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Murchas e mildios aula 4

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Murchas e Mildios
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MURCHAS
Murchas são causadas por fungos da espécie Fusarium oxysporum e suas formas especiais (altamente específicos ao hospedeiro) e por fungos do gênero Verticillium. 
Ex:
Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli - feijão
Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici -tomate
Fusarium oxysporum f.sp. cubense – bananeira
Verticillium dahliae –tomate e outros
Verticillium albo-atrum – algodão e outros
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Mal do Panamá da bananeira F. oxysporum f. sp. cubense 
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Mal-do-Panamá
É uma doença endêmica por todas as regiões produtoras de banana do mundo. No Brasil, o problema é ainda mais grave em função das variedades cultivadas, que na maioria dos casos são suscetíveis. 
O fungo é disseminado por água de irrigação, de drenagem, de inundação, assim como pelo homem, por animais e equipamentos.
Sintomas: amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas, começando pelos bordos do limbo foliar e evoluindo no sentido da nervura principal. Posteriormente, as folhas murcham, secam e se quebram junto ao pseudocaule dando-as a aparência de um guarda-chuva fechado.É comum que as folhas centrais das bananeiras permaneçam eretas mesmo após a morte das mais velhas. Rachaduras do feixe de bainhas, cuja extensão varia com a área afetada no rizoma. Descoloração pardo-avermelhada na parte mais externa do pseudocaule provocada pela presença do patógeno nos vasos (Fig. 2). 
O mal-do-Panamá, quando ocorre em variedades altamente suscetíveis como a banana ‘Maçã’, provoca perdas de 100% . O nível de perdas é também influenciado por características de solo, que em alguns casos comporta-se como supressivo ao patógeno.  
Controle : O melhor meio para o controle do mal-do-Panamá é a utilização de variedades resistentes, dentre as quais podem ser citadas as cultivares do subgrupo Cavendish e do subgrupo Terra, a ‘Caipira’, ‘Thap Maeo’ e ‘Pacovan Ken’. 
Evitar as áreas com histórico de alta incidência do mal-do-Panamá; 
Utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de nematóides;  
Corrigir o pH do solo, mantendo-o próximo à neutralidade e com níveis ótimos de cálcio e magnésio, que são condições menos favoráveis ao patógeno; 
Manter as plantas bem nutridas, guardando sempre uma boa relação entre potássio, cálcio e magnésio. 
Nos bananais já estabelecidos e que a doença comece a se manifestar recomenda-se a erradicação das plantas doentes, utilizando herbicida. Isto evita a propagação do inóculo na área de cultivo. Na área erradicada aplicar calcário ou cal hidratada
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Murcha do tomateiro - Fusarium oxysporum fsp. lycopersici 
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Murcha de Fusarium do tomateiro
Sintomas; murcha das folhas superiores, principalmente nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se amareladas e, muitas vezes, observa-se murcha ou amarelecimento em apenas um lado da planta ou da folha. Os frutos não se desenvolvem, amadurecem ainda pequenos e a produção é reduzida. Ao cortar o caule próximo às raízes, verifica-se necrose do sistema vascular . Temperatura alta (em torno de 28 °C), solos arenosos com pH baixo e o ataque de nematóides favorecem a doença. O fungo sobrevive no solo por períodos superiores a sete anos, principalmente por meio de microescleródios.
Controle: Como manejo e controle : plantio de cultivares com resistência às raças do patógeno, evitar o plantio em áreas sabidamente infestadas pelo fungo e fazer rotação de cultura com gramíneas.
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Murcha de Fusarium do algodoeiro - Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum
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Murcha-de-fusarium do algodoeiro
Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum
Sintomas: murcha de algumas folhas e ramos e poucos dias após os primeiros sintomas, acontece a morte de plantas jovens. Algumas plantas afetadas podem sobreviver à doença, emitindo novas brotações próximas ao solo mas, em geral, os ramos originados a partir desses novos brotos não são produtivos. Durante o processo infeccioso, as plantas perdem todas as suas folhas e as novas brotações caem, permanecendo apenas o caule enegrecido. Seccionando longitudinalmente caules e raízes, observa-se a descoloração dos feixes vasculares; o lume dos vasos é obstruído pela formação de tiloses. Condições como solos com alto teor de areia, baixo pH, fertilidade desequilibrada, temperaturas entre 25°C e 32°C e alta umidade favorecem a doença.
 	O fungo pode sobreviver no solo por muito tempo na forma de estruturas de resistência (clamidósporos). A dispersão do patógeno em curtas distâncias é favorecida pelo movimento de partículas de solo contaminado, principalmente por meio de máquinas agrícolas, pelo vento e pela água; em longas distâncias a dispersão ocorre principalmente por meio de sementes contaminadas. 
Controle: Princípio da exclusão, evitando-se a introdução do patógeno em áreas isentas. Nestes casos, a utilização de sementes livres do patógeno, assim como o tratamento de sementes com fungicidas é fundamental. O tratamento de sementes deve ser realizado com produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento - MAPA. Outra tática importante no manejo dessa doença é a rotação de culturas.
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Murchas por Verticillium
Berinjela – Verticillium albo-atrum
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Murcha-de-Verticilium do tomateiro - Verticillium dahliae
Sintoma inicial desta doença é a murcha suave e parcial da planta nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se amareladas e necrosadas nas bordas, em forma de "V" invertido. Frutos ficam pequenos e mal formados. Na região do colo do caule, verifica-se leve necrose vascular, não tão intensa quanto a causada por F. oxysporum f. sp. lycopersici. O fungo é bem adaptado a regiões de solos neutros ou alcalinos e com temperaturas amenas (20 a 24 °C). No entanto, já foi relatada sua ocorrência no Estado de Pernambuco, onde as temperaturas médias são comumente elevadas. O fungo sobrevive no solo por mais de oito anos por meio de microescleródios e infecta mais de 200 hospedeiras. Como medidas de manejo, recomenda-se plantar cultivares resistentes e fazer rotação da cultura com gramíneas.
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Mildios
O míldio é uma doença causada por fungos da família peronosporaceae formando uma camada pulverulenta semelhante à farinha. As hifas do míldio desenvolvem-se entre as células das folhas, flores e frutos, onde formam um micélio mais ou menos denso.
Só os haustórios penetram no interior das células onde se nutrem. A forma assexuada forma zoosporângios e zoosporos e a forma sexuada destes fungos forma oosporos. O míldio propaga-se rapidamente com o tempo úmido, causando grandes prejuízos. No princípio do Outono inicia-se a reprodução sexuada; formam-se os órgãos sexuais (oogonios e anterídios), esféricos e com apêndices sinuosos. 
Gêneros: Peronospora, Plasmopara, Sclerospora
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