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PRÁTICA SIMULADA I CASO 4

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PRÁTICA SIMULADA I - CASO 4 
 
 
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Marta Maranhão,todos residentes e domiciliados 
em Nova Friburgo/RJ, procuraram seu escritório, a fim de que promova medida judicial para 
resguardo de seus interesses, pois seus pais, Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, com 
o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa 
própria, venderam-lhe um de seus imóveis , neste caso, representado por um sítio situado 
na rua Bromélia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de 
R$200.000,00 (duzentos mil reais), através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 
20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no 
Registro de Imóveis competente, sem que os demais filhos se manifestassem sobre o 
referido ato jurídico. Os alienantes e ao adquirente residem na cidade de Nova Friburgo /RJ 
Esclarecem ainda, que não concordam com o mencionada venda, visto que, o valor de 
mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era de R$350.000,00. 
Elaborar a peça processual cabível, para invalidar a venda do imóvel e por consequência 
para resguardar os direitos de seus clientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ________ VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE NOVA FRIBURGO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Joaquim Maranhão, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº e do CPF nº, 
residente e domiciliado na rua, número, bairro, cep, Nova Friburgo/RJ, Antonio Maranhão, 
nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº e do CPF nº, residente e 
domiciliado na rua, número, bairro, cep, Nova Friburgo/RJ, Marta Maranhão, nacionalidade, 
estado civil, profissão, portador do RG nº e do CPF nº, residente e domiciliado na rua, 
número, bairro, cep, Nova Friburgo/RJ, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, por intermédio do seu advogado que a esta subscreve propor a seguinte: 
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO 
 
Em face de Manoel Maranhão, nacionalidade, casado, profissão, portador do RG nº e do 
CPF nº, Florinda Maranhão, nacionalidade, casada, profissão, portador do RG nº e do CPF 
nº ambos residentes e domiciliados na rua, número, bairro, cep, Nova Friburgo e Ricardo 
Maranhão, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº e do CPF nº , residente 
e domiciliado na rua, número, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, pelos fatos e direitos a seguir 
aduzidos. 
 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
Declaram-se juridicamente necessitadas não podendo arcar com as custas processuais 
sem prejuízo do seus próprios sustentos e de suas famílias, pelo que requer o benefício da 
gratuidade de justiça na forma da lei, nos termos do Art 98 seguintes do CPC. 
 
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO 
 
Manifestam interesse favoravelmente a realização da audiência de mediação e conciliação. 
 
 
 
DOS FATOS 
 
Afirmam os Autores que os dois primeiros Réus, sensibilizados pelo fato de que o terceiro 
Réu, não possuía imóvel próprio, com o intuito de ajudá-lo venderam um imóvel de sua 
propriedade pelo valor de R$200,000.00 , conforme comprovado pela escritura de compra e 
venda lavrada no cartório do 4º ofício de Nova Friburgo, devidamente transcrita no registro 
de imóveis competente. Ocorre que, a referida venda, ocorreu sem que os Autores 
manifestassem sobre o negócio jurídico em questão. Insta salientar que o valor de mercado 
do imóvel, à época da venda era de R$350,000.00. 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Conforme Art. 496 do CC é anulável venda de ascendente a descendentes, sem o 
consentimento dos demais 
 
ART 496​ - É anulável a venda de ascendentes a descendentes, 
salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante 
expressamente houverem consentido. 
 
Desde modo, é claro a legislação ao estabelecer como condição de eficácia do negócio 
jurídico o consentimento expresso dos demais, não bastando pois, somente o 
consentimento do cônjuge. Importante dizer que no conceito de ascendente, descendente 
estão enquadrados não somente os herdeiros de primeiro grau, incluindo também os netos, 
nesse sentido o STJ firmou jurisprudência através do julgamento do RESP 93461-SC 
confirmando este entendimento. Assim sendo, vez que não houve consentimento expresso 
por partes dos demais descendentes, deve ser anulado a referida venda do imóvel. 
 
DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA 
 
Frente a verossimilhança das alegações, e presentes os pressupostos do fumus boni iuris 
materializado ausência de consentimento expresso dos demais descendentes e periculum 
in mora, ante o prejuízo que poderá ser causado em caso de alienação do bem pelo 3º Réu, 
é fundamental para efetiva prestação da tutela jurisdicional a antecipação dos efeitos da 
tutela no sentido de oficiar ao cartório competente impedindo futura alienação do bem. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Isto posto requer 
a) Que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça; 
 
b) A Citação dos Réus nos endereços informados para que querendo compareça em 
Audiência de Conciliação e apresente defesa sob pena de revelia e confissão; 
 
c) A Antecipação dos efeitos da tutela, oficiado ao cartório competente, impedindo a 
alienação do referido imóvel; 
d) NO mérito que seja julgado procedente o pedido anulando o negócio jurídico de 
compra e venda do imóvel objeto desta lide; 
 
e) A condenação dos Réus ao pagamento de custas e honorários advocatícios. 
 
DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude do Art. 369 e 
seguintes do CPC; 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se a presente causa o valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais). 
 
 
Termos em que, Pede Deferimento 
Nova Friburgo, 29 de Agosto de 2017 
 
Assinatura do advogado 
Nome do advogado 
OAB/RJ

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