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DEFINIÇÃO Conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidos para explicar a vida social – no contexto histórico que possibilitou seu surgimento, formação e desenvolvimento. É, pois, o resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente nova, criadas pela sociedade capitalista. SEGUNDO DURKHEIM é a ciência das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento, ou seja, toda crença, todo o comportamento instituído pela coletividade. SURGIMENTO A sociologia surge mais como um instrumento para conter o ímpeto revolucionário. CONCEITO são expressões correntes, para designar um método científico cujo objeto é o estudo das relações entre direito e a realidade social, o que igualmente se designa como o estudo social da “realidade do direito”, ou num sentido mais estrito, a “pesquisa acerca dos fatos jurídicos DOGMÁTICA JURÍDICA: pode ser definida como sendo a ciência que trata da significação conceitual das normas que compõem determinado sistema jurídico. Seu papel, portanto, é interpretar o direito em vigor, a fim de permitir sua completa aplicação, ao mesmo tempo em que constrói um sistema conceitual o mais coerente e completo possível. PARA KELSEN a dogmática era a única ciência do direito uma vez que a sociologia do direito não era uma ciência autônoma nem tão pouco independente, pois não estava em situação de delimitar seu objeto, isso é, estabelecer o que é o direito; ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO (Pontos de convergência): • O objetivo de ambas é permitir que se compreenda as razões da existência de diferentes instituições e de diversos elementos do sistema jurídico; • O estudo da influência e do impacto das normas jurídicas sobre os comportamentos de seus destinatários; • O exame da metodologia para tomada de decisões (modo de produção, quem decide etc); • A análise do processo de implementação das normas jurídicas, técnicas de interpretação e aplicação das normas jurídicas. SOCIOLOGIA DO DIREITO E TEORIA GERAL DO DIREITO: Esta relação marcada pela epistemologia que permite representar o direito e os “sistemas jurídicos” em geral como um campo em elaboração e reelaboração permanentes, como um processo sempre em construção. TESES SOCIOLOGISTAS (Ehrlich, Olivecrona, Alf Ross e Geiger): A dogmática seria apenas uma técnica de interpretação de textos jurídicos. O direito só teria validade se considerada uma ciência social. TESE DE WEBER E KANTOROVICZ: Para eles o jurista, como dogmático do direito, estuda o mundo normativo do “dever ser” formal do direito, seu objetivo é estabelecer o que é formalmente válido como direito num contexto socioistórico determinado. Já o sociólogo do direito estuda o que existe como direito numa comunidade e, ao mesmo tempo, considera o fato de que as ações dos indivíduos que fazem parte dessa comunidade são determinados pela existência de um conjunto de normas formalmente válidas. São métodos interdependentes e complementares. Escolas Jurídicas Moralista e Positivista um grupo de autores que compartilham determinada visão sobre a função do direito, sobre os critérios de validade e as regras de interpretação das normas jurídicas e, finalmente, sobre os conteúdos que o direito deveria ter. Oferecem respostas O que é? Como funcionam? E como configuram? DIREITO Escola Moralista Acreditam que o direito natural Pré-determinados por “leis” Valores Princípios Regras Direito Natural RESUMINDO conjunto de princípios ou ideias superiores, imutáveis, estáveis e permanentes, sendo que sua autoridade provém da natureza, de Deus ou da Razão Humana e não da vontade dos homens. A primeira vertente entende que o direito natural é algo dado, inscrito na “natureza das coisas”, e independe do juízo que o homem possa ter sobre o mesmo. Por exemplo, a lei da gravidade. Podemos dizer que se trata de uma regra de direito natural que, apesar de não ser um direito escrito, influência o direito criado pelos homens. A segunda vertente vê o direito natural como um direito ideal, ou seja, como um conjunto de normas justas e corretas, que devem fazer parte do direito positivo, do direito criado pelos homens. Exemplo: o direito natural entende que todos os seres humanos nascem iguais e devem ser tratados de forma igual, sem discriminações fundamentadas, por exemplo, na raça ou na origem étnica (permite criticar o direito que autoriza a escravidão, por exemplo). Conceber Jusnaturalismo Grego O DIREITO NATURAL era para os gregos o corpo de normas invariáveis e de validade geral, independentemente dos interesses e das opiniões prevalecentes em cada sociedade. Muitos filósofos gregos identificavam o fundamento do direito natural com a justiça e a razão. Estes partiam do entendimento que as “leis” do direito natural impõem aos homens uma série de limites, que condicionam a sua vida. Não limitavam ao direito escrito Regras do DIREITO NATURAL que não estão escritas Base comum NATUREZA Teológica/Medieval Racional Classificam-se em 3 escolas: NATUREZA DEUS RAZÃO HUMANA Escolas Jurídicas MoralistasJusnaturalismo Grego Teológica / Medieval Racional Direto Natural: IMUTÁVEL, ESTÁVEL e PERMANENTE Religião VONTADE DE DEUS Outorga-lhes código de lei A diferenciação entre o jusnaturalismo grego e a cosmologia cristã é que no primeiro há uma forma de conceber o mundo, onde a natureza com suas leis e limites impõe-se aos seres humanos. Já na segunda cosmologia (mais moderna), o homem é colocado no centro do mundo, porque é considerado como imortal. Ou seja, a condição de imortalidade coloca o homem em posição de superioridade diante dos demais seres que, como o mundo, é considerado como matéria perecível (Influência do pensamento cristão onde o homem é feito à imagem e semelhança de Deus e sua alma permanecerá viva após a morte). Desenvolvimento economia capitalista Característica comum: Substituição do DOGMA pela RAZÃO Avanços na ciências repercutiram na FILOSOFIA e na VISÃO DO DIREITO Segundo o RACIONALISMO JURÍDICO, o direito constitui uma ordem preestabelecida, decorrente da natureza do homem e da sociedade. Não se pensa em textos ou tradições “sagradas”, mas na razão humana (capacidade de raciocinar, de ponderar e refletir do homem) como força motriz, como fundamentos da ordem jurídica natural. ILUMINISMO JURÍDICO (CRÍTICAS): À desigualdade diante da lei, que era mantida pelo sistema político (sociedade de “castas” ou estamental, dividia-se entre reis, nobres, clero, militares e plebeus. Eram concedidos privilégios legais, dependendo do status social dê cada indivíduo); À existência da servidão, isto é, de pessoas que não gozavam de liberdade; À limitação do direito de propriedade e da atividade econômica em geral; Ao autoritarismo dos monarcas e à exclusão da participação popular nos assuntos políticos; Ao “absolutismo” da igreja e à intolerância (recorde-se a presença da Inquisição); À crueldade da justiça penal; Às condições de vida desumanas, vinculadas à organização social do período. PARA HUGO GROTIUS, a verdadeira natureza dos homens é a razão, no sentido da racionalidade. É o desejo de viver em sociedade que constitui o princípio fundamental do direito natural do qual resultam outros princípios de direito, como a necessidade de respeitar os contratos e de reparar os danos LEIBNIZ adota também a tese de que a vida em sociedade regula-se por princípios de direito natural. Este direito seria produto da “eterna razão” divina, a única capaz de estabelecer as regras adequadas para o convívio em sociedade. Segundo IMMANUEL KANT somente a razão permite distinguir o justo do injusto e dizer se o direito em vigor é um verdadeiro direito. Se o direito em vigor não estiver de acordocom as exigências da justiça, então ele deve mudar, para tornar-se um verdadeiro direito. Neste sentido, o critério “do justo” é para Kant a essência do direito. As CONSEQUÊNCIAS do discurso de KANT podem ser resumidas na rejeição de quatro argumentos de justificação de uma opinião ou decisão: Rejeição de qualquer argumento de autoridade; Rejeição de qualquer decisão tomada por uma maioria se ela não é baseada na razão humana; Rejeição da força; Rejeição dos interesses e desejos pessoais como justificação de uma ação. PENSADORES Escolas Jurídicas Moralista e Positivista Escola Positivista Entendem que o direito é: Sistemas de normas (regras) que regulam o comportamento social , produto histórico de uma determinada sociedade. Tem como intuito de governar e é resulta de uma expressão da vontade política mutável. LEGISLAÇÃO Ao contrário de Grotius, THOMAS HOBBES não considera que a solidariedade seja uma característica natural do homem. Da natureza humana decorre o desejo ilimitado e a ideia de que o “homem tem direito a tudo”. O filósofo JEAN-JACQUES ROUSSEAU suíço, que passou grande parte de sua vida na França (obra principal: “Do contrato social”, 1762), entende que o direito está nas mãos do povo, que pode modelá-lo segundo a sua livre vontade. HANS KELSEN elimina qualquer pergunta sobre as forças sociais que criam o direito. Para os adeptos do positivismo jurídico (ou juspositivismo) existem apenas as normas jurídicas, estabelecendo-se entre elas determinadas relações. PENSADORES APLICAÇÃO CENTRADAS JURISPRUDÊNCIA DE INTERESSES: Esta teoria concede um amplo espaço de atuação ao juiz, afirmando que da “letra da lei” nem sempre resulta uma resposta unívoca. Os adeptos desta corrente afirmam que, muito embora os tribunais possam decidir com uma certa flexibilidade (porque a lei não prevê soluções claras para todos os casos), devem evitar uma solução subjetiva.REALISMO JURÍDICO: começou a desenvolver-se no final do século XIX na Escandinávia e, sobretudo, nos EUA, onde se tornou uma teoria muito importante, devido ao sistema jurídico adotado naquele país (sistema de common law, fundamentado nos precedentes da jurisprudência e não exclusivamente na legislação). Os REPRESENTANTES mais conhecidos do REALISMO JURÍDICO são, nos EUA, Oliver Wendell Holmes (1841-1935), Roscoe Pound (1870-1964), Jerome Frank (1889-1957) e Karl Llewellyn (1893-1962), e, nos países da Escandinávia, Axel Hãgerstrõm (1868-1939), Anders Vilhelm Lundstedt (1882-1955), Karl Hans Knut Olivecrona(1897-1980) e Alf Ross (1899- 1979). O REALISMO JURÍDICO ESCANDINAVO elabora principalmente análises metodológicas e filosóficas sobre o que é o direito (pesquisa teórica). O realismo norte-americano dedica-se ao estudo da prática jurídica, isto é, dos fatores que influenciam as decisões dos tribunais. Ambos interessam-se, porém, pela dimensão humana do fenômeno jurídico, considerando o direito como um fato social e não como um conjunto de normas abstratas. O JUSPOSITIVISTA faz sempre um juízo de valor jurídico sobre a jurisprudência, examinando se a decisão tomada está em conformidade com o direito em vigor (lei). O realista, ao contrário, interessa-se exclusivamente pelo direito “em ação” e considera inútil (ou impossível) dar uma interpretação correta ou objetiva. Então, mesmo que os tribunais façam uma interpretação evidentemente contrária ao sentido das normas em vigor, o realista continua considerando como direito aquilo que dizem os tribunais. Escolas Jurídicas Positivistas De Caráter Sociológico Percursoras da Sociologia do DireitoCharles de Montesquieu: O filósofo francês Charles Louis de Secondat, barão da Brède e de Monlesquieu entende que não é possível falar na existência de um único modelo de direito “justo” ou adequado. Montesquieu sustenta que as leis seguem os costumes de cada povo. Escola histórica do direito: Representantes principais são: Gustav Hugo e Friedrich Carl von Savigny. Segundo esta escola, a evolução histórica é determinada pela presença de um espírito peculiar: o espírito do povo (Volksgeist) ou a opinião da nação (Meinung der Nation). O Volksgeist marca todas as manifestações de uma nação, encontrando-se também na origem do sistema jurídico. Escola Marxista: A escola marxista inicia-se com as obras e as atividades políticas de dois pensadores alemães: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Segundo MARX o direito apenas confirma e fortalece as relações sociais, aplicando regras a situações preexistentes. Marx observou que o direito desenvolvido na sociedade capitalista estabelece normas universais e uniformes para sujeitos desiguais, perpetuando assim as diferenças sociais, baseadas na exploração do trabalho das classes populares pelos detentores de capital. Considerado como o precursor imediato da sociologia jurídica (obras principais: Da divisão do trabalho social, 1893; As regras do método sociológico, 1895), EMILE DURKHEIM entende que o direito é um fenômeno social. A sociedade humana é o meio onde o direito surge e se desenvolve, pois a ideia do direito liga-se à ideia de conduta, de organização e de mudança. Define como FATO SOCIAL “toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior”. As regras do direito são FATOS SOCIAIS muito importantes, porque impõem aos indivíduos obrigações e modos de comportamento, aptos a garantir a coesão social. Para ele cada sociedade estabelece um padrão de comportamento que corresponde à sua “consciência coletiva” (ou “consciência comum”). DURKHEIM define a consciência coletiva como “o conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade” (Durkheim, 1999, p. 50). O direito exprime e fortalece esta consciência e garante a estabilidade social através da aplicação de sanções contra os indivíduos desviantes. PENSADORES Abordagem Sociológica do Sistema JurídicoAbordagem Sociológica do Sistema JurídicoAbordagem Sociológica do Sistema JurídicoAbordagem Sociológica do Sistema Jurídico Ehrlich sustenta que existem vários ordenamentos jurídicos na mesma sociedade (direito da comunidade, direito do Estado, direito dos juristas) e apresenta os métodos de pesquisa que a sociologia jurídica deve empregar para analisar tais ordenamentos. Sociologia do Direito (ABORDAGEM POSITIVISTA): Esta primeira abordagem opta por fazer um estudo sociológico, colocando-se numa perspectiva externa ao sistema jurídico. Seus adeptos consideram que a sociologia do direito faz parte das ciências sociais, sendo um ramo da sociologia. A sua origem deve ser buscada na obra de MAX WEBER, que queria construir uma sociologia livre de avaliações (“neutralidade axiológica” do pesquisador) e, em parte, nas análises de Kelsen sobre a “pureza” da ciência jurídica que não deve ser confundida nem “misturada” com análises filosóficas ou sociológicas. O positivista critica duramente uma tal postura que aconselha o juiz a cometer uma ilegalidade. Considera que nesse caso ocorre uma confusão entre a criação e a aplicação do direito e as opiniões políticas do aplicador da norma. Os juízes que aplicam o direito conforme suas convicções pessoais, ou mesmo segundo recomendações sociológicas, comprometem a segurança jurídica, pois juízes com posições diferentes decidirão de forma diferente sobre casos similares. Sociologia no Direito (ABORDAGEM EVOLUCIONISTA): O jurista-sociólogo pode influenciar o processo de elaboração das leis (porém, elaborar normas é incumbência da política e não constitui um trabalho propriamente jurídico) e pode também influenciar a doutrina (os estudiosos do direito). Muitas vezes será também necessário que o aplicador do direito recorra a estudos sociológicos e consulte peritos paracomprovar fatos e para constatar a opinião da sociedade em casos juridicamente relevantes. DEFINIÇÃO DA SOCIOLOGIA JURÍDICA Sem decidir de forma taxativa, podemos nos contentar com uma definição simples e geral da sociologia jurídica, que exprime a relação “interativa” entre o social e o jurídico: A sociologia jurídica examina a influência dos fatores sociais sobre o direito e as incidências deste último na sociedade, ou seja, os elementos de interdependência entre o social e o jurídico, realizando uma leitura externa do sistema jurídico. Por que se cria uma norma ou um inteiro sistema jurídico? Quais são as consequências do direito na vida social? Quais são as causas sociais da “decadência” do direito, que se manifesta por meio do desuso e da abolição de certas normas ou mesmo mediante a extinção de determinado sistema jurídico? Função da Sociologia do DireitoFunção da Sociologia do DireitoFunção da Sociologia do DireitoFunção da Sociologia do Direito O que faz JURISTA- SOCIÓLOGO para enfrentar os questionamentos a respeito da aplicação de uma determinada norma na sociedade? Deve fazer em 2 etapas: Fazer uma pesquisa empírica para averiguar em que medida são efetivamente perseguidos e punidos os furtos de pequenos valor. A Sociologia jurídica NÃO SE INTERESSA pelo estudo da justificação do direito. A análise de seus fundamentos (razão, ideia de justiça, moral, vontade da classe dominante, racionalização) é pertinente à filosofia do direito; Analisar a relação entre o direito e a evolução da sociedade para tentar explicar porque a norma que pune o furto é aplicada ou não. Em conclusão, para o sociólogo do direito não existe uma única posição correta. Tudo depende do ponto de vista adotado, sendo que a tarefa das autoridades que aplicam as normas é diversa daquela dos estudiosos que fazem uma análise sociológica ou filosófica do direito. É o que WEBER denomina de “SOCIOLOGIA COMPREENSIVA”. NÃO JULGA mas TENTA COMPREENDER o fenômeno que se propõe analisar. Ele DEVE BUSCAR O SENTIDO que as pessoas de uma determinada sociedade dão aos acontecimentos e as instituições sociais. A sociologia jurídica NÃO REALIZA ANÁLISES NORMATIVAS, isto é, NÃO SE OCUPA do problema da VALIDADE e da INTERPRETAÇÃO do direito. A validade é objeto de análise dos teóricos do direito positivo, que elaboram os critérios da norma válida como é o caso de Kelsen. A TERCEIRA DIMENSÃO refere-se à EFICÁCIA das normas jurídicas e corresponde ao campo de análise do sociólogo do direito. Tomando como objeto de conhecimento a vida jurídica, este examina a faticidade do direito, isto é, a “REALIDADE SOCIAL DO DIREITO”. Teoria da Tridimensonalidade do DIreito Miguel Reale Fato Norma Valores O Direito não é apenas norma, letra da lei e sim um reflexo de uma ambiente cultural de um determinado lugar e época, onde três aspectos se entrelaçam, Fático, Axiológico e Normativo e se influenciam mutuamente em uma relação dialética na estrutura histórica. Eficácia do DireitoEficácia do DireitoEficácia do DireitoEficácia do Direito Efeito da norma Eficácia da norma Adequação interna Qualquer REPERCUSSÃO SOCIAL ocasionada por uma norma constitui um efeito social da mesma. Trata-se do GRAU DE CUMPRIMENTO da norma dentro da prática social. Uma norma é considerada socialmente eficaz quando é respeitada por seus destinatários ou quando a sua violação é efetivamente punida pelo Estado. Nos dois casos a previsão normativa é respeitada, seja de forma espontânea, seja por meio de uma intervenção coercitiva ou punitiva do Estado. Trata-se da CAPACIDADE da norma em ATINGIR A FINALIDADE SOCIAL estabelecida pelo legislador. Uma norma jurídica é considerada internamente adequada quando as suas consequências na prática permitem alcançar os fins objetivados pelo legislador. Em outras palavras examinamos aqui a funcionalidade da norma que resulta da análise de suas consequências sociais PERSPECTIVAS Respeito espontâneo da norma Intervenção repressiva do Estado Preceito / Primária Sanção / Secundária Fatores de Eficácia da Norma no Direito Moderno Fatores Instrumentais a) Divulgação do conteúdo da norma b) Conhecimento efetivo da norma por parte de seus destinatários,. c) Perfeição técnica da norma. d) Elaboração de estudos preparatórios sobre o tema que se objetiva legislar. e) Preparação dos operadores do direito responsáveis pela aplicação da norma. f) Consequências jurídicas. g) Expectativa de consequências negativas. Fatores de situação social a) Participação dos cidadãos no processo de elaboração e aplicação das normas. b) Coesão social. c) Adequação da norma à situação política e às relações de força dominantes. d) Contemporaneidade das normas com a sociedade. Norma Simbólica: Uma norma inadequada ou ineficaz com relevância social. Ex.: Penalização do Assédio Sexual. Adequação Externa da Norma: Não interessa a Sociologia do Direito. a) Tem a norma efeitos, eficácia e adequação interna? b) Por que a norma tem (nunca teve ou deixa de ter) efeitos, eficácia e adequação interna? Ou seja, quais são as razões sociais que levam à concretização (ou não) de tais aspectos? c) Qual é a reação do legislador diante da constatação dos efeitos, eficácia e adequação interna de determinada norma? d) Quais são as razões sociais de determinada reação do legislador? CONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMASCONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMASCONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMASCONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMAS Teoria Funcionalista Teoria de Conflito Teoria Macrossociológicas - Estudo da sociedade como um todo - Também denominadas teorias da integração, dividem- se em várias correntes. Tem as seguintes características gerais: consideram a sociedade como uma grande máquina. Esta distribui papéis e recursos (dinheiro, poder, prestígio, educação) aos seus membros, que são identificados como as “peças da máquina”. A finalidade da sociedade é a sua reprodução por meio do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. Isto pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da sociedade e que compartilhem os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada às mesmas. Em geral, as teorias do conflito entendem que na sociedade agem grupos com interesses estruturalmente opostos, que se encontram em situação de desigualdade e em luta perpétua pelo poder. Assim sendo, as teorias do conflito consideram que o nexo principal da sociedade não é o interesse comum, o consenso, o progresso ou a convivência pacífica, mas, ao contrário, a coação e o condicionamento ideológico, que servem para manter a dominação. Os marxistas distinguem, como dado fundamental, a presença de duas classes (detentores dos meios de produção, por um lado, explorados, por outro lado), os teóricos liberais analisam a atuação de vários estratos e elites sociais. Ambos consideram, porém, o conflito (e a ruptura) como a “lei” principal da história social. Anomia (3 sentidos) - Por Miranda Rosa 1. Quando uma pessoa vive em situação de transgressão das normas, demonstrando pouca vinculação às regras da estrutura social a qual pertence, Exemplo: um delinquente. Aqui anomia significa principalmente ilegalidade. 2. Quando ocorre um conflito de normas que acaba estabelecendo exigências contraditórias, tornando difícil a adequação do comportamento do indivíduo à norma. (exemplo: serviço militar e crença religiosa). Aqui a anomia tem o sentido de ausência de regra clara de comportamento. 3. Quando se constata falta de normas que vinculem as pessoas num contexto social (exemplos: cultura hippie americana dos anos 70; o iluminismo jurídico com abolição das torturae inquisição; numa guerra, com saques e atos de violência). Nesses momentos históricos, que eram períodos de transição, vivia-se uma situação de anomia, um momento de “perda de referencial”. Nestes três exemplos anomia significa ausência de normas de referência na sociedade. Trata-se uma crise social de caráter amplo, onde os membros de grandes grupos sociais (e a sociedade mesma) "não sabem o que fazer". Anomia - Guyau o conceito da anomia é introduzido para indicar a existência de uma moral desvinculada de regras sociais. Por esse motivo, define anomia como ausência de lei fixa e a considera como um elemento positivo que liberta os indivíduos, em contraposição a qualquer lei que é considerada como universal e oprime a liberdade individual. Emile Emile Emile Emile DurkheimDurkheimDurkheimDurkheim MÉTODO • Positivista • Explicativo • Comparativo • Evolucionista Fatos Sociais A sociedade age através dos fatos sociais que são maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao individuo, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõe aos mesmos indivíduos. É exterior ao homem; É coercitivo; É geral/coletivo. Pensa a Sociologia como disciplina científica. Tem como grande característica a objetividade do Conhecimento. Para ele a sociedade é um sistema que representa determinada realidade com características próprias, que diferem do indivíduo e que o mudam, além de obrigá-lo a ser como entende que ele deva ser, uma combinação de consciências individuais que corresponde a consciência coletiva que difere daquela consciência individual e mesmo da somas dessas consciências individuais. ANOMIA Poder ser identificada toda vez que AS RELAÇÕES SOCIAIS, assim como a Divisão do trabalho, ENGENDRAM CONFLITO AO INVÉS DE SOLIDARIEDADE. SUICÍDO • ANÔMICO: Se deve a uma situação de desregramento social devido ao qual as normas estão ausentes ou perdem o respeito. • EGOÍSTA: Provocado pela desintegração social, pela ausência ou franqueza da religião. • ALTRUÍSTA: Típico das sociedades inferiores, em que o ego individual é totalmente dissolvido em prol da coletividade. Estrutura Social - Solidariedade - MECÂNICA Típica das sociedades tradicionais, os indivíduos diferem um pouco uns dos outros. Há uma fonte de consciência coletiva. DIREITO PUNITIVO. ORGÂNICA Típica das sociedade modernas, nela o consenso resulta de uma diferenciação. Cada uma exerce sua função e fazendo isso como peça de coesão de um todo. DIREITO RESTITUTIVO. Fato Social Fundamental que permite a passagem de um tipo de sociedade para outro é a DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL, quanto uma sociedade faz a diferenciação funcional da estrutura social, mediante diversos papéis e tarefas realizadas pelos órgãos sociais, tendo uma maior integração social e para um melhor desenvolvimento dos indivíduos. Anomia Robert King Merton A principal crítica que pode ser lançada à teoria de Merton é que o autor entende as condutas de inovação, ritualismo, evasão e rebelião, como manifestação de uma disfunção dentro do sistema social. O autor parte da ideia da existência de um equilíbrio social e considera o desvio como manifestação patológica, apesar de reconhecer a contribuição do sistema para a produção do comportamento anômico. a) Conformidade (comportamento modal). b) Inovação. c) Ritualista. d) Evasão. e) Rebelião. AnomiaAnomiaAnomiaAnomia NÃO ANÔMICA: descumprimento da norma apesar de sua aceitação. O indivíduo aceita as normas vigentes encontrando-se, na terminologia de Merton, em situação de conformidade (comportamento modal) (exemplo: homicida que se arrepende). ANÔMICA: descumprimento de norma que o indivíduo considera inadequada ou injusta. Nesse caso, a pessoa viola a norma por convicção, encontrando-se, na terminologia de Merton, em situação de inovação ou de rebelião (exemplo: grupo político pratica atos terroristas). Atualidade Diante desta situação, o Estado pode adotar quatro posturas: Manter a norma formalmente em vigor, mas tolerar a violação; Realizar uma mudança legislativa, revogando ou modificando normas para harmonizar o direito com os valores da sociedade; Fazer propaganda moral para convencer as pessoas a respeitar determinadas leis ; Intensificar a repressão para combater a tendência anômica. Mudança Mudança Mudança Mudança SocialSocialSocialSocial “A mudança social indica uma modificação na forma como as pessoas trabalham, constituem famílias, educam seus filhos, se governam e dão sentido à vida”. Portanto, a mudança social indica uma reestruturação das relações sociais. Direito e a Sociedade Como Propulsor ou Obstáculo para Mudança Uma parte dos estudiosos entende que o direito, como manifestação social, é determinado pelo contexto sociocultural: a sociedade produz o direito que lhe convém. Dentro desta perspectiva, os autores mais críticos sustentam que existe apenas uma imposição de interesses por parte dos grupos que exercem o poder. Estes conseguem impor aos sujeitos mais fracos as regras de conduta que permitem reproduzir, em nível normativo, a dominação social. Fundamenta-se na hipótese de que uma vontade exprimida por meio de um mandamento. Em posição contrária situam-se os autores que entendem que o direito é um fator determinante dos processos sociais. Os autores que adotam esta perspectiva entendem que o direito possui a capacidade de determinar o contexto social, de atuar sobre a realidade e de mudá-la. Por exemplo, uma lei sobre um novo problema social, ou uma mudança nas normas promovida por um novo governo, poderá conseguir impor aos membros de uma comunidade novos tipos de comportamento. O direito é, em geral, configurado por interesses e necessidades sociais, ou seja, é produto de um contexto sociocultural. Isto não impede que o mesmo possa influir sobre a situação social, assumindo um papel dinâmico. Em outras palavras, o direito exerce um duplo papel dentro da sociedade: ativo e passivo. Ele atua como um fator determinante da realidade social e, ao mesmo tempo, como um elemento determinado por esta realidade. Dentro deste contexto identificam-se as pressões dos grupos de poder que podem induzir tanto para que se dê a elaboração de determinadas regras, bem como para que as regras em vigor não sejam cumpridas, levando a um processo de anomia generalizado. Realistas Idealistas Conciliadora Construtivismo JurídicoConstrutivismo JurídicoConstrutivismo JurídicoConstrutivismo Jurídico Supõe-se que o direito é um instrumento de governo, cuja criação e aplicação permite proteger determinados interesses e impor padrões de comportamento, mudando a sociedade. Assim sendo, o direito apresenta-se como ferramenta que permite “construir” (e mudar) a própria sociedade. Afirma que a relação entre direito e mudança social se concretiza da seguinte forma: O direito é uma variável dependente, ou seja, um fenômeno social que muda historicamente em função de outros fenômenos. A relação entre os grupos e as classes sociais, definida principalmente pelo fator econômico, determina as estruturas jurídicas. O direito pode ser, então, considerado como um produto de interesses sociais, que dependem das relações de dominação em cada sociedade. Apesar de ser uma variável dependente da estrutura social-cultural, o direito possui uma autonomia relativa e, por consequência, pode induzir a mudanças sociais. Apesar de existirem controvérsias com relação aos limites da autonomia do sistema jurídico, não se coloca em dúvida que o direito tenha incentivado muitas transformações nas sociedades modernas. O EMPRÉSTIMO JURÍDICO consiste na assimilação voluntária de determinadas normas provenientes do direito de outras nações. Sabemos que o direitosofre constantes transformações para adaptar-se aos processos de mudança da realidade social. A ACULTURAÇÃO JURÍDICA verifica-se uma maior influência da esfera externa. Por aculturação jurídica entende-se o processo de recepção de um direito alienígena que provoca alterações globais no direito do país receptor. Concretamente, a aculturação pode ocorrer de duas maneiras. Primeiro, por meio de uma decisão externa. É importante diferenciar a aculturação do empréstimo. O empréstimo refere-se a matérias específicas e não a todo o ordenamento jurídico, como acontece com a aculturação. Além disto, o empréstimo é voluntário, sendo que a aculturação jurídica pode ser produto de uma imposição direta. X POSIÇÕES QUE O DIREITO PODE ADOTAR DIANTE A MUDANÇA SOCIAL: a) Reconhecimento; b) Anulação; c) Canalização; d) Transformação. Soriano Para BENTHAM, o direito é um conjunto de mandatos, criados pelo legislador como braço do Estado. Utilitarismo Montesquieu Não se interessou em dizer qual deveria ser o direito, nem justificá-lo e sim em explicá-lo e descrevê-lo em sua realidade social. Paradigmas para desenvolvimento da Sociologia. • Relativismo; • Causalidade história e sociológica; • Determinismo.
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