Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura Sistemas Estruturais I 4.2 Pré-dimensionamento das lajes De acordo com (Pinheiro, 2003) o pré-dimensionamento dos elementos estruturais é necessário para que se possa calcular o peso próprio da estrutura, que é a primeira parcela considerada no cálculo das ações. A espessura das lajes pode ser obtida com a expressão: cdh 2 Onde: d = altura útil da laje; ϕ = diâmetro das barras; c = cobrimento nominal da armadura. A seguir a Figura 1 ilustra uma seção de corte em uma laje, onde são descritos cada uma das dimensões mensionadas acima. Figura 1 - Laje seção transversal Fonte: (Pinheiro, 2003). Adapatado 4.2.1 Cobrimento da armadura 2 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura Cobrimento nominal da armadura (c) é o cobrimento mínimo (cmin) acrescido de uma tolerância de execução (∆c): ccc min O projeto e a execução devem considerar esse valor do cobrimento nominal para assegurar que o cobrimento mínimo seja respeitado ao longo de todo o elemento. Nas obras correntes, ∆c ≥ 10 mm. Quando houver um controle rigoroso da qualidade da execução, pode ser adotado ∆c = 5 mm. Mas a exigência desse controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. O valor do cobrimento depende da classe de agressividade do ambiente. O Quadro 1 que se segue demonstra as classes de agressividade do ambiente. Quadro 1 - Classes de agressividade do ambiente Fonte: (ABNT NBR 6118, 2014). O Quadro 2 a seguir faz a correspondência entre a classe de agressividade e o cobrimento nominal. 3 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura Quadro 2 - Correspondência entre a agressividade do ambiente e o cobrimento nominal. Fonte: (ABNT NBR 6118, 2014). 4.2.2 Altura útil da laje Para lajes com bordas apoiadas ou engastadas, a altura útil pode ser estimada por meio da seguinte expressão: 100 )1,05,2( *l nd Onde: maiorvão menorvão l .7,0 . * n = numero de bordas engastadas 4 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura 4.2.3 Espessura mínima A ABNT NBR 6118 (2014) especifica que nas lajes maciças devem ser respeitadas as seguintes espessuras mínimas: • 7 cm para cobertura não em balanço; • 8 cm para lajes de piso não em balanço; • 10 cm para lajes em balanço; • 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 KN; • 12 cm lajes que suportem veículos de peso total maior a 30 KN; • 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas; • 14 cm para lajes cogumelo, fora do capitel. 4.2.3 Diâmetro máximo Segundo ABNT NBR 6118 “Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8”. Portanto para caso de pré-dimensionamento pode ser adotado ϕ = 10 mm. Exercício: Para o sistema de lajes mostrado abaixo pede-se realizar o pré- dimensionamento. Sabe-se que a edificação se localiza na zona urbana. 5 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura 1º Passo: Vãos teóricos: lembre-se que a delimitação das lajes são os eixos das vigas de suas bordas. 2º Passo: vinculação das lajes. (engastadas e apoiadas). Determinação de lx e ly. 6 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura 3º Passo: Pré-dimensionamento das lajes: calculo da altura de cada laje cdh 2 Obs: cobrimento nominal (c) e ϕ é comum a todas as lajes ccc min Sabe-se que a edificação se localiza na zona urbana, conforme o quadro 1 a agressividade para esse tipo de ambiente é classificado como II. Com a classe determinada é possível localizar o cobrimento nominal no quadro 2, para o tipo de estrutura laje e classe II de agressividade temos: mmc 25 Para pré-dimensionamento de lajes adotar mm10 Cálculo da altura útil (d): P/ laje 1 temos: 7 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura Nenhuma borda engastada: n = 0 maiorvão menorvão l .7,0 . * cm cm l 4206007,0 500 * cml 420 * cmd l nd 5,10 100 420 )01,05,2( 100 )1,05,2( * P/ laje 2 temos: Duas bordas engastadas: n = 2 8 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura maiorvão menorvão l .7,0 . * cm cm l 3505007,0 300 * cml 300 * cmd l nd 9,6 100 300 )21,05,2( 100 )1,05,2( * P/ laje 3 temos: Uma borda engastada: n = 1 maiorvão menorvão l .7,0 . * cm cm l 3505007,0 400 * cml 350 * cmd l nd 4,8 100 350 )11,05,2( 100 )1,05,2( * 9 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura P/ laje 4 temos: Duas bordas engastadas: n = 2 maiorvão menorvão l .7,0 . * não existe vão maior e vão menor. Portanto adotar um lado como maior que o outro. cm cm l 2804007,0 400 * cml 280 * cmd l nd 4,6 100 280 )21,05,2( 100 )1,05,2( * Cálculo da altura (h): P/ laje 1 temos: cmhcdh 5,135,2 2 1 5,10 2 P/ laje 2 temos: cmhcdh 9,95,2 2 1 9,6 2 P/ laje 3 temos: cmhcdh 4,115,2 2 1 4,8 2 10 Sistemas Estruturais I Prof: Marcelo V. B. Borges Arquitetura P/ laje 4 temos: cmhcdh 4,95,2 2 1 4,6 2 Obs: Para adotar uma altura única para o tabuleiro de lajes deve-se adotar a altura crítica, ou seja, a maior altura calculada, sendo assim a altura crítica é da laje 1 cmh 5,13 . Na prática adotamos a altura para multiplos de 1 cm, desta maneira a altura adotada: cmh 14 Referências Pinheiro, L. M. (03 de Abril de 2003). FEC UNICAMP. Acesso em 10 de Agosto de 2016, disponível em Pré- dimensionamento: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Lancamento/Pre- dimensionamento_EESC.pdf Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado, ABNT, Rio de Janeiro, 2011
Compartilhar