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U N O PA R M ETO D O LO G IA D O EN SIN O D O FU TSA L E FU TEB O L Metodologia do ensino do futsal e futebol UNIDADE 3 Unidade 3 SISTEMA DE JOGOS Os sistemas de jogos no futebol são pontos de estudo importantes para aqueles que pretendem entender uma partida de futebol, trabalhar com o futebol ou praticá-lo. Uma das questões primordiais deste esporte é entender como ocorre a organização dos jogadores e de que maneira eles poderão adequar sua organização em decorrência de uma estratégia elaborada no confronto com outra equipe. Seção 1 | Sistemas de jogos no futebol Objetivos de aprendizagem: Nesta unidade, os objetivos de aprendizagem se destinam a conhecer as distintas possibilidades de trabalho a partir do arcabouço de possibilidades que os sistemas de jogos fornecem. Entender, tanto no futebol, quanto no futsal, as particularidades de cada sistema de jogo e as movimentações que os sistemas proporcionam é condição para entender a modalidade esportiva de uma maneira mais plena. É primordial entender os sistemas a partir de uma perspectiva de que as modalidades esportivas evoluíram e, com elas, os sistemas evoluíram também. Tiago Tristão Artero Os sistemas de jogos no futsal, diferente do futebol, envolvem uma outra dinâmica devido às suas características. Da mesma forma que o futebol, o futsal conta com possíveis organizações dos jogadores e posicionamentos decorrentes de seus sistemas de jogos. Isto poderá Seção 2 | Sistemas de jogos no futsal determinar o sucesso ou fracasso de uma equipe, portanto, conhecer os sistemas de jogo no futsal e saber planejar o desempenho de uma equipe a partir deles é uma função bastante relevante para o professor ou técnico. Sistema de jogos U3 83 Introdução à unidade Entender o que é um sistema de jogo ou, ainda, o que são sistemas de jogos permite ao professor, ao técnico e até mesmo ao praticante de futebol – esteja ele na condição de aluno ou na condição de atleta – entender o que ocorre não somente durante uma partida, mas também na preparação que antecede o jogo ou o torneio. Logo, é fundamental conhecer as possibilidades do trabalho coletivo e entender a movimentação inserida em uma estratégia que vai de uma visão que se estende do micro (no caso do jogador) ao macro (no da equipe como um todo e na interação entre uma equipe com a outra que a desafia). Outro ponto importante a ser considerado acerca dos sistemas de jogos é a necessidade de diferenciações e interações entre sistema, esquema, estratégia, entre outros termos que estão relacionados, mas que não possuem o mesmo significado. Por isso, é preciso compreender a extensão deste tema para que seja realizado um trabalho consciente, que parte de uma visão de desenvolvimento humano, podendo estender-se a uma prática recreativa ou competitiva. Sistema de jogos U3 84 Sistema de jogos U3 85 Seção 1 Sistemas de jogos no futebol Introdução à seção Nesta seção, você conhecerá os aspectos relativos aos sistemas de jogos, as possíveis movimentações decorrentes de cada sistema de jogo no futebol. Neste contexto está incluído a necessidade de estudarmos elementos que se relacionam com os sistemas, no que diz respeito ao esquema de jogo e à estratégia traçada para desempenho da equipe. Realizar uma observação sobre estes termos e os aspectos que auxiliam a aplicação correta no planejamento de um jogo é imprescindível tanto para o desenvolvimento dos jogadores quanto para o sucesso do trabalho em equipe. Desta forma, estudar esta seção e a bibliografia relacionada permite a realização de um trabalho consciente no papel de praticante, professor ou técnico. Para saber mais sobre os assuntos tratados nesta seção é importante ler a obra Sistemas e táticas para o futebol1 , pois retrata por meio de explicações e de ilustrações as possíveis formas de trabalhar com os sistemas de jogo, em diferentes contextos surgidos em uma partida. 1MELO, Rogério Silva. Sistemas e táticas para o futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1999. 2Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f3U_62nUKJU>. Acesso em: 27 fev. 2016 (11min28seg). Ainda sobre os assuntos tratados, há também uma entrevista2, em que João Batista Freire, referência na Educação Física, inclui questões a serem refletidas em seus aspectos educativos e políticos. A entrevista permite refletir acerca da função do trabalho do professor, para que nenhum dos conceitos trabalhados, como os sistemas de jogos, estratégias e esquemas, percam-se nos seus significados, que sejam parte de um contexto social e educativo. Sistema de jogos U3 86 Quando uma equipe busca realizar uma partida desafiando outra determinada equipe, muito se diz em termos desencontrados a respeito de tática, estratégia e sistema de jogo. Apesar destas palavras parecerem similares em seu significado, confundindo expectadores, jogadores e até mesmo os que estão à frente da coordenação técnica de uma equipe de futebol, é imprescindível entender as diferenças para que as táticas e os sistemas possam ser aplicados corretamente em um contexto estratégico. Sobre este assunto, Mantovani e Frisselli (1999) orienta que sistema de jogo refere-se à maneira pela qual os componentes de uma equipe estão distribuídos no espaço destinado à prática do esporte. A partir desta organização, papéis diferentes, ou seja, funções distintas serão destinadas a cada jogador. Esta definição difere da movimentação escolhida para a equipe desempenhar sua tática de maneira adequada, indo ao encontro de uma superação da equipe adversária via estratégia definida antes e/ou durante um jogo (MANTOVANI; FRISSELLI, 1999). Sobre a estratégia, Capinussú e Reis (2004) exemplificam a possibilidade de realizar uma preparação nas dimensões emocionais, táticas, físicas e dos fundamentos técnicos. O treinamento que será realizado com a equipe, de acordo com Capinussú e Reis (2004), necessita ser destinado à aplicação do que está sendo treinado em um contexto de jogo, buscando-se evitar um treinamento mecânico. Desta forma, Capinussú e Reis (2004) indicam a existência do treinamento ‘físico’, ‘técnico’ e ‘tático’. Desenvolver as qualidades físicas, melhorar a precisão nos fundamentos do futebol ou futsal e treinar jogadas (e esquemas) são indicações para os treinamentos citados, respectivamente (CAPINUSSÚ; REIS, 2004). Os esquemas a serem treinados referem-se, segundo Capinussú e Reis (2004), às manobras táticas que serão realizadas pelo time. Frisselli e Mantovani (1999) indicam que para conhecer os sistemas de jogos é preciso entender o que são esquemas, táticas e estratégias. Há outros fatores que influenciam na escolha do sistema de jogo e na organização da equipe em campo ou em quadra, de uma forma geral, como saber quem são os espectadores da partida, se há imprensa e entender as possíveis influências destes nos jogadores (FRISSELLI; MANTOVANI, 1999). É necessário conhecer o clima da região e o horário em que irá acontecer a partida, minimizando as influências negativas que as questões meteorológicas poderão exercer na equipe e no seu desempenho, que podem impactar nos aspectos táticos e técnicos. É preciso conhecer, também, o grau de importância dada pelos jogadores à partida – pois, neste caso, a equipe tende a jogar com maior cautela – e as dimensões do campo ou da quadra em que ocorrerá a partida, bem como as condições do gramado ou do piso da quadra, pois esses fatores e os citados anteriormente, podem prejudicar a movimentação e a estratégia do time. Saber das condições físicas do jogadores também é importante, dado que elementos como lesões, maior ou menor potência no chute, maior ou menor condicionamento físico são fatores que podem exigir uma reestruturação da tática de jogo. Em relação às condiçõesfísicas, estas podem ser observadas tanto em relação aos jogadores da equipe quanto em relação à equipe adversária (FRISSELLI; MANTOVANI, 1999). Sistema de jogos U3 87 É certo que, com o passar do tempo, a prática do futebol, taticamente, evoluiu. Inclusive o número de jogadores dos jogos que deram base ao futebol diminuiu. Com o passar do tempo, no século XVII, é possível observar que dezessete jogadores podiam ser utilizados na linha (em jogos antigos como o epyskiros, na Grécia, século I a.C.), distribuídos da seguinte forma: três na defesa, quatro próximo ao meio de campo, cinco mais avançados e mais cinco adiantados, em um jogo (MANTOVANI; FRISSELLI, 1999). A Figura 3.1, encontrada em Melo (1999), ilustra bem a organização dos jogadores em campo, no século XIX. Quando há um norteamento sobre a posição dos jogadores, é importante lembrar que a organização não é estática, irá variar conforme o desenvolvimento do jogo, tanto em sua estrutura quanto nas possibilidades de reorganização da equipe para encontrar um caminho mais viável rumo a um melhor desempenho, orienta Mantovani e Frisselli (1999). A confusão que se faz em relação à tática e sistema de jogo ficam melhor esclarecidos quando percebemos que na Figura 3.1 há uma ilustração do sistema de jogo, enquanto que a movimentação específica e a adequação da forma de jogar referem-se às possíveis táticas a serem aplicadas durante um jogo, de acordo com o que a outra equipe apresentar de movimentação e, consequentemente, de esquema de jogo (BANGSBO; PEITERSEN, 2000). O que Melo (1999) reforça é que o sistema, mesmo sendo composto por todos os praticantes de uma equipe, incluindo neste entorno um aspecto de complexidade, deverá ter certa constância, para que a equipe saiba em quais posições os possíveis atletas se encontrarão, necessitando de um elemento tático Figura 3.1 | Sistema com 18 jogadores Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 88 diferente de acordo com a equipe desafiante. Em termos práticos, significa dizer que a tática são ações ofensivas e defensivas realizadas em decorrência das ações do adversário, no transcorrer de uma partida (MANTOVANI; FRISELLI, 1999). Atualmente, o sistema é formado por onze jogadores, número que já era utilizado pelas equipes inglesas, desde a criação do futebol, no século XIX, mesmo que sem muitas regras definidas. A organização dos jogos que deram base à formação do futebol (que estava em construção), como observado na Figura 3.2 chegava a ter um jogador na defesa, um jogador no meio do campo e oito jogadores posicionados em uma região mais avançada do campo, conforme Melo (1999) informa. No contexto individual, mesmo que haja uma programação previamente definida, Drubscky (2003) alerta que há elementos individuais a serem considerados, como os estilos de jogo. Em relação a essa consideração, embora uma equipe possua uma tática e um sistema de jogo, os jogadores que desempenham os papéis durante uma partida sempre estão realizando ações individuais e coletivas durante um jogo. Individualmente, seu estilo interfere no coletivo e coletivamente as ações da equipe vão interferir em sua ação individual. Melo (1999), na Figura 3.3, aponta uma distribuição de praticantes utilizada por jogadores da Escócia, no século XIX, em que, mesmo com um número bastante expressivo de atacantes, já haviam alguns homens menos adiantados auxiliando a equipe a não sofrer reveses durante a partida, como pode ser visto a seguir. Figura 3.2 | Sistema com 11 jogadores, eminentemente na região do ataque Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 89 Racionalmente, o técnico poderá realizar de maneira adequada uma partida equilibrando o número de componentes em cada um dos espaços do campo (MELO, 1999). Certamente, o técnico deverá considerar os talentos individuais, a capacidade de cada jogador, o papel de cada um na interação com o coletivo para construir um sistema e delinear uma organização dos componentes em campo (LUXBACHER, 1996). Figura 3.3 | Sistema com 11 jogadores, 2-2-6. Figura 3.4 | Sistema com 11 jogadores, 2-3-5 Fonte: Melo (1999). Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 90 Como é possível notar na Figura 3.4, um equilíbrio estava sendo alcançado entre jogadores ofensivos e defensivos, principalmente quando o componente “impedimento” entrou em vigor (em 1963), fazendo com que um número excessivo de atacantes fosse inexpressivo caso estivessem em condição de impedimento. A partir desta regra, os jogadores ofensivos exerciam uma função de avançar e recuar, esquivando-se da condição de impedimento, como orientam Mantovani e Friselli (1999). Um fator que gerou impactos nas mudanças nos sistemas de jogo e nas táticas a serem utilizadas pelas equipes foi a presença de quatro jogadores no meio de campo (conhecido como WM, em 1925), como pode ser visto na Figura 3.5 (MELO, 1999). A partir daí, foi sentida a necessidade de realizar um tipo de marcação não mais por zonas, mas individual, devido a um melhor equilíbrio encontrado na organização da equipe (MANTOVANI; FRISSELLI, 1999). Neste sistema, taticamente, os jogadores que atuavam próximo à linha lateral poderiam armar uma jogada para os atacantes, movimentando-se de uma maneira mais eficiente. A marcação individual significou uma mudança que interferia tanto no sistema de jogo quanto na tática e na estratégia delineada para uma equipe. Esta tática pode ser compreendida a partir de uma ótica referenciada por Frisselli e Mantovani (1999), em que o jogo ofensivo e o jogo defensivo acontecem visando obter vantagem em relação à equipe adversária, em ambos os aspectos. Figura 3.5 | Sistema com 11 jogadores, 3-4-3 Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 91 Ao utilizar uma técnica específica ou considerar um jogador, em suas habilidades, perceber se ele se movimentará em determinada zona contribuirá para a organização da equipe e a tática a ser empregada. Mantovani e Frisselli (1999) orientam que, no sistema ilustrado na Figura 3.6, poderá ocorrer enfatizando-se a defesa ou o ataque, dentro do mesmo sistema, a partir da movimentação dos jogadores do meio de campo. Esse tipo de raciocínio sugere que, com um mesmo tipo de organização dos jogadores em campo, ou seja, em um mesmo sistema, a movimentação dos componentes da equipe será delineada a partir de um objetivo maior, seja ele de caráter defensivo ou ofensivo, considerando-se as condições do jogo e da equipe adversária. A tática em si, de acordo com Frisselli e Mantovani (1999), poderá ser classificada em relação a seus aspectos de ataque e de defesa, ou seja, uma indicada à defesa e outra indicada ao ataque. Quando a equipe está movimentando-se com a bola, seria utilizada a tática ofensiva, caso a perca, a tática de defesa entra em ação. Outros autores classificam a tática, não somente como prática, ou seja, no momento da partida, mas como todo o contexto de preparação e de treinamento no decorrer do tempo entre partidas (BAUER, 1993). Certamente, além desta classificação, o mesmo autor ainda considera que, para resolver uma situação de ordem prática ou emocional, novos direcionamentos poderão ser tomados no momento de execução da própria partida. Uma formação bastante utilizada pelas equipes brasileiras, principalmente na década de 1950, foi o ataque com quatro componentes, a defesa com quatro componentes e o meio de campo com dois, que pode ser visto na Figura 3.6 (MELO, 1999). Figura 3.6 | Sistema com 11 jogadores, 4-2-4 Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 92 Uma evolução em relação ao esquema representado na Figura 3.6 foi a organização a partir de um equilíbrio numérico entre meio de campo e ataque, constituindo-se de três componentes em cada zona, utilizado significativamente na década de 1960 e observadona Figura 3.7 (MELO, 1999). Já na década de 1980, Melo (1999) destaca que, ao modificar a localização de possíveis atacantes para auxiliar no meio de campo, reduziu-se o número de jogadores que, ofensivamente, desempenhavam a função exclusiva de ação no ataque, aumentando de maneira significativa o número de componentes no meio de campo e reduzindo-se pela metade o número de jogadores que, normalmente, jogavam de maneira avançada. Então, não somente na década de 1980, mas também, na década de 90, muitas equipes foram exitosas em promover seus jogos a partir deste esquema eficiente para a época, como sugere a Figura 3.8, a seguir (MELO, 1999). As possíveis variações do 4-4-2 referem-se ao 4-4-2 losango e 4-4-2 inglês. Forma um losango porque um ‘meia’ joga recuado e o outro avançado, e entre eles há os dois ‘volantes’, o que forma a figura de um losango, diferentemente do 4-4-2 inglês, que tradicionalmente forma duas linhas de quatro jogadores (MELO, 1999). Figura 3.7 | Sistema com 11 jogadores, 4-3-3 Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 93 De maneira coletiva, um sistema de jogo refere-se a um objetivo em comum entre componentes de uma equipe, mesmo que para isso as ações individuais estejam condicionadas dentro de um norteamento designado e possivelmente modificável, conforme as necessidades surgidas (RIPOLL, 1979). Isto significa que determinado jogador – mesmo que tenha talentos e capacidades individuais ou, até mesmo, limitações permanentes ou pontuais – está amparado por uma equipe, de caráter coletivo e com um objetivo maior, em comum entre todos os componentes do time – fator que auxilia ou limita o praticante, conforme as características individuais e/ou coletivas. Os sistemas continuaram evoluindo e, em Melo (1999), é possível observar a valorização do meio de campo, em uma organização com cinco jogadores nesta zona (Figura 3.9), e, de uma forma ainda mais impactante (em relação aos esquemas do início do século XX), o sistema de jogo com somente um atacante, como pode ser visto na Figura 3.10, demonstrada por Melo (1999) – não significando que um jogador iria atuar sozinho no ataque, mas que o meio de campo faria uma intensa movimentação para auxiliar no ataque e manter a função principal de controle de jogo na zona à qual se destina. Uma variação do 3-5-2 é a formação do 5-3-2, sendo utilizado como uma forma de melhorar a característica defensiva do sistema (MELO, 1999). Figura 3.8 | Sistema com 11 jogadores, 4-4-2 Fonte: Melo (1999). Sistema de jogos U3 94 Figura 3.9 | Sistema com 11 jogadores, 3-5-2 Figura 3.10 | Sistema com 11 jogadores, 4-5-1 Fonte: Melo (1999). Fonte: Melo (1999). A respeito da figura 3.10 (MELO, 1999), utilizada na década de 90, referente à organização com somente um atacante, este sistema foi utilizado pela seleção norueguesa, dando-se ênfase à característica defensiva de uma equipe que, não tomando gols (ou dificultando a aproximação da equipe adversária de seu gol), teria grandes chances de não ser derrotada (mesmo que para isso a função ofensiva pudesse ficar, de alguma maneira, sem uma ênfase que levasse o time ou seleção à obtenção de gols marcados). Sistema de jogos U3 95 É certo que, de acordo com a organização dos jogadores escolhida pela equipe técnica, bem como a tática e a estratégia, o domínio de uma disputa será imposto por determinada equipe. É de comum aceitação que o que um time deseja é impor seu jogo e sua estratégia como superiores aos da equipe desafiante. Neste formato, considerando-se a evolução do futebol e da organização técnica, o uso de jogadores com múltiplas funções é imprescindível (KACANL, 1982). Assim, as concepções antigas de futebol e a organização, outrora utilizadas, hoje caem como obsoletas, visto que o objetivo de manter o equilíbrio do time e desfazer o equilíbrio da equipe desafiante é consenso no futebol moderno, de acordo com a visão de Bacconi e Marella (1995). • O que é um sistema de jogo? • O que pode influenciar na escolha de um sistema de jogo? • No decorrer da evolução do futebol, de que forma os sistemas de jogos foram evoluindo? 1. Em relação à sistema, técnica, estratégia e esquema: a) Possuem o mesmo significado, dado que todos referem-se à distribuição dos jogadores no campo. b) Não possuem nenhuma relação com as três zonas utilizadas para dividir o espaço do campo no futebol. c) São conceitos diferentes, embora estejam interligados e pareçam similares. d) São palavras que possuem bastante significado para o técnico, mas não dizem respeito à compreensão dos praticantes. Sistema de jogos U3 96 2. Marque a alternativa correta em relação aos fundamentos do esporte: I. O sistema de jogo refere-se à distribuição dos jogadores nas três zonas, geralmente utilizadas, sejam elas, defesa, meio de campo e ataque. II. A estratégia é sempre individual, não havendo motivo para que possa haver uma estratégia coletiva. III. A estratégia é sempre coletiva, não havendo motivo para que aconteça um direcionamento de estratégias individuais que interajam com as ações coletivas de uma equipe. IV. A tática escolhida no desempenho de uma equipe, certamente depende da distribuição dos jogadores em campo, ou seja, do sistema de jogo. São corretas: a) A alternativa I. b) As alternativas I e IV. c) Nenhuma das alternativas. d) Todas as alternativas Sistema de jogos U3 97 Seção 2 Sistemas de jogos no futsal Introdução à seção Nesta seção você poderá entender de que forma os sistemas de jogo no futsal serão aplicados e as táticas presentes no futsal. Poderá entender a importância da movimentação dos jogadores, tanto para o desenvolvimento dos jogadores quanto para a melhora dos aspectos coletivos exigidos no futsal. Há uma entrevista3, em que Juca Kfouri conversa com o professor Manuel Sergio, referência na área futebolística via livros e pesquisas, aliando um caráter filosófico ao desenvolvimento do esporte e dos jogadores (inserindo questões motoras importantes a serem consideradas). Toda a entrevista poderá ser assistida, clicando-se na continuação do programa. Na obra O modelo estratégico-tático do jogo de futsal na ótica de técnicos de sucesso e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem-treinamento de jogadores jovens4, de Santana (2006), é possível ter contato com o ensino do futsal a partir de elementos estratégicos e táticos e entender que esses elementos influenciam nos sistemas de jogos do futsal. 3Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=88o2SqMTKKc>. Acesso em: 27 fev. 2016 (9min49seg). 4SANTANA, W. C. O modelo estratégico-tático do jogo de futsal na ótica de técnicos de sucesso e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem-treinamento de jogadores jovens. 2006. Sistema de jogos U3 98 A evolução do futebol deve bastante à evolução das ciências do desporto que, seguindo princípios de Garganta (1997), propõem uma indissociabilidade entre aquilo que se realiza durante os dias ou semanas que antecedem a preparação de uma partida e o jogo em si (o campeonato, copa ou torneio). E, principalmente, nos dias de preparação que antecedem à partida será possível ao jogador adaptar-se ao que se espera dele durante o jogo (GARGANTA, 1997). Dissociar a preparação da prática competitiva, ou seja, o treinamento da partida, em si, significa diminuir a eficácia e a relação entre estes dois fenômenos. Portanto, para que sejam eficazes, é preciso que sejam indivisíveis, guardadas as devidas características de cada etapa. Além do exposto, a soma de características da equipe desafiante ou desafiada fará com que sejam distintos os momentos de jogo com uma equipe x ou uma equipe y. A forma como acontecerá determinada partida depende desta relação, de acordo com orientaçãode Gréhaigne (1989). Ao iniciar a prática esportiva, a depender da técnica empregada pelo professor ou técnico, o ensino será diretivo ou ocorrerá de maneira a propiciar uma prática mais autônoma ao aluno ou atleta praticante do futebol. É nesse sentido que a possibilidade de desenvolver a criatividade e a capacidade de reagir a situações inesperadas vai ao encontro da melhora cognitiva que Tiegel e Greco (1998) defendem. O aprimoramento dos elementos necessários a um bom desempenho do futebol dependeriam, de acordo com esta visão, de uma otimização da cognição a partir de estímulos corretos. No aspecto educativo, é possível perceber que um bom trabalho na modalidade do futebol e do futsal, ou em suas práticas pré-desportivas, poderá propiciar um desenvolvimento da aprendizagem em aspectos diversos, devido, entre tantas possibilidades que estas modalidades propiciam, à complexidade de movimentos e à dinamicidade desta modalidade. Desta forma, a autonomia citada pelos autores, se bem conduzida, poderá ser alcançada como resultado de melhora e de desenvolvimento humano adequado. Encontrar uma forma de desenvolver habilidades por meio do futebol passa pelo aprimoramento técnico que, por si só, já exige um raciocínio estratégico importante para o desenvolvimento do cérebro, pois, ao utilizar os componentes anatômicos e fisiológicos decorrentes da movimentação corporal exigida pelo futebol e pelo futsal, há elementos neurológicos sendo constante e ininterruptamente solicitados, de acordo com Castro (1994). A estratégia poderá ser observada não apenas como algo relacionado à organização de uma equipe, mas também como elemento individual. A estratégia de uma equipe dependerá, certamente, da estratégia individual e da percepção do jogador (GARGANTA, 1997). Garganta (1997) ainda cita a importância, em um nível estratégico, de o jogador poder perceber sua tomada de decisão e de informações, dando ênfase à melhora da própria percepção. O alcance do futebol e do futsal é potencializado quando uma partida é transmitida por algum meio de comunicação e a estratégia de uma equipe é explicitada, fazendo Sistema de jogos U3 99 com que os expectadores sintam-se envolvidos no processo de organização do time pelo qual estão torcendo (COELHO, 2003). O que ocorre é que, no momento em que uma emissora está transmitindo determinada partida, ou nos instantes que a antecedem, a geração de uma expectativa pode ser realizada, analisando-se qual a tática e qual o sistema de jogo serão empregados coletiva ou individualmente, buscando, dessa forma, promover o jogo. Neste sentido, Camargo (1998) orienta aos que trabalham com o futebol, realizando a função de comentarista e analista, entenderem estes termos, devido à importância dos meios de comunicação na promoção do futebol, como um todo, e de uma partida, em específico. Para que se compreenda a influência dos meios de comunicação nos esportes, algumas modalidades tiveram que adaptar sua estratégia aos moldes comerciais televisivos, para que ficassem em um formato possível de ser transmitido e proporcionassem ao expectadores o máximo de emoção durante uma partida – questão bastante recorrente no esporte, nas últimas décadas, segundo Tubino (1992). Um bom profissional do jornalismo, portanto, é aquele capaz de conhecer os princípios técnicos e táticos empregados por uma equipe, para que, ao entrevistar um jogador ou um técnico de um time, possa abordar a contento os aspectos ocorridos na partida e de organização da equipe, fazendo com que, de acordo com Coelho (2003), torne-se importante esta compreensão das questões estratégicas do futebol por parte de quem trabalha com o esporte, mas não é, em sua formação, da área esportiva. Desta forma, as atividades desenvolvidas pelo profissional de Educação Física poderão propiciar a tomada de atitudes inteligentes e, para que uma partida efetive- se de forma ordenada – em um contexto em que o praticante perceba sua própria participação no âmbito coletivo –, é primordial o uso de uma estratégia que permita determinar tanto o movimento do participante durante a partida quanto sua localização principal em campo (BANGSBO; PEITERSEN, 2000). A partir desta interação entre o indivíduo e o grupo, a ação individual partirá de uma tática que terá como prioridade não só a ação de cada jogador, mas também uma tática que se referirá a todo o coletivo no momento do jogo, visando superar a outra equipe e inibir suas tentativas de aproximação do gol defensivo (FRISELLI; MANTOVANI, 1999). A melhora dos praticantes individualmente e de todo o grupo que pratica (como um grupo de alunos, no contexto escolar ou uma equipe de treinamento) dependerá da aplicação das capacidades citadas anteriormente inseridas em sistemas de jogo e táticas definidas. Para compreender e executar as questões táticas, no futsal, é fundamental que o jogador saiba realizar todas as funções (VOSER; GIUSTI, 2002). Sistema de jogos U3 100 Figura 3.11 | Posicionamento 3:1 Figura 3.12 | Sistema 2:2. Posicionamento básico Figura 3.13 | Sistema 2:2. Posicionamento em retângulo Figura 3.14 | Sistema 2:2. Posicionamento em ‘y’ Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). No sistema 3:1, como pode ser visto na Figura 3.11, há um jogador fixo pelo meio, um ala esquerda e um ala direita, e à frente há um pivô. O sistema 2:2, visto na Figura 3.12, é um dos primeiros sistemas a surgirem no futsal (em torno de 1950). É considerado de fácil aplicação no contexto escolar, devido ao seu equilíbrio entre defesa e ataque (VOSER; GIUSTI, 2002). Nas suas variações, podem ser citados o posicionamento em retângulo (Figura 3.13), posicionamento em “y” (Figura 3.14) e posicionamento em “L” (Figura 3.15), de acordo com Voser e Giusti (2002). Sistema de jogos U3 101 Figura 3.16 | Sistema 2:2 em situação de ataque e defesa. Figura 3.15 | Sistema 2:2. Posicionamento em “L” Figura 3.17 | Sistema 2:1:1 Figura 3.18 | Sistema 1:2:1 Fonte: Voser; Giusti (2002).Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Segundo Voser e Giusti (2002), uma movimentação a ser destacada no sistema 2:2 é a decorrente de situação de ataque e defesa (vista na Figura 3.16). O sistema 2:1:1, visto na Figura 3.17, retrata dois jogadores na defesa auxiliando na armação, outro em uma posição centralizada da quadra, como armador, e um no ataque. Uma variação do sistema 2:1:1 é quando o jogador do meio da quadra recua, de acordo com a necessidade do jogo, fazendo com que o sistema se torne 3:1 (VOSER; GIUSTI, 2002). A Figura 3.18 mostra a possibilidade de utilizar um jogador fixo que realiza funções basicamente defensivas (VOSER; GIUSTI, 2002). A Figura 3.19 demonstra o sistema 3:1 com pivô que, segundo Voser e Giusti (2002), é um dos mais utilizados atualmente e exige um bom condicionamento físico, por ser de grande movimentação. Ainda no sistema 3:1, pode ser visto, na Figura 3.20, a tática de rodízio; na Figura 3.2, a tática de rodízio de três por trás; na Figura 3.22, a tática de rodízio de quatro pelas alas; na figura 3.23, a tática de rodízio de quatro pelo meio; e, na Sistema de jogos U3 102 Figura 3.24, pode ser visto o sistema 3:1 com tática de rodízio de quatro pelas alas em diagonal (VOSER; GIUSTI, 2002). Figura 3.19 | Sistema 3:1 com pivô Figura 3.23 | Sistema 3:1 com tática de rodízio de quatro pelo meio Figura 3.21 | Sistema 3:1 com tática de rodízio de três por trás Figura 3.20 | Sistema 3:1 com a tática de rodízio Figura 3.24 | Sistema 3:1 com tática de rodízio de quatro pelas alas em diagonal Figura 3.22 | Sistema 3:1 com tática de rodízio de quatro pelas alas Fonte: Voser; Giusti (2002).Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Sistema de jogos U3 103 O sistema exposto nas Figuras 3.26 e 3.27 é considerado por Voser e Giusti (2002) como de grande risco, pois, geralmente, o goleiro auxilia no ataque. passes entre dois jogadores e um deslocamento para frente e para trás com vistas a encontrar um espaço vazio e receber novamente a bola. O sistema exposto na Figura 3.25 é considerado por Voser e Giusti (2002) como uma inovação, pois os componentes da equipe não assumem posição fixa, no entanto, exige movimentação de difícil execução. Voser e Giusti (2002) citam três principais formas de realizar movimentações no futsal. A Figura 3.28 mostra a movimentação paralela, em que um componente sairá da defesa paralelamente à linha lateral da quadra até chegar ao ataque. Já a Figura 3.29 retrata a saída do jogador da defesa ao ataque em uma movimentação diagonal; e, por fim, na Figura 3.30, é possível observar a movimentação em vai-e-vem, fruto de Figura 3.26 | Sistema 1:3 em linha Figura 3.28 | Movimentação paralela Figura 3.27 | Sistema 1:3 em coluna Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). Figura 3.25 | Sistema 4:0 em linha Fonte: Voser; Giusti (2002). Sistema de jogos U3 104 Figura 3.29 | Movimentação diagonal Figura 3.30 | Movimentação vai-e-vem Fonte: Voser; Giusti (2002). Fonte: Voser; Giusti (2002). • De que forma a prática do futebol pode auxiliar no desenvolvimento cognitivo de um indivíduo? • Até que ponto a mídia e os meios de comunicação, em geral, influenciam taticamente o futebol? • Onde se inicia e onde termina a função de um jogador em seus aspectos individuais e coletivos, quando a estratégia de jogo e os sistemas são considerados? 1. A respeito do sistema 1:3 do futsal, assinale a alternativa incorreta: a) Este sistema poderá ser trabalhado a partir de funções bem definidas para cada jogador em quadra, de maneira que haja a especialização de um jogador para cada função. b) Neste sistema é possível a utilização do pivô. c) O sistema 3:1 é um dos mais usados atualmente e exige um bom condicionamento físico. Sistema de jogos U3 105 2. No futsal há algumas movimentações possíveis de serem realizadas, citadas por Voser e Giusti (2002). Assinale a alternativa correta: a) Na movimentação paralela, um componente sairá da defesa paralelamente à linha de fundo para marcar receber a bola e marcar o gol. b) Na movimentação diagonal, é preciso que o jogador esteja no ataque para realizar esta movimentação. c) A movimentação em vai-e-vem, fruto de passes entre dois jogadores e um deslocamento para frente e para trás com vistas a encontrar um espaço vazio e receber novamente a bola. d) Na movimentação paralela, um componente sairá do ataque paralelamente à linha lateral para realizar uma marcação e evitar o gol do adversário. e) A movimentação em vai-e-vem ocorre sempre com a posse de bola. d) O sistema 3:1 propicia o uso da tática de rodízio de três por trás e a tática de rodízio de quatro pelas alas, entre outras táticas possíveis de serem aplicadas neste sistema. e) O rodízio de quatro pelas alas permite que seja realizada uma movimentação em diagonal pelos jogadores das alas. Nesta unidade é importante que você tenha notado a importância do papel individual de um praticante de futebol na contribuição das funções coletivas da equipe. É válido que tenha podido observar que o sistema e a estratégia de uma equipe dependerão da movimentação de um jogador e da estratégia executada por ele em interação com todo o time. Perceba, também, que o futebol e o futsal podem ser valiosos aliados no desenvolvimento do indivíduo, seja pelo caráter coletivo da prática, seja pelas Sistema de jogos U3 106 possibilidades individuais de aprendizagem que o futebol, em sua dinamicidade e complexidade, proporciona. Segundo Kunz (2006), as questões técnicas não devem ser predominantes, mas sim a participação de todos e o potencial de cada indivíduo em poder contribuir. Desta forma, é preciso um envolvimento ativo dos alunos e uma intervenção relevante de todos os envolvidos no processo. A culminância das ações planejadas no dia a dia dos alunos deve ser buscada, a fim de que soluções sejam encontradas tanto em relação aos sistemas de jogos escolhidos quanto nas diversas formas de desenvolvimento que o esporte proporciona. É preciso conhecer os sistemas de jogos e as táticas que serão empregadas esquivando-se do conhecimento relativo somente ao “fazer”, principalmente, valorizando-se o “pensar”, pois o futsal não deve ter um fim em si mesmo, segundo Kunz (2006), mas pode servir como um meio de avanços de todo um grupo de alunos. Para concluir a necessária compreensão dos conteúdos desta unidade, tenha claro a diferença dos sistemas de jogo no futebol e no futsal. Perceba, também, o quanto o futebol permite assumir funções e, por outro lado, o quanto o futsal necessita de jogadores que consigam executar funções parecidas entre todos os componentes de uma equipe. Visualize as formas de movimentação possibilitadas pelos sistemas de jogo e como essa movimentação pode se alterar conforme o contexto de jogo modifica-se. Os sistemas e as estratégias adotados definirão de maneira significativa as características ofensivas ou defensivas a partir da adaptação de uma equipe ao tipo de jogo exigido em cada contexto. Conforme os conceitos acerca da evolução dos sistemas de jogos foram evoluindo, as estratégias e os esquemas empregados sofreram modificações. Isto também se deu conforme o conceito de competitividade avançou na prática esportiva do futebol e do futsal. É válido lembrar, também, que o fato de uma equipe escolher um sistema de jogo de caráter ofensivo ou defensivo dependerá da interação com a outra equipe desafiante e, taticamente, é importante saber como isto ocorre. Sistema de jogos U3 107 1. Em relação a sistema, técnica, estratégia e esquema: I. São elementos que podem ser aplicados de maneira educativa e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento cognitivo e motor do aluno ou do atleta praticante de futebol. II. Não possuem nenhuma relação com o desenvolvimento do indivíduo, visto que estes conceitos dizem respeito a um esporte eminentemente competitivo, destinado a poucos. III. Podem ser influenciados pelos meios de comunicação, visto que o formato de uma partida, de um clube conhecido e que necessita gerar lucro, deve adaptar-se às necessidades da mídia, para que seja comercialmente aceitável. IV. Dependem de um bom desenvolvimento da equipe em seus aspectos individuais e coletivos, visto que, mesmo em um sistema ofensivo ou defensivo, a movimentação e a estratégia escolhida poderão ser direcionadas tanto para os jogadores, individualmente, quanto para a equipe como um todo. São corretas: a) A alternativa I. b) As alternativas I, III e IV. c) Nenhuma das alternativas. d) Todas as alternativas. e) As alternativas I e III. 2. Assinale a alternativa correta em relação ao futebol: I. Observado a partir de um olhar de desenvolvimento humano, o futebol, em sua complexidade, pode auxiliar o indivíduo em questões de aprendizagem, se bem conduzido pelo professor e/ou técnico. II. A estratégia exige um aprendizado significativo, pois todo conhecimento praticado é formulado no cérebro e, desta maneira, pode ser colocado em prática a partir de determinada forma de movimentação individual e em equipe. Sistema de jogos U3 108 III. Não serve para auxiliar a área cognitiva do aluno, já que a competição e a cooperação dificilmente geram avanços na área deaprendizagem. IV. A estratégia e o sistema de jogo estão relacionados com a competição, não havendo qualquer ganho cognitivo em relação ao esporte de competição. As corretas são: a) A alternativa I. b) As alternativas I e II. c) Nenhuma das alternativas. d) Todas as alternativas. e) As alternativas II e III. 3. A respeito das movimentações no futebol e no futsal, assinale a alternativa incorreta: a) É possível citar três principais formas de realizar movimentações no futsal: a movimentação paralela, a movimentação diagonal e a movimentação em vai-e-vem. b) O técnico deverá considerar os talentos individuais, a capacidade de cada jogador e o papel de cada um para definir as necessárias movimentações em campo e em quadra. c) Quando se pensa na tática e na movimentação a ser realizada durante uma partida, é preciso considerar elementos individuais, como os estilos de jogo, pois embora uma equipe possua uma tática e um sistema de jogo, os jogadores que desempenham os papéis durante uma partida sempre estão realizando ações individuais e coletivas. d) Quando há um norteamento sobre a posição dos jogadores, é importante lembrar que a organização não é estática, irá variar conforme o desenvolvimento do jogo e a movimentação dos jogadores das duas equipes. e) A movimentação de um jogador e de uma equipe pode ser definida com vistas à vitória de um time, independentemente dos fatores que se desenvolverão durante uma partida. Sistema de jogos U3 109 5. Assinale a alternativa correta em relação ao futebol e ao futsal: a) Sistema não exige uma constância e geralmente é alterado durante uma partida. b) Os elementos táticos possuem pouca relação com a equipe adversária, pois são definidos anteriormente ao jogo, diferentemente do sistema de jogo, que é flexível em cada momento da partida. c) O Sistema é definido pelas ações ofensivas e defensivas realizadas em decorrência das ações do adversário, no transcorrer de uma partida. d) No futebol, o sistema é formado por onze jogadores, número que já era utilizado pelas equipes inglesas, a partir do século XX. e) A Tática é definida pelas ações ofensivas e defensivas realizadas em decorrência das ações do adversário, no transcorrer de uma partida. 4. Em relação aos sistemas de jogo do futebol e do futsal, assinale a alternativa incorreta: a) Escolher um sistema para uma equipe significa organizar o posicionamento dos jogadores na defesa, meio de campo e ataque, por exemplo, distribuindo-os a partir de sistemas como o 4:4:2 ou o 4:3:3. b) Sistema e tática possuem definições similares, uma vez que tática significa a ação ofensiva de um sistema. c) A adequação na forma de jogar refere-se às possíveis táticas a serem aplicadas durante um jogo, diferenciando-se do conceito de sistema que, geralmente, é definido antes da partida. d) Futebol e futsal possuem sistemas de jogos, no entanto os jogadores assumem funções diferentes devido às peculiaridades de cada modalidade. e) No futsal, uma variação do sistema 2:1:1 é quando o jogador do meio da quadra recua, fazendo com que o sistema torne- se 3:1. Sistema de jogos U3 110 Sistema de jogos U3 111 Referências BACCONI, A.; MARELLA, M. Nuovo sistema dianalisi delia partita in tempo reale. 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