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Aula Direito Tributário - Resumo Completo

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DIREITO TRIBUTÁRIO I 
 
 
Evolução histórica do Direito Tributário: CF/88 – Marco fundamental, intuito intervencionista – 
direitos sociais. 
 Para manter os direitos sociais é necessário tributar. 
 Era comum na década de 1987 à 1992 o governo bloquear valores específicos da conta 
poupança, desde que, depois de um certo lapso de tempo devolvesse. Toda vez que 
houvesse mudança de moeda e o governo tivesse retirado cer bto valor, deveria reverter o 
valor para a moeda atual. Contudo, o valor sofria alterações de 3 casas. Ex: retirou 30.000, 
só pagaria 10.000, possibilitando a parcela em até 6 vezes. 
 
Tipos de tributos: 
1. Impostos 
2. Taxas 
3. Contribuições de melhorias 
4. Contribuições parafiscais 
5. Empréstimo compulsório (obrigatório): feito pela União Federal em 1981. 
 
 
Conceito de Tributo – CTN: 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
5 Requisitos Básicos para ser : 
 
1. Prestação pecuniária: 
Art. 162. O pagamento é efetuado: 
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por 
processo mecânico. Não vai cair na prova, pois está em desuso. 
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o 
pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou 
mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 
 § 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate 
deste pelo sacado. 
 
*Com relação ao cheque, este apenas quitará o debito quando devidamente 
saldado pela instituição financeira. 
 
Em regra o pagamento é feito em dinheiro, cheque (Depende de quem vai receber, 
ninguém é obrigado a aceitar, visto que não tem curso forçado, outro requisito é que 
tem que ser compensado) ou vale postal (está em desuso). 
 
Figura como exceção a dação em pagamento de bens imóveis, quando o credor 
consente em receber parcela diversa da acordada, contudo, está em desuso. 
(Depende de lei que autorize dar imóvel em pagamento para extinguir a divida 
tributária). 
Bens móveis não são aceitos como dação em pagamento. 
 
2. Compulsório: obrigatório, não contratual, não voluntária ou não facultativa. Luciano 
Amaro informa que: “o nascimento da obrigação de prestar (o tributo) é compulsório (ou 
forçado), no sentido que esse dever se cria por força da lei (obrigação ex lege), e não da 
vontade dos sujeitos da relação jurídica (obrigação ex voluntate)” 
Art 5º, II, CF – Só é obrigado em virtude de lei. 
 
 
 
 
3. Instituído em lei: decorrente do princípio da legalidade, criado/majorado por lei ordinária 
(maioria simples) ou medida provisória: 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá 
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
III - reservada a lei complementar; (a união federal) 
 
Exceção: criação por lei complementar (maioria absoluta)(União) 
- imposto sobre grandes fortunas (ISGF) 
- empréstimos compulsórios (Art. 148, CF) 
- impostos residuais/novos da União (Art. 154, I, CF) 
- contribuições previdenciárias novas (Art 195, CF) 
 
**Municipios e estados não criam impostos novos, somente a união pode 
criar. 
 
O CTN é lei complementar, foi criada como lei ordinária em 1966, mas foi recebido pela CF em 
1988 com estatus de lei complementar. Mas agora só pode criar impostos através de lei ordinária 
e medida provisória. 
 
 
 
4. Mediante atividade administrativa plenamente vinculada: é realizada pelo lançamento 
da obrigação tributária, sendo ato documental, que visa quantificar e qualificar a obrigação 
tributária existente. Não existe lançamento verbal. Em outras palavras, praticado o fato 
gerador, deverá a autoridade competente efetivar o lançamento em face do sujeito 
passivo, sem margem de opção, sob pena de responsabilização administrativa, art. 142, § 
único do CTN. 
 
Ex: Alguém que é amigo do fiscal, este pode deixa de lançar o tributo? Obviamente que 
não, sob pena de responsabilização funcional. 
 
 Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento 
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação 
da penalidade cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
 
 
5. Não decorra da sanção de ato ilícito: multa é diferente de tributo, pois multa pune o ato 
ilícito. É de se mencionar que ambos os institutos são inconfundíveis, pois o tributo deriva 
da incidência do poder tributário sobre a propriedade privada e a penalidade resulta do 
poder penal do Estado e tem por objetivo resguardar a validade da ordem jurídica, 
possuindo caráter punitivo ou de sanção. Em outras palavras, “Paga-se o tributo porque 
se realiza um fato gerador; recolhe-se a multa porque se descumpriu uma obrigação 
tributária”. 
 
Sempre vai ser decorrente de uma lei, sempre vai ser necessário lei para cobrar tributo. O 
tributo jamais vai nascer de ato ilícito, somente de atos lícitos. 
 
 
Princípio “non olet” – sem cheiro – atividade decorrente da atividade ilícita é tributável, 
ex: comprar carro com dinheiro de tráfico para IPVA. 27,5% sobre a renda + multa 
150% sobre o valor – e avisa ao MP para apurar origem do dinheiro. 
 
 
COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS 
 
Competência tributária indelegável, intransferível e irrenunciável: art. 145-157, CF, 153 A 156 CF 
 
Competência para Criação: Aptidão para criar tributos. Atribuição concedida pela CF a 
determinados entes para criação de tributos no Brasil – União, Estados, Municípios e DF. 
 
 A Competência tributária é a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente 
político para que este, com base na lei, proceda a instituição da exação tributária, conforme 
arts. 153 a 156 da CF. 
 A Constituição Federal consagrou o princípio do Federalismo, DIVIDINDO entre as 
Pessoas Políticas (União, Estados, DF e Municípios) o poder de Tributar. (art. 153 a 156). 
 A competência tributária é indelegável, intransferível e irrenunciável. 
 
 
 
 
 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos 
incisos I, II, IV e V. 
 
§ 2º O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da 
progressividade, na forma da lei; 
 
§ 3º O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
com o montante cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. 
IV - terá reduzidoseu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo 
contribuinte do imposto, na forma da lei. 
 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a 
manutenção de propriedades improdutivas; 
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as 
explore o proprietário que não possua outro imóvel; 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma 
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma 
de renúncia fiscal. 
 
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento 
cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o 
inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota 
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da 
arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme 
a origem; 
II - setenta por cento para o Município de origem. 
 
 
Competência Residual: impostos extraordinários em casos de guerra 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
 
Competência aos Estados e DF: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda 
que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da 
situação do bem, ou ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde 
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao 
Distrito Federal; 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu 
inventário processado no exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante 
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da 
legislação: 
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas 
operações ou prestações seguintes; 
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos 
serviços; 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República 
ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus 
membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação; 
V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante 
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de 
seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito 
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de 
iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; 
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos 
termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações 
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não 
poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; 
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor 
final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-
á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário 
o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado 
destinatário e a alíquota interestadual; 
a) (revogada); 
b) (revogada); 
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à 
diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII 
será atribuída: 
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; 
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; 
IX - incidirá também: 
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por 
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do 
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço 
prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o 
domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou 
serviço; 
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas 
com serviços não compreendidos na competência tributária dos 
Municípios; 
X - não incidirá: 
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre 
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção 
e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e 
prestações anteriores; 
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive 
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia 
elétrica; 
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; 
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; 
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre 
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e 
relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure 
fato gerador dos dois impostos; 
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento 
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias 
e das prestações de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, 
serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para 
outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito 
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e 
revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá 
uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não 
se aplicará o disposto no inciso X, b; 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, 
também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. 
 
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e 
o art.153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações 
relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de 
petróleo, combustíveis e minerais do País. 
 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: 
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, 
o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; 
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus 
derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste 
parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, 
mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as 
demais mercadorias; 
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e 
lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, 
destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos 
Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o 
seguinte: 
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas 
por produto; 
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, 
incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu 
similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto 
no art. 150, III, b. 
 
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as 
relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante 
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g. 
 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. 
 
 
Competência dos Municípios: 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, 
definidos em lei complementar. 
 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 
4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
 
§ 2º O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a 
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou 
extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade 
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, 
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
II - compete ao Município da situação do bem. 
 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe 
à lei complementar: 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios 
fiscais serão concedidos e revogados. 
 
Art 147, CTN – Estudar para concursos 
 
 
Capacidade tributária Delegável: fiscalizar e arrecadar tributos (INSS, CRC, OAB, etc) 
 
 Capacidade tributária: é a função específica de fiscalizar e arrecadar tributos, conforme art. 
7º, § 3º do CTN. No Brasil é comum em relação às autarquias (INSS, CRC, OAB, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS: 
 
 
Sistema Tributário 
 
- Formatação (art. 145 a 162 da CF) 
 Foi dividido em 06 (seis) partes: 
1. Princípios Gerais: arts. 145 – 149-A 
2. Limitações ao Poder de Tributar: arts. 150 – 152 
3. Impostos da União: arts. 153 – 154 – Tributário II 
4. Impostos dos Estados e Distrito Federal: art. 155 – Tributário II 
5. Impostos dos Municípios: art. 156 – Tributário II 
6. Repartição das Receitas Tributárias: arts. 157-162 
 
 
 
Princípios Constitucionais 
1. LEGALIDADE 
2. ANTERIORIDADE OU EFICÁCIA DIFERIDA 
3. IRRETROATIVIDADE 
4. IGUALDADE 
5. CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
6. VEDAÇÃO DE CONFISCO 
7. LIBERDADE DE TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS 
8. UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA 
9. NÃO CUMULATIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Princípio da legalidade tributária– ART. 150, I, CF e Art. 97 do CTN. 
 
Art 5º, II, CF 
 
Os entes tributantes só poderão criar ou aumentar um tributo por meio de LEI, conforme art. 
150, I, da CF e art. 97 do CTN. 
A lei apta a instituir ou aumentar um tributo é LEI ORDINÁRIA ou Medida Provisória (art. 62 da 
CF). Mas como a Lei Complementar tem um quórum maior também pode criar ou aumentar 
tributo. Mas quando exige Lei Complementar não é possível criar por lei Ordinária 
Art. 62, §1º, III – É vedado MP para matérias reservadas a Lei Complementar. 
 
 Exceção: 
 Há 04 (quatro) tributos federais exigem criação por LEI COMPLEMENTAR: 
1. Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153, VII, CF) 
2. Empréstimos Compulsórios (art. 148, CF) 
3. Impostos Residuais da União (art. 154, I, CF) 
4. Contribuições Previdenciárias Novas (art. 195, § 4º, CF) 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
Exceções: 
a) Tributos Federais que exigem criação por lei complementar: 
 Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153, VII, CF) 
 Empréstimos Compulsórios (art. 148, CF) 
 Impostos Residuais da União (art. 154, I, CF) 
 Contribuições Previdenciárias Novas (art. 195, § 4º, CF) 
______________________________________________________________________________ 
 
 Há, ainda mais 06 exceções ao princípio da legalidade, pois há tributos que podem 
ser majorados por Ato do Executivo – Função Regulatória do (têm caráter extrafiscal – 
regulam a economia ou o mercado do país). 
**Aumenta o imposto de importação e baixa o IPI, assim o produto importado fica com preço 
maior e as pessoas passam a comprar o produto no país, isso ajuda a regular a economia. 
b) Tributos que podem ser majorados por Atos do Executivo em decorrência de função 
regulatória: têm caráter extrafiscal – regulam a economia ou o mercado do país; 
 Imposto de Importação 
 Imposto de Exportação 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 
 
~ Após a edição da emenda 33/2001, foram acrescentados mais dois Tributos, um 
federal e outro estadual: 
 CIDE – Combustíveis (art. 149, §2º, II, c/c art. 177, § 4º, b, CF88) 
 ICMS – Combustíveis (art. 155, §4º, IV, CF88) 
 
 
Ainda, é de se mencionar que tal princípio se relaciona intimamente com o princípio da estrita 
legalidade descrito no art. 97 do CTN, vejamos: 
 
 
1.1. Princípio da estrita legalidde - Art. 97, CTN – É um subprincípio do Princípio da 
Legalidade. 
 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
 I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
 II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado 
o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias 
a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
 VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de 
cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 
 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso 
II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
 
 
Requisitos para a criação do tributo: 
 
I. Alíquota: porcentagem que incide sobre a base de cálculo, ex: ipva – valor venal 
do veículo; 
 
II. Base de cálculo: unidade de medida onde vai incidir a norma tributária 
 
III. Sujeito passivo: obrigado pelo pagamento do tributo 
Direto – contribuinte, ligação direta com o fato gerador, 
Indireto - responsável tributário, não pratica fato gerador, mas lei obriga ao 
pagamento. 
 
IV. Multa: penalidade pelo não pagamento (0-300%) 
V. Fato gerador: conduta, prática que decorre na cobrança do tributo; 
 
 A falta de um dos requisitos gera nulidade formal da lei, não precisa pagar 
tributo. 
 
 Prazo de pagamento não é elemento obrigatório, pode ser regulado por 
decreto legislativo. Prazo de pagamento não faz parte dos elementos 
obrigatórios, por isso não precisa ser fixado por lei, pode ser por portaria 
(Informativo STF 134), contudo, há divergência em relação a alguns 
doutrinadores, mas, para concursos, mencionar que não é obrigatório. 
 
 Atualização monetária da base de cálculo: jurisprudência entende que 
não configura majoração e, portanto, atualização não necessita de 
previsão legal. Contudo, não pode exceder índice oficial de correção 
monetária, pois o excesso configura majoração. Não há majoração de 
tributo quando a alíquota permanece a mesma e o que aumenta é a base 
de calculo. Ex: IPTU – INCC aumenta 6%, através de decreto é possível 
um município atualizar a base de calculo até o índice oficial. Se aumentar 
acima do índice oficial incide em majoração de imposto, e necessita de 
lei para isso. 
 
Pode o legislador atualizar o valor monetário do tributo sem previsão 
legal, contudo, esta atualização não pode exceder ao valor do índice 
oficial de correção monetária, sob pena de majoração e necessariamente 
violação ao princípio da legalidade. 
 Ex: Os Muncípios atualizam a base de cálculo do IPTU (valor venal do 
município) anualmente, contudo, o índice permitido deve ser apenas o 
oficial, no caso em comento, o INCC. 
 
 
 
2. Princípio da Anterioridade (anual) tributária: “eficácia diferida”. Entes tributantes não podem 
cobrar tributos no mesmo exercício financeiro (01/01 a 31/12) em que tenha sido publicada a 
lei (criação majoração). Os entes tributantes não podem cobrar tributos no mesmo exercício 
financeiro em que tenha sido publicada a lei. Isso foi feito para não pegar contribuinte de 
surpresa e garantir a Segurança Jurídica. 
 
 DECORAR AS DUAS TABELAS ABAIXO PARA PROVA 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; 
 
Exceção: podem ser cobrados no mesmo exercício: 
 Imposto de Importação 
 Imposto de Exportação 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 
 Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II, CF88) 
 Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública (art. 148, I,) 
 CIDE – Combustíveis (art. 149, §2º, II, c/c art. 177, § 4º, b, CF88) 
 ICMS – Combustíveis (art. 155, §4º, IV, CF88) 
 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a 
lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
Princípio da Noventena - aguardar 90 dias para ser cobrado, contados 
da criação/majoração. 
 
Exceção: podem ser cobrados no mesmo exercício sem aplicar 
noventena: 
 Imposto de Importação 
 Imposto de Exportação 
 Imposto de Renda (IR) 
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 
 Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II, CF88) 
 Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública (art. 148, I,) 
 Alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA 
 
 
 Imposto sobre produtos industrializados (IPI), CIDE e ICMS sobre Combustíveis não podem 
ser cobrados imediatamente – princípio da noventena. 
 
 Imposto de renda (IR): Não precisa aguardar os 90 dias, mas só pode entrar em vigor no 
exercício financeiro seguinte – 01 de janeiro. 
 
 Ocorrerá a incidência da lei em 1º de janeiro para os tributos que forem criados ou majorados 
entre o dia 01 de janeiro e dia 02 de outubro de um determinado ano. 
 
EXERCÍCIO: A União Federal majorou o imposto de renda no dia 31/12/2017, sendo que a lei 
foi publicada no mesmo dia e constou no corpo da lei que a sua vigência coincidia com a 
data de sua publicação e a eficácia conforme os princípios constitucionais tributários. 
Indique a vigência e eficácia da legislação: 
R: Cobrança a partir de 01.01.2018, não segue a regra da noventena, pode ser cobrado de 
forma majorada em 01.01. 
 
 
EXERCÍCIO: O município de SMO majorou o ISS no dia 31/07/2017, majorando de 2 pra 5% o 
ISS sobre serviços da rede hoteleira. O decreto foi publicado no dia 31/07/2017 e por lapso 
não foi mencionado sua data de vigência. Indique vigência e eficácia conforme os princípios 
tributários: 
R: Não pode majorar por decreto – vício formal 
 
EXERCÍCIO: A União Federal majorou por decreto (pode) o IPI no dia 31/07/2017, sendo que 
a sua vigência coincidiu com a sua publicação. Indique vigência e eficácia conforme os 
princípios tributários: 
R: Pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro. 
Aplica-se a noventena. (31/10/2017) 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. A União Federal majorou o imposto de renda no dia 31.12.2015 e, no mesmo dia, publicou a lei 
no DOU. A majoração consistia no acréscimo de 10% sobre a maior alíquota do imposto. Indique 
a vigência e a eficácia da legislação. 
R: Cobrança a partir de 01.01.2016, não segue a regra da noventena, pode ser cobrado de forma 
majorada em 01.01. 
 
2. O município de SMO majorou o IPTU no dia 20.11.2015 e publicou o decreto no dia 30.01.2016 
e por lapso não mencionou a data da vigência do decreto. Indique a vigência e a eficácia da 
legislação. 
R: Não pode majorar por decreto – vício formal 
 Caso fosse por Lei: Prazo a partir da data da publicação – 45 dias 
Cobrança no exercício financeiro seguinte – 01.01.2017.. 
 
Anterioridade Especial: Aplica-se nas contribuições sociais previdenciárias, devendo estas 
aguardarem o prazo de 90 dias para serem aplicadas. 
3. Princípio da irretroatividade da norma tributária: Não pode tributar fatos geradores ocorridos 
antes da vigência da lei. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
 a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da 
lei que os houver instituído ou aumentado; 
 
Art. 144, CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador 
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada. 
 
Exceção: 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
 I - em qualquer caso, quando sejaexpressamente interpretativa, 
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
 II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
 a) quando deixe de defini-lo como infração; 
 b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha 
implicado em falta de pagamento de tributo; 
 c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
 Lei interpretativa: lei criada para resolver outra lei – não existe mais, mas há possibilidade 
legal; 
 
 Fatos não definitivamente julgados: quando a penalidade for mais benéfica ao sujeito 
passivo; 
 
 As alíquotas são sempre mutáveis – lei vigente da época: penalidade pode retroagir. 
 
 A municipalidade pode isentar juros e penalidades, mas não pode isentar multas e 
correção monetária em razão do princípio da isonomia. 
 
 
4. Princípio da igualdade – isonomia: refere-se à igualdade total, ou seja, quem praticou fato 
gerador incide no pagamento do tributo. Não existe diferenciação com relação ao fato gerador, 
independentemente de outras características. 
 
CF, Art. 150: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação 
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
Quem é obrigado a pagar: 
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
 I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
 II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem 
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou 
profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; 
 III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que 
configure uma unidade econômica ou profissional. 
 
 
5. Princípio da capacidade contributiva: Quanto mais se ganha, mais se paga (tributos diretos). 
Tributos indiretos: todos são tarifados da mesma forma, independente de quanto recebe. Neste 
caso não ocorre a incidência do princípio. 
 
Ar. 145, 1º, CF: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado 
à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
 Fundamento constitucional da progressividade das alíquotas, ex: IPTU 
 
 
6. Princípio da vedação de confisco: Tributação extremamente exagerada. Administrativamente 
não ocorre mudança da multa. Através do Judiciário será definido pelo caso concreto se houve 
cobrança por meio de confisco ou não, podendo pagar multas exageradas. 
 
CF, Art. 150: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV – utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
Ex: pena de perdimento para veículo (mercadoria LÍCITA), se os produtos ultrapassarem 
50% do valor do carro, perde o carro se não, pode recorrer exigindo o carro de volta. 
 
 
 
7. Princípio da liberdade ao tráfego de pessoas e bens: Não pode limitar tráfego por meio de 
tributos interestaduais e intermunicipais. 
 
CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
 
Exceção: tempos de guerra. 
 
 Pedágio constitucionalmente legalizado 
 
8. Princípio da uniformidade geográfica: a União é obrigada a instituir tributos de forma uniforme 
no país. 
 
 Tributos federais tem a mesma alíquota. 
 
CF, Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou 
a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos 
fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-
econômico entre as diferentes regiões do País; 
 
Exceção: atenuação para incentivos fiscais para promover equilíbrio sócio-
econômico no país entre as diferentes regiões ( peculiaridades de cada 
Estado). 
 
 
CF, Art. 19: É vedado à União: 
III - É vedado à União: criar distinções entre brasileiros ou preferências entre 
si. 
 
 
9. Princípio da não cumulatividade: Aplicado para 3 impostos: 
 ICMS 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (ipi) 
 Impostos Residuais da União 
 
 A incidência do imposto ocorre sobre o valor agregado ou acrescido em cada operação e 
não sobre o valor total, proibindo-se a tributação em cascata. 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2º O imposto previsto no inciso II (II - relativamente a bens móveis, títulos e 
créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, 
ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal) atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante 
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 3º O imposto previsto no inciso IV (IV - produtos industrializados;) 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
com o montante cobrado nas anteriores; 
 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
 
EX: ICMS 
 
VALOR VALOR REVENDEDOR VALOR CONSUMIDOR 
1.000,00 3.000,00 6.000,00 
10% 10% 10% 
 
Apenas sobre valor agregado, assim: 
Entre 1.000 e 3.000,00= 2.000,00. Já entre 3.000,00 e 6.000,00= 3.000,00 
 
~ Retirando 10% de cada agregação: 
 100,00 200,00 300,00= PAGARÁ 600,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR 
CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil 
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou 
obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvona etapa 
de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
 
 
Imunidades: determinadas pessoas jurídicas e políticas, bem como determinados bens, não 
pagam impostos por conta da norma constitucional, sequer praticam fato gerador. 
 
CF, Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e 
das seguintes contribuições sociais: 
 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas 
em lei. 
 
 Imunidade mesmo que esteja escrito “isentas”. 
 
 Isenção: a lei dispensa o pagamento de tributo, mesmo que seja praticado o fato 
gerador, conforme requisitos subjetivos comprovados – a mesma lei que cria a 
isenção cria os requisitos. 
 
 Não incidência: fatos diários praticados por todos, mas que não há incidência da 
norma tributária. Ex: respirar, correr. 
 
 A qualquer momento pode se tornar norma de incidência. 
 
 Ambas as expressões devem estar expressas nas leis. 
 
 
Espécies de Imunidades: 
 
a) Recíproca ou intergovernamental: União, Estados, DF e Municípios não podem cobrar 
impostos uns dos outros, devido à isonomia entre os entes constitucionais. 
 
Ex: carros prefeitas, viaturas, são isentas ao imposto IPVA, mas pagam taxas de 
licenciamento. 
 
 Imunidade estendida às autarquias e fundações públicas: 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
 
 
b) Para templos: busca preservar a liberdade religiosa no país, independente da extensão 
do templo, inclusive, estende-se aos anexos (casa paroquial, casa do pastor e cemitério). 
O requisito é a renda para finalidade da igreja, não afetando a livre concorrência. 
 
 Apenas com relação aos impostos!! 
 Cultos demoníacos não tem imunidade tributária. 
 
 
c) Patrimônio: patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (art. 150, VI, C, CF) 
 
~ Cumprir de forma cumulativa o art. 14 do CTN: 
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à 
observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: 
 I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas 
rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) 
 II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção 
dos seus objetivos institucionais; 
 III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 
 
 
 Entidades de assistência social também são imunes a contribuições sociais (além 
dos impostos): 
195, § 7º, CF: São isentas de contribuição para a seguridade social as 
entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. 
 
 Partidos políticos registrados no TSE; 
 Sindicatos patronais não tem imunidade, apenas sindicatos dos 
trabalhadores. 
 
d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão: Objetivo de difundir a 
cultura, acesso à informação, atinge bens (imunidade objetiva). 
 
 Não importa o cunho cultural que venha nos jornais, periódicos e revistas. Abrange 
apenas impostos que incidem sobre os livros, vendedor de livro paga IR. 
 Papel tem imunidade tributária, a tinta não tem. 
 Revistas da Avon/Jequiti não têm imunidade tributária, por conta do cunho 
comercial; 
 Playboy e G magazine têm imunidade tributária; 
 Discussão no STF sobre a imunidade tributária de ebooks. 
 
e) Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras 
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas 
por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os 
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser: 
objetiva combater a piratria. 
 
 Fonogramas – músicas 
 Videofonogramas – vídeos com sons musicais 
 Músicas instrumentais não têm imunidade tributária. 
 
 
 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
CTN, Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
A Constituição Federal, em seu artigo 145, trouxe mais duas espécies tributárias, os empréstimos 
compulsórios e as contribuições parafiscais, totalizando 05 espécies tributárias. 
 
 
1. Impostos: Art. 16 da CTN e 145 da CF. 
 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
 
Finalidade: custear as despesas do Estado. 
Requisito: não ser vinculado a nenhuma atividade estatal, somente é cobrado pela prática de fato 
gerador, sendo assim, deve pagar sem cobrar nada do Estado. Os impostos devem custear 
serviços públicos e gerais, como educação, segurança pública. 
 
CF, Art. 167, IV – é vedada a vinculação da receita do imposto à órgãos, fundo 
ou despesa. 
 
Lista de impostos: taxativa da CF. 
 Federais: Art. 153. 
 Estaduais: Art. 155 
 Municipais: Art. 156 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS: 
-DIRETOS – 
Carga econômica é suportada pelo contribuinte, aquele que deu ensejo ao fato gerador. 
Vinculação direta com a situação jurídica. 
-INDIRETOS – 
Terceira pessoa, não praticou o fato gerador, mas fica responsável pelo pagamento do tributo. 
O imposto não é assumido por quem praticou o fato gerador. Ex: recolhimento de INSS pela 
UNOESC e não pelo prof. Andrey, pois Andrey possui vinculação direta com a UNOESC, portanto, 
responsabilidade de recolhimento recai para UNOESC. 
Ex: IPI, ICMS 
-PESSOAIS – 
Levam em conta condições particulares do contribuinte, qualidades pessoais juridicamente 
qualificadas do contribuinte. Ex: IR 
-REAIS – 
Levam em consideração a matéria tributária, ou seja, o próprio bem ou coisa, sem cogitar 
situações pessoais do sujeito passivo. Ex: todos os demais impostos, exceto o IR.INDEPENDE DA 
CONDIÇÃO PESSOAL, BASTA A PRÁTICA DO FATO GERADOR. 
- FISCAIS– 
Intuito estritamente arrecadatório, prover o Estado;ex: IR, ITCMD 
- EXTRAFISCAIS - 
Objetiva regular o mercado ou a economia do pais, ex: IOF, IPI 
- IMPOSTOS DIVIDIDOS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO IMPOSTA PELO CTN – NÃO CAI NA 
PROVA 
* IMPOSTO SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR 
* IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÔNIO E A RENDA 
* IMPOSTOS SOBRE A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO 
* IMPOSTOS ESPECIAIS 
 
-IMPOSTOS PROGRESSIVOS, PROPORCIONAIS E SELETIVOS 
-Progressivos: 
-Proporcionais: sempre a mesma alíquota, muda apenas a base de cálculo. Quanto mais se 
ganha, mais se paga, proporcional à riqueza, valor... 
- Seletivos: apenas impostos indiretos, tributação será mais onerosa a produtos menos essenciais. 
 
 
16.08.2016 
 
TAXAS – somente paga a taxa se ganhar “serviço” em troca – serviços públicos, ex: custas 
judiciais, taxa para emissão de RG., não são valores altos; 
Tributo vinculado à atividade estatal específico. 
Pode ser de dois tipos: Taxa de serviço e taxa de polícia 
 
Taxa de serviço: SERVIÇO PÚBLICO, ESPECÍFICO E DIVISÍVEL 
 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelocontribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição 
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de 
utilidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos 
seus usuários. 
 
SERVIÇO EFETIVO – pago e uso de forma imediata, ex: custas judiciais 
SERVIÇO POTENCIAL – paga e o serviço fica a disposição; ex: taxa de lixo 
 
Taxa de polícia ou Fiscalização – ART. 78, CTN 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966) 
Atividade fiscalizatória deve ser palpável, concreta, ex: alvarás, licenças, taxa de anúncios... 
Taxas não são preços públicos, não são obrigatórias, são contraprestação de um serviço 
particular. NÃO PODEM TER A MESMA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO (art. 145, P.2º, CF 
e art.77, CTN) 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular 
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que 
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: 
[...] 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
 
Taxa de licenciamento de veículo tem sido questionada se é inconstitucional, pois o 
pagamento não traz nenhum serviço em troca. 
 
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA–REGULADA POR DECRETO LEI 195/67 (recepcionado como 
lei ordinária) 
Todos os entes tributantes podem cobrar, contudo, na prática o município é quem mais cobra. 
Tem por fato gerador a valorização de imóveis do contribuinte em decorrência da execução 
de obras públicas pelos entes tributantes. 
Base de cálculo é obtida pela subtração do valor do imóvel depois da obra com o valor que ele 
possuía antes da obra. 
REQUISITOS – ART. 81 E 82 CTN 
1º. Erro – COBRAR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA SEM TER LEI ESPECÍFICA 
2º erro – PEDIR SE O CONTRIBUINTE QUER PAGAR 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo 
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa 
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto;demonstrar área abrangida, terrenos beneficiados e 
valor de absorção para cada terreno, zonas que terão direito a pagar a contribuição. 
b) orçamento do custo da obra;deve discriminar tudo que será gasto. 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;qual valor 
que o município vai absorver e qual valor as partes vão absorver. Com quanto o município 
contribui e quanto será dividido para os beneficiados. 
d) delimitação da zona beneficiada;quanto mais próximo da área da obra, mais valorizada 
será 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para 
cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;dizer quanto vai valorizar separadamente ou 
num todo; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de 
qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a 
que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da 
obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função 
dos respectivos fatores individuais de valorização. 
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do 
montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram 
o respectivo cálculo. 
 
SÓ HÁ COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA SE HOUVER VALORIZAÇÃO! 
 
DECRETO 195/67 
 
 Art 1º A Contribuição de Melhoria, prevista na Constituição Federal tem como fato gerador o 
acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras 
públicas. 
 Art 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de 
propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas: 
 I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros 
melhoramentos de praças e vias públicas; 
 II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos; 
 III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras e 
edificações necessárias ao funcionamento do sistema; 
 IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes 
elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, 
ascensores e instalações de comodidade pública; 
 V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em 
geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos 
d’água e irrigação; 
 VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas 
de rodagem; 
 VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos; 
 VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em 
desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico. 
 
ESTAS OBRAS POR SI SÓ GERAM VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. 
 
Art. 82, II, CTN + ART. 5º, 195/67 - II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para 
impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
 
 Art 5º Para cobrança da Contribuição de Melhoria, a Administração competente deverá publicar o 
Edital, contendo, entre outros, os seguintes elementos: 
 I - Delimitação das áreas direta e indiretamente beneficiadas e a relação dos imóveis nelas 
compreendidos; 
 II - memorial descritivo do projeto; 
 III - orçamento total ou parcial do custo das obras; 
 IV - determinação da parcela do custo das obras a ser ressarcida pela contribuição, com o 
correspondente plano de rateio entre os imóveis beneficiados. 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, também, aos casos de cobrança da 
Contribuição de Melhoriapor obras públicas em execução, constantes de projetos ainda não 
concluídos. 
 
Art 9º Executada a obra de melhoramento na sua totalidade ou em parte suficiente para beneficiar 
determinados imóveis, de modo a justificar o início da cobrança da Contribuição de Melhoria, 
proceder-se-á ao lançamento referente a êsses imóveis depois de publicado o respectivo 
demonstrativo de custos. 
 
ART. 177, CTN – APENAS A LEI ESPECÍFICA PODE CONCEDER ISENÇÃO. 
 
 Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: 
 I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
 II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
 
 
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – ART. 148,CF 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
Artigo está em desuso pois a união é quem pede o empréstimo, na prática político que pega 
empréstimo compulsório cava a própria cova. Ex: Collor e o congelamento das poupanças. 
 
Existem dois tipos de empréstimos compulsórios, inciso I e II: 
- Caráter urgente – respeita noventena; 
- despesas extraordinárias–não respeita a anterioridade 
 
ESTUDAR ATÉ EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS. 
2ª prova: 
 
CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS - art. 195, CF 
Contribui, mas nem sempre terá algo em troca – visam manter determinados setores públicos 
funcionando ativamente, com contribuições de toda a coletividade. Até quem não contribui é 
beneficiado. As contribuições entregues não podem ser devolvidas a quem contribuiu, por conta do 
solidarismo. 
 
- contribuições profissionais - coorporativas: tendem a fomentar os órgãos que fiscalizam as 
profissões no Brasil. 
 Sindical – art. 578, CLT: Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos que 
participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais 
representadas pelas referidas entidades, serão, sob a denominação de "Contribuição 
Sindical", pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo. 
É tributo, exceto a contribuição confederativa (art. 8, IV, CF) não é tributo, pois é 
facultativa. 
 Anuidade – criar autarquia federal para fiscalizar as profissões – manter ativos os conselhos 
regionais no Brasil, ex: CRM, CRO, CRC, CREA 
OAB não é contribuição anuidade (não é tributo) porque não é considerada autarquia. 
ADIN 3026/DF. 
 
- Contribuições interventivas (CIDES):contribuição de intervenção no domínio econômico. Ex: 
CIDE combustível (Lei 10.336/01), recolhe para investir em infraestrutura e malha rodoviária. 
Fato gerador: comercialização no mercado interno e importação; 
Em regra, quem paga a CIDE é o consumidor final. 
 Contribuintes: produtor, formulador, importador pessoa física ou jurídica, que 
realizarem operações de importação e de comercialização no mercado interno de 
combustíveis. 
 Base de Cálculo: é a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados 
e comercializados no mercado interno (Quantidade comercializada). 
A Cide-Combustíveis incidirá no mercado interno , assim como na importação, com as 
seguintes alíquotas: (Legislação: Lei 10.336/01 , arts. 5 o .e 9 o ; e Dec 5.060/04 , art. 1º ) 
a) R$ 100,00 (cem reais) por metro cúbico de gasolinas e suas correntes; e 
b) R$ 50,00 (cinquenta reais) por metro cúbico de óleo diesel e suas correntes. 
c) Zero, para os seguintes produtos: 
I - querosene de aviação; 
II - demais querosenes; 
III - óleos combustíveis com alto teor de enxofre; 
IV - óleos combustíveis com baixo teor de enxofre; 
V - gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta; e 
VI - álcool etílico combustível. 
- Contribuições sociais: Destinam a custear a Seguridade Social(saúde, assistência e 
previdência), previstas no art. 195,CF 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
03 fontes de custeio: 
 Contribuições Gerais: instituídas pela União, por lei ordinária, respeita o princípio da 
anterioridade tributária. 
o Contribuição salário-educação: (ART. 212, P.5, CF): fomentar e trazer o ensino 
fundamental básico para toda a população. 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita 
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a 
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (Vide Decreto nº 
6.003, de 2006) 
 
o Contribuições destinadas as Serviços Sociais Autônomos ( Sistema “S”): 
SESIS, SENAI, SENAC, SEST, SEBRAE. Exige-se tal contribuição dos 
empregadores, destinando-se recursos às entidades privadas. Alíquota pode chegar 
até 5.8%, dependendo do ramo de atuação da empresa. 
 Contribuições Sociais-Previdenciárias: modalidade de tributo vinculado, objetiva custear a 
previdência social, mantê-la ativa. A previdência social não recebe contribuições apenas dos 
seus próprios segurados. Deve ser criada por lei complementar, obedece apenas a 
anterioridade especial, podem ser cobrados 90 dias após a sua contribuição. 
o 1ª. Fonte de custeio da seguridade social: o importador: Art. 195, IV da CF, art. 
149, p. 2º., da CF e Lei n. 10.865/2004. Restou instituído o PIS/PASEP-Importação 
e COFINS-Importação. O fato gerador é a entrada de produtos estrangeiros no 
território nacional ou o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego e remessa de 
valores a residentes ou a domiciliados no exterior, como contraprestação por serviço 
prestado. 
o 2ª. Fonte de custeio: Receitas de loterias (art. 195, III da CF e 212 do Decreto 
3048/99) - É tributado 48% em benefício da seguridade social. 
o 3ª. Fonte de custeio: trabalhador (art. 195, II da CF): varia de 8% a 11%, paga 
sobre a remuneração do segurado. 
o 4ª. Fonte de custeio: empregador e a empresa (art. 195, I da CF): dividem-se em 
04 (quatros) espécieis: 
o 4.1 Contribuição Social Patronal sobre Folha de Pagamentos: Visa custear o 
regime geral de Previdência Social, incidindo sobre a folha de salários e demais 
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa física (alíquota de 
20%). 
o 4.2 Contribuição PIS/PASEP: São destinadas à promoção e integração do 
empregado na vida e no desenvolvimento das empresas e à formação do patrimônio 
do servidor público (LC nº 07/70, LC nº 08/70). 
o Contribuintes: pessoas jurídicas de Direito Privado e as que lhes são equiparadas, 
inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 Há três modalidades de contribuição: 
 PIS/PASEP sobre o Faturamento: base de cálculo é o faturamento mensal 
. 
 PIS/PASEP Folha de Salários: base de cálculo sobre o total da folha de 
pagamento mensal dos empregados da pessoa jurídica. 
 PIS/PASEP Importação: incide sobre produtos estrangeiros ou serviços 
o 4.3 Contribuição sobre o Lucro Líquido (art. 195, I da CF e art.28 da Lei 
9430/96): Aplica-se sobre o auferimento do lucro, após certos ajustes. 
o 4.4 Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – (art. 
195, I, “b” da CF e Lei 10.833/2003): Incide sobre o faturamento mensal bruto e 
após a dedução das parcelas do faturamento. 
 Outras contribuições: 
Pode ser criada contribuição previdenciária nova por lei complementar. (195, p. 4º, CF) 
 Existem 03 (três) contribuições, vejamos: 
 1ª. Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira CPMF – Extinta. Incidia na 
alíquota de 0,38% e destinava os valores arrecadados para: 0,20% para a saúde, 0,10% 
para Previdência Social e 0,8% para fundo de combate a pobreza. 
 2ª. Contribuição para custeio da iluminação pública (COSIP): - Art. 149-A da CF. Tem 
por objetivo custear o serviço de iluminação pública e pode ser cobrada na fatura de 
consumo de elétrica. 
 3ª. Contribuição para o Fundo de Garantia e Tempo de Serviço – FGTS (Lei. 8036/90): 
Tem natureza trabalhista e social, logo, não se aplicando as normas relativas a prescrição e 
decadência tributária. A prescrição é de 5 anos. 
 
 
CONTINUAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS 
Essas contribuições têm como finalidade manter a previdência funcionando. 
Essas contribuições respeitam apenas a anterioridade especial, ou seja, podem ser 
cobradas 90 dias após a sua instituição. 
 
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
São os lugares onde nascem as regras jurídicas ainda não existentes. Fonte, segundo os 
dicionários, é aquilo que se origina, produz, é origem ou causa. 
 
 
FONTES REAIS É a incidência da norma. São os fatos do dia a dia que são previstos em lei 
como tributáveis, ou seja, se praticar o fato terá que pagar o tributo.EX Auferir renda. 
 
FONTES FORMAIS É o conjunto de normas do Direito Tributário, estando inseridas no art. 96 e 
100 do CTN. São divididas entre fontes primárias e fontes secundárias. 
 Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções 
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre 
tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
 Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
 I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
 II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 
e 65; 
 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso 
I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; 
 IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 
21, 26, 39, 57 e 65; 
 V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou 
para outras infrações nela definidas; 
 VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou 
redução de penalidades. 
 § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe 
em torná-lo mais oneroso. 
 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a 
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
 Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação 
tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. 
 Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais 
sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta 
Lei. 
 Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais 
e dos decretos: 
 I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
 II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei 
atribua eficácia normativa; 
 III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
 IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de 
penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo 
do tributo. 
 
FONTES FORMAIS PRIMÁRIAS – 
1 – Constituição Federal; 
2 – Emendas a Constituição e tratados internacionais – direitos humanos; 
3 - Leis ordinárias, complementares, delegadas, medidas provisórias e decretos, tratados 
internacionais; 
4 – Resolução do Senado. 
 
A principal fonte primária é a Constituição Federal. Sua modificação se dá por emendas 
constitucionais ou por revisão. 
 EMENDA: é a modificação de certos pontos, cuja estabilidade o legislador constituinte 
não considerou tão grande como outros mais valiosos, se bem que submetida a 
obstáculos e formalidades mais difíceis que os exigidos para a alteração das leis 
ordinárias. 
 REVISÃO: é uma alteração anexável, exigindo formalidades e processos mais lentos 
e dificultados que a emenda, a fim de garantir uma suprema estabilidade do texto 
constitucional. 
 
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO 
 
A iniciativa para propor emendas constitucionais é mais restrita do que aquela exigida para 
o processo legislativo ordinário, cabendo somente aos seguintes (ART. 60, CF): 
 
1) Ao Presidente da República; 
2) A um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados; 
3) A um terço, no mínimo, dos membros do Senado Federal; 
4) A mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
 
 Para ser aprovada, precisa ser votada em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
com pelo menos 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
 Aprovada a será promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado com o respectivo número 
de ordem 
 
LEI ORDINÁRIA 
É a espécie mais comum, é a lei do dia a dia das casas, pois, para ser aprovada, apenas necessita 
de maioria simples, ou seja, 50% + 1 dos presentes. 
Ex.: Se há 100 deputados. Para abrir a seção é obrigatório a presença do quorum de 50% 
dos presentes, sendo que, comparecendo 60 deputados, a lei será votada e será aprovada 
se conseguir 30 + 1, ou seja, 31 votos está aprovada uma lei ordinária. 
Lembre que a lei é a base do direito tributário, devendo aumentar/diminuir, instituir/extinguir, 
conceder isenções e retirar as mesmas, etc. 
1. Somente a Lei Ordinária estabelece: 
a) Instituição de Tributos e sua extinção 
b) Majoração de tributos e sua extinção 
c) Definição do fato gerador, base de cálculo e contribuintes de cada tributo 
2. Cominação de Penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos 
3. Hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa 
ou redução de penalidade. 
 
LEIS COMPLEMENTARES 
As leis complementares se diferenciam das ordinárias apenas em relação ao quorum de votação, 
pois, conforme reza o art. 69 da CF, devem ser aprovadas mediante maioria absoluta. 
 
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
Ex.: Se há 100 deputados. Para aprovação da lei complementar, deve ser considerada 
aprovada se obtiver 50 votos mais 1, ou seja, com 51 votos será aprovada a lei 
1. Estabelecer normas gerais sobre: 
a) Definição de tributos e suas espécies 
b) Impostos previstos na Constituição 
c) Conceito de fato gerador, base de cálculo e contribuintes 
d) Obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributário 
e) Tratamento tributário cooperativas 
2. Dispor sobre conflitos de competência entre a União, Estados, DF e Municípios 
3. Regular as limitações Constitucionaisao Poder de Tributar 
4. Definir tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas. 
 
LC e LO não possuem hierarquia entre elas, o que existe é apenas uma diferença em relação 
ao quórum de votação e aprovação. 
O CTN foi criado como uma lei ordinária, contudo, em 1988 a lei foi recepcionada pela CF como lei 
complementar. OBS Em concursos públicos, sempre responder que o CTN é uma lei ordinária, 
com status de lei complementar. 
 
DECRETOS 
São expedidos pelo chefe do executivo (presidente, governador ou prefeito) com o fim de explicar 
como a lei deverá ser cumprida pela administração pública. 
OBS O decreto não pode ser inconstitucional, ele será ilegal. A Lei regula a CF e o decreto regula 
a Lei. Se o decreto trouxer algo que não está dito na Lei ele será ilegal. Somente a lei pode ser 
inconstitucional. 
Não existe decreto autônomo, todo decreto regula uma Lei. O decreto deve mencionar algo que 
já está previsto na Lei. O decreto deve estar previsto na Lei. 
 
 
 
LEI DELEGADA 
É equiparada a lei ordinária, diferindo apenas na forma de elaboração. art. 68, cf – estabelece que 
as leis delegadas serão elaboradas pelo presidente que pedirá delegação ao congresso nacional. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar 
a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, 
os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada 
à lei complementar, nem a legislação sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso 
Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará 
em votação única, vedada qualquer emenda. 
 
MEDIDAS PROVISÓRIAS 
Em caso de relevância e urgência o presidente da república poderá adotar medidas provisórias 
com força de lei. 
O prazo da MP é de 60+60 e quando chegar no 45º dia tranca a pauta das casas, portanto, deve 
ser votada imediatamente. A medida provisória só pode ser cobrada depois que for convertida em 
lei. 
 
IMPORTANTE A medida provisória jamais pode versar em assuntos que devem ser versados por 
lei complementar. 
 
 
 
DECRETO LEGISLATIVO – ART. 59, CF 
É ato emanado do congresso nacional, em decorrência do exercício de sua competência, não 
estando sujeito à sanção do presidente da república. é usado para aprovar tratados. 
Art. 59. Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos planos de custeio e 
de benefício serão apresentados no prazo máximo de seis meses da promulgação da Constituição 
ao Congresso Nacional, que terá seis meses para apreciá-los. 
 Parágrafo único. Aprovados pelo Congresso Nacional, os planos serão implantados 
progressivamente nos dezoito meses seguintes. 
 
RITO DE APROVAÇÃO 
Segue como regra o rito da lei ordinária e ingressa no ordenamento com força de lei ordinária. 
Se aprovar tratado sobre direitos humanos, em 2 turnos de votação, por 3/5 de votos, será 
equivalentes ás emendas constitucionais (art. 5º, §3º). 
 
RESOLUÇÕES – ART. 59, VIII, CF 
É norma que resulta de deliberação do Congresso Nacional ou de uma de suas Casas. Seu 
procedimento é diferente da lei ordinária, porém nasce com força de lei. 
VIII - a vinculação de recursos à manutenção e desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212 
da Constituição Federal suportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da 
União, considerando-se para os fins deste inciso os valores previstos no inciso VII do caput deste 
artigo; 
 SENADO pode editar Resolução para estabelecer: 
• Alíquotas ICMS operações interestaduais e de exportação. 
• Alíquotas mínimas operações internas 
• Alíquotas máximas operações internas para resolver conflito específico entre Estados 
• Alíquotas máximas para o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação 
 
 
 
TRATADOS INTERNACIONAIS 
Buscam evitar a bitributação internacional. no direito tributário os tratados são importantes nos 
campos dos impostos de importação, exportação e ir. 
Tratados revogam a legislação interna e serão observados pela legislação que lhes sobrevenha 
(art. 98, CTN). 
Tratado entre Brasil e EUA para que o primeiro não cobre IPI sobre as importações de produtos 
industrializados norte-americanos. 
Note-se que todos os artigos do RIPI continuam vigorando, exceto para as relações comerciais 
entre Brasil e EUA . 
Ainda, ver súmulas 20 e 71 do STJ e 575 do STF. 
 
Súmula 20, STJ: A mercadoria importada de país signatário do GATT é isenta do ICM, quando 
contemplado com esse favor o similar nacional. 
Súmula 71, STJ:O bacalhau importado de país signatário do GATT é isento do ICM. 
Súmula 575, STF:À mercadoria importada de país signatário do GATT, ou membro da ALALC, 
estende-se a isenção do imposto de circulação de mercadorias concedida a similar nacional. 
 
FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS – art. 103, CTN – regulam as fontes formais primárias, mas 
não podem criar tributos. 
 Atos normativos: instruções normativas – o próprio órgão cria um entendimento da legislação 
sobre sua aplicabilidade ou não. 
 Práticas reiteradas da autoridade administrativa; 
 Decisões administrativas com eficácia normativa; 
 Convênios – firmados entre os entes, que flexibilizam suas normas. 
São normas que devem complementar as leis em sentido amplo. E se uma Fonte Formal 
Secundária interpretou equivocadamente a LEI e deixou de cobrar tributo durante 02 anos de várias 
empresas. O que fazer? 
O pagamento do tributo é obrigatório. Deverá cobrar o tributo do período, sem contudo incluir 
qualquer espécie de penalidade: multa, juros de mora e correção monetária. 
 
 
ATOS NORMATIVOS 
São comandos gerais dos órgãos do Executivo, com o objetivo de propiciar a correta aplicação da 
Lei, efetuando orientações gerais aos contribuintes e aos servidores. Ex: Instruções Normativas 
do INSS, da Receita Federal do Brasil. 
Entram em vigência na data de sua publicação, conforme art. 103, I do CTN. 
 
PRÁTICAS REITERADAS DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS 
São os usos e costumes adotados reiteradamente pela Administração Pública (e NÃO pelos 
contribuintes) 
São usados quando a autoridade fiscal interpreta reiteradamente uma norma jurídica em 
determinado sentido, fazendo com que o sujeito passivo creia que, seguindo aquele entendimento, 
estará agindo corretamente 
Qualquer mudança de interpretação só produzirá efeitos para situações futuras, pois o contribuinte 
fica protegido pela prática reiterada da Administração. 
Só são aceitos os costumes interpretativos. Não são fontes secundárias os costumes introdutórios 
ou ab-rogatórios. 
 
DECISÕES COM EFICÁCIA NORMATIVA 
Quando a Lei confere eficácia normativa a decisões administrativas elas serão uma fonte 
secundária do Direito Tributário. 
Exemplo: Tribunal de Impostos e Taxas (TIT): 
Suas decisões se aplicam apenas ao caso concreto. 
Mas poderá alcançar outros casos, nos termos da lei, se a decisão for unânime e não contrariar a 
jurisprudência do Poder Judiciário 
Note-se que ter-se-á criado um precedente de observância obrigatória, passando a ser aplicado a 
todos casos semelhantes 
Entram em vigor 30 dias após a sua publicação, conforme art. 103, II do CTN. 
 
 
 
CONVÊNIOS 
Quando a Lei confere eficácia normativa a decisões administrativas

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