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Fisioterapia nas cirurgias ginecologicas

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Atuação da Fisioterapia nas cirurgias ginecológicas.
 Physiotherapy in gynecological surgeries.
Helen Cristina Dos Santos Souza [1: Acadêmico do 8ºtermo do curso de Fisioterapia no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba-SP. ]
 
 
 
Resumo 
As cirurgias ginecológicas podem causar diversas alterações nas pacientes, tanto físicas quanto psicológicas. As cirurgias pélvicas extensas podem causar danos a vascularização pélvica e inervação dos músculos do assoalho pélvico, o que poderá acarretar em disfunções a outros sistemas como o urinário e genital. A histerectomia representa a segunda cirurgia mais realizada em mulheres em idade reprodutiva, no Brasil cerca de 300mil mulheres passam por este procedimento cirúrgico a cada ano sendo a HAT (histerectomia abdominal total) a mais comum, indicada para mulheres que encontram-se em estado maligno e em condições de alto risco[2]. A fisioterapia integra parte do tratamento desta paciente para que ocorra controle da dor e redução da permanência no leito o mais breve possível, intervindo do pré ao pós operatório.
Palavras-Chave: Cirurgias ginecológicas
 
Abstract 
 Gynecological surgeries are capable of making several changes in patients, while pelvic surgeries can cause vascular damage and innervation of the pelvic floor muscles, which can lead to dysfunctions of other systems such as urinary and genitalia. represents a second series more performed in reproductive age, in Brazil about 300 thousand women undergo this surgical procedure every year, being a HAT (total abdominal hysterectomy) the most common, indicating women who are in a malignant state and in conditions of high risk. Physiotherapy is part of the patient's treatment for pain control and reduction of bed rest as soon as possible intervening from preoperative to postoperative.
Key words: gynecological surgeries
Introdução 
 As cirurgias ginecológicas são realizadas em mulheres com diagnóstico de doenças no sistema reprodutor, sendo a melhor alternativa para esses casos que estejam em estágio avançado ou devido a complexidade da doença.
O sistema reprodutor feminino é formado pelos ossos ilíaco, sacro e cóccix que formam a pelve (responsável pela proteção dos órgãos internos). A parte interna é composta por duas tubas uterinas as quais transportam os óvulos até o útero. Os dois ovários produzem hormônios como estrogênio e progesterona além de produzirem óvulos para serem fecundados. O útero é o órgão que aloja o embrião e a vagina um canal musculomembranoso que liga os sistemas reprodutor interno com o externo[1].
Há diversas cirurgias que podem ser realizadas, sendo a histerectomia a mais comum delas. Com a incorporação de recursos, muitas destas técnicas cirúrgicas podem ser realizadas de forma minimamente invasiva.
 Tipos de cirurgias ginecológicas 
A miomectomia consiste na retirada de miomas, através desta intervenção podem são retiradas as camadas fibrosas do útero através de incisões na parede do útero ,mantendo a integridade do órgão. Este procedimento pode ser realizado por laparotomia;via vaginal e via laparoscopia ou histeroscopica, dependendo da localização e quantidade de miomas a serem removidos.
O processo cirúrgico para retirada do útero é chamado de histerectomia, sendo um dos procedimentos mais frequentes em mulheres. A via de acesso para a intervenção cirúrgica será designada a cada mulher de acordo com as circunstâncias clinicas, podendo ocorrer por via abdominal, vaginal e laparoscópica. A remoção do órgão poderá ser total onde ocorrerá retirada do colo e do útero, retirada subtotal onde é feita a remoção apenas do corpo do útero ou radical onde retira-se o corpo e colo do útero além da região superior da vagina, trompas de falópio, ovários ,tecidos ao redor destes órgãos e linfonodos. As principais indicações para este procedimento cirúrgico incluem prolapsos de órgãos pélvicos, miomas, incontinência urinária entre outras.
A salpingectomia é o procedimento cirúrgico onde ocorre a remoção das tubas uterinas, uma das indicações para esta cirurgia é a gravidez ectópica, ou seja, quando a gravidez se desenvolve dentro da trompa ,com o desenvolvimento do embrião poderá ocorrer ruptura da mesma, gerando sangramentos e podendo configurar em riscos a vida da gestante. A cirurgia pode ser feita unilateral com a retirada de apenas uma tuba ou bilateral com a remoção das duas.
A ooforectomia é a cirurgia onde há retirada unilateral ou bilateral dos ovários,é indicada quando ocorre abcesso ovariano, câncer de ovário, endometriose, cistos ou tumores. Quando está associada a retirada das trompas é chamado de salpingo-ooforectomia.
Na cistectomia ovariana ocorre a remoção apenas do cisto, o restante do tecido ovariano permanece normal e a histerotomia é caracterizada pela interrupção da gestação através de uma mini-cesária.
A fisioterapia nas cirurgias ginecológicas 
A fisioterapia começa a atuar com estas pacientes já no estágio pré-operatorio, orientando a paciente sobre o procedimento que será realizado e realizando exercícios globais. Após o procedimento cirúrgico, algumas pacientes podem apresentar um tempo prolongado de permanência no leito. Um dos principais fatores é a dor, levando a complicações secundárias a esta imobilidade que pode afetar vários órgãos e sistemas como cardiorrespiratório, geniturinário entre outros. A fisioterapia no pós operatório destas pacientes inicia-se imediatamente após a cirurgia, no leito para controlar a dor, posicionando a paciente corretamente e promovendo mobilização precoce, estimulando a saída do leito e promovendo deambulação o mais rápido possível[3].
O fisioterapeuta auxilia ensinando a paciente exercícios de pouca atividade por um período de um ou dois dias, ensina o controle da respiração e contrações musculares. As secreções devem ser retiradas por expiração forte ao invés de tossir,o que poderá causar dor logo no início do pós operatório.
O principal objetivo da fisioterapia nestas pacientes consiste em prevenir disfunções do assoalho pélvico após o processo cirúrgico, portanto a fisioterapia atuará através de massagem perineal, exercícios globais e perineais além de eletroterapia.
Os benefícios fisioterápicos iniciam-se já na mobilização precoce associada a deambulação, acelerando o processo de recuperação, atuando no controle da dor e aderência cicatricial, evitando possíveis complicações a esta paciente.
Referências 
Brito EMC ,Santos MD.Beneficios do tratamento fisioterapêutico no pós-cirurgico de histerectomia radical.Visão Univers.[periódico na internet] 2016 [acesso em 15 ago 2018] 2(1) :76-87.Disponível em http://www.visaouniversitaria.com.br/ojs/index.php/home/article/view/
Cardoso BC,Camargo CR,Fernandes I. Perfil de mulheres submetidas a Histerectomia e influência da Deambulação na alta hospitalar.Pleiade [periódico na internet] 2017 jan/jun [acesso em 15 ago 2018] 11(21):17-24.Disponivel em http://revista.uniamerica.br/index.php/pleiade/article/viewFile/330/290
Pivetta HMF ,Braz MM ,Real AA,Nascimento JR,Cabeleira MEP,Veye APZ.Disfunções do assoalho pélvico em pacientes submetidas a histerectomia:um estudo de revisão.Cinergis [periódico na internet] 2014 jan/mar [acesso em 15 ago 2018] 15(1) :48-52.Disponível em http://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/4638

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