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Choque Hipovolêmico Oficina SOS – Setembro 2014 2 Definições Choque • Síndrome iniciada por um quadro de hipoperfusão sistêmica aguda devido a uma incapacidade do sistema circulatório de atender às demandas metabólicas dos diversos tecidos, levando à hipóxia tecidual, disfunção de múltiplos órgãos e morte. 3 Fornecimento de Oxigênio – DO2 DO2 = CaO2 x DC CaO2 = (1,34 x Hb x SaO2) + (0.0031 x PaO2) DC = Pré carga Volemia Contratilidade Dobutamina Pós-carga Noradrenalina Adrenalina Nitroprussiato Nitroglicerina 4 Oferta e Consumo de Oxigênio • CaO2 = (Hb x 1,34 x SaO2) + (0,003 x PaO2) • CvO2 = (Hb x 1,34 x SvO2) + (0,003 x PvO2) • DO2 = VS x FC x CaO2 • VO2 = VS x FC x Ca-vO2 Débito Cardíaco (FCxVS) Contratilidade Pós-carga Pré-carga Frequência cardíaca 5 Volemia e Retorno Venoso • Volemia: volume de sangue contido no sistema cardiovascular • Em adultos = 7% do peso corpóreo (5 litros) • O retorno venoso é um dos principais determinantes do débito cardíaco 6 Débito Cardíaco e Volemia PRÉ-CARGA D É B IT O C A R D ÍA C O 7 Fisiopatologia Diminuição do retorno venoso Queda da pré-carga Diminuição do volume sistólico Queda do débito cardíaco Diminuição da perfusão Perda aguda de volume 8 Causas • Perda do volume intravascular: • Perda hemorrágica • Hemorragia externa / cavidades / TGI • Perda não-hemorrágica • Perda de volume corporal total ou transferência de líquido acelular do intravascular para extravascular Perda Aguda de Volemia 9 Choque Hemorrágico 1990: 5 milhões de pessoas morreram no mundo decorrentes de trauma 2020: morrerão 8,4 milhões de pessoas vítimas de trauma 1/3 por choque hemorrágico Roberts I, Lancet 2001 Murray CJ, Lancet 1997 Hemorragia é a principal causa de morte potencialmente evitável com tratamento rápido intra-hospitalar ATLS, 1997 10 Choque Hemorrágico Classe I Classe II Classe III Classe IV Perdas (ml) Até 750 750-1500 1500-2000 >2000 Perdas (%) Até 15% 15-30% 30-40% >40% FC <100 >100 >120 >140 PA Normal Normal Diminuída Diminuída Pressão de pulso Normal Diminuída Diminuída Diminuída FR 14-20 20-30 30-40 >35 Diurese (ml/h) >30 20-30 5-15 Desprezível SNC Ansioso Agitado Confuso Letárgico Reposição Cristalóides Cristalóides Cristalóides/sang ue Cristalóides/san gue 11 Atendimento ao Politrauma Circulação com Controle da Hemorragia Avaliação rápida: nível de consciência, cor da pele e pulsos Controle dos sangramentos externos: compressão local Dois acessos venosos periféricos de grosso calibre Amostras: tipagem sanguínea e prova cruzada, além dos exames necessários ATLS, 1997 12 Atendimento ao Politrauma ATLS, 1997 Circulação com Controle da Hemorragia Administração vigorosa de soluções salinas (preferência por Ringer Lactato) Infusão rápida de 2 a 3 l de cristalóide aquecido 13 Colóide X Cristalóide Não há evidências contundentes ainda sobre a superioridade de um tipo de expansão em relação a outra em virtude da análise de subgrupos Novos trabalhos randomizados multicêntricos adequados para este tópico são necessários. 14 Ressuscitação precoce X tardia Modelos animais de hemorragia não-controlada sugerem melhor sobrevida com ressuscitação tardia e parcial (ou “controlada”) Modelos sugerem que em hemorragias não controladas a reposição volêmica agressiva prejudicaria a formação de trombos, aumentaria a coagulopatia e o sangramento como consequência. 15 Sangramento ativo na chegada ao hospital? Dados válidos para populações idosas? Hipotensão em TCE? Conduta no trauma fechado? Ressuscitação precoce X tardia 16 Sangramento ativo na chegada ao hospital? Dados válidos para populações idosas? Hipotensão em TCE? Conduta no trauma fechado? Ressuscitação precoce X tardia 17 Ressuscitação precoce X tardia Conclusões O conhecimento dos conceitos de volemia e retorno venoso são importantes para a compreensão do tratamento. Não existe uma solução ideal para reposição volêmica em todos os casos de choque hipovolêmico, devendo-se lançar mão de julgamento crítico para que cada solução tenha sua melhor indicação. A precocidade do diagnóstico e da ressuscitação volêmica, bem como a atenção rigorosa a objetivos fisiológicos definidos previamente, freqüentemente com necessidade de utilização de monitorização invasiva, são muito mais significativos que o tipo de fluido utilizado na recuperação do paciente. Tratamento do choque hemorrágico Complicações do choque hemorrágico jp_ladeira@haoc.com.br Muito Obrigado! 20
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