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AO JUIZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO - RIO DE JANEIRO. (Art. 46, parágrafo 4º CPC).
JOAQUIM MARANHÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade n.: xxxxxx, expedida pelo xxxxxx em xxxxxxxxx, inscrito no CPF sob o n.: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, ,(correio eletrônico), residente e domiciliado a xxxxxxxxxxxxxxxx, ANTÔNIO MARANHÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade n.: xxxxxx, expedida pelo xxxxxx em xxxxxxxxx, inscrito no CPF sob o n.: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,(correio eletrônico), residente e domiciliado a xxxxxxxxxxxxxxxx e MARTA MARANHÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade n.: xxxxxx, expedida pelo xxxxxx em xxxxxxxxx, inscrito no CPF sob o n.: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, ,(correio eletrônico), residente e domiciliado a xxxxxxxxxxxxxxxx, (LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO). por seu advogado ao final assinado (mandatos procuratórios em anexo), com escritório na Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, Rio de Janeiro, CEP: xxxxxxxxxxxxxx, onde requer que sejam enviadas futuras intimações, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO. (Procedimento comum art. 318 CPC).
Em face de MANUEL MARANHÃO (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade n.: xxxxxx, expedida pelo xxxxxx em xxxxxxxxx, inscrito no CPF sob o n.: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, ,(correio eletrônico), residente e domiciliado a xxxxxxxxxxxxxxxx, FLORINDA MARANHÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade n.: xxxxxx, expedida pelo xxxxxx em xxxxxxxxx, inscrito no CPF sob o n.: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, (correio eletrônico), residente e domiciliado a xxxxxxxxxxxxxxxx e RICARDO MARANHÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade n.: xxxxxx, expedida pelo xxxxxx em xxxxxxxxx, inscrito no CPF sob o n.: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, (correio eletrônico), residente e domiciliado a xxxxxxxxxxxxxxxx, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir. (LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO NECESSÁRIO). 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O novo Código de Processo Civil dedicou seção própria para tratar especificamente da gratuidade de justiça, de número IV, inserida no Capítulo II, que cuida dos “Dos Deveres das Partes e de seus Procuradores”, a partir da qual foram revogadas diversas disposições da provecta Lei nº 1.060/1950. De acordo com o arts. 98, § 1º, e 99, § 3º, do novo Código de Processo Civil, a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para arcar com as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade de justiça, devendo o pedido ser formulado na petição inicial, presumindo-se verdadeira a alegação de insuficiência feita exclusivamente por pessoa natural (declarações juntadas).
Para a concessão da gratuidade de justiça, além da simples afirmação, na petição inicial de que não se encontra em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, deve a parte requerente produzir prova acerca de sua efetiva situação financeira, trazendo aos autos elementos capazes de evidenciar a sua verdadeira condição de necessidade. Não por outra razão é que a Súmula nº 39 do Egrégio Tribunal de Justiça dispõe ser “facultado ao Juiz exigir que a parte comprove a insuficiência de recursos, para obter concessão do benefício da gratuidade de Justiça (art. 5º, inciso LXXXIV, da CF), visto que a afirmação de pobreza goza apenas de presunção relativa de veracidade”.
No presente caso, os AUTORES, pequenos empreendedores, por conta da pandemia e isolamento social e o impacto da economia, estão à míngua de recursos, mal conseguindo adimplir com as obrigações mínimas para seu sustento e de sua família. 
Por oportuno, o fato do Autor estar sendo assistido por advogado particular não afasta a possibilidade de concessão do benefício. O art. 99, § 4º, do novo CPC é expresso ao afirmar que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão da gratuidade de justiça”. Além disso, a jurisprudência do Tribunal de Justiça, de há muito, consolidou o entendimento, consubstanciado na Súmula nº 40, no sentido de não ser “obrigatória a atuação da Defensoria Pública em favor do beneficiário da gratuidade de justiça, facultada a escolha de advogado particular para representá-lo em juízo, sem a obrigação de firmar declaração de que não cobra honorários”. 
Ademais, os patronos do Autor informam que a assistência jurídica que prestam neste processo é gratuita (pró bono), de modo que não serão cobrados honorários advocatícios contratuais do Autor. Por oportuno, destaca-se que este patrocínio gratuito não exclui a possibilidade de incidência de honorários sucumbenciais.
Pelo exposto, comprovado claramente que os autores não ostentam condições de arcar com as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio, motivo pelo qual requer a concessão do benefício da gratuidade de justiça, na forma dos arts. 98 e seguintes do novo Código de Processo Civil e da Lei nº 1.060/1950. Alia-se ainda aos fatos narrados, o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição.
DA OPÇÃO DOS AUTORES PELA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO. 
 
 Desde já, informam os AUTORES que desejam a marcação de audiência de conciliação ou mediação, tendo em vista que o Novo Código de Ritos tem como essência, a conciliação, primando sempre pela autocomposição como forma mais apropriada de resolução de conflitos. Alia-se a isso, a necessidade de uma pronuncia célere do Tutela do Estado. 
DOS FATOS
Os AUTORES são filhos do 1º e 2º RÉUS, sendo certo ainda que o 1º e o 2º AUTOR são tios do 3º RÉU, sendo a 3ª AUTORA mãe deste último RÉU, consoante documentação comprobatória em anexo.
Ao arrepio da Lei e sem qualquer ciência ou mesmo consentimento dos AUTORES, o 1º e 2º RÉU, alienaram ao 3º RÉU um imóvel representado por um sitio situado na rua Bromelia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 (duzentos mil reais),  através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015,  no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e  devidamente transcrita no Registro  de Imóveis competente.
A alegação, sem qualquer tipo de embasamento, feita pelos 1º e 2º RÉUS é de que o 3º não possui residência, e assim, deveriam auxiliá-lo.
Ressalte-se ainda, preclaro Magistrado, que os AUTORES não concordam com a referida venda, a uma porque o bem tem preço de mercado bem superior ao da negociação, tendo sido avaliado recentemente em R$ 350.000,00(trezentos e cinquenta mil reais) e ainda, que não houve qualquer consulta ou mesmo ciência acerca do negócio jurídico, ora contestado.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
1. DA CARACTERIZAÇÃO DA NECESSIDADE DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO.
No presente caso, à luz, não só da Legislação vigente, bem como da Jurisprudência das Cortes de vértice, encontra-se demonstrada de forma insofismável que o negócio jurídico realizado deve ser anulado. 
Nessa senda, pede vênia para transcrever os artigos abaixo:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Ainda no Código Civil, observa-se:
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Ademais, o STJ adotou o entendimento de que a alienação de bens de ascendente para descendente sem o consentimento dos demais é ato jurídico anulável, cujo reconhecimento demandaria: a iniciativa da parte interessada; a ocorrência do fato jurídico, qual seja, a venda apontada como inválida; a existência de relação de ascendência e descendênciaentre vendedor e comprador; a falta de consentimento de outros descendentes; e a comprovação do objetivo de dissimular doação, ou o pagamento de preço inferior ao valor de mercado.
RECURSO ESPECIAL Nº 725.032 - RS (2005/0024158-0) RELATOR : MINISTRO HÉLIO QUAGLIA BARBOSA RECORRENTE : CARLOS ALVES DUTRA E OUTRO ADVOGADO : WALTER LEMOS LORENZEN E OUTRO RECORRIDO : ADEMAR SILVA ALVES E OUTROS ADVOGADO : JOSÉ JUNIOR SANTOS DIAS E OUTRO EMENTA RECURSO ESPECIAL. CIVIL. VENDA A DESCENDENTE. ART. 1.132 DO CC/1916. ART. 496 DO ATUAL CC. VENDA DE AVÔ A NETO, ESTANDO A MÃE DESTE VIVA. AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO DOS DEMAIS DESCENDENTES. ATO ANULÁVEL. DESNECESSIDADE DE PROVA DE EXISTÊNCIA DE SIMULAÇÃO OU FRAUDE. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. Inexistindo consentimento dos descendentes herdeiros do alienante, é anulável a venda de ascendente a descendente, independentemente do grau de parentesco existente entre vendedor e comprador. 2. In casu, os filhos do alienante estão vivos e não consentiram com a venda do imóvel, por seus pais, a seu sobrinho e respectiva esposa. 3. A anulabilidade da venda independe de prova de simulação ou fraude contra os demais descendentes. 4. Recurso especial não conhecido. 
 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.679.501 - GO (2017/0064600-7) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : MARIA ANTUNES DA SILVA RECORRENTE : JOSE ANTUNES CINTRA ADVOGADO : JOAQUIM LUIZ DA SILVEIRA E OUTRO(S) - GO024356 RECORRIDO : SEBASTIAO VITOR DA SILVA ADVOGADO : ALUÍZIO FERREIRA DA ROCHA E OUTRO(S) - GO012626 INTERES. : ILDA DA SILVA CINTRA INTERES. : ALBERTINO VAZ DE ANDRADE INTERES. : APARECIDA ANTUNES DE ANDRADE INTERES. : ADAONILI MARCOLINO DA SILVA EMENTA DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATOS JURÍDICOS CUMULADA COM CANCELAMENTO DE REGISTRO PÚBLICO. VENDA DE BEM. ASCENDENTE A DESCENDENTE. INTERPOSTA PESSOA. NEGÓCIO JURÍDICO ANULÁVEL. PRAZO DECADENCIAL DE 2 (DOIS) ANOS PARA ANULAR O ATO. 1. Ação declaratória de nulidade de atos jurídicos cumulada com cancelamento de registro público, por meio da qual se objetiva a desconstituição de venda realizada entre ascendente e descendente, sem o consentimento dos demais descendentes, em nítida inobservância ao art. 496 do CC/02. 2. Ação ajuizada em 09/02/2006. Recurso especial concluso ao gabinete em 03/04/2017. Julgamento: CPC/73. 3. O propósito recursal é definir se a venda de ascendente a descendente, por meio de interposta pessoa, é ato jurídico nulo ou anulável, bem como se está fulminada pela decadência a pretensão dos recorridos de desconstituição do referido ato. 4. Nos termos do art. 496 do CC/02, é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 5. O STJ, ao interpretar a norma inserta no artigo 496 do CC/02, perfilhou o entendimento de que a alienação de bens de ascendente a descendente, sem o consentimento dos demais, é ato jurídico anulável, cujo reconhecimento reclama: (i) a iniciativa da parte interessada; (ii) a ocorrência do fato jurídico, qual seja, a venda inquinada de inválida; (iii) a existência de relação de ascendência e descendência entre vendedor e comprador; (iv) a falta de consentimento de outros descendentes; e (v) a comprovação de simulação com o objetivo de dissimular doação ou pagamento de preço inferior ao valor de mercado. Precedentes. 6. Quando ocorrida a venda direta, não pairam dúvidas acerca do prazo Documento: 1920942 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2020 Página 1 de 5 Superior Tribunal de Justiça para pleitear a desconstituição do ato, pois o CC/02 declara expressamente a natureza do vício da venda – qual seja, o de anulabilidade (art. 496) –, bem como o prazo decadencial para providenciar a sua anulação – 2 (dois) anos, a contar da data da conclusão do ato (art. 179). 7. Nas hipóteses de venda direta de ascendente a descendente, a comprovação da simulação é exigida, de forma que, acaso comprovada que a venda tenha sido real, e não simulada para mascarar doação – isto é, evidenciado que o preço foi realmente pago pelo descendente, consentâneo com o valor de mercado do bem objeto da venda, ou que não tenha havido prejuízo à legítima dos demais herdeiros –, a mesma poderá ser mantida. 8. Considerando que a venda por interposta pessoa não é outra coisa que não a tentativa reprovável de contornar-se a exigência da concordância dos demais descendentes e também do cônjuge, para que seja hígida a venda de ascendente a descendente, deverá ela receber o mesmo tratamento conferido à venda direta que se faça sem esta aquiescência. Assim, considerando anulável a venda, será igualmente aplicável o art. 179 do CC/02, que prevê o prazo decadencial de 2 (dois) anos para a anulação do negócio. Inaplicabilidade dos arts. 167, § 1º, I, e 169 do CC/02. 10. Na espécie, é incontroverso nos autos que a venda foi efetivada em 27/02/2003, ao passo que a presente ação somente foi protocolizada em 09/02/2006. Imperioso mostra-se, desta feita, o reconhecimento da ocorrência de decadência, uma vez que, à data de ajuizamento da ação, já decorridos mais de 2 (dois) anos da data da conclusão do negócio. 11. Recurso especial conhecido e provido.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1. - que seja designada audiência de conciliação ou mediação;
 
1. - a citação dos réus para integrarem a relação processual;
1. - a procedência do pedido dos autores para anular o negócio jurídico;
1. – a condenação dos réus aos ônus sucumbenciais.
1. – que seja concedido a gratuidade de justiça aos autores.
DAS PROVAS
Protesta-se pela produção de todas as provas admitidas em lei, na amplitude do art. 369 do novo Código de Processo Civil, especialmente a documental já inclusa, pericial, testemunhal, bem como as de natureza suplementares e supervenientes, a serem especificamente apresentadas e justificadas no momento processual oportuno.
DO VALOR DA CAUSA
 Atribui-se à causa o valor de R$ 200.000,00(duzentos mil reais) (art. 292, II NCPC).
Termos em que.
P. Deferimento.
Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2020.
TÍCIO CAIO MEVIO DAS COUVES
OAB/RJ xxxxxxxxx

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