinoatrial e o nodo atrioventricular, e por um feixe, o chamado 
feixe atrioventricular. 
 > Nodo Sinoatrial: Massa de células musculares cardíacas especializadas, 
pequenas e fusiformes, ricas em sarcoplasma e pobre em miofibrilas. 
 > Nodo atrioventricular: Semelhante ao sinoatrial, porém apresentam 
células ramificadas com prolongamentos que se entrecruzam, formando uma 
rede. 
Obs.: estas células têm um ou dois núcleos, como as fibras do miocárdio, mas 
possuem o citoplasma muito rico em glicogênio e pobre em miofibrilas, que se 
localizam somente na periferia do citoplasma. 
 
 
 
 
 
9. SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Os pulmões e as inúmeras vias aéreas a eles ligadas compõem o 
sistema respiratório. As vias aéreas entram nos pulmões e lá se ramificam 
constituindo a árvore brônquica, essas ramificações atingem espaços aéreos 
pequenos, chamados alvéolos. As vias do trato respiratório dividem-se em: 1) 
porção condutora: constituída pelas cavidades nasais (durante a respiração 
forçada, a cavidade oral também faz parte dessa porção), faringe, laringe, 
traquéia, brônquios e bronquíolos; 2) porção respiratória: formada pelos 
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. A 
porção condutora tem a função de acondicionar o ar, fazendo com que ele seja 
aquecido e umidificado, além disso, tem a função de retirar do ar as partículas 
indesejadas. Já a porção respiratória é aquele local onde ocorre a troca gasosa 
entre o ar e o sangue. 
A principal função do sistema respiratório é a troca gasosa nos 
pulmões. A base estrutural para a realização dessa função é a relação de 
organização estabelecida entre os capilares pulmonares e os alvéolos durante 
a irrigação pulmonar. A irrigação dos pulmões é feita por vasos sangüíneos que 
entram neles com os brônquios e ramificam-se em vasos cada vez menores 
que, finalmente, entram em íntimo contato com os alvéolos. 
Cada componente do sistema respiratório tem uma constituição 
histológica dependendo da função que será desempenhada por esse órgão. 
 
9.1. Fossas nasais 
As fossas nasais são subdivididas em três regiões: o vestíbulo, a área 
respiratória e a área olfatória. Todas essas porções são revestidas por uma 
mucosa com diferentes estruturas, conforme a região considerada. 
A porção mais anterior e dilatada das fossas nasais chama-se vestíbulo; 
sua mucosa é formada por um epitélio plano estratificado não-queratinizado e 
por uma lâmina própria de tecido conjuntivo denso. Nesse local existem pêlos e 
glândulas cutâneas, que constituem uma primeira barreira à entrada de 
partículas grosseiras de pó nas vias aéreas. 
A área respiratória é a maior parte das fossas nasais, sua mucosa é 
constituída por um epitélio pseudo-estratificado colunar ciliado, com muitas 
células caliciformes. Esse tipo de epitélio reveste a maioria das vias aéreas, por 
isso freqüentemente é chamado de epitélio tipo respiratório. O epitélio 
respiratório repousa sobre um lâmina basal, depois dela vem uma lâmina 
própria fibrosa rica em glândulas do tipo misto, cuja secreção ajuda a manter 
úmidas as paredes das cavidades nasais. A lâmina própria por sua vez se 
apóia no periósteo subjacente. 
O epitélio respiratório típico consiste em seis tipos celulares 
identificáveis ao microscópio eletrônico, todas as células desse epitélio apoiam-
se na lâmina basal. O tipo mais abundante é a célula colunar ciliada, cada 
células possui cerca de 300 cílios na superfície apical e embaixo dos 
corpúsculos basais há numerosas mitocôndrias (produzem ATP para 
possibilitar os batimentos ciliares). Em segundo lugar quantitativo, estão as 
células caliciformes, as quais são secretoras de muco rico em polissacarídeos. 
Existem ainda as células em escova, devido aos numerosos microvilos 
presentes em suas superfícies apicais. Além disso, têm as células basais, 
pequenas e arredondadas, estas células multiplicam-se continuamente, por 
mitose e originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório. Outro tipo 
celular é a célula granular; célula endócrina que atua como efetora na 
integração das secreções mucosa e serosa; parece a célula basal, mas possui 
numerosos grânulos que deixam sua parte central mais densa aos elétrons. 
Devemos ressaltar que nas áreas mais expostas ao ar, o epitélio apresenta-se 
mais alto e com maior número de células caliciformes. 
A área olfatória, está localizada na região superior das fossas nasais e é 
responsável pela sensibilidade olfativa. O epitélio que compõe essa região é o 
epitélio respiratório formado por três tipos distintos de células: 1) células de 
sustentação: prismáticas, largas no seu ápice e mais estreitas na base, com 
microvilos na sua superfície que se projetam para dentro da camada de muco 
que cobre o epitélio, além disso essas células possuem um pigmento 
acastanhado que é responsável pela cor marrom da mucosa olfatória; 2) 
células basais: pequenas, arredondadas ou cônicas, formam um a camada 
única na região basal do epitélio, entre as células olfatórias e as de 
sustentação; 3) células olfatórias: são neurônios bipolares que se distribuem 
entre as células de sustentação. São dilatadas nas extremidades de onde 
partem cílios longos, sem movimento e com a função de receptores. 
 
9.2. Seios paranasais 
São grandes espaços aéreos situados no interior dos ossos frontal, 
etmóide, esfenóide e o maxilar, que se abrem para a cavidade nasal. Os seios 
paranasais são revestidos por um epitélio respiratório, isto é, pseudo-
estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. As secreções se dirigem 
dos seios para as cavidades nasais através de uma atividade ciliar coordenada. 
 
9.3. Faringe 
A faringe é uma estrutura que liga a cavidade nasal à laringe, ela serve 
aos sistemas respiratórios e digestivo. Sua função é servir de passagem para o 
ar e alimentos, além de servir como uma câmara de ressonância para a fala. 
Esse órgão divide-se em três porções: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. 
Certas porções da faringe estão sujeitas ao desgaste pelos alimentos 
que não tenham sido bem macerados; esses locais são revestidos por epitélio 
pavimentoso estratificado não-queratinizado. As porções não sujeitas ao 
desgaste são revestidas por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com 
células caliciformes. Sob o epitélio de revestimento está a lâmina própria 
constituída por tecido conjuntivo fibroelástico. Externamente ao tecido 
conjuntivo está o tecido muscular estriado dos músculos faríngeos e 
externamente a estes há mais tecido conjuntivo.A faringe contém glândulas 
mucosas perto da sua junção com o esôfago, além disso apresentam 
agregados de nódulos linfáticos que são denominados tonsilas faríngeas ou 
palatinas. 
 
9.4. Laringe 
A laringe é um tubo irregular que une a faringe à traquéia. Suas paredes 
são compostas por peças cartilaginosas irregulares, unidas entre si por tecido 
conjuntivo fibroelástico (que mantém a laringe sempre aberta). As maiores 
peças cartilaginosas (tireóide, cricóide) são formadas por cartilagem do tipo 
hialina; as demais peças são cartilagens do tipo elástico. 
A mucosa da faringe forma dois pares de pregas que fazem saliência na 
luz; o primeiro par de pregas constitui as falsas cordas vocais ou pregas 
vestibulares (essa região tem lâmina própria frouxa e numerosas glândulas); o 
segundo par de pregas constitui as cordas vocais verdadeiras (com eixo de 
tecido conjuntivo elástico, ao qual se seguem, externamente, os chamados 
músculos intrínsecos da laringe). 
A laringe não tem um revestimento epitelial uniforme ao longo da via. Na 
face ventral e parte da face dorsal da epiglote e nas cordas vocais, o epitélio 
está sujeito a atritos e desgastes por isso o revestimento desses locais é feito 
por um epitélio do tipo estratificado plano não-queratinizado. Nas demais 
regiões, o epitélio de revestimento é do tipo respiratório. Este epitélio está sob 
uma lâmina própria rica em fibras elásticas e contém pequenas glândulas do 
tipo misto. Essas glândulas não estão presentes nas cordas vocais 
verdadeiras. 
 
9.5. Traqueia 
A traquéia é um órgão que se continua com a laringe e termina 
ramificando-se nos dois brônquios extrapulmonares. Na sua estrutura 
apresenta um número variável de peças cartilaginosas do tipo hialino, as quais 
são revestidas por pericôndrio que se continua com um tecido conjuntivo 
fibroso, unindo as cartilagens entre si. A porção dorsal da traquéia (voltada 
para o esôfago), que não é ocupada por cartilagem apresenta feixes 
musculares lisos. Ela é revestida internamente por um epitélio do tipo 
respiratório que está sob uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico 
em fibras elásticas. Além disso, contém glândulas principalmente do tipo 
mucoso, cujos ductos se abrem na luz traqueal. Externamente a traquéia 
revestida por tecido conjuntivo frouxo, formando a camada adventícia, que liga 
o órgão aos tecidos vizinhos. 
A principal característica da mucosa traqueal, é ser secretora. O muco 
produzido forma um tubo mucoso que funciona como uma barreira mucosa às 
partículas de pó que entram junto com o ar inspirado, nesse tubo o muco é 
transportado em direção à faringe pelo batimento ciliar. Outro sistema de 
defesa além da barreira mucosa, é a barreira linfocitária, sua função é imune e 
ela é composta por linfócitos e por acúmulos linfocitários ricos em plasmócitos. 
 
9.6. Brônquios 
Os brônquios são ramificações da traquéia. Nos seus ramos maiores, a 
mucosa que reveste os brônquios é idêntica à da traquéia; já nos ramos 
menores o epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria é rica 
em fibras elásticas. Abaixo da mucosa há uma camada muscular lisa que 
circunda completamente os brônquios, ela é constituída por feixes musculares 
dispostos em espiral. Externamente a essa camada muscular encontram-se 
glândulas do tipo mucoso ou misto, cujos ductos se abrem na luz brônquica. 
Possui também peças cartilaginosas na sua estrutura, elas são envolvidas por 
uma capa de tecido conjuntivo rica em fibras elásticas chamada de camada 
adventícia. Na camada adventícia e na mucosa podemos observar o acúmulo 
de linfócitos e de nódulos linfáticos, principalmente nos pontos de ramificação 
da árvore brônquica. 
 
9.7. Bronquíolos 
Os bronquíolos são originados de divisões repetidas dos brônquios. Eles 
são segmentos intralobulares, tendo diâmetro de 1mm ou menos. Na sua 
constituição não apresentam cartilagem, glândulas e nem nódulos linfáticos. O 
epitélio que reveste os bronquíolos na porção inicial, é do tipo cilíndrico simples 
ciliado, passando a cúbico simples, ciliado ou não, na porção final. No decorrer 
do trajeto dos bronquíolos, o número de células caliciformes diminui 
progressivamente, podendo até deixar de existir. Apresenta também uma 
lâmina própria delgada e constituída de fibras elásticas. Depois da mucosa vem 
uma camada muscular lisa cujas células se entrelaçam com as fibras elásticas. 
Como observação, podemos dizer que a musculatura da parede dos 
bronquíolos é relativamente mais espessa que a musculatura da parede dos 
brônquios. 
Cada bronquíolo penetra num lóbulo pulmonar, onde se ramifica, 
formando de cinco a sete bronquíolos terminais. Os bronquíolos terminais são 
as últimas porções da árvore brônquica, eles possuem estruturas semelhantes 
aos demais, porém com paredes mais delgadas. Além disso, esses bronquíolos 
apresentam células Claras, as quais possuem grânulos citoplasmáticos de 
função desconhecida. 
O bronquíolo terminal origina um ou mais bronquíolos respiratórios, os 
quais marcam a transição para a porção respiratória. O bronquíolo respiratório 
é um tubo curto, às vezes ramificado, revestido por epitélio simples que varia 
de colunar baixo a cubóide, podendo ainda apresentar cílios na porção inicial. 
A parede desses bronquíolos contém alvéolos (parecem descontínuas num 
corte histológico). Os alvéolos são expansões saculiformes revestidos por um 
epitélio capaz de realizar trocas gasosas. 
 
9.8. Ductos Alveolares 
Esses ductos iniciam efetivamente a porção respiratória. São formados 
por ramificação dos bronquíolos respiratórios e apresentam-se como condutos 
longos e tortuosos. A característica principal desse segmento, é apresentar 
inúmeros alvéolos e sacos alveolares em suas paredes. Devemos observar 
que entre a abertura de dois alvéolos existem fibras colágenas e elásticas, e 
células musculares lisas formando feixes musculares. Esses feixes se dispõem 
ao redor da abertura de um alvéolo, porém não se estendem pelas paredes 
deste. No entanto, as fibras colágenas e elásticas se continuam com a parede 
alveolar, constituindo um sistema de sustentação. 
O revestimento dos ductos alveolares é epitélio do tipo cúbico simples, 
com células muito baixas. Esses ductos são as últimas porções a apresentar 
em sua estrutura células musculares lisas. 
 
9.9. Saco Alveolar e Alvéolos 
A definição de alvéolos é, são pequenas evaginações em forma de saco, 
encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos 
respiratórios. O ducto alveolar termina em um alvéolo simples ou em sacos 
alveolares formados por inúmeros alvéolos. Cada parede alveolar é comum a 
dois alvéolos vizinhos, por isso denomina-se parede ou septo interalveolar. 
Este septo consiste em duas camadas de epitélio pavimentoso simples 
separadas por capilares sangüíneos, fibras reticulares e elásticas, fibroblastos 
e substância fundamental amorfa do conjuntivo. Além disso ele apresenta três 
tipos celulares distintos: 1) células endoteliais dos capilares: as mais 
numerosas e com núcleo um pouco menor e alongado que o das células 
epiteliais de revestimento, o endotélio é do tipo contínuo e não fenestrado; 2) 
pneumócitos tipo I: também chamado de célula epitelial de revestimento, tem 
núcleos achatados e distantes entre si devido a grande extensão do 
citoplasma. Essas células têm um retículo endoplasmático granular pouco 
desenvolvido e apresentam microvilos curtos em alguns pontos de sua 
superfície, existem também desmosomas ligando duas células epiteliais 
vizinhas; 3) pneumócitos tipo II: chamados de células septais, são menos 
freqüentes que as células epiteliais de revestimento, aparecem de preferência 
em grupos de duas ou três células nos pontos em que as paredes alveolares 
se tocam. O núcleo dessas células é maior e mais vesiculoso que o das outras 
células epiteliaisde revestimento, o citoplasma não se adelgaça, o retículo 
endoplasmático rugoso é desenvolvido e possui microvilos na superfície livre. A 
principal característica dessas células é a presença de corpos lamelares na 
região basal do citoplasma, eles são responsáveis pelo aspecto vesiculoso do 
citoplasma à microscopia óptica. 
Quatro membranas separam o ar alveolar do sangue capilar, são elas: o 
citoplasma da célula epitelial; a lâmina basal dessa célula; a lâmina basal do 
capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para 
o sangue capilar através dessas membranas e o dióxido de carbono difunde-se 
em direção contrária. 
A parede alveolar está sempre revestida por uma fina película 
surfactante (lipoprotéica), a qual impede o contado direto do ar alveolar com 
essa parede. A função dessa camada lipoprotéica é diminuir a tensão 
superficial dos pneumócitos do tipo I (principal célula de revestimento dos 
alvéolos), essa diminuição permite que os alvéolos sejam inflados com mais 
facilidade na inspiração, dessa forma o esforço muscular despendido nos 
movimentos respiratórios é diminuído. 
 
9.10. Pleura 
Definimos pleura como sendo a camada serosa que envolve o pulmão. 
Ela é formada por dois folhetos: o parietal e o visceral, os quais são contínuos 
no hilo pulmonar. Os folhetos são constituídos por mesotélio e por uma fina 
camada de tecido conjuntivo com fibras colágenas e elásticas. 
Esses dois folhetos são capazes de delimitar, para cada pulmão, uma 
cavidade pleural independente e revestida pelo mesotélio. Normalmente essa 
cavidade pleural contém apenas uma película de líquido lubrificante, o qual 
permite o deslizamento suave dos dois folhetos durante os movimentos 
respiratórios, impedindo o atrito entre o mesotélio visceral e o parietal. 
Freqüentemente, pode-se acumular líquido entre os dois folhetos pleurais, isso 
pode ser explicado pela grande permeabilidade da pleura. O acúmulo ocorre 
devido à transudação de plasma através dos capilares, provocada por 
processos inflamatórios. Essa situação é prejudicial para o organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
10. SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
10.1. Constituição: 
- Tubo digestivo: 
 > Cavidade oral; 
 > Esôfago; 
 > Estômago; 
 > Intestino; 
 > Reto; 
 > Ânus. 
- Glândulas anexas: 
 > Fígado; 
 > Pâncreas; 
 > Glândulas salivares. 
 
10.2. Função: Retirar dos alimentos digeridos os metabólicos necessários para 
o desenvolvimento e a manutenção do organismo. 
 
Cavidade Oral 
 Lábios: 
o Superfície externa: 
 Pele com folículos pilosos; 
 Glândula sebácea e sudorípara; 
 Parte vermelha: transição entre pele e mucosa; 
 Recoberto por uma camada de células mortas, 
semelhantes às da pele; 
 As papilas conjuntivas da derme subjacente são 
numerosas, altas e vasculares, dando coloração 
avermelhada; 
 Como o epitélio não está intensamente queratinizado, nem 
com sebo, deve se umedecido pela língua. 
o Superfície interna: 
 Epitélio pavimentoso estratificado, não queratinizado (há 
alguns grânulos de querato-hialina); 
 Tecido muscular estratificado esquelético (músculo 
orbicular dos lábios); 
 Tecido conjuntivo fibroelástico (papilas da lâmina própria 
latas); 
 Pequenos aglomerados de glândulas mucosas. 
 Bochechas: 
o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado; 
o Lâmina própria de tecido conjuntivo fibroelástico denso que se 
funde com a submucosa, rica em fibras elásticas achatadas e 
muitos vasos sangüíneos; 
o Feixes fibroelásticos fixam a membrana mucosa ao músculo 
adjacente (permite formar inúmeras dobras quando aboca está 
fechada); 
o Pequenas glândulas mucosas (algumas meia lua). 
 Língua: 
o Face dorsal: 
 Parte oral (corpo): 
 Superfície irregular (papilas linguais) – são 
elevações do epitélio oral mais lâmina própria); 
 Tipos de papilas: 
 Filiforme; 
 Fungiforme; 
 Valadas. 
 Parte faríngea (raiz): 
 Amígdala lingual; 
 Glândulas mucosas adjacentes. 
o Face ventral: 
 Mucosa lisa. 
 Dente: 
o Porções: 
 Coroa: porção que se projeta além da gengiva; 
 Raiz. 
o Os dentes se articulam nos ossos em cavidades chamadas 
alvéolos; 
o São derivados da membrana mucosa oral: 
o Dentina: 
 Forma o corpo (tecido conjuntivo calcificado); 
 Semelhante ao osso, porém mais duro; 
 Não possui células, somente prolongamentos dos 
odontoblastos; 
o Esmalte: 
 Camada epitelial calcificada 
 Estrutura mais rica em cálcio do corpo. 
o Polpa: 
 Tecido conjuntivo frouxo; 
 Predominam odontoblastos de forma estrelada. 
o Perionto: 
 Cemento: 
 Bainha de tecido conjuntivo calcificado; 
 Mantém o tamanho da raiz e garante a fixação do 
dente; 
 Sua produção na raiz é contínua para compensar o 
desgaste da coroa. 
 Ligamento periodontal: 
 Tecido conjuntivo 
 Osso alveolar ou lâmina dura. 
 Palato Duro: 
o Lamina própria contínua com o periósteo; 
o Glândula mucosa 
o Mistura e deglutição dos alimentos. 
 Palato Mole: 
o Músculo estriado esquelético e glândulas mucosas na 
submucosa; 
o Na deglutição oclui a nasofaringe. 
 Gengiva: 
o Não tem submucosa; 
o Gengiva inserida (epitélio queratinizado); 
o Gengiva marginal (vertente livre (queratinizada) e vertente 
dentária (não queratinizada)). 
 
Faringe 
 
 É uma dependência da cavidade bucal comum aos aparelhos digestório e 
respiratório (orofaringe e nasofaringe). Formada pela lamina própria 
fibroelástica com grupos de glândulas mucosas. 
 
Estrutura geral do tubo digestivo 
 Túnica Mucosa: 
o Camada epitelial de revestimento; 
o Lamina própria ou córion (tec. conj. Frouxo), vasos sanguíneos e 
linfáticos, podendo apresentar glândulas e tecido linfóides); 
o Muscular da mucosa (camada delgada de tec. musc. Liso). 
 Túnica Submucosa: 
o Tec. conj. Moderadamente frouxo rico em vasos sanguíneos e 
linfáticos; 
o Contém plexo nervoso submocosa ou de Meissner; 
o Pode apresentar glândulas e tecido linfóide. 
 Túnica Muscular: 
o Duas subcamadas de fibras musculares lisas, orientadas em 
hélice (interna (circular) e externa (longitudinal)); 
o Plexo mioentérico ou de Amerbach. 
 Túnica Adventícia ou Serosa: 
o Tecido conjuntivo frouxo com grande quantidade de nervos 
sanguíneos e linfáticos, e células adiposas; 
o Mesotélio (sob a forma de um epitélio simples pavimentoso). 
 
 Principais funções do revestimento epitelial (túnica mucosa): 
o Promover uma barreira semipermeável entre o conteúdo do tubo 
digestivo e o meio interno; 
o Sintetizar e secretar enzima para a digestão dos alimentos; 
o Promover a absorção dos produtos desta digestão; 
o Secretar hormônios para a coordenação destas atividades; 
o Produzir muco para lubrificação e proteção. 
 
Esôfago 
 Função: 
o Transportar rapidamente o alimento da boca para o estomago. 
 Constituição: 
o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado; 
o Glândulas cárdicas esofágicas (mucosas) – na mucosa próxima 
ao esôfago; 
o Glândulas esofágicas (mucosas) – na submucosa; 
o Túnica muscular 
 terço superior – músculo estriado esquelético; 
 terço médio – músculo estriado esquelético e músculo liso; 
 terço inferior – músculo liso. 
 
Estômago 
 Epitélio cilíndrico simples muco secretor; 
 Fossetas ou fovéolas ou criptas gástricas – são invaginações do epitélio 
de revestimento para dentro da lâmina própria; 
 Junções oclusivas – agem como barreira contra o líquido do ácido do 
estômago (suco gástrico). 
 Áreas com estruturas histológicas diferentes: 
o Cárdica: 
 Fossetas curtas; 
 Glândulas longas; 
 Glândulas tubulares ramificadas ou não, com porção final 
frequentemente enovelada – glândula cárdica. 
o Fúndica: 
 Glândulas tubulosas ramificadas – glândula gástrica