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DIREITO: ORIGEM, SIGNIFICADO E FUNÇÕES Direito como tecnologia social e a necessidade da resolução de conflitos Direito como mecanismo de limitação do poder ORIGEM DO DIREITO Origens históricas do Direito Antiguidade Havia subordinação a um líder familiar ou tribal; Vínculos de parentesco ou de comunidade excluem o diverso, o estrangeiro, o mais fraco – desencadeava a subjugação de um povo sobre o outro ou sua escravização. Dominação pela força – envolve brutalidade e não regras jurídicas; Domínio determinado pela posse da terra ou pela capacidade de guerrear. ORIGEM DO DIREITO Antiguidade Relação senhor – escravo; senhor – servo. É senhor quem detém a força: Pela posse de terras; Pela capacidade de guerrear; Por razões místicas ou religiosas – legitimavam a ordem de subjugação; A organização social do mundo antigo se torna complexa, e passa a existir questionamentos sobre o que é “justo”. ORIGEM DO DIREITO Surgimento do Direito Roma e Grécia – o poder passa a ser legitimado pelo que é justo, pelo Direito. Os Gregos passam a produzir uma filosofia sobre o “justo” – Direito natural ou jusnaturalismo; Os Romanos passam a buscar diretrizes jurídicas, legais para a solução dos problemas práticos que se lhes apresentavam; Direito passa a ser compreendido como uma esfera própria, com suas regras e princípios, a partir dos quais fosse possível uma organização social. ORIGEM DO DIREITO Roma Apesar do interesse na solução dos conflitos sociais, ainda não há regras de controle social eminentemente estatais; Subsiste o poder dos lideres locais para a resolução dos conflitos (autocomposição, arbitragem) – modo artesanal de resolução de conflitos; Cada caso era resolvido de uma forma arbitrária, tendo em vista suas peculiaridades e seus reclames; Não havia aplicação automática e impessoal de regras estatais. Estado não estava desvinculado da família e da religião. ORIGEM DO DIREITO Roma O “Direito” não era visto como técnica, mas como arte, “o direito é a arte do bem e da equidade”; Direito Romano – ganhou impulso em virtude das peculiaridades da sociedade romana: Um império com alto grau de exploração dos outros povos; Sustentado por uma rica economia escravagista; Grande impulso comercial, que resultou em uma série de relações jurídicas, até então não conhecidas por nenhum outro povo; ORIGEM DO DIREITO Idade Média – Mundo Medieval Marcada pelo sistema feudal; Poder pertencente ao senhor feudal, fundamentado no domínio exclusivo e hereditário da terra; A exploração feudal também se valia de argumentos religiosos (vontade de Deus); Direito Medieval = raciocínio religioso a benefício da dominação do senhor feudal sobre os servos; ORIGEM DO DIREITO Mundo Antigo e Medieval X Mundo moderno Mundo Antigo e Medieval Mundo Moderno Não tinham estruturas jurídicas Aparece a figura do Estado, a circulação mercantil, exploração do trabalho assalariado Economia escravagista ou feudal Economia capitalista Domínio Direto Domínio Indireto (econômico) ORIGEM DO DIREITO Direito Moderno Marcada pelo fim do feudalismo; Elevação da classe burguesa (comerciantes); Estrutura econômica do tipo capitalista; Novos fenômenos sociais para o desenvolvimento do comércio: Territórios livres e unificados para facilitar o trânsito de mercadorias e pessoas; Necessidade de um Ente que garanta as relações comerciais; Surgimento do Estado Moderno ORIGEM DO DIREITO Direito Moderno Surgimento do Estado Moderno: Unifica territórios; Começa a criar leis, chamando para si o Poder de decidir sobre os conflitos sociais Estado em posição superior aos particulares: tem poder sobre todos, obriga a todos e executa os contratos que não forem cumpridos. ORIGEM DO DIREITO Direito Moderno Início da Idade Moderna – Absolutismo Estado dominado pelo monarca e pela nobreza de modo incontestável; Estado como poder soberano e garantidor dos contratos – mas garantia privilégios para a nobreza, em detrimento dos burgueses; Revoluções burguesas: Revolução Inglesa (séc. XVII) e Francesa (Séc. XVIII) ORIGEM DO DIREITO Direito Moderno Estado Moderno – fim do Absolutismo Declaração dos Direitos Universais do Homem e do Cidadão: igualdade, liberdade e fraternidade (ideais iluministas) Surgimento do Estado de Direito – que se fundamenta na lei, e Estado que também se submete à lei, ao Direito. Séc. XIX – surgimento das primeiras leis sobre contratos e de direito privado (Código Civil Francês – 1804) ORIGEM DO DIREITO Direito Moderno Séc. XIX – domínio da burguesia Leis criadas para regular os interesses burgueses e as formas de exploração capitalistas; Direito passa a ser entendido como um conjunto de normas postas pelo Estado – Juspositivismo; Surge o Direito como técnica – como a técnica de manejar as leis estatais (gerais e impessoais – o Direito nivela, com a mesma medida, dois sujeitos desiguais, sem igualar suas condições); Direito passa a ter o papel de estruturar, a partir de um núcleo específico, inúmeras relações sociais. FUNÇÃO DO DIREITO Direito como tecnologia social e necessidade de resolução de conflitos – Sociedade e Direito Ubi societas ibi jus; Função ordenadora do Direito; Harmonização das relações sociais; Direito como forma de controle social – eliminação dos conflitos FINALIDADE ESSENCIAL DO DIREITO – LIMITAÇÃO DO PODER Valores sociais fundamentais: segurança e justiça Finalidade do Direito: preservar tais valores fundamentais; Modo de alcançar essa finalidade: através da limitação do Poder. O Direito limita o poder para viabilizar a realização dos valores da humanidade. FINALIDADE ESSENCIAL DO DIREITO – LIMITAÇÃO DO PODER Exercício do Poder Quem tem poder, tende a dele abusar; Falibilidade do ser humano; Poder arbitrário – é o que extrapola os limites estabelecidos pelo Direito, seja excedendo o a lei permite (abuso do poder), seja contrariando a lei (prática de atos ilícitos). Arbitrariedade X Discricionariedade FINALIDADE ESSENCIAL DO DIREITO – LIMITAÇÃO DO PODER O jurista e o Poder Direito = sistema de limitação do Poder Direito limita o próprio Direito? Jurista = conhecedor do Direito, quem teoriza sem qualquer relação como poder. Criação de teses que se adequem aos interesses dos titulares do poder – há dois tipos de juristas?
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