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RESUMO SOCIOLOGIA JURIDICA

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DEFINIÇÃO
Conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos
de investigação produzidos para explicar a vida
social – no contexto histórico que possibilitou seu
surgimento, formação e desenvolvimento. É, pois,
o resultado de uma tentativa de compreensão de
situações sociais radicalmente nova, criadas pela
sociedade capitalista.
SEGUNDO DURKHEIM é a
ciência das instituições, da sua
gênese e do seu
funcionamento, ou seja, toda
crença, todo o comportamento
instituído pela coletividade.
SURGIMENTO
A sociologia surge mais como um
instrumento para conter o ímpeto
revolucionário.
CONCEITO
são expressões correntes, para designar
um método científico cujo objeto é o
estudo das relações entre direito e a
realidade social, o que igualmente se
designa como o estudo social da
“realidade do direito”, ou num sentido
mais estrito, a “pesquisa acerca dos fatos
jurídicos
DOGMÁTICA JURÍDICA: pode ser
definida como sendo a ciência que trata
da significação conceitual das normas
que compõem determinado sistema
jurídico. Seu papel, portanto, é interpretar
o direito em vigor, a fim de permitir sua
completa aplicação, ao mesmo tempo em
que constrói um sistema conceitual o
mais coerente e completo possível.
PARA KELSEN a dogmática era a
única ciência do direito uma vez
que a sociologia do direito não era
uma ciência autônoma nem tão
pouco independente, pois não
estava em situação de delimitar
seu objeto, isso é, estabelecer o
que é o direito;
ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO
(Pontos de convergência):
• O objetivo de ambas é permitir que
se compreenda as razões da existência de
diferentes instituições e de diversos elementos
do sistema jurídico;
• O estudo da influência e do impacto
das normas jurídicas sobre os
comportamentos de seus destinatários;
• O exame da metodologia para
tomada de decisões (modo de produção,
quem decide etc);
• A análise do processo de
implementação das normas jurídicas, técnicas
de interpretação e aplicação das normas
jurídicas.
SOCIOLOGIA DO DIREITO E TEORIA
GERAL DO DIREITO: Esta relação marcada
pela epistemologia que permite representar o
direito e os “sistemas jurídicos” em geral como
um campo em elaboração e reelaboração
permanentes, como um processo sempre em
construção.
TESES SOCIOLOGISTAS (Ehrlich,
Olivecrona, Alf Ross e Geiger): A
dogmática seria apenas uma técnica
de interpretação de textos jurídicos.
O direito só teria validade se
considerada uma ciência social.
TESE DE WEBER E KANTOROVICZ: Para
eles o jurista, como dogmático do direito,
estuda o mundo normativo do “dever ser”
formal do direito, seu objetivo é estabelecer o
que é formalmente válido como direito num
contexto socioistórico determinado.
Já o sociólogo do direito estuda o que existe
como direito numa comunidade e, ao mesmo
tempo, considera o fato de que as ações dos
indivíduos que fazem parte dessa comunidade
são determinados pela existência de um conjunto
de normas formalmente válidas. São métodos
interdependentes e complementares.
Escolas Jurídicas
Moralista e Positivista
um grupo de autores que compartilham 
determinada visão sobre a função do 
direito, sobre os critérios de validade e as 
regras de interpretação das normas 
jurídicas e, finalmente, sobre os 
conteúdos que o direito deveria ter.
Oferecem respostas
O que é?
Como funcionam?
E como configuram?
DIREITO
Escola Moralista
Acreditam que o direito 
natural
Pré-determinados 
por “leis”
Valores
Princípios
Regras
Direito 
Natural
RESUMINDO
conjunto de 
princípios ou ideias 
superiores, 
imutáveis, estáveis 
e permanentes, 
sendo que sua 
autoridade provém 
da natureza, de 
Deus ou da Razão 
Humana e não da 
vontade dos 
homens. 
A primeira vertente entende que o direito 
natural é algo dado, inscrito na “natureza 
das coisas”, e independe do juízo que o 
homem possa ter sobre o mesmo. Por 
exemplo, a lei da gravidade. Podemos 
dizer que se trata de uma regra de direito 
natural que, apesar de não ser um direito 
escrito, influência o direito criado pelos 
homens.
A segunda vertente vê o direito
natural como um direito ideal, ou
seja, como um conjunto de normas
justas e corretas, que devem fazer
parte do direito positivo, do direito
criado pelos homens. Exemplo: o
direito natural entende que todos os
seres humanos nascem iguais e
devem ser tratados de forma igual,
sem discriminações fundamentadas,
por exemplo, na raça ou na origem
étnica (permite criticar o direito que
autoriza a escravidão, por exemplo).
Conceber
Jusnaturalismo Grego
O DIREITO NATURAL era para os
gregos o corpo de normas
invariáveis e de validade geral,
independentemente dos interesses
e das opiniões prevalecentes em
cada sociedade. Muitos filósofos
gregos identificavam o fundamento
do direito natural com a justiça e a
razão. Estes partiam do
entendimento que as “leis” do
direito natural impõem aos homens
uma série de limites, que
condicionam a sua vida.
Não limitavam ao 
direito escrito
Regras do DIREITO 
NATURAL que não estão 
escritas
Base comum
NATUREZA
Teológica/Medieval
Racional
Classificam-se 
em 3 escolas:
NATUREZA
DEUS
RAZÃO 
HUMANA
Escolas Jurídicas
MoralistasJusnaturalismo Grego
Teológica / Medieval
Racional
Direto Natural:
IMUTÁVEL, ESTÁVEL 
e PERMANENTE
Religião
VONTADE DE DEUS
Outorga-lhes código de lei
A diferenciação entre o jusnaturalismo grego
e a cosmologia cristã é que no primeiro há
uma forma de conceber o mundo, onde a
natureza com suas leis e limites impõe-se aos
seres humanos. Já na segunda cosmologia
(mais moderna), o homem é colocado no centro
do mundo, porque é considerado como imortal.
Ou seja, a condição de imortalidade coloca o
homem em posição de superioridade diante dos
demais seres que, como o mundo, é
considerado como matéria perecível (Influência
do pensamento cristão onde o homem é feito à
imagem e semelhança de Deus e sua alma
permanecerá viva após a morte).
Desenvolvimento 
economia capitalista
Característica comum:
Substituição do DOGMA pela RAZÃO
Avanços na ciências 
repercutiram na FILOSOFIA 
e na VISÃO DO DIREITO
Segundo o RACIONALISMO JURÍDICO, o
direito constitui uma ordem preestabelecida,
decorrente da natureza do homem e da
sociedade. Não se pensa em textos ou
tradições “sagradas”, mas na razão humana
(capacidade de raciocinar, de ponderar e
refletir do homem) como força motriz, como
fundamentos da ordem jurídica natural.
ILUMINISMO JURÍDICO (CRÍTICAS): À
desigualdade diante da lei, que era mantida pelo
sistema político (sociedade de “castas” ou
estamental, dividia-se entre reis, nobres, clero,
militares e plebeus. Eram concedidos privilégios
legais, dependendo do status social dê cada
indivíduo); À existência da servidão, isto é, de
pessoas que não gozavam de liberdade; À limitação
do direito de propriedade e da atividade econômica
em geral; Ao autoritarismo dos monarcas e à
exclusão da participação popular nos assuntos
políticos; Ao “absolutismo” da igreja e à intolerância
(recorde-se a presença da Inquisição); À crueldade
da justiça penal; Às condições de vida desumanas,
vinculadas à organização social do período.
PARA HUGO GROTIUS, a
verdadeira natureza dos homens
é a razão, no sentido da
racionalidade. É o desejo de viver
em sociedade que constitui o
princípio fundamental do direito
natural do qual resultam outros
princípios de direito, como a
necessidade de respeitar os
contratos e de reparar os danos
LEIBNIZ adota também a tese de que a vida em 
sociedade regula-se por princípios de direito natural. 
Este direito seria produto da “eterna razão” divina, a 
única capaz de estabelecer as regras adequadas para o 
convívio em sociedade.
Segundo IMMANUEL KANT somente a razão
permite distinguir o justo do injusto e dizer se o
direito em vigor é um verdadeiro direito. Se o direito
em vigor não estiver de acordocom as exigências
da justiça, então ele deve mudar, para tornar-se um
verdadeiro direito. Neste sentido, o critério “do justo”
é para Kant a essência do direito.
As CONSEQUÊNCIAS do discurso de KANT podem ser resumidas na rejeição
de quatro argumentos de justificação de uma opinião ou decisão: Rejeição de
qualquer argumento de autoridade; Rejeição de qualquer decisão tomada por
uma maioria se ela não é baseada na razão humana; Rejeição da força;
Rejeição dos interesses e desejos pessoais como justificação de uma ação.
PENSADORES
Escolas Jurídicas
Moralista e Positivista
Escola Positivista
Entendem que o direito é: 
Sistemas de normas (regras) 
que regulam o comportamento 
social , produto histórico de 
uma determinada sociedade. 
Tem como intuito de governar e 
é resulta de uma expressão da 
vontade política mutável.
LEGISLAÇÃO
Ao contrário de Grotius, THOMAS
HOBBES não considera que a
solidariedade seja uma característica
natural do homem. Da natureza humana
decorre o desejo ilimitado e a ideia de
que o “homem tem direito a tudo”.
O filósofo JEAN-JACQUES ROUSSEAU
suíço, que passou grande parte de sua
vida na França (obra principal: “Do
contrato social”, 1762), entende que o
direito está nas mãos do povo, que pode
modelá-lo segundo a sua livre vontade.
HANS KELSEN elimina qualquer
pergunta sobre as forças sociais que
criam o direito. Para os adeptos do
positivismo jurídico (ou juspositivismo)
existem apenas as normas jurídicas,
estabelecendo-se entre elas
determinadas relações.
PENSADORES
APLICAÇÃO
CENTRADAS
JURISPRUDÊNCIA DE INTERESSES:
Esta teoria concede um amplo espaço
de atuação ao juiz, afirmando que da
“letra da lei” nem sempre resulta uma
resposta unívoca. Os adeptos desta
corrente afirmam que, muito embora os
tribunais possam decidir com uma certa
flexibilidade (porque a lei não prevê
soluções claras para todos os casos),
devem evitar uma solução subjetiva.REALISMO JURÍDICO: começou a
desenvolver-se no final do século XIX na
Escandinávia e, sobretudo, nos EUA, onde
se tornou uma teoria muito importante,
devido ao sistema jurídico adotado naquele
país (sistema de common law,
fundamentado nos precedentes da
jurisprudência e não exclusivamente na
legislação).
Os REPRESENTANTES mais conhecidos
do REALISMO JURÍDICO são, nos EUA,
Oliver Wendell Holmes (1841-1935),
Roscoe Pound (1870-1964), Jerome Frank
(1889-1957) e Karl Llewellyn (1893-1962),
e, nos países da Escandinávia, Axel
Hãgerstrõm (1868-1939), Anders Vilhelm
Lundstedt (1882-1955), Karl Hans Knut
Olivecrona(1897-1980) e Alf Ross (1899-
1979).
O REALISMO JURÍDICO ESCANDINAVO elabora
principalmente análises metodológicas e filosóficas
sobre o que é o direito (pesquisa teórica). O
realismo norte-americano dedica-se ao estudo da
prática jurídica, isto é, dos fatores que influenciam
as decisões dos tribunais. Ambos interessam-se,
porém, pela dimensão humana do fenômeno
jurídico, considerando o direito como um fato social
e não como um conjunto de normas abstratas.
O JUSPOSITIVISTA faz sempre um juízo de 
valor jurídico sobre a jurisprudência, 
examinando se a decisão tomada está em 
conformidade com o direito em vigor (lei). O 
realista, ao contrário, interessa-se 
exclusivamente pelo direito “em ação” e 
considera inútil (ou impossível) dar uma 
interpretação correta ou objetiva. Então, 
mesmo que os tribunais façam uma 
interpretação evidentemente contrária ao 
sentido das normas em vigor, o realista 
continua considerando como direito aquilo 
que dizem os tribunais.
Escolas Jurídicas Positivistas
De Caráter Sociológico
Percursoras da Sociologia do DireitoCharles de Montesquieu: O filósofo francês 
Charles Louis de Secondat, barão da Brède e de 
Monlesquieu entende que não é possível falar na 
existência de um único modelo de direito “justo” 
ou adequado. Montesquieu sustenta que as leis 
seguem os costumes de cada povo.
Escola histórica do direito: Representantes
principais são: Gustav Hugo e Friedrich Carl
von Savigny.
Segundo esta escola, a evolução histórica é
determinada pela presença de um espírito
peculiar: o espírito do povo (Volksgeist) ou a
opinião da nação (Meinung der Nation). O
Volksgeist marca todas as manifestações de
uma nação, encontrando-se também na origem
do sistema jurídico.
Escola Marxista: A escola marxista inicia-se com as obras e as atividades 
políticas de dois pensadores alemães: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich 
Engels (1820-1895). 
Segundo MARX o direito apenas confirma e
fortalece as relações sociais, aplicando regras a
situações preexistentes. Marx observou que o
direito desenvolvido na sociedade capitalista
estabelece normas universais e uniformes para
sujeitos desiguais, perpetuando assim as
diferenças sociais, baseadas na exploração do
trabalho das classes populares pelos detentores
de capital.
Considerado como o precursor imediato da
sociologia jurídica (obras principais: Da
divisão do trabalho social, 1893; As regras
do método sociológico, 1895), EMILE
DURKHEIM entende que o direito é um
fenômeno social. A sociedade humana é o
meio onde o direito surge e se desenvolve,
pois a ideia do direito liga-se à ideia de
conduta, de organização e de mudança.
Define como FATO SOCIAL
“toda maneira de fazer, fixada
ou não, suscetível de exercer
sobre o indivíduo uma coerção
exterior”.
As regras do direito são FATOS SOCIAIS muito importantes,
porque impõem aos indivíduos obrigações e modos de
comportamento, aptos a garantir a coesão social. Para ele cada
sociedade estabelece um padrão de comportamento que
corresponde à sua “consciência coletiva” (ou “consciência
comum”).
DURKHEIM define a consciência coletiva como “o conjunto das
crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma
mesma sociedade” (Durkheim, 1999, p. 50). O direito exprime e
fortalece esta consciência e garante a estabilidade social através da
aplicação de sanções contra os indivíduos desviantes.
PENSADORES
Abordagem Sociológica do Sistema JurídicoAbordagem Sociológica do Sistema JurídicoAbordagem Sociológica do Sistema JurídicoAbordagem Sociológica do Sistema Jurídico
Ehrlich sustenta que existem vários
ordenamentos jurídicos na mesma
sociedade (direito da comunidade, direito do
Estado, direito dos juristas) e apresenta os
métodos de pesquisa que a sociologia
jurídica deve empregar para analisar tais
ordenamentos.
Sociologia do Direito
(ABORDAGEM POSITIVISTA): Esta
primeira abordagem opta por fazer
um estudo sociológico, colocando-se
numa perspectiva externa ao sistema
jurídico. Seus adeptos consideram
que a sociologia do direito faz parte
das ciências sociais, sendo um ramo
da sociologia.
A sua origem deve ser buscada na obra 
de MAX WEBER, que queria construir 
uma sociologia livre de avaliações 
(“neutralidade axiológica” do 
pesquisador) e, em parte, nas análises 
de Kelsen sobre a “pureza” da ciência 
jurídica que não deve ser confundida 
nem “misturada” com análises filosóficas 
ou sociológicas.
O positivista critica duramente uma tal postura que
aconselha o juiz a cometer uma ilegalidade. Considera
que nesse caso ocorre uma confusão entre a criação e a
aplicação do direito e as opiniões políticas do aplicador
da norma. Os juízes que aplicam o direito conforme suas
convicções pessoais, ou mesmo segundo
recomendações sociológicas, comprometem a segurança
jurídica, pois juízes com posições diferentes decidirão de
forma diferente sobre casos similares.
Sociologia no Direito (ABORDAGEM
EVOLUCIONISTA): O jurista-sociólogo
pode influenciar o processo de
elaboração das leis (porém, elaborar
normas é incumbência da política e não
constitui um trabalho propriamente
jurídico) e pode também influenciar a
doutrina (os estudiosos do direito).
Muitas vezes será também necessário
que o aplicador do direito recorra a
estudos sociológicos e consulte peritos
paracomprovar fatos e para constatar a
opinião da sociedade em casos
juridicamente relevantes.
DEFINIÇÃO DA SOCIOLOGIA JURÍDICA
Sem decidir de forma taxativa, podemos nos
contentar com uma definição simples e geral
da sociologia jurídica, que exprime a relação
“interativa” entre o social e o jurídico: A
sociologia jurídica examina a influência dos
fatores sociais sobre o direito e as incidências
deste último na sociedade, ou seja, os
elementos de interdependência entre o social
e o jurídico, realizando uma leitura externa do
sistema jurídico.
Por que se cria uma norma ou
um inteiro sistema jurídico?
Quais são as
consequências do direito
na vida social?
Quais são as causas sociais da “decadência”
do direito, que se manifesta por meio do
desuso e da abolição de certas normas ou
mesmo mediante a extinção de determinado
sistema jurídico?
Função da Sociologia do DireitoFunção da Sociologia do DireitoFunção da Sociologia do DireitoFunção da Sociologia do Direito
O que faz JURISTA-
SOCIÓLOGO para enfrentar os 
questionamentos a respeito da 
aplicação de uma determinada 
norma na sociedade? 
Deve fazer em 
2 etapas:
Fazer uma pesquisa empírica 
para averiguar em que medida 
são efetivamente perseguidos e 
punidos os furtos de pequenos 
valor.
A Sociologia jurídica NÃO
SE INTERESSA pelo
estudo da justificação do
direito. A análise de seus
fundamentos (razão, ideia
de justiça, moral, vontade
da classe dominante,
racionalização) é pertinente
à filosofia do direito;
Analisar a relação entre o direito 
e a evolução da sociedade para 
tentar explicar porque a norma 
que pune o furto é aplicada ou 
não.
Em conclusão, para o sociólogo do
direito não existe uma única posição
correta.
Tudo depende do ponto de vista
adotado, sendo que a tarefa das
autoridades que aplicam as normas é
diversa daquela dos estudiosos que
fazem uma análise sociológica ou
filosófica do direito.
É o que WEBER denomina de
“SOCIOLOGIA COMPREENSIVA”.
NÃO JULGA mas TENTA 
COMPREENDER o fenômeno que se 
propõe analisar. Ele DEVE BUSCAR 
O SENTIDO que as pessoas de uma 
determinada sociedade dão aos 
acontecimentos e as instituições 
sociais.
A sociologia jurídica NÃO REALIZA 
ANÁLISES NORMATIVAS, isto é, 
NÃO SE OCUPA do problema da 
VALIDADE e da INTERPRETAÇÃO 
do direito. A validade é objeto de 
análise dos teóricos do direito 
positivo, que elaboram os critérios da 
norma válida como é o caso de 
Kelsen. 
A TERCEIRA DIMENSÃO refere-se à
EFICÁCIA das normas jurídicas e corresponde
ao campo de análise do sociólogo do direito.
Tomando como objeto de conhecimento a vida
jurídica, este examina a faticidade do direito, isto
é, a “REALIDADE SOCIAL DO DIREITO”.
Teoria da Tridimensonalidade do DIreito
Miguel Reale
Fato Norma
Valores
O Direito não é apenas norma, letra da lei e sim um reflexo de uma ambiente 
cultural de um determinado lugar e época, onde três aspectos se entrelaçam, 
Fático, Axiológico e Normativo e se influenciam mutuamente em uma relação 
dialética na estrutura histórica.
Eficácia do DireitoEficácia do DireitoEficácia do DireitoEficácia do Direito
Efeito da norma
Eficácia da 
norma
Adequação 
interna
Qualquer REPERCUSSÃO SOCIAL
ocasionada por uma norma constitui
um efeito social da mesma.
Trata-se do GRAU DE
CUMPRIMENTO da norma dentro da
prática social. Uma norma é
considerada socialmente eficaz
quando é respeitada por seus
destinatários ou quando a sua
violação é efetivamente punida pelo
Estado. Nos dois casos a previsão
normativa é respeitada, seja de forma
espontânea, seja por meio de uma
intervenção coercitiva ou punitiva do
Estado.
Trata-se da CAPACIDADE da norma
em ATINGIR A FINALIDADE
SOCIAL estabelecida pelo legislador.
Uma norma jurídica é considerada
internamente adequada quando as
suas consequências na prática
permitem alcançar os fins objetivados
pelo legislador. Em outras palavras
examinamos aqui a funcionalidade da
norma que resulta da análise de suas
consequências sociais
PERSPECTIVAS
Respeito espontâneo da norma Intervenção repressiva do Estado
Preceito / Primária Sanção / Secundária
Fatores de Eficácia da Norma no Direito Moderno
Fatores Instrumentais
a) Divulgação do conteúdo da
norma
b) Conhecimento efetivo da
norma por parte de seus
destinatários,.
c) Perfeição técnica da norma.
d) Elaboração de estudos
preparatórios sobre o tema
que se objetiva legislar.
e) Preparação dos operadores
do direito responsáveis pela
aplicação da norma.
f) Consequências jurídicas.
g) Expectativa de
consequências negativas.
Fatores de situação social
a) Participação dos
cidadãos no processo de
elaboração e aplicação das
normas.
b) Coesão social.
c) Adequação da norma à
situação política e às
relações de força
dominantes.
d) Contemporaneidade das
normas com a sociedade.
Norma Simbólica: Uma 
norma inadequada ou 
ineficaz com relevância 
social. Ex.: Penalização 
do Assédio Sexual.
Adequação Externa da 
Norma: Não interessa a 
Sociologia do Direito.
a) Tem a norma efeitos, eficácia e adequação interna?
b) Por que a norma tem (nunca teve ou deixa de ter) efeitos, eficácia e adequação interna? Ou seja, quais são as razões sociais que levam
à concretização (ou não) de tais aspectos?
c) Qual é a reação do legislador diante da constatação dos efeitos, eficácia e adequação interna de determinada norma?
d) Quais são as razões sociais de determinada reação do legislador?
CONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMASCONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMASCONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMASCONFLITO E INTEGRAÇÃO DAS NORMAS
Teoria Funcionalista
Teoria de Conflito
Teoria Macrossociológicas
- Estudo da sociedade como um todo -
Também denominadas teorias da integração, dividem-
se em várias correntes. Tem as seguintes 
características gerais: consideram a sociedade como 
uma grande máquina. Esta distribui papéis e recursos 
(dinheiro, poder, prestígio, educação) aos seus 
membros, que são identificados como as “peças da 
máquina”. A finalidade da sociedade é a sua 
reprodução por meio do funcionamento perfeito dos 
seus vários componentes. Isto pressupõe que os 
indivíduos sejam integrados no sistema de valores da 
sociedade e que compartilhem os mesmos objetivos, 
ou seja, que aceitem as regras sociais vigentes e se 
comportem de forma adequada às mesmas.
Em geral, as teorias do conflito entendem que na 
sociedade agem grupos com interesses 
estruturalmente opostos, que se encontram em 
situação de desigualdade e em luta perpétua pelo 
poder. Assim sendo, as teorias do conflito 
consideram que o nexo principal da sociedade não é 
o interesse comum, o consenso, o progresso ou a 
convivência pacífica, mas, ao contrário, a coação e o 
condicionamento ideológico, que servem para manter 
a dominação. 
Os marxistas distinguem, como dado fundamental, a 
presença de duas classes (detentores dos meios de 
produção, por um lado, explorados, por outro lado), 
os teóricos liberais analisam a atuação de vários 
estratos e elites sociais. Ambos consideram, porém, 
o conflito (e a ruptura) como a “lei” principal da 
história social.
Anomia (3 sentidos)
- Por Miranda Rosa
1. Quando uma pessoa vive
em situação de transgressão
das normas, demonstrando
pouca vinculação às regras
da estrutura social a qual
pertence, Exemplo: um
delinquente. Aqui anomia
significa principalmente
ilegalidade.
2. Quando ocorre um conflito 
de normas que acaba 
estabelecendo exigências 
contraditórias, tornando difícil 
a adequação do 
comportamento do indivíduo à 
norma. (exemplo: serviço 
militar e crença religiosa). 
Aqui a anomia tem o sentido 
de ausência de regra clara de 
comportamento.
3. Quando se constata falta de normas que vinculem as pessoas num contexto social 
(exemplos: cultura hippie americana dos anos 70; o iluminismo jurídico com abolição das 
torturae inquisição; numa guerra, com saques e atos de violência). Nesses momentos 
históricos, que eram períodos de transição, vivia-se uma situação de anomia, um 
momento de “perda de referencial”. Nestes três exemplos anomia significa ausência de 
normas de referência na sociedade. Trata-se uma crise social de caráter amplo, onde os 
membros de grandes grupos sociais (e a sociedade mesma) "não sabem o que fazer".
Anomia - Guyau
o conceito da anomia é introduzido para indicar a 
existência de uma moral desvinculada de regras sociais. 
Por esse motivo, define anomia como ausência de lei fixa 
e a considera como um elemento positivo que liberta os 
indivíduos, em contraposição a qualquer lei que é 
considerada como universal e oprime a liberdade 
individual.
Emile Emile Emile Emile 
DurkheimDurkheimDurkheimDurkheim
MÉTODO
• Positivista
• Explicativo
• Comparativo
• Evolucionista
Fatos Sociais
A sociedade age através dos
fatos sociais que são
maneiras de agir, de pensar e
de sentir exteriores ao
individuo, dotadas de um
poder de coerção em virtude
do qual se lhe impõe aos
mesmos indivíduos.
É exterior ao homem;
É coercitivo;
É geral/coletivo.
Pensa a Sociologia como disciplina científica. Tem como grande característica a objetividade do
Conhecimento.
Para ele a sociedade é um sistema que representa determinada realidade com características próprias,
que diferem do indivíduo e que o mudam, além de obrigá-lo a ser como entende que ele deva ser, uma
combinação de consciências individuais que corresponde a consciência coletiva que difere daquela
consciência individual e mesmo da somas dessas consciências individuais.
ANOMIA
Poder ser identificada toda vez que AS RELAÇÕES SOCIAIS, assim como a
Divisão do trabalho, ENGENDRAM CONFLITO AO INVÉS DE 
SOLIDARIEDADE.
SUICÍDO
• ANÔMICO: Se deve a uma situação de desregramento social devido 
ao qual as normas estão ausentes ou perdem o respeito.
• EGOÍSTA: Provocado pela desintegração social, pela ausência ou 
franqueza da religião.
• ALTRUÍSTA: Típico das sociedades inferiores, em que o ego individual 
é totalmente dissolvido em prol da coletividade.
Estrutura Social
- Solidariedade -
MECÂNICA
Típica das sociedades tradicionais, os indivíduos 
diferem um pouco uns dos outros. Há uma fonte 
de consciência coletiva. DIREITO PUNITIVO. 
ORGÂNICA
Típica das sociedade modernas, nela o 
consenso resulta de uma diferenciação. Cada 
uma exerce sua função e fazendo isso como 
peça de coesão de um todo. DIREITO 
RESTITUTIVO.
Fato Social Fundamental que permite a passagem de um tipo de 
sociedade para outro é a DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL, 
quanto uma sociedade faz a diferenciação funcional da estrutura 
social, mediante diversos papéis e tarefas realizadas pelos órgãos 
sociais, tendo uma maior integração social e para um melhor 
desenvolvimento dos indivíduos.
Anomia
Robert King Merton
A principal crítica que pode ser lançada à teoria de Merton é que o autor
entende as condutas de inovação, ritualismo, evasão e rebelião, como
manifestação de uma disfunção dentro do sistema social. O autor parte da
ideia da existência de um equilíbrio social e considera o desvio como
manifestação patológica, apesar de reconhecer a contribuição do sistema para
a produção do comportamento anômico.
a) Conformidade (comportamento modal).
b) Inovação.
c) Ritualista.
d) Evasão.
e) Rebelião.
AnomiaAnomiaAnomiaAnomia
NÃO ANÔMICA: descumprimento da norma apesar de sua
aceitação. O indivíduo aceita as normas vigentes
encontrando-se, na terminologia de Merton, em situação de
conformidade (comportamento modal) (exemplo: homicida
que se arrepende).
ANÔMICA: descumprimento de norma que o indivíduo
considera inadequada ou injusta. Nesse caso, a pessoa viola
a norma por convicção, encontrando-se, na terminologia de
Merton, em situação de inovação ou de rebelião (exemplo:
grupo político pratica atos terroristas).
Atualidade
Diante desta situação, o Estado
pode adotar quatro posturas:
Manter a norma formalmente em
vigor, mas tolerar a violação;
Realizar uma mudança legislativa,
revogando ou modificando normas
para harmonizar o direito com os
valores da sociedade;
Fazer propaganda moral para
convencer as pessoas a respeitar
determinadas leis ;
Intensificar a repressão para
combater a tendência anômica.
Mudança Mudança Mudança Mudança 
SocialSocialSocialSocial
“A mudança social indica 
uma modificação na 
forma como as pessoas 
trabalham, constituem 
famílias, educam seus 
filhos, se governam e 
dão sentido à vida”. 
Portanto, a mudança 
social indica uma 
reestruturação das 
relações sociais.
Direito e a Sociedade
Como Propulsor ou Obstáculo para Mudança
Uma parte dos estudiosos 
entende que o direito, como 
manifestação social, é 
determinado pelo contexto 
sociocultural: a sociedade produz 
o direito que lhe convém. Dentro 
desta perspectiva, os autores 
mais críticos sustentam que existe 
apenas uma imposição de 
interesses por parte dos grupos 
que exercem o poder. Estes 
conseguem impor aos sujeitos 
mais fracos as regras de conduta 
que permitem reproduzir, em nível 
normativo, a dominação social.
Fundamenta-se na hipótese de que 
uma vontade exprimida por meio de 
um mandamento. Em posição contrária 
situam-se os autores que entendem 
que o direito é um fator determinante 
dos processos sociais. Os autores que 
adotam esta perspectiva entendem 
que o direito possui a capacidade de 
determinar o contexto social, de atuar 
sobre a realidade e de mudá-la. Por 
exemplo, uma lei sobre um novo 
problema social, ou uma mudança nas 
normas promovida por um novo 
governo, poderá conseguir impor aos 
membros de uma comunidade novos 
tipos de comportamento.
O direito é, em geral, configurado 
por interesses e necessidades 
sociais, ou seja, é produto de um 
contexto sociocultural. Isto não 
impede que o mesmo possa influir 
sobre a situação social, assumindo 
um papel dinâmico. Em outras 
palavras, o direito exerce um duplo 
papel dentro da sociedade: ativo e 
passivo. Ele atua como um fator 
determinante da realidade social e, 
ao mesmo tempo, como um 
elemento determinado por esta 
realidade. Dentro deste contexto 
identificam-se as pressões dos 
grupos de poder que podem induzir 
tanto para que se dê a elaboração 
de determinadas regras, bem como 
para que as regras em vigor não 
sejam cumpridas, levando a um 
processo de anomia generalizado.
Realistas
Idealistas
Conciliadora
Construtivismo JurídicoConstrutivismo JurídicoConstrutivismo JurídicoConstrutivismo Jurídico
Supõe-se que o direito é um instrumento de governo, cuja
criação e aplicação permite proteger determinados
interesses e impor padrões de comportamento, mudando a
sociedade. Assim sendo, o direito apresenta-se como
ferramenta que permite “construir” (e mudar) a própria
sociedade.
Afirma que a relação entre direito e mudança 
social se concretiza da seguinte forma:
O direito é uma variável dependente, ou seja, 
um fenômeno social que muda historicamente 
em função de outros fenômenos. A relação 
entre os grupos e as classes sociais, definida 
principalmente pelo fator econômico, determina 
as estruturas jurídicas. O direito pode ser, então, 
considerado como um produto de interesses 
sociais, que dependem das relações de 
dominação em cada sociedade.
Apesar de ser uma variável dependente da 
estrutura social-cultural, o direito possui uma 
autonomia relativa e, por consequência, pode 
induzir a mudanças sociais. Apesar de existirem 
controvérsias com relação aos limites da 
autonomia do sistema jurídico, não se coloca 
em dúvida que o direito tenha incentivado 
muitas transformações nas sociedades 
modernas.
O EMPRÉSTIMO JURÍDICO consiste
na assimilação voluntária de
determinadas normas provenientes
do direito de outras nações.
Sabemos que o direitosofre
constantes transformações para
adaptar-se aos processos de
mudança da realidade social.
A ACULTURAÇÃO JURÍDICA
verifica-se uma maior influência da
esfera externa. Por aculturação
jurídica entende-se o processo de
recepção de um direito alienígena
que provoca alterações globais no
direito do país receptor.
Concretamente, a aculturação pode
ocorrer de duas maneiras. Primeiro,
por meio de uma decisão externa.
É importante diferenciar a
aculturação do empréstimo. O
empréstimo refere-se a matérias
específicas e não a todo o
ordenamento jurídico, como
acontece com a aculturação. Além
disto, o empréstimo é voluntário,
sendo que a aculturação jurídica
pode ser produto de uma
imposição direta.
X
POSIÇÕES QUE O DIREITO
PODE ADOTAR DIANTE A
MUDANÇA SOCIAL:
a) Reconhecimento;
b) Anulação;
c) Canalização;
d) Transformação.
Soriano
Para BENTHAM, o direito é um conjunto de 
mandatos, criados pelo legislador como 
braço do Estado. 
Utilitarismo
Montesquieu
Não se interessou em dizer 
qual deveria ser o direito, nem 
justificá-lo e sim em explicá-lo e 
descrevê-lo em sua realidade 
social.
Paradigmas para 
desenvolvimento da 
Sociologia.
• Relativismo;
• Causalidade história e 
sociológica;
• Determinismo.

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