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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO ROBÔS AUTÔNOMOS Gilson Rodrigues Gomes Wilson Mendes Pereira Relatório Técnico-Científico apresentado ao Instituto Federal do Paraná, como requisito parcial para avaliação da disciplina de Tendências em Automação Industrial do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial. Prof.: Samuel Marcondes Telêmaco Borba - PR 2018 INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO ROBÔS AUTÔNOMOS Gilson Rodrigues Gomes Wilson Mendes Pereira Relatório Técnico-Científico apresentado ao Instituto Federal do Paraná, como requisito parcial para avaliação da disciplina de Tendências em Automação Industrial do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial. Prof.: Samuel Marcondes Telêmaco Borba - PR 2018 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................4 1 CAPÍTULO......................................................................................................................6 2 CAPÍTULO......................................................................................................................8 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................9 REFERÊNCIAS..................................................................................................................10 INTRODUÇÃO Ao final do século dezoito o uso dos motores a vapor e a utilização inteligente de energia hidrelétrica revolucionaram a produção, definindo a primeira revolução industrial. A Segunda, no final do século dezenove, é caraterizada pela introdução da produção em massa com a utilização da energia elétrica. Pouco tempo após a metade do século vinte a terceira revolução industrial se instaurou com o uso de eletrônicos e da tecnologia da informação, fazendo com que a produção ficasse cada vez mais baseada em sistemas controlados por computadores, agora por fim o termo INDUSTRIA 4.0 vem ganhando destaque como sendo a quarta revolução industrial. Na quarta revolução industrial ou indústria 4.0, os sistemas ciber-físicos se comunicarão entre si, se conectando virtualmente e permitindo coleta, o armazenamento e a transmissão de dados entre si e para os seres humanos. Os sistemas ciber-físicos, enviarão informações entre os dispositivos permitindo que as próprias máquinas possam tomar decisões para melhorar o processo produtivo ou até mesmo reduzir custos. As fábricas consistirão em módulos inteligentes, padronizados que podem se conectar e combinarem-se facilmente, formando uma network dentro da fábrica. Para se ter em pleno funcionamento a indústria 4.0 é necessário a junção de outras ferramentas, cuja a base é a automação dos processos produtivos e a incorporação da digitalização, fazendo uma fusão entre o mundo real e o virtual. Segundo o (BOSTON CONSULTING GROUP), essa evolução é baseada em nove pilares tecnológicos Internet das coisas, realidade aumentada, robôs autônomos, simulação, manufatura auditiva, big data, a tecnologia em nuvem, cyber-security e integração de sistemas e softwares. Assim esta pesquisa tem foco nos robôs autônomos e exemplificar suas aplicações na indústria e na automação industrial. A palavra “robô” foi popularizada pelo dramaturgo tcheco Karel Capek em 1921 com sua peça Robôs Universais de Rossum. A maioria dos dicionários citam Karel como inventor da palavra “robô”, mas fontes mais informais como a internet dizem que foi seu irmão Josef quem cunhou o termo. Com o avanço da ciência e da tecnologia, a noção de robô tornou-se mais sofisticada. No passado um robô era definido como uma máquina que consistia basicamente de um dispositivo mecânico especial. Mas de fato o que é um robô? Um robô é um sistema autônomo que existe no mundo físico, pode sentir o seu ambiente e pode agir sobre ele para alcançar alguns objetivos. Um robô autônomo atua com base em suas próprias decisões e não é controlado por um ser humano. Há muitos exemplos de maquinas que não são autônomas, mas são controladas externamente por seres humanos, estas são ditas como teleoperadas. Um robô autônomo tem a capacidade de sentir o ambiente em sua volta o que significa que o robô tem sensores que lhe dão a capacidade de perceber barulhos, cheirar, ver, tocar e obter informações do mundo. Com seus sentidos e seu processamento, o robô é dotado de inteligência para que possa tomar as decisões para que alcance os seus objetivos. A robótica é o estudo dos robôs, o que significa que é o estudo da sua capacidade de sentir e agir no mundo físico de forma autônoma e intencional. Ela é um campo em crescimento, cuja definição foi evoluindo ao longo do tempo, juntamente com o próprio campo. Falando em robôs autônomos eles estão intimamente ligados a Inteligência artificial, ela nasceu oficialmente em 1965 em uma conferência realizada na universidade de Dartmouth, em Hanover Estados Unidos. Esta conferencia tinha como objetivo a discussão da possibilidade de inserir uma inteligência em maquinas. Focado na tecnologia autônoma da indústria 4.0, o governo alemão desenvolveu um programa, denominado programa de tecnologia autonômica para indústria 4.0, que possui dentre suas áreas prioritárias o desenvolvimento de sistemas capazes de lidar com tarefas complexas de forma autônoma, como os robôs, por exemplo (BUNSE; KAGERMANN; WAHLSTER, 2014). 1 CAPÍTULO A utilização de robôs autônomos na indústria, também conhecidos como robôs inteligentes ou colaborativos (Cobots), não é um conceito novo pois eles já são utilizados em muitas indústrias para realizar tarefas complexas. Mas, na Indústria 4.0 eles ganham habilidades além dos seus antecessores, eles estão se tornando mais autônomos, flexíveis e cooperativos. Segundo Bekey (2005), robôs são máquinas que sentem, pensam e agem e autonomia refere-se a sistemas capazes de operar no ambiente do mundo real sem qualquer tipo de controle externo por longos períodos de tempo. Com esses conceitos, o autor define robôs autônomos como máquinas inteligentes capazes de executar tarefas no mundo por si só, sem controle humano explícito. A indústria 4.0, que tem como uma de suas premissas fazer a conexão entre a fábrica da vida real com a realidade virtual, vem desempenhando um papel cada vez mais importante na indústria global. Cobots fáceis de usar e acessíveis estão reduzindo a barreira de automação de modo extremamente significativo, permitindo a automação em áreas anteriormente consideradas muito complexas ou inacessíveis. Segundo a Pesquisa Mundial de Robótica (World Robotic Survey) de 2016, emitida pela Federação Internacional de Robótica (International Federation of Robotics - IFR), os robôs industriais estão revolucionando a economia global e até 2019, mais de 1,4 milhão de novos robôs industriais serão instalados em fábricas ao redor do mundo. Esses robôs ajudam a enfrentar o desafio de produção de curto prazo enfrentado por muitas empresas, superando assim o gap entre as linhas de montagem totalmente manuais e as linhas de fabricação totalmente automatizadas. Até mesmo a indústria automotiva, que tem uma longa história de uso de robôs tradicionais, agora também está usando robôs de novas maneiras.Um exemplo recente é a BMW, que está implantando robôs autônomos para automatizar uma linha de montagem que era predominantemente trabalho manual no passado. (IFR,2016) O desenvolvimento de robôs autônomos constitui uma área atual de pesquisa em robótica. Tais robôs aceitarão ordens para a execução de tarefas com um elevado grau de dificuldade e as cumprirão sem a intervenção humana adicional (Latombe, 1996). Um dos grandes desafios da robótica é justamente como integrar as informações vindas de todos estes sensores, de modo a gerar comandos e controlar os diferentes dispositivos de atuação do robô, garantindo que a tarefa seja executada de modo correto e sem colocar em risco tanto o robô quanto aqueles que o cercam. O robô deve preservar a sua integridade bem como dos elementos presentes no ambiente. Um robô só deve agir de modo ativo sobre um determinado objeto-alvo, se realmente for programada a sua ação sobre este objeto. Esta questão sempre foi alvo de muitas discussões (em propostas como as 3 Leis da Robótica de Asimov ), pois um robô móvel pode causar danos tanto a pessoas como a objetos que o cercam, de modo deliberado ou não, constituindo-se assim de um Sistema Embarcado Crítico (executa missões críticas), onde seu desenvolvimento deve imperativamente envolver um cuidadoso projeto tanto de hardware como de Software. Robôs autônomos estão sendo empregados em diversas tarefas onde para o ser humano poderiam ser perigosos, insalubres, ou extremamente desagradáveis. Dentro da robótica móvel podemos destacar os protótipos desenvolvidos pela NASA para suas explorações no espaço, o “Sojourner Rover” é um exemplo deste tipo de aplicações na qual o robô fez parte da missão espacial Pathfinder em 1997. O desenvolvimento de sistemas autônomos torna-se mais complexo à medida que o modelo do mundo cresce. Para a interação de um robô em ambientes reais, o sistema deve ser capaz de contornar situações imprevistas e adaptar-se às mudanças. (FIGUEIREDO, 1999). Robôs Autônomos são um dos pilares da Indústria 4.0, na qual as decisões no chão de fábrica são tomadas por máquinas, que se comunicam entre si, desempenham diversas funções e têm capacidade de detectar e resolver problemas. Na indústria, o primeiro robô foi desenvolvido em 1961, para a General Motors, e chamado de “Unimates”. Ativado por comandos passo a passo, trabalhou na linha de montagem executando tarefas que seriam nocivas a seres humanos, como a remoção de peças da área de pintura e solda de partes da carroceria. A indústria 4.0 trata dos robôs autônomos, em duas situações: robôs físicos e inteligência artificial. Desta forma, ela opera nas empresas em dois caminhos principais: - Manufatura, qualidade, agilidade e automação na produção - Autosserviço, automatização de tarefas (de escritório, portais, telefone, centrais, entre outros. 2 CAPÍTULO Esta pesquisa se baseou em um levantamento bibliográfico do tema abordado bem como feito pesquisa em revistas, consultado artigos e livros para explanar o que a de mais novo no que desrespeito a Robôs Autônomos. Na indústria os robôs foram uma grande evolução tecnológica, avançando e agregando muito na manufatura industrial. Mas na Indústria 4.0 eles possuem novas habilidades incorporadas, com a ajuda de todos as ferramentas que norteiam a quarta revolução industrial eles são capazes de operar sem intervenção humana e ainda são mais flexíveis para se adaptar a variações inesperadas no processo. Esta área da indústria 4.0 conta com conhecimento de diversas engenharias como mecânica (pneumática, hidráulica e cinemática), elétrica (sensores e atuadores) e computação (softwares e programação). Neste campo, os robôs são controlados por microcontroladores e CLPs (Controladores lógicos programáveis). Aqui, os robôs atuam substituindo trabalhadores em condições insalubres e aumentando a perfeição na realização do serviço. Existem vários tipos d e robôs, entre eles podemos citar o mais utilizado atualmente que é o robô manipulador, e o que vem ganhando destaque nos dias de hoje que é o AGV (Automatic guided vehicle ou Veículos automaticamente guiados). Esses tipos de robôs conseguem, por meio de sensores e transdutores, se guiar por uma linha preta no chão, realizando movimento sem o auxílio do homem. Na robótica avançada temos os robôs autônomos que são capazes de tomarem atitudes sozinhos a partir das mais variadas ocasiões. Podem inclusive aprender com suas experiências. Além dos robôs autônomos, temos os robôs colaborativos que são capazes de trabalhar juntamente com um ser humano em perfeitas condições de segurança, graças a muitos sensores embutidos. Fora esses dois modelos, temos também a biomimética. Este conceito foi assim chamado por se basear nas formas de vida da natureza. Muitos anos o ser humano observa o que a natureza produziu e tenta imitá-la através da tecnologia. O desafio dos programadores é conseguir desenvolver um algoritmo que capacite os robôs a se comunicarem entre si em um ambiente sem a ajuda de humanos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Quarta Revolução Industrial é um novo conceito de indústria que engloba as principais inovações tecnológicas nos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. A partir de Sistemas Ciber-físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis. O desenvolvimento dos mercados globais contribuiu também na formação dos novos clientes que se tornaram mais exigentes, o que, por sua vez, resultam em um desafio para as indústrias no que diz respeito à personalização de produtos, serviços eficientes e de baixo custo. A concorrência entre as empresas levanta a necessidade de estratégias globais para se manterem no mercado. De acordo com o estudo bibliográfico desenvolvido, mostrou-se que são diversas tecnologias necessárias para viabilizar a implantação da Indústria 4.0 e que os robôs autônomos dependem de grande quantidade de informações e grande capacidade de armazenamento assim dependendo de todas as ferramentas que compõe a quarta revolução industrial. REFERÊNCIAS Computação Embarcada: Projeto e Implementação de Veículos Autônomos Inteligentes Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/242092725_Computacao_Embarcada_Projeto_e_ Implementacao_de_Veiculos_Autonomos_Inteligentes>Acesso em 30 agost. 2018. GIRALT, Georges. A robótica. Instituto Piaget, abril de 2003. Industrie 4.0 – Uma Revisão da Literatura Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas- unimep/index.php/cienciatecnologia/article/view/3176> Acesso em 29 agost. 2018. Indústria 4.0: Análise e simulação de uma nova era industrial Disponível em: < http://bsi.uniriotec.br/tcc/textos/201801YuriLogatto.pdf> Acesso em 24 agost. 2018. MAJA,J.Matarie; tradução Humberto Ferasoli Filho, José Reinaldo Silva, Silas Franco dos Reis Alves. Introdução à Robótica, São Paulo 2017 1ºed Unesp. PRINCIPAIS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DA INDÚSTRIA 4.0 E SUAS APLICAÇÕES E IMPLICAÇÕES NA MANUFATURA Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/321682376_PRINCIPAIS_INOVACOES_TECNOL OGICAS_DA_INDUSTRIA_40_E_SUAS_APLICACOES_E_IMPLICACOES_NA_MANUFAT URA> Acesso em 22 agost. 2018. RÜßMANN, M. et al. Industry 4.0: The Future of Productivity and Growth in Manufacturing Industries. Boston Consulting Group. 2015. Disponível em: < http://www.inovasyon.org/pdf/bcg.perspectives_Industry.4.0_2015.pdf > Acesso em 19 agost. 2018. Robos autonomos Disponível em: < http://www.cnidigital.org/artigo/conceitos-robo-s-auto-nomos-s-ries-pilares-da-ind-stria-4-0-parte-2-de-9> Acesso em 20 agost. 2018. REDES INTELIGENTES NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA 4.0 Disponível em: <https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo- 9723121f6fc60ff27789b151b135485faa70002e-segundo_arquivo.pdf> Acesso em 2 agost. 2018.
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