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Aula Fisiologia do Sistema Nervoso

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2º PROVA - FISIOLOGIA
Aula dia 17/04
Sistema Nervoso
É dividido anatomicamente (localização) em:
SNCentral - Encéfalo e Medula
SNPeriférico - Nervos espinhais e cranianos, gânglios sensitivos, Sistema Nervoso autônomo (receptores sensoriais e plexo entérico)
É dividido funcionalmente (função) em:
SNSensorial = detecta os estímulos do meio no qual esse corpo está inserido e leva essa informação para o SNC, ou seja, do SNPeriférico para o SNCentral;
SNMotor = conjunto de neurônios relacionados com as funções motoras, está relacionado com a motilidade, com uma resposta que esse corpo gera ao meio que ele está inserido. Sai do SNC e atua no SNPeriférico.
SNIntegrativo - conjunto de neurônios que realizam a integração do SNSensorial, processa/interpreta essa informação e gera resposta motora.
É possível ter uma informação planejada sem ter estimulo sensorial, e a partir dela gerar um movimento. Um exemplo é o ato de caminhar que é voluntário, sempre está sendo integrado.
Desejar caminhar > parte integrativa
Planejamento > córtex captou informações visuais, sensoriais
Sistema Sensorial
Detecta os estímulos do meio, manda para o SNC que vai processar e gerar um conceito sobre esse estimulo.
Realidade física = tudo que está contido no ambiente, todos os componentes daquele espaço físico.
Processamento paralelo e integrativo = cada indivíduo recebera o estimulo (visual, no caso), essa informação visual está cruzando/entrando nesse cérebro, que vai selecionar somente o que interessar. Essa seleção varia de indivíduo para indivíduo, que gera processamento e depois um conceito dessa realidade.
Realidade conceitual = o conceito é a realidade de cada um, ou seja, cada indivíduo enxerga/interpreta o que vê de uma forma.
Essas diferenças na percepção de cada pessoa podem ser atribuídas às diferenças genéticas e culturais.
Sentidos Especiais vão detectar diferentes tipos de estímulos
Temos por exemplo ondas mecânicas que quando penetram no canal auditivo elas vão gerar uma série de eventos que levam depois a info até o córtex que vai ser interpretada como som, chamamos essas ondas de ondas sonoras que são ondas mecânicas, portanto o estimulo sonoro é mecanodependente, por vibração.
Estimulo acontece porque na cabeça existem vários sensores, dentro do aparelho vestibular que é importante para o equilíbrio, esses sensores com o movimento da cabeça, movimenta algumas estruturas que tem celular ciliadas e esse movimento é mecânico, então essa aceleração da cabeça é mecânica. Vai movimentar uma camada gelatinosa que movimenta células ciliadas que vai aumentar ou diminuir a descarga elétrica, aumentar ou diminuir potenciais de ação. Então ocorre a interpretação daquele estimulo pelo cérebro. É então um estimulo mecânico.
Estimulo visual é detectado por fonte luminosa que incide sobre a retina, nesse caso a luz quebra os fótons de luz que vão excitar moléculas dentro da retina fazendo produzir uma substancia química que vai ser liberada sobre uma terminação nervosa. Então o fóton de luz transforma isso em estimulo químico que depois gera potencial de ação.
Ondas mecânicas vibram, tímpano, preso ao tímpano temos os três ossículos que amplificam o som, e o estribo que está preso a uma membrana do forame oval movimenta, dentro da cóclea tem liquido. Vibrou o tímpano, os ossículos e a cóclea gerou ondas fluidas que também é mecânica. Se vai em direção ao cílio maior, abre canal iônico, que gera potencial de ação.
Substancias voláteis que estarão no ambiente vão penetrar o nariz e ao fazer isso vão atuar sobre receptores presentes ali que vão detectar essa substancia vão alterar sua permeabilidade iônica, vão liberar substancias sobre o neurônio e isso vai gerar potencial de ação. Esse estimulo químico também é percebido no palato.
Todos os sentidos estão conectados, um interfere no outro. 
Temos sentido somestésico, que existem estímulos mecânicos de pressão e de vibração, são diferentes. Posso tocar a pele, pressão leve moderada intensa, posso ter vibração corporal.
Os animais conseguem detectar vibração pelo coxim plantar. Existem no corpo como todo, receptores que detectam vibração, pressão, energia termina, tem receptores específicos para detectar estímulos nocivos (lesivos), detectam posição do corpo, propriocepção.
Posso ter estimulo mecânico, porem que vai decodificar diferentes respostas, pois para cada tipo de estimulo temos um receptor diferente.
Modalidade sensorial, sensação evocada no mesmo órgão sensorial. Dentro de cada modalidade tem um estimulo especifico. Para cada modalidade tem uma submodalidade.
Para cada tipo de estimulo tem um receptor que o detecta. Olfato - quimioceptor, visão - fotoceptor, estimulo mecânico - mecanoceptor, estimulo lesivo - nociceptor.
Os receptores sensoriais podem ser de diferentes tipos:
Podem ser o próprio neurônio sensorial que tem uma terminação nervosa que funciona como receptor, ou posso ter uma célula sensorial.
Esse neurônio é NAP (neurônio aferente primário - periférico para central), tem seu corpo sem um gânglio da raiz dorsal, é pseudobipolar, uma parte vai para a pele e uma parte entra para o SNC, essa parte é como se fosse um dendrito, ele não libera neurotransmissor, e a outra tem terminações nervosas que vai estimular outros neurônios.
Pode ser livre e aberta, ou encapsulada. Transdução sensorial é a transformação de um estimulo sensorial em potencial de ação. 
Encapsulado: quando tem um estimulo mecânico sobre a pele, tem alteração na conformação de membrana, que altera a conformação da capsula, ou da membrana se for terminação livre.
No caso do mecanoceptor, abre os canais mecanodependentes, vai entrar íon Na que se difunde, gera alteração no receptor e na região, quando isso acontece tem um potencial gradativo, de acordo com a intensidade do estimulo, abre mais canais quanto mais canais mais cargas entram. Esse é um potencial receptor, não é de ação pois não tem canais voltagem dependentes. Esse potencial receptor se for suficiente para chegar no limiar na zona de gatilho, pode gerar potencial de ação.
 De acordo com o estimulo atinge receptores superficiais ou profundos. Todos os receptores apresentam bainha de mielina pois a informação é muito rápida.
Neurônio nap = neurônio de primeira ordem, pode ser livre ou encapsulado.
Outro tipo de receptor é a célula sensorial. Onde ela tem função de receptor, ela mesma estimula o neurônio sensorial. 
Tem a membrana tectorial, presa ao órgão de corti. E presas a essa membra tem células ciliadas de diferentes tamanhos, tem uma com cílio maior quinocilho, e outros cílios menores em cadeia. A membrana está presa ao quinocilho, entre um cílio e outro tem uma proteína que conecta esses cílios e que está presa a um canal iônico mecano dependentes. Quando tem vibração do ouvido, a membrana tectorial movimenta, toda vez que faz uma onda para cima empurra o cílio maior em direção aos cílios menores, fechando o canal, hiperpolariza. Se o movimento é para baixo puxa o cílio maior, puxa os outros abre o canal iônico, entra Na, e a célula despolariza. Dentro dessa célula tem vesículas contento neurotransmissores, essa célula libera essa substancia em cima do neurônio aferente primário, que funciona como dendrito.
Toda informação sensorial, periférico para SNC, entra na medula através das raízes dorsais, os gânglios da raiz dorsal só levam informação sensorial. Toda informação motora sai pelos gânglios da raiz ventral.
Estimulo dado sobre o receptor sensorial gera alteração na membrana dele, potencial receptor. Se esse potencial receptor for suficiente para gerar potencial de ação na zona de gatilho, esse potencial de ação se propaga pelo neurônio, chega na terminação nervosa abre canal de cálcio voltagem dependente, o cálcio entra se liga nas proteínas SNARE, fazendo as vesículas se deslocarem, fundir as membranas e liberar neurotransmissores. Nesse caso ocorreu sinapse nervosa, essa sinapse também causa alteração na membrana desse neurônio, que é um potencial excitatório pós-sináptico,que se for suficiente para gerar um potencial de ação na zona de gatilho, gera esse potencial de ação e ele se propaga.
Estímulos sensoriais podem ter natureza física e química.
Transdução sensorial: transformação dos estímulos físicos ou químicos em potencial elétrico pelos receptores sensoriais. Sejam neurônios ou células sensoriais secundarias todos são altamente específicos aos respectivos naturais.
Potencial receptor é uma resposta elétrica graduada proporcional a intensidade do estimulo. A intensidade do potencial receptor pode alterar a frequência de potenciais de ação.
Numa sinapse nervosa temos um receptor acoplado a proteína g (no exemplo), que quando ativada produz um segundo mensageiro que abre um canal iônico. Esse receptor é quimioceptor, no caso um neurotransmissor. Quando esse neurotransmissor se liga a esse receptor, a ligação altera a conformação da proteína, ativando a proteína g, libera o segundo mensageiro, que vai se ligar abrindo o canal iônico que altera a permeabilidade da célula, gerando potencial excitatório pós-sináptico que pode gerar ou não um potencial de ação. 
Em uma célula sensorial, o mecanismo é o mesmo, mas a resposta é diferente. Receptor que detecta substancia química, olfato (no exemplo), no caso substancia odorante. Esse receptor está acoplado a proteína g, que produz segundo mensageiro que abre canal iônico, essa substância se liga, aumenta permeabilidade de íons, só que agora gera alteração que é um potencial receptor, pois está acontecendo em um receptor e não em uma célula neural. 
Os receptores apresentam algumas propriedades:
Eles vão decodificar vários estímulos, e essa decodificação tem a capacidade de determinar a intensidade e duração do estimulo. Pode ter um estímulo fraco e rápido ou forte e duradouro. Se o estimulo é fraco e rápido vai gerar uma pequena variação na membrana dessa célula, o potencial receptor fraco vai gerar uma frequência de potencial de ação fraca e consequentemente libera pouco neurotransmissor. Por outro lado, tem um estímulo forte e duradouro gera uma frequência. Alta e intensa de potencial de ação, porém dura por um tempo, a tendência é cair. Gera uma variação súbita que passa a se sustentar por um tempo, se o estimulo persistir, ela se mantém, não como no início, mas por um bom tempo.
A amplitude do potencial receptor é graduada, responde proporcionalmente a intensidade do estimulo. As fibras decodificam a intensidade em função da frequência dos PA. Se a frequência é baixa, a intensidade é fraca. A quantidade de neurotransmissor liberado é proporcional a frequência e duração do PA.
Propriedade de adaptação:
Se adaptam rapidamente, fracamente ou não se adaptam.
Alguns receptores cutâneos se adaptam rapidamente à presença de estímulos inofensivos (roupas) - Meissner. Nesse caso estimulo na hora que veste, depois esquece e pode lembrar na hora de tirar.
Outros receptores não se adaptam (peso da mochila) - Merkel. Frequência alta de PA depois continua gerando PA.
De acordo com a propriedade do receptor, são extraídas outras formas de informações.
Receptores de adaptação rápida (fásicos): fornece informações sobre a variação do estimulo (início-fim; velocidade e taxa). Adaptados para detectarem vibrações e estímulos em movimento. O estímulo está presente, mas o receptor acusa com se não estivesse.
Receptores de adaptação lenta (tônicos): informações sobre intensidade e duração. O receptor informa o cérebro continuamente sobre a presença do estímulo.
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Aula dia 18/04
O conceito de campo receptivo (campo de recepção)
Os receptores estão dispostos no tecido e essa percepção vai depender do neurônio secundário ou de segunda ordem. Posso ter um estimulo que vai atuar em determinada área do corpo, só que vai ser processada por outro neurônio até chegar no córtex. Essa informação está vindo do neurônio de primeira ordem. Cada neurônio desse tem um campo receptivo, que é a área da pele que se for estimulada aquele neurônio capta a informação gera pa e leva para o neurônio secundário.
A informação sensorial é convergente, um estimulo pega uma área maior e vai convergindo para uma área especifica. Normalmente uma determinada área tem mais de um neurônio sensorial primário que estão convergindo para o mesmo neurônio secundário.
Região dorsal tem menos receptor por área, o campo receptivo do neurônio primário é grande.
É uma área que os receptores (neurônios) tem de percepção do estimulo. Existe o campo receptivo do neurônio primário e do secundário. O campo receptivo mais importante para determinar a localização do estimulo é o do secundário, pois é ele que está levando informação do estimulo ao córtex.
Se tiver um estimulo na pele, sendo mais forte em um ponto, porem pega outros pontos, alterando a membrana no entorno, abrindo canais mecano dependentes, estimulando os neurônios A, B e C (do exemplo). No entanto, B está sendo mais estimulando gerando uma freq. Maior de PA nele do que em A e C o que faz com ele libere mais neurotransmissor no seu neurônio secundário. Esse neurônio secundário por sua vez, terá maior freq. De PA conseguindo inibir os neurônios secundários colaterais, fazendo com que a informação siga em uma via apenas, com isso essa informação é altamente precisa.
Os neurônios que levam informação, sejam os da cabeça ou os espinhais vindos do corpo como todo, respondem a inervação somestésica, a região do corpo em que eles estão inervando são correspondentes dentro do SN, isso se chama dermátomo. Então os neurônios que estão inervando a região da cabeça, entram no SN direto pela cabeça. Os nervos que compreendem a região torácica recebem os neurônios dessa região, essa correspondência é chamada dermátomo.
Uma vez que esses neurônios recebem o estimulo, levam a informação para o SNC, e entrando nesse SNC ele entra sempre em gânglios dorsais pela medula hipsilateral, entrando pelo mesmo lado que o estimulo foi gerado. Uma vez que esse estimulo entrou no SNC tem uma via que segue até o córtex. O primeiro neurônio a ser estimulado é o primário, que entra no SNC e estimula outro neurônio, o secundário que pode estar presente na medula ou no bulbo. Esse secundário sobe até o tálamo onde estimula o neurônio de terceira ordem ou terciário, que sobe até o córtex, e estimula uma região especifica destinada aquela área do corpo que sofreu o estimulo, e então estimula um neurônio cortical que é de quarta ordem, que estimula uma região do córtex.
As vias pelas quais a informação sobe pelo córtex podem ser duas somestésicas, uma chamada coluna-dorsal lemnisco medial, um dos principais nervos que fica no tronco encefálico e sobe para o tálamo, o neurônio secundário não está na medula, está no bulbo, a informação entra na medula e tem que ir até o tronco pegar a via do lemnisco. Outra é a antero-lateral ou espino-talâmica, onde o neurônio de segunda ordem está na medula e sobe direto para o tálamo. O que determina a via é a localização do neurônio de segunda ordem.
Quando a informação entra pela medula, pelo lado direito por exemplo, entra pelo gânglio da raiz dorsal direita, coluna-dorsal neurônio de segunda ordem no tronco.
Decussação é a passagem da informação de um lado para o outro da linha média. Se houver uma lesão cerebral do lado direito dependendo da região perde o movimento do lado esquerdo porque a região do cérebro destinada ao lado direito está no hemisfério esquerdo.
Via da coluna-dorsal (lemnisco medial) é responsável pela propriocepção, pela vibração e pelo tato epicrítico, ou tato preciso, tato fino. O cruzamento ocorre no bulbo.
A via antero-lateral (espino-talâmico) é a do tato protopático ou tato grosseiro, tato em membros que não é tão preciso. Via da dor e temperatura. O cruzamento ocorre na medula.
A via sensorial é a cadeia de neurônios relacionada a um determinado receptor sensorial: via rotulada e envolve os eventos: terminação sensitiva = local de transdução do estimulo sensorial (detecção doestimulo) > neurônio sensorial de 1ª ordem = conduz o impulso sensorial para o SNC > neurônio de 2ª ordem = coluna posterior da medula e núcleos dos nervos cranianos (exceto as vias olfatória e visual) > neurônio sensorial de 3ª ordem = tálamo (exceto a via olfatória) > neurônio sensorial de 4ª ordem = córtex sensorial (área de projeção sensorial primária).
No córtex sensorial existe regiões especificas para cada parte do corpo. No cérebro tem uma região do córtex que é só sensorial e outra que é só motora. De um lado do lobo central está a porção sensorial e do outro a porção motora.
Todos os animais possuem um sulco proeminente, e na porção anterior dele está a parte motora e na posterior a parte sensorial. Regiões somato-motor e somato-sensorial.
Quanto mais neurônio secundário que tiver em uma região, maior será a área estimulada no córtex. Aquelas regiões com neurônio secundário com campo receptivo pequeno, precisam de uma área maior do córtex dedicadas a elas. Regiões como mão, cabeça e boca são regiões que tem mais áreas dedicadas a elas, são regiões de maior precisão. 
A informação sensorial é extremamente importante pois possibilita localizar o animal no ambiente em que está inserido, e identificar diferentes informações. Os sentidos têm as seguintes propriedades:
Localização espacial = detectar a origem do estimulo sensorial e o grau de resolução espacial varia com a modalidade sensorial;
Determinação de intensidade = diferenciar a quantidade de energia contida no estimulo;
Determinação da duração = detectar o momento que iniciou e terminou um estimulo.
Além disso, as sensações causam expressões comportamentais que indicam conforto/desconforto. Os estímulos sensoriais evocam não só percepções objetivas, mas também reações afetivas.
Sensação = capacidade de decodificação dos estímulos físicos e químicos do ambiente.
Sentidos = diversidade das sensações (visão, audição, olfato, etc.). Modalidades sensoriais que se tornam conscientemente perceptíveis. Cada modalidade (gustação) apresenta aspectos qualitativos particulares (doce, salgado, azedo e amargo) conhecidos como submodalidades sensoriais.
Sistemas sensoriais = regiões do sistema nervoso que possibilitam os sentidos.
Percepção sensorial = capacidade de associar as informações sensoriais à memória, à cognição e gerar conceitos sobre o mundo, sobre nós mesmos e os outros.
Cognição = ações mentais destinadas a conhecer o mundo e a si próprio, sinônimo de pensamento.
Funções do sistema nervoso sensorial:
Manutenção do estado consciente;
Percepção sensorial e interpretação dos estímulos;
Controle dos movimentos somáticos;
Regulação de funções de órgãos internos.
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Aula dia 24/04 
O corpo em movimento
O sistema sensorial tem como função captar as informações do meio, levar para o SNC para que ele possa interpretar aqueles sentidos, o sistema motor tem como função planejar, coordenar e executar um movimento. Ele possibilita o movimento corporal. 
SISTEMA NERVOSO SENSORIAL:
Transdução dos sinais físicos e químicos em PA;
Representação do mundo exterior e do estado interno do corpo;
Percepção: detectar, analisar e estimar o significado dos estímulos ambientais.
SISTEMA NERVOSO MOTOR SOMÁTICO
Transdução dos sinais neurais em força contrátil que se manifestam na forma de movimentos e posturas do corpo (comportamento), transforma o PA em movimento;
MOVIMENTOS REFLEXOS (baixa complexidade) 
Acontece independente da vontade - não depende do córtex para acontecer;
Evocados por estímulos específicos;
Utiliza algumas unidades de trabalho da motricidade;
Estereotipados e Inatos;
Podem ser condicionados.
MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS (alta complexidade)
Consciente = processado pelo córtex cerebral;
Planejamento e estratégia;
Amplamente modulado pela aprendizagem;
Utiliza todas as unidades de trabalho da motricidade.
Tempo de reação neural = tempo que a pessoa leva para reagir a determinado estimulo.
Reflexos inatos (já nascemos com ele):
Reflexo de moro = estimulo como sons ou manobras que altere a sua posição natural. Reação súbita de abraço. Desaparece no 5º mês de vida;
Reflexo de marcha = estimulo: posição em pé com apoio. Tentativa de caminhar. Desaparece entre o 2º e 3º mês de vida;
Reflexo de sucção = estimulado por contato oral;
Reflexo magno = quando o pescoço é rotacionado para um lado, com o neonato em decúbito dorsal, a resposta normal deve ser a extensão dos membros torácico e pélvico do lado para o qual a cabeça foi virada, e a flexão dos membros do lado oposto;
Reflexo de extensão do pescoço = O reflexo de extensão do pescoço é obtido suspendendo-se o neonato pela região mastóide.
A - Durante o período de dominância flexora (até quatro ou cinco dias de idade) o neonato irá flexionar a coluna e os membros.
B - Durante o período de dominância extensora (cinco a 21 dias) a coluna e os membros estarão estendidos.
Hemiparesia = quando apenas um hemisfério funciona.
Para realizar um movimento existem unidades de trabalho, que funcionam como hierarquia, e cada unidade está disposta em uma região do cérebro:
Unidade de planejamento e comando;
Unidade de controle;
Unidade de ordenação;
Unidade de execução.
Temos vias descendentes (indo do SNC para o periférico - informação superior vindo do córtex e indo até a musculatura esquelética) e vias ascendentes (informação sensorial indo do periférico para central).
Os neurônios motores superiores estão presentes predominantemente no córtex ou no tronco encefálico sobre o comando do córtex e são responsáveis pelo planejamento, por iniciar e direcionar o movimento voluntário. Para que ele consiga planejar o movimento temos de um lado do sulco a parte sensorial e outro lado com os neurônios motores superiores responsáveis pelos membros também. Se tem muita informação chegando para membro anterior, tem uma região com muito neurônio motor que volta para aquele membro, por isso a motilidade para aquele membro será maior.
Esse planejamento faz com que os neurônios mandem informações neurais para outras regiões do córtex. E para isso precisa de informação de várias regiões, que estão sendo reunidas, e coordenadas. Depois são enviadas para os núcleos da base, que “refinam” e processam as informações, mandando informação de volta para o córtex, estimulando o neurônio superior que será enviada para a medula. Essa informação que foi planejada pelo córtex e coordenada pelos núcleos da base sofre interferência de outras regiões, do tronco encefálico de informações vindas juntamente do cerebelo, como por exemplo informações de equilíbrio.
O cerebelo pega a informação do aparelho vestibular, processa ela, que é uma informação sensório-motora, gera uma informação motora de posicionamento do corpo, manda para o tronco encefálico que tem os neurônios responsável pelo controle da postura corporal. Essa informação desce para a medula, que tem os neurônios motores inferiores, que será responsável por aquele movimento especifico, estimulando a musculatura especifica.
- Sistemas descendentes > neuronios motores superiores Córtex Motor (planejamento, iniciação e direcionamento de movimentos voluntários < Núcleos da Base (Disparo da iniciação apropriada dos movimentos) - Cerebelo (coordenação sensório-motora) > Centros do Tronco Encefálico (movimentos básicos e controle postural) > Circuitos Neurais Locais - Circuitos da medula espinhal e do tronco encefálico (coordenação de reflexos) > Agrupamentos de Neurônios (Neurônios Motores inferiores) > Músculos Esqueléticos
Movimento voluntário depende de planejamento, depende de todas as unidades motoras, envolve córtex e núcleos da base. Toda informação do tronco encefálico para baixo é reflexa (reflexo postural, por exemplo).
Movimentos reflexos medulares são o tipo de movimentos mais simples, vão utilizar o mínimo possível de unidades motoras.
Unidades neuronais da motricidade medular:
Receptores sensoriais (detectam o estimulo);
Neurôniossensoriais aferentes;
Neurônios associativos ou interneurônios (excitatórios e inibitórios);
Neurônios motores (atuam sobre a musculatura esquelética;
Músculo esquelético (executa o movimento).
Voluntario pega parte sensorial, várias áreas corticais, área de memória que resgata se aquele movimento já foi executado antes ou não e as áreas de planejamento como um todo.
A medula tem uma organização de acordo com a função motora que existe. Temos os gânglios da raiz dorsal que estão chegando com informação sensorial, onde estão presentes corpos neurais de neurônios que estão vindo dos receptores sensórias, sejam os que dão informação do corpo (propriocepção), os de dor (nociceptores) ou outros receptores somestésicos. Esses receptores vão detectar o estimulo que está sendo gerado por eles fazer a transdução sensorial, gerar PA que vai subir através desse neurônio aferente primário que entra no corno da raiz dorsal e estimula neurônios dentro do SNC, que podem ser pequenos (interneurônios) que vão atuar sobre outros, que vão atuar sobre os motores, ou pode ter um aferente que atua diretamente sobre o neurônio motor. O neurônio motor estará sempre no ramo ventral, então essa informação vai chegar e estimular interneurônios que vão estimular os neurônios motores, e vai descer para o musculo esquelético. Apesar de ser realizado a nível de medula, sendo reflexo, ele sofre modulação de vias descendentes superiores. Mesmo durante o movimento reflexo tem informação vinda do tronco encefálico junto com o cerebelo, para que o movimento seja coordenado. 
Os neurônios motores que estão no ramo ventral estão dispostos obedecendo a estrutura corporal, ou seja, está relacionada com a região que vão atuar. Seja axial, proximal ou distal. Os neurônios que inervam os músculos axiais e proximais estão mais mediais na medula, por isso são chamados de grupo medial, responsáveis tanto pelo equilíbrio quanto postura corporal. Enquanto aqueles que estão mais laterais inervam a musculatura distal, que é responsável pelos movimentos de precisão.
Existe ainda uma distribuição de acordo com a função dos neurônios. Os que estão responsáveis pelos músculos flexores estão mais dorsais, enquanto que os neurônios responsáveis por inervar os músculos extensores estão mais ventrais.
Os interneurônios podem fazer conexão entre os ramos dorsal e ventral (hipsilateralmente), e temos aqueles que podem atravessar a linha media e atuar do outro lado fazendo um estimulo contralateral. Podem ser excitatórios ou inibitórios. E tem as células de Renshaw, que quando um neurônio tiver uma estimulação muito intensa, ele gera PA nessa inervação colateral que ele tem, e estimula essa célula, que vai inibi-lo, para evitar que o movimento seja brusco/abrupto. Em suma ele modula a informação, fazendo com que a frequência do PA não fique alta de mais, causando lesão muscular. 
Todo movimento reflexo gera um arco reflexo. O neurônio aferente primário entra no SNC, estimula o neurônio motor que sai do SNC e estimula uma fibra muscular. Esse arco pode ser monossináptico, o neurônio que está recebendo a informação entra na medula e estimula diretamente o neurônio motor α que é o mais rápido que existe, são os de maior calibre e apresentam bainha de mielina. Circuito polissináptico é quando ocorre mais de uma sinapse, como quando o estímulo acontece no receptor, ocorre a transdução que leva a informação através do neurônio aferente, ele entra na medula estimula interneurônios que atuam sobre o neurônio motor que atuara sobre a fibra muscular. Apesar de ocorrer na medula, sofre interferência do sistema nervoso descendente.
Um arco reflexo depende de um receptor sensorial e um estimulo especifico. Tem dois receptores sensoriais que detectam os reflexos medulares: Fuso muscular e órgão tendinoso de golgi. Os dois são mecanoceptores, detectam estimulo de estiramento, toda vez que eles forem estirados eles geram movimento reflexo, no entanto um responde a contração muscular e o outro responde ao estiramento muscular. O fuso muscular está disposto em paralelo com as fibras musculares extrafusais, e ele possui fibras intrafusais, que são também fibras musculares. Se o musculo sofrer um estiramento, o fuso também será estirado e consequentemente ativado. Por outro lado, o órgão tendinoso de golgi está em série com a fibra muscular extrafusal, está entre as fibras e o tendão (fibras de colágeno), na inserção do musculo, logo, se esse musculo sofrer estiramento não ocorre nada, mas se houver contração muscular, ocorre encurtamento e estiramento do órgão tendinoso.
Na parte interna do fuso, temos as fibras intrafusais que não possuem filamento de actina e miosina em sua parte central, mas na extremidade possui, sendo capaz de contrair também. Envolta dessa região central, tem neurônio sensorial aferente, fibras anulo-espirais, está conectado ao receptor sensorial. Então toda vez que o musculo sofrer estiramento, essa fibra vai ser estirada, altera a permeabilidade da membrana, entra Na+, despolariza, se for suficiente, gera PA, a informação é levada para o SNC. Além de ter esses neurônios aferentes, o fuso muscular também tem neurônios eferentes (motores), chamados de motoneurônios gama, que inervam a extremidade da fibra intrafusal. A fibra intrafusal tem duas porções, uma sensorial e uma motora. E ainda nessa estrutura, temos o motoneurônios alfa, que inerva as fibras musculares extrafusais.
 Se for gerado estiramento do musculo, o fuso é estirado também, e é gerado um movimento reflexo que manda o musculo contrair, o fuso fica frouxo, e não gera PA, por isso a inervação gama propicia que o fuso contraia a extremidade e acompanhe a fibra muscular, mantendo a sensibilidade a contração muscular. Toda vez que ocorre estimulo o motoneurônio alfa manda o musculo contrair, e se não tiver inervação gama a região perde sensibilidade. Logo o motoneurônio gama é responsável por regular a sensibilidade do fuso muscular durante o processo de contração, acompanhando o tamanho da fibra muscular.
Reflexo miotático (patelar)
O musculo quadríceps (extensor) tem inserção na patela. Toda vez que bate na região da patela, gera estiramento do quadríceps, gerando permeabilidade do fuso, e aumento de geração de PA do neurônio aferente que estimula diretamente o motoneurônio alfa, que volta para o quadríceps (único circuito monossináptico), que gera contração e joga o membro para frente. Ocorre também no braço.
Para que ocorra o movimento de forma coordenada é preciso que o musculo antagonista não contraia junto, evitando a rigidez do membro. Para isso o neurônio sensorial que estimula interneurônio que estimula o motoneurônio que inerva o musculo antagonista e inibe esse motoneurônio. Então o motoneurônio alfa do musculo protagonista será estimulado de forma excitatória, gerando extensão do musculo, mas para isso ocorre a inibição do motoneurônio do musculo antagonista, oposto.
Todas as vezes que o fuso muscular for estirado gera uma contração reflexa, que garante tônus muscular e sustentação corporal (força gravitacional), faz controle do comprimento muscular (proteção contra estiramento). O reflexo miotático é excepcionalmente monossináptico. 
O órgão tendinoso de golgi é estirado caso ocorra contração da fibra extrafusal, e esse estiramento estimula o neurônio sensorial conectado a ela, que vai levar a informação até a medula.
Esse órgão tem uma capsula que o envolve, e o interior é composto por fibras de colágeno que vão dar origem ao tendão, porem essas fibras são frouxas, e entre elas temos as células sensoriais aferentes. Ele funciona parecido com o fuso, porém o órgão é ativado com a contração do musculo, gerando movimento reflexo de relaxamento muscular. Reflexo miotático inverso, que é ativado pela estimulação dos órgãos tendinosos de Golgi, podendo modular ou inibir a contração muscular. Tem como função proteção contra contração excessiva, controle sobre o nível de excitação dos motoneurônios, é um arco reflexo dissináptico.
Interação entre os dois lados docorpo
A partir de um estimulo (reflexo de inibição recíproca), que está entrando na medula fará várias sinapses e uma delas é estimular o neurônio motor alfa que atua sobre os músculos flexores, e para que isso ocorra de forma eficaz ele também estimula um interneurônio que vai inibir o neurônio antagonista que é dos músculos extensores. Então do lado do estimulo, tem um reflexo causando flexão de membro com inibição reciproca do mesmo lado. Por outro lado, parte dessa informação vai estimular um interneurônio que vai passar para o outro lado da linha média da medula, fazendo um estimulo oposto ao inicial, estimulando os músculos extensores inibindo os músculos flexores, tendo reendireitamento postura, com a inibição cruzada. É chamado de Reflexo polissináptico. 
Reflexo de retirada ou flexor de retirada quando tem um estimulo lesivo, faz a flexão do membro afetado, para proteção contra estímulos nociceptivos. Pode atuar apenas de um lado, e de outro bem leve, pode atuar de um lado apenas em um membro anterior ou posterior, de um lado nos dois membros, ou dos dois lados, apenas membro posterior ou apenas membro anterior, depende da intensidade do estimulo. O receptor será sempre de dor, nociceptor. A resposta gerada será sempre a flexão do membro afetado e é polissináptico.
Outra característica que a medula tem é que ela é capaz de gerar movimentos reflexos, mas que são geradores de padrão. O ato de caminhar, por exemplo, é voluntário, não é movimento reflexo, porem a partir do momento que ativo a caminhada, a medula tem circuitos locais que tornam esse movimento reflexo. O início e fim da caminhada, ou mudanças durante o percurso como acelerar ou mudar o passo, são voluntários, mas o padrão de movimento é reflexo, e está sendo processado pelo córtex que o modula, porém não depende mais desse córtex para acontecer.
Reflexo de marcha
Envolve flexão de membro e ao mesmo tempo extensão do contralateral. Enquanto que depois esse membro quando encostar no chão, força da gravidade atua e ativa fuso, gera arco reflexo miotático fazendo extensão do membro e contração da musculatura, e do outro lado está acontecendo inibição.
Tem diferentes fases, uma responsável pela postura corporal, outra responsável pelo balanço de movimento do membro que fica fora do chão. Então pegando um membro apenas, temos a fase de balanço quando, onde ele retira o membro do chão para jogá-lo para frente até o momento que ele toca o chão, quando ele tocou começa a fase de endireitamento postural, que vai causar rigidez e joga ele para a frente para seguir a fase de balanço. Então ele oscila entre as duas. Na fase de balanço ativa os músculos flexores, enquanto os extensores não têm ativação. Logo em seguida começa a ter ativação de músculos extensores, que fica mais intensa quando o membro toca o chão, e que gera postural corporal. Na medula vai oscilando entre ativação de flexores e extensores, gerando as fases de balanço e postura. 
Esse padrão vai mudando de acordo com o tipo de caminhada do animal. Caminhando ele pisa um membro de cada vez, mais tempo no ar, se ele começar a trotar ele vai intercalar dianteiro com traseiro cruzado, e no galope volta a ter o perfil de cada membro pisando separadamente, porem passa mais tempo tocando o chão do que no ar.
A medula possui circuitos locomotores dos membros anteriores e posteriores. No tronco encefálico está o sítio de controle e coordenação da locomoção. 
A ativação dos neurônios motores dos músculos flexores e extensores é intercalada. Quando o extensor é ativado, o flexor é inibido. Sobre o corpo desses neurônios temos os interneurônios, e sobre eles temos a informação que está vindo do córtex. Existe um circuito que faz com que isso fique intercalado. O interneurônio excitatório que estimula o neurônio motor, possui uma ramificação que atua sobre um interneurônio inibitório, que inibe o neurônio motor no musculo antagonista. Então quando estimular o interneurônio ele ativa o neurônio motor do musculo flexor e ao mesmo tempo ele estimula outro interneurônio que inibe o neurônio motor do musculo extensor. Concomitantemente, ele se auto inibe, que é uma forma de modulação.
A medula tem poucas unidades de trabalho, temos neurônios sensoriais, interneurônios e neurônios motores, apesar disso ela é capaz de gerar movimentos complexos.
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Aula dia 02-05
Controle encefálico do movimento
Quando falamos de controle encefálico do movimento estamos falando de movimentos sejam reflexos realizados pelo tronco, ou voluntários realizados pelo córtex. Os movimentos que saem do tronco são movimentos reflexos, uma vez que não estão sendo processados pelo córtex. Todo movimento voluntario que está vindo do córtex, as vias descendentes passam pelo tronco encefálico, que participa de movimentos coordenados, planejados. O controle postural é do tronco, enquanto o movimento planejado é cortical.
O córtex motor, saindo dele tem os neurônios motores superiores que vão descender até o tronco ou diretamente até a medula. Esses neurônios estão recebendo informações que estão sendo coordenadas nesse córtex. Uma vez que esse movimento foi planejado essa informação desce, e pode ir diretamente para a medula e atuar sobre os neurônios motores inferiores, porem a maior parte desses neurônios vão parar em núcleos presentes no tronco encefálico. E esses núcleos são regiões dentro do tronco encefálico e cada parte tem uma função motora. São núcleo presentes no tronco: rubro, colículos (rostral e caudal), núcleos reticulares e vestibulares (recebem informação do aparelho vestibular).
Os neurônios que estão descendo formam vias, cada via motora é chamada de trato, e está exposto no SN seja lateral, ou ventro-medial. A região que está descendo no córtex e passando pelo núcleo rubro, é lateral assim como a via que desce direto para a medula. As outras são ventro-mediais.
Os tratos são: tecto-espinhal que passa pelos colículos, o vestíbulo-espinhal que está na região mais ventral, bem próxima a linha média que é onde estes núcleos estão presentes. Tem reticulo-espinhal bulbar e pontino, pois o tronco encefálico se divide em ponte e bulbo, e os neurônios dessas regiões são formação reticular. Tem neurônios descendo do córtex, parando na formação reticular e depois descendo para a medula. Se ele para na formação reticular bulbar é um trato reticulo-espinhal bulbar.
Tronco encefálico tem funções vitais como: respiração, controle cardiovascular, reflexos gastrintestinais, movimentos estereotipados, equilíbrio postural e movimentos oculares (parcialmente voluntário).
O maior desafio relacionado a controle postural é a força que a gravidade exerce sobre os corpos, puxando em direção ao chão. Todo vertebrado que tem endoesqueleto ósseo ou cartilaginoso, associada a ele a musculatura permite que esse animal se afaste do chão, gerando tônus muscular, uma contração constante, liberação constante de ACh.
Reações posturais > sequência de atos reflexos que culminam com o ajuste da postura corporal:
Reação de endireitamento:
Rotação dos olhos e da cabeça para a direita;
Rotação da metade anterior do corpo para o mesmo lado;
Rotação da metade posterior;
Endireitamento dos 4 membros para baixo e extensão dos membros anteriores;
Reação de sustentação:
Ao tocar o solo, enrijece as articulações para evitar queda. 
As vias que fazem isso se dividem em vias piramidais, que passam pelas pirâmides, dentro do SNC que ocorre decussação e descendem direto do córtex, e vias extrapiramidais, que passam laterais às pirâmides, e param no tronco encefálico. 
Toda vez que estimula a formação reticular pontina ocorre excitação de músculos gravitacionais, assim como ativar músculos ou neurônios presentes nos núcleos vestibulares, por outro lado, a ativação da formação reticular bulbar, faz a inibição desses mesmos neurônios. Se ocorre a ativação dessas duas áreas ativa músculo gravitacional e gera tônus muscular de sustentação, e se ativarformação reticular bulbar diminui o tônus muscular. O movimento é planejado pelo córtex, que manda informação para os núcleos da base que vão verificar se aquele movimento pode ser executado da forma que foi planejado, parte dessa informação é mandada para o cerebelo que vai participar do equilíbrio, controle motor, parte da informação do cerebelo volta para o córtex para gerar o comando do movimento. Uma vez que inicia o movimento tem reflexos que recebe informação visual da cabeça que está mandando informação para o cerebelo durante o movimento, então ele controla esse movimento durante “o movimento”.
Neurônios motores estão descendo do córtex passando pelo tronco encefálico. Essa informação descendo por neurônios motores, que voa estimular neurônios na medula, é modulada por neurônios que estão no núcleo vestibular. 
Quando se planeja um movimento, esse planejamento é realizado pelo córtex, ou áreas de associação do córtex. Para ser planejado vai receber várias informações sensoriais vindas de várias partes (informação visual, ar, pressão, inclinação). Toda essa informação está sendo mandada para o córtex sensorial, vai associar essas informações com áreas de memória (se ele já realizou aquele movimento), essas informações vão para o cerebelo e núcleos da base, que vão filtrar isso, e verificar se esse planejamento funciona. E para esse movimento sair coordenado o cerebelo, através do aparelho vestibular que está conectado ao cerebelo, manda informações para esse cerebelo. Uma vez processada, essa informação volta para o córtex, que estimula o neurônio motor superior que descerá direto para a medula ou para o tronco encefálico. Iniciou o movimento, muda a posição corporal, e constantemente os receptores sensoriais continuam detectando o movimento com a mudança e a nova posição.
Pode ocorrer ativação ou inibição de músculos gravitacionais, e o conjunto disso favorece movimentos mais coordenados. Músculos proximais e axiais fazem parte dos tratos ventro-mediais enquanto inervação distal faz parte do trato lateral.
Via rubro-espinal: desce do córtex, para no núcleo rubro e desce para a medula, ativação dos músculos flexores e inibição dos extensores
Via retículo-espinal pontina: do córtex para o retículo pontino e desce para a medula, ativação dos músculos flexores e extensores, com efeito, predominante sobre os extensores (sustentação do corpo) 
Via retículo-espinal bulbar: do córtex para o retículo bulbar inibição dos músculos flexores e extensores, com efeito, predominante sobre os extensores, inibe sustentação corpora.
Via vestíbulo-espinal: para nos núcleos vestibulares, ativação dos músculos extensores e inibição dos flexores, gerando extensão de membro. Atua em associação com a via retículo-espinhal pontina. Desempenha papel seletivo nos sinais vindos do aparelho vestibular 
Via tecto-espinal: via do colículo, controle dos músculos do pescoço.
Se o animal perder o controle motor superior, o controle do córtex voluntário é perdido, restando apenas os movimentos reflexos, predominando a informação reticulo espinal pontina e vestíbulo espinal, ocorrendo extensão de membro, gerando um quadro chamado rigidez por descerebração. Esse tônus é causado por fuso muscular que tem a força da gravidade atuando sobre ele. 
Região cortical - neurônios motores superiores - vias que descem para do córtex para o tronco e do córtex para a medula ou para núcleo rubro. Região do tronco encefálico - formação reticular, fibra cortico-espinal descendo direto, fibra rubro espinal parou no núcleo rubro e desce para a medula. Neurônio motor de musculo flexor e de extensor, neurônio motor alfa, no musculo tem o fuso muscular que tem inervação sensorial que detecta o estiramento deste musculo que estira também o fuso. Toda vez que o musculo for estirado neurônio sensorial é ativado, leva a informação para o neurônio motor alfa que volta mandando o musculo contrair, e a inervação gama tem que ser ativada também. O motoneurônio gama do musculo extensor também está sobre controle das fibras reticulares, a informação reticular pontina causa excitabilidade sobre esse neurônio motor enquanto a bulbar inibe esse neurônio motor. Toda vez que ativa motoneurônio alfa manda o musculo contrair, esse musculo gera extensão de membro. 
Quando ocorre uma lesão por descerebração tem extensão pois ativa reticulo espinal pontina, ativando motoneurônio gama. Sobre a formação reticular pontina tem informação sensorial chegando constantemente, que ativa esse neurônio. Quando está funcionando normalmente, os neurônios, alfa ou gama, estão sobre controle superior causando excitação ou inibição. A linha A representa uma secção (descerebração) entre tronco e córtex, perdendo toda a informação cortical, o estimulo sobre as vias pontina e bulbar deixa de existir, a via pontina é a única que continua funcionando pois ela está recebendo informação sensorial, ocorre ativação de moto neurônio gama, hiperestimulado, gerando contração do fuso, extensão na porção central, ativa neurônio sensorial que vai ativar motoneurônio alfa fazendo o musculo extensor contrair, gerando rigidez por descerebração. 
Tronco encefálico importante para movimentos posturais. A maior parte das vias param no tronco encefálico. O equilíbrio vai depender de uma série de informações, principalmente informações visuais, depende do aparelho vestibular que leva informação de posicionamento da cabeça e fusos musculares no pescoço, pois de acordo com o movimento da cabeça é possível saber o posicionamento corporal.
Aparelho vestibular
O sistema vestibular é formado pela cóclea, importante para a audição, e aparelho vestibular que tem diferentes estruturas importantes para o equilíbrio. Esse aparelho vestibular possui duas estruturas maiores, o sáculo e utrículo, que possuem estruturas no seu interior que detectam movimentos de aceleração ou desaceleração, e saindo do utrículo tem três canais semicirculares, um anterior, um posterior e outro horizontal. Temos ouvido externo, médio e ouvido interno, que começa no meato acústico, composto pela cóclea e aparelho vestibular. Conjunto de estruturas que favorecem a detecção de movimentos na cabeça que levam a alterações posturais. Dentro dessas estruturas tem endolinfa, produzida pelo saco endolinfático, essa endolinfa é gelatinosa, e reveste as estruturas. Os movimentos rápidos fazem esse liquido girar e gerar estimulo de movimento, também gera alteração de visão. 
Essas estruturas possibilitam detectar rotação coronal (eixo x), rotação sagital (eixo y) e rotação horizontal (eixo z). Para detectar esses movimentos, essas estruturas precisam de células especializadas, no sáculo e no utrículo tem estruturas chamadas de mácula, enquanto que na base de cada canal semicircular tem uma dilatação chamada de ampola e dentro da ampola tem uma estrutura chamada de crista. Tanto na mácula quanto nas cristas tem células ciliadas que são células sensoriais secundárias, que vão transformar um estimulo em potencial de ação. Na base de cada uma tem uma terminação nervosa sensitiva, que vai ser estimulada por essas células, liberando neurotransmissor, para levar informação para o SNC. Essas células ciliadas apresentam cílios de diversos tamanhos, um maior (quinocilho) e cílios menores (estereocilios), que são conectados por proteínas, fixações filamentosas, e essas proteínas estão conectadas a canais iônicos, então toda vez que o movimento gerado sobre a endolinfa, que está banhando essa célula, se direcionar ao quinocilho, puxa esses cílios abrindo canal iônico, entra Na, despolariza a célula que libera vesículas contendo neurotransmissores que estimula a terminação nervosa. Se o estimulo for contrário ao quinocilho, os canais se fecham, hiperpolariza a célula que libera menos neurotransmissor, estimulando menos a fibra nervosa. Na região da ampola tem uma camada gelatinosa em cima das células gelatinosas, formando uma estrutura chamada de cúpula, e toda vez que a endolinfa passa por cima dessa camada, movimenta essa gelatina, movimentandoos cílios em direção ao quinocilho ou direção contraria. Na mácula essas células ciliadas estão banhadas por essa estrutura gelatinosa, e acima dessa estrutura tem cristais de cálcio, que são chamados de estetocones, então se a cabeça movimenta para frente, desloca a endolinfa e ela empurra as “pedrinhas” para baixo. Então se é na ampola ou na macula, temos movimento de células ciliadas. 
Tanto a macula do utrículo quanto do sáculo tem como se fosse uma linha média. A macula do sáculo está disposta de um lado diferente, está disposta para fora, tanto para um lado quanto para o outro da linha. Parte da célula estão com o quinocilho para um lado e para o outro, logo, ocorre despolarização de um lado e hiperpolariza do outro. 
Graças aos fusos musculares presentes no pescoço, toda vez que tem estiramento da musculatura anterior, terá flexão de membro posterior e extensão de membro anterior. Se for estiramento da musculatura posterior terá flexão de membro anterior e extensão de membro posterior.
O organismo tem vários receptores de pressão na pele propriocepção que estão constantemente mandando informação sobre o peso corporal, eles monitoram a distribuição do peso ajudando o equilíbrio postural.
Controle cortical da função motora
Toda informação motora que está saindo do córtex, é uma informação voluntária, foi processada, planejada. Temos uma projeção cortico-espinhal, ou cortico-nuclear, atuando no neurônio inferior. 
Esses movimentos estão sendo organizados em nível cortical, e ao mesmo tempo ocorre movimento reflexo, porem os movimentos voluntários sempre sobrepõe o arco reflexo. 
No homúnculo, a parte posterior tem informação sensorial, e a parte anterior a informação motora. Na parte motora temos o córtex motor primário, que é de onde sai o neurônio motor, e tem uma área suplementar, que agrega várias informações e é responsável pelo planejamento motor.
O córtex frontal é a área de pensamento, que pega informações de várias outras áreas do córtex, tanto sensórias, quanto motores e memória. Essa informação vai ser processada e mandada para o córtex motor primário, e vai descer para o tronco e medula.
O córtex motor tem os neurônios motores superiores que podem descer e parar no tronco ou descer direto para a medula.
Córtex motor primário, vai ser alterado por todas as outras regiões e neurônio motor superior desce, e envolve a via piramidal. Se houver lesão na via piramidal, vemos controle incompleto do movimento, sinal de babinski (humano). Essas alterações podem estar presentes em outras regiões do SN, pode ocorrer espasticidade, no animal, aumento do tônus muscular, reflexo miotático hiperativo, aumento de reflexo.
As lesões motoras têm características muito semelhantes, pois envolvem movimentos, e o movimento não diferencia o musculo, espasticidade, por exemplo, pode estar presente em diferentes lesões, outras podem dar fraqueza. Algumas lesões motoras são clássicas de algumas regiões, como o animal andar com as pernas abertas, que remete a alguma lesão no cerebelo, que é responsável pelo equilíbrio.
Alterações no córtex motor primário, terá alterações no neurônio motor superior, e isso interfere nos neurônios motores inferiores, causando, de modo geral, espasticidade. 
Agora um movimento voluntario é planejado, e depende de diversas áreas do córtex. Quando falamos desse planejamento, ele acontece pegando Informações de diferentes áreas, o córtex monta uma estratégia de movimento e manda para os núcleos da base. Nesses núcleos, é verificado se esse movimento é possível de ser executado. E esse é um processo de desinibição dos neurônios motores superiores, que estão no córtex primário para ativarem um movimento eles precisam ser ativados e assim podem estimular um neurônio motor inferior, que irá para o musculo. Para estimular esse neurônio motor, é preciso que outro neurônio estimule ele. O neurônio que está estimulando esse neurônio motor superior, está sendo inibido em algum ponto, então é necessário tirar a inibição para que ele possa estimular o neurônio motor e realizar o movimento. Quem retira essa inibição ou não, são os núcleos da base, que são vários núcleos encontrados numa região mais profunda do cérebro, na base do cérebro.
Núcleo caudado, está em contato com o putamen, na base tem o amigdaloide, e de um lado e do outro eles estão conectados ao tálamo, uma parte de controle do SNC muito importante. Temos também o globo pálido, que está na base do putamen, e se divide em duas regiões: globo pálido externo e interno. Tudo isso são regiões onde tem corpos neurais. Além desses núcleos, temos os subtalâmicos, abaixo do tálamo, e na região de baixo, próximo ao colículo tem a substancia nigra que não faz parte dos núcleos da base, mas interfere neles (está relacionada com o Parkinson), que se divide em parte reticular e parte compacta.
Corpo estriado = putamen + globo pálido externo e interno.
Toda informação que chega é aferente, e vem de diferentes regiões do córtex. Neurônios saindo do córtex irão tanto para núcleo caudado e putamen, ou seja, a informação entra nos núcleos da base através do núcleo caudado e putamen, chegando de várias regiões do córtex, inclusive parte compacta da substancia nigra. 
Neurônio motor superior é o que leva informação para o movimento acontecer, pois vai estimular lá na medula e o neurônio motor inferior, que vai atuar no musculo. Para ser ativado, o neurônio motor superior, ele depende de informação que está vindo de um outro neurônio que está no tálamo que vai atuar sobre ele, inibindo esse neurônio motor superior, e para o musculo contrair é preciso tirar essa inibição. Esse neurônio está sendo regulado pelos núcleos da base. Uma vez planejado, a informação é mandada para os núcleos da base que processam essa informação que é mandada para o neurônio que vai inibir mais ou menos o neurônio motor superior fazendo contrair mais ou menos. Então quem decide se o movimento se inicia são os núcleos da base.
Neurônios motores estão presentes no córtex, tronco e medula.
Os núcleos da base recebem informações de diferentes regiões do córtex, todos parando no caudado ou putamen. A informação está chegando no caudado e putamen por neurônios corticais que irão estimular outros neurônios presentes no núcleo caudado e putamen, chamados de células espinhosas ou neurônios espinhosos, pois o corpo deles tem uma grande ramificação de dendritos que parecem espinhos. Uma vez que a informação chega e estimula esses neurônios espinhosos, eles vão passar essa informação para o globo pálido externo, ou diretamente para o globo pálido interno. Além disso esses neurônios podem descer e estimular a parte reticular da substancia nigra.
Temos neurônios vindos do córtex que estão estimulando esse neurônio é uma informação glutamatérgica, neurotransmissor excitatório. Além disso esse neurônio está recebendo informação do neurônio da região compacta da substancia nigra, que é dopaminérgica, que pode ser tanto excitatória quanto inibitória, dependendo da região. 
Chegando no caudado e putamen, ou seja, sobre o neurônio espinhoso, tem informação cortical e substância nigra. Essa informação está atuando sobre esse neurônio que vai para o globo pálido, seja interno ou externo e atua sobre esse neurônio. O neurônio do globo pálido interno, porque mesmo que estimulo o externo, ele irá atuar sobre o interno depois. O neurônio do globo pálido interno vai para o tálamo. Uma vez que o neurônio espinhoso, mesmo que vá primeiro para a parte externa, ela volta para a parte interna, pois esse neurônio que foi estimulado no globo pálido externo vai descer e vai no núcleo subtalâmicos, estimula um neurônio no subtalâmico que volta para o globo pálido interno, por um caminho mais longo. Uma vez que a informação está saindo pelo globo pálido interno, indo para o tálamo, e volta para o córtex, através de um neurônio que volta para o neurônio superior.
Tudo que for motor, é eferente.
Os neurônios do caudado e putamen, uma vez estimulados são neurônios inibitórios, que secretamo principal neurônio inibitório, GABA, sobre o globo pálido, tanto externo quanto interno, ou na via da substancia nigra. Se ele está secretando GABA, ele está inibindo esses neurônios, que deixa de funcionar, e como ele também é inibitório, ele para de inibir, fazendo o que está no tálamo ser estimulado, por consequência ele estimula o córtex e manda o musculo contrair.
Então essa desinibição, inibição constante sobre o tálamo que é retirada para estimular o córtex.
A = neurônio espinho - caudado e putamen;
B = neurônio do globo pálido;
C = neurônio do tálamo;
D = neurônio motor superior - córtex motor.
O neurônio A e o B são gabaérgicos, inibitórios. Os neurônios do globo pálido se despolarizam espontaneamente. As células são mantidas em repouso até que sejam estimuladas, esse repouso é mantido devido as diversas bombas controlando entrada e saída de íons. Esses neurônios têm mais canais abertos do que as outras, e as bombas não conseguem sustentar o mesmo potencial de membrana, entrando mais cargas positivas, deixando ela cada vez menos negativa, chegando no limiar de excitação, e gerando PA. Ele está constantemente gerando PA, e com isso constantemente inibindo o tálamo e neurônio superior do córtex. Então ele é o ponto chave dos núcleos da base, logo se ele despolariza sozinho tem que ser inibido.
Quando está em repouso, se olhar a frequência de PA que está sendo gerada no neurônio A, não temos PA acontecendo, pois não tem estimulo sobre ele. Apesar de não ter nenhum estimulo sobre o A, o B tem uma frequência alta de PA, pois ele despolariza espontaneamente, e toda vez que ele faz isso ele secreta GABA, inibindo C, e esse C não gera PA e não estimula o córtex, não ocorre movimento.
Quando é para acontecer movimento, o córtex manda a informação para o caudado e putamen, os neurônios corticais que são glutamatérgicos, estimulam esse neurônio que gera PA. Toda vez que estimula o A, inibe o B que para de gerar PA, para de liberar GABA, e para de inibir o C são estimulados. Quando ele para de inibir o C, sobre o tálamo também temos os mesmos neurônios que estimulam. 
A parte reticular da substância nigra é responsável pelo movimento ocular, os neurônios da parte reticular serão estimulados pelos do caudado e putamen, ele será inibido pois despolariza espontaneamente, e com isso inibimos um neurônio presente na parte rostral do colículo, e uma vez que é inibido, ele possibilita o movimento ocular.
Movimento Ocular
O neurônio B está na parte reticular da substância nigra, e despolariza sozinho, vai para o colículo rostral e não para o tálamo, do colículo essa informação vai para o tronco encefálico, para as regiões responsáveis pelos neurônios motores que inervam a musculatura ocular. Ele é comandado pelo córtex, mas a resposta não volta para ele. Tem predominância de informação do caudado.
A via direta os neurônios do caudado e putamen vão atuar diretamente sobre o globo pálido interno. Esse neurônio do tálamo está sendo constantemente inibido pelo neurônio do globo pálido interno, pois esse neurônio despolariza espontaneamente, e causa inibição tônica (constante) do tálamo. Toda vez que houver estimulo cortical, o córtex estimula o caudado e putamen, fazendo com que eles inibam o globo pálido interno, e o neurônio deixa de inibir o tálamo, estimulando o córtex e gera movimento. Toda vez que ativar a via direta, ocorre redução da inibição tônica. A estimulação da parte compacta da substância nigra é excitatória, todo neurônio dessa parte secreta dopamina, e os receptores para dopamina que estão nessa via são do tipo D1, que quando estimulados causam excitação na célula adjacente. Os D2 causam inibição. Essa via é modulada por essa parte compacta, que junto com o córtex vão estimular vão aumentar a estimulação dos neurônios caudados e putamen. O receptor do tipo D1 está presente mais predominantemente no caudado que é de onde vem a principal informação.
A via indireta os neurônios estão no caudado e putamen, vão atuar no segmento externo, vai para o núcleo subtalâmicos, e volta para o globo pálido interno. Podemos ter neurônios do segmento externo atuando diretamente sobre o interno. Na via indireta o neurônio inibitório atua no núcleo subtalâmicos, o neurônio do núcleo subtalâmico que vai atuar no globo interno é excitatório, glutamatérgico. Atua sobre o globo pálido interno, estimulando ele. Se aumentar a atividade desse neurônio, vai estimular e vai inibir mais. Se diminuir a atividade, vai deixar de estimular, e inibir menos. Estimulando a via indireta aumenta a atividade do caudado e do putamen, esses neurônios vão inibir o segmento externo do globo pálido, que vai deixar de inibir o globo pálido interno, que faz com que ocorra maior inibição do tálamo.
As duas vias são ativadas juntas, para que o movimento seja coordenado e não abrupto.
A substancia compacta também modula a via indireta, e os neurônios que fazem parte dessa via tem receptores do tipo D2, que são inibitórios. Quando tem estimulação da parte compacta ela atua na via indireta causando inibição dos neurônios, mas como é modulada, ela é uma inibição menor, então o neurônio gera menos PA.
Podem ocorrer alterações nessas vias, que podem ser hipercinéticas (balismo - sem coordenação), movimentos mais bruscos e mais intensos, espasticidade e rigidez, ou hipocinéticas, dificuldade para o movimento ocorrer. Algumas patologias podem causar lesão no núcleo subtalâmico que estimula o globo pálido interno, aumentando a atividade de inibição do tálamo, então se o n. subtalâmico não está estimulando mais, o globo pálido interno vai inibir menos o tálamo, tendo estimulação maior aumentando a atividade dos neurônios motores, causando balismo nos movimentos.
Ocorre também a doença de Huntington (hipercinética), onde tem degeneração de neurônios do caudado e putamen, comprometendo a via indireta. A inibição sobre o globo pálido externo deixa de existir, então se esse neurônio não está sendo inibido, vai inibir muito o globo pálido interno e ainda tem uma inibição significativa do subtalâmico que deixa ade estimular o globo pálido interno, e ele deixa de inibir o tálamo, aumentando muito a atividade sobre o córtex, gerando movimentos balísticos.
Doença de Parkinson (hipocinética) quando ocorre morte dos neurônios da substancia nigra, que são dopaminérgicos, e quando isso ocorre na via indireta a atividade de inibição sobre o globo pálido interno diminui, pois na via direta ele era excitatório aumentava a inibição, e por consequência dessa degeneração o globo pálido interno fica mais ativo, e inibe mais o tálamo dificultando o movimento. Na via indireta ele inibia a via, e se ele não inibe mais ela está intensificada, vai inibir mais ainda o globo pálido externo, que deixa de inibir o globo pálido interno que aumenta mais a inibição, e deixa de inibir o subtalâmico que vai estimular mais ainda o globo pálido interno, que vai inibir mais ainda o tálamo. O tremor durante o movimento não acontece, só acontece no movimento voluntário.
Cerebelo
O cerebelo participa do controle motor, faz parte da motricidade, participa da manutenção do equilíbrio e postura, importante parar reflexos posturais, controle do tônus muscular, planejamento de movimentos voluntários junto com o córtex e ainda na aprendizagem motora, que depende de todas as funções motoras que esse organismo executa.
Planejou o movimento, mandou para os núcleos da base, e quem diz a posição do corpo e a pressão que está sendo causada em cada membro, está sendo mandada para o cerebelo, que vai dar a informação de postura
 corporal para o córtex. O cerebelo participa desse controle durante o movimento também.
O cerebelo faz parte dos centros controladores do movimento. Tem uma hierarquia em relação ao movimento: os que planejam (córtex), os que detectam, os que coordenam e controlam o movimento (núcleos da base), ordenam o movimento (neurônios motores), e os efetores (músculos).
Os centros controladores tem regiões diferentes do SNC, lá do córtex, que vai mandar informaçãopara ele, uma vez que ela chega vão processar, manda para o tálamo, córtex motor e para o neurônio motor na medula.
O cerebelo também recebe informação cortical, processa ela, manda de volta para o tálamo, do tálamo para o córtex e depois desce. Ele atua comparando o movimento planejado com o que está sendo realizado, e coordena esse movimento. Se tiver lesão no cerebelo, a única consequência que se tem é uma perda na coordenação dos movimentos, que geram ataxia (movimentos descoordenados). Apesar disso ele não altera a função do movimento, de modo geral. A perda na coordenação dos movimentos, atua principalmente na postura e tônus muscular, que levam dificuldade de equilíbrio, de modo geral, e de sustentação corpora. Não causa paralisia.
O cerebelo possui uma estrutura muito semelhante com a do cérebro, possui um hemisfério direto e um esquerdo, possui sulcos, córtex convoluto - giros - (uniforme de 3 camadas), regiões que tem núcleos celulares que funcionam semelhante aos núcleos da base que o cérebro tem, são os núcleos profundos que estão na base do cerebelo e cada um deles tem neurônios que se saem e se ligam ao tronco encefálico através dos pedúnculos, rostral, caudal e médio. Pode ser divido em espinocerebelo (tem conexão com a medula), o cérebrocerebelo (conexão com o cérebro) e o vestibulocerebelo (conexão com o aparelho vestibular). 
Os três núcleos profundos são: fastígio, interposto e denteado, que funcionam que nem os núcleos da base. O cerebelo também possui região nódulo flocular, vermis e zonas lateral e intermédia. É dividido em três camadas, camada molecular (mais externa), camada de células de purkinge, e uma camada mais interna, a camada granulosa, com células granulares. Tem células que são aferentes e outras que são eferentes. A informação que está chegando, chega por fibras chamadas de musgosas e trepadeiras (sobre e enovela em outras células). A camada granulosa é composta praticamente por células granulosas, que tem o corpo nessa camada, mas tem o axônio que sobe, passa pela camada de células de purkinge e vai até a camada molecular, onde ela se bifurca formando uma estrutura em T, as fibras paralelas que estão em contato com os dendritos das células de purkinge, que tem o corpo presente na camada intermediaria e tem vários prolongamentos que formam estrutura com as fibras paralelas. Na camada molecular temos também a célula estrelada, que está em contato com as células de purkinge e as células em cesto (células de circuito local) da camada intermediaria também. Temos também a célula de golgi que também está em contato com as células da granulosa. As células da granulosa e a célula de purkinge estão recebendo informação aferente. A informação que chega na célula granulosa está chegando pelas fibras musgosas que estão vindo dos núcleos vestibulares, trato espinocerebelar e núcleos da ponte, enquanto as células de purkinge está recebendo informação das fibras trepadeiras, essa informação vem dos núcleos olivares que estão presentes no tronco encefálico de modo geral, informações do tronco, e essas células vão atuar no córtex cerebelar, região mais molecular, nas células de purkinge. 
Chegando informação sensorial de fibra musgosa sobre a célula da granulosa ela forma fibras paralelas na camada molecular que estão em contato com a célula de purkinge que também está sendo estimulada por fibras trepadeiras. A célula de purkinge atua sobre os neurônios do núcleo profundo. As células do núcleo profundo despolarizam espontaneamente, e as células de purkinge são inibitórias.
GR (cél da granulosa) - sobe e forma as fibras paralelas. Sobre a célula da granulosa tem a fibra musgosa que a estimula. Gol (cél de Golgi) inibem a célula da granulosa, mas a granulosa estimula a de Golgi. As CP (cél de Purkinge) estão sendo estimuladas pelas GR mas são inibidas pelas CC (cél em cesto) que são estimuladas pela cél da granulosa. A CP é uma célula inibitória que inibe os núcleos profundos, porem ela é estimulada pela trepadeira. Quando tem um estimulo para realizar o movimento e o córtex manda info para o cerebelo ele vai filtrar essa informação. De um lado tem estimulo da cél granulosa que vai estimular a cél de purkinge, e ela inibe os núcleos profundos que geram menos PA nos neurônios motores que estão passando lá. Quando tem ativação da trepadeira, essa fibra estimula o núcleo profundo e cl de purkinge, modulando o movimento. Controle fino, preciso. Toda vez que aumenta a atividade da cél granulosa, ela estimula as céls de purkinge, que também estimulam as cél em cesto que modulam a atividade da cél de purkinge, que mesmo sendo estimulada terá uma inibição também.
Os neurônios dos núcleos profundos vão sair do cerebelo através do fastígio (forma as vias descendentes mediais - vias vestibulares e reticulares lá do tronco), o denteado e interposto vão para o tálamo e de lá para o córtex motor voluntário de modo geral. Tem informações saindo da região nódulo folicular. 
Alterações no cerebelo
Lesão do espinocerebelo - falta de coordenação e equilíbrio. Causa ataxia, marcha instável, cambaleante e oscilante.
Lesão do vestíbulo-cerebelo - leva a marcha e postura atáxica. Causa ataxia troncular e base alargada.
Lesão do cérebro-cerebelo - leva a alterações na sequência da elaboração de movimentos aprendidos. Causa ataxia, diminuição do tônus muscular, distúrbios de planejamento motor, como tremor de intenção, dismétria e disdiadoccinesia.
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