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Reforma Trabalhista - Remuneração e Salário

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02/08/2017
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REFORMA TRABALHISTA – DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO 
DO TRABALHO 
(LEI 13.467/2017) 
BLOCO 1 
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO – COMPOSIÇÃO. 
PARTE I
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO: art. 457 a 467, CLT: 
• Remuneração: CONCEITO: art. 457, caput, CLT:
“Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos
os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente
pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber”.
• SALÁRIO: parcela contraprestativa, paga pelo empregador ao
empregado e de forma habitual. 
“Antiga regra”: integram o salário: 
- importância fixa estipulada; 
- Comissões; 
- Percentagens; 
- Gratificações ajustadas;
- Diárias para viagens; 
- Abonos pagos pelo empregador. 
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“NOVA REGRA” – Reforma trabalhista (Lei 13.467/2017)
Art. 457, parágrafo 1o: integram o salário:
- Importância fixa estipulada;
- Gratificações legais;
- Comissões pagas pelo empregador.
ATENÇÃO!!! 
NÃO INTEGRAM O SALÁRIO: 
- Ajudas de custo;
- Auxílio alimentação (vedado o pagamento em dinheiro) ;
- Diárias para viagem;
- Prêmios;
- Abonos.
OBS.: tais parcelas, além de não integrarem o salário, não se
incorporam ao contrato de trabalho e não consituem base de
incidência de qualquer encargo trabalhista ou previdenciário.
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PRÊMIOS: conceito: art. 457, parágrafo 4o, CLT: 
“Consideram-se prêmios as liberdades concedidas pelo
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a
empregado ou grupo de empregados, em razão do
desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício
das suas atividades”.
REFORMA TRABALHISTA – DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO 
TRABALHO 
(LEI 13.467/2017) 
BLOCO 2
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO – COMPOSIÇÃO. 
PARTE II
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Traduzindo a REMUNERAÇÃO: 
R = Salário fixo + gratificações legais e comissões + Gorjetas
Traduzindo o SALÁRIO: 
S = valor fixo + gratificações legais + comissões
REGRA “COMPLETA”, considerando a Reforma Trabalhista: 
NÃO POSSUEM NATUREZA SALARIAL: 
- Gorjetas (única que possui natureza remuneratória; 
- PLR (Participação nos lucros e resultados); 
- Ajudas de custo;
- Auxílio alimentação (vedado o pagamento em dinheiro) ;
- Diárias para viagem; 
- Prêmios; 
- Abonos;
- Abono das férias (venda de até 1/3 do período); 
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LEMBRETE: GORJETAS 
(art. 457, parágrafos 4 e e seguintes, alterados pela Lei 13.419/2017)
- Não constituem receita do empregador;
- Serão distribuídas entre os empregados conforme critérios defindos
em ACT e CCT;
- Ausente instrumento coletivo, serão distribuídas conforme
determinação da assembleia geral dos trabalhadores;
- Regime de tributação federal diferenciado: a empresa poderá reter
até 20% (o percentual será definido em ACT ou CCT);
- Empresas não sujeitas ao regime de tributação federal diferenciado:
reter até 33% (definido em ACT ou CCT);
- Empresa deverá anotar na CTPS salário fixo + percentual de gorjeta
pago;
- Deverá anotar tb: salário fixo + média de gorjeta recebida nos
últimos 12 meses;
- Se a empresa deixar de adotar o sistema de gorjetas, estas serão
incorporadas ao salário do empregado, desde que ele as tenha
recebido por mais de 12 meses, salvo previsão em instrumento
coletivo.
- Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída
comissão de empregados, mediante previsão em convenção ou
acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fiscalização da
regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta de que trata o §
3o deste artigo, cujos representantes serão eleitos em assembleia
geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de
garantia de emprego vinculada ao desempenho das funções para
que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída
comissão intersindical para o referido fim.
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“Art. 457. ...........................................................
§ 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as
gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda
de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro,
diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.
.............................................................................................
§ 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a
empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho
superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades.” (NR)
REFORMA TRABALHISTA 
DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO TRABALHO 
(LEI 13.467/2017) 
BLOCO 3
SALÁRIO UTILIDADE OU IN NATURA. 
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- Salário utilidade ou in natura: forma de pagamento salarial por meio
do fornecimento de alimentação, moradia e vestuário de forma
contraprestativa, habitual e pelo empregador ao empregado. (REGRA
GERAL)
Art. 458, CLT, caput:
“Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para
todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras
prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será
permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas”.
Súmula 367, TST:
UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA.
VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (conversão
das Orientações Jurisprudenciais nºs 24, 131 e 246 da SBDI-1) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando indispensáveis para a
realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no
caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em
atividades particulares. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 131 - inserida em
20.04.1998 e ratificada pelo Tribunal Pleno em 07.12.2000 - e 246
- inserida em 20.06.2001)
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua
nocividade à saúde. (ex-OJ nº 24 da SBDI-1 - inserida em
29.03.1996)
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UTILIDADES QUE NÃO POSSUEM NATUREZA SALARIAL: 
- Vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos
empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação dos
serviços;
- Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros,
compreendendo os valores referentes à matrícula; mensalidade,
anuidade, livros e material didático;
- Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno,
em percurso servido ou não por transporte público;
- Assitência médica, hospitalar e odontológica;
- Seguros de vida e de acidente pessoais;
- Previdência privada;
- Valor referente ao vale cultura.
ATENÇÃO!!! TELETRABALHO e salário utilidade:
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição,
manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da
infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto,
bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão
previstas em contrato escrito.
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo
não integram a remuneração do empregado.’
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Obs.: percentuais de desconto:
• Urbano: 
• Alimentação: até 20% do salário contratual; 
• Moradia: até 25% do salário contratual.
• Rural: 
• Alimentação: até 25% do salário mínimo;
• Moradia: até 20% do salário mínimo. 
• Doméstico: 
• Alimentação, Moradia, higiene pessoal, vestuário, despesas da viagem feita
com a família: não podem ser descontados. A moradia só poderá ser
descontada se for local diverso daquele em queocorre a prestação dos
serviços.
ALTERAÇÃO DO ART. 458, CLT: 
inclusão do parágrafo 5o: 
§ 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço
médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o
reembolso de despesas com medicamentos, óculos,
aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas
médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando
concedido em diferentes modalidades de planos e
coberturas, não integram o salário do empregado para
qualquer efeito nem o salário de contribuição, para
efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no
8.212, de 24 de julho de 1991.”
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REFORMA TRABALHISTA 
DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO TRABALHO 
(LEI 13.467/2017) 
BLOCO 4
SALÁRIO ISONÔMICO (EQUIPARAÇÃO SALARIAL) 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461, CLT. 
Salário isonômico: é o valor devido aos empregados sem que haja distinção de 
sexo, etnia, nacionalidade ou idade, e desde que presentes, cumulativamente, 
os seguintes requistos: 
- Identidade de funções; 
- Trabalho de igual valor: 
• Igual produtividade; 
• Mesma perfeição técnica; 
• Diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não superior a 
04 anos; 
• Diferença de tempo na função não superior a 02 anos. 
- Prestado a mesmo empregador;
- mesmo estabelecimento empresarial. 
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ATENÇÃO!!!
- As regras da equiparação salarial, definidoras dos critérios, não
prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em
quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da
empresa ou negociação coletiva, plano de cargos e salários,
dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão
público.
OBS.: as promoções poderão ser feitas por merecimento e por
antiguidade, ou por penas um desses critérios, dentro de cada
categoria profissional.
- A equiparação só será possível entre empregados
contemporâneos no cargo ou função.
- É proibida a indicação de paradigmas remotos, ainda que o
paradigma contemporâneo tenha obtido vantagem em ação
judicial própria.
- Diferença salarial proveniente de discriminação por sexo ou etnia:
pagamento da diferença salarial + multa, no valor de 50% do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.
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Art. 461, CLT: Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,
prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento
empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade.
§ 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for
feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre
pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador
não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não
seja superior a dois anos.
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o
empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar,
por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva,
plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação
ou registro em órgão público.
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas
por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes
critérios, dentro de cada categoria profissional.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de
deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da
Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação
salarial. (MANTIDO)
§ 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados
contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação
de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo
tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
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§ 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou
etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças
salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no
valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social.”
Art. 461, CLT (ANTES DA REFORMA) - Sendo idêntica a função, a todo
trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma
localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade
ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito
com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas
cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois)
anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão
quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira,
hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de
antigüidade e merecimento. § 3º - No caso do parágrafo anterior,
as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por
antingüidade, dentro de cada categoria profissional.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência
física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não
servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.
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REFORMA TRABALHISTA 
DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO TRABALHO 
(LEI 13.467/2017) 
BLOCO 5
ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
- Princípios orientadores/garantidores da segurança contratual:
• Proteção:
➢Princípio da condição mais benéfica:
➢Princípio da norma mais favorável:
• princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva
(art. 8o, parágrafo 3o, CLT);
• Inalterabilidade contratual lesiva.
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- JUS VARIANDI – poder reconhecido por lei, ao empregador.
• Transferência do horário noturno para o diurno (perda do adicional
noturno);
• Alteração da data do pagamento do salário, desde que não
ultrapasse ao quinto dia útil;
• Transferência do empregado, desde que observados os limites
impostos pela lei.
• Reversão (NÃO É CONSIDERADA ALTERAÇÃO UNILATERAL).
ATENÇÃO!!! 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade
da cláusula infringente desta garantia.
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do
empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo,
anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
§ 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo
motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do
pagamento da gratificação correspondente, que não será
incorporada, independentemente do tempo de exercício da
respectiva função.”
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REFORMA TRABALHISTA – DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO 
TRABALHO 
(LEI 13.467/2017) 
BLOCO 06
ALTERAÇÃO DO CONTRATO (CONTINUAÇÃO) E EXTINÇÃO: 
PROCEDIMENTOS
ALTERAÇÃO DO CONTRATO: continuação
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do
empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo,
anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
§ 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo,
não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da
gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente
do tempo de exercício da respectiva função.”
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ALTO EMPREGADO (Exercício de cargo ou função de confiança):
- Adicional de, no mínimo, 40% do salário contratual;
- Reversão (a qualquer tempo, sem direito à manutenção da
gratificação ao salário quando ultrapassados10 anos de
exercício do cargo/função);
- Ausência de controle de jornada;
- Transferência sem anuência, desde que observadas as demais
regras.
REGRAS QUE DEIXAM DE EXISTIR:
- Nos contratos a prazo indeterminado, não se fala mais em pagamento de
indenização, a favor do empregado, correspondente à maior remuneração
que tenha recebido da empresa, nas extinções do contrato em que ele não
tenha dado motivo.
- Pedido de demissão ou recibo de quitação só era válido, para empregados
com mais de um ano de serviço, se realizado mediante assistência do
Sindicato ou autoridade do MTE.
- Na ausência de sindicado ou autoridade competente do MTE, a assistência
seria prestada pelo representante do MP, ou, onde houver, pelo Defensor
Público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz.
EXTINÇÃO DO CONTRATO: PROCEDIMENTOS. 
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- O pagamento do acerto rescisório deveria ser efetuado no ato
da homologação, em dinheiro ou cheque visado. Se o
empregado fosse analfabeto, o pagamento só poderia ser feito
em dinheiro.
- O pagamento deverá ser realizado até o primeiro dia útil
imediato ao término do contrato ou até o 10o dia, contado da
data da notificação, quando ausente o aviso prévio, quando for
ele indenizado ou dispensa do seu cumprimento.
- O Ato de assistência na rescisão contratual será sem ônus para
o empregado e para o empregador.

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