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exercício revisão 14.08 (1)

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FACULDADE METROPOLITANA
Fonte principal:
Aula síntese pergunta e respostas:
Ref. aula 02/02/2018. Prof. dr. Claudio Cruz
Sociedade e Estado. 
01 – Qual a concepção genérica de sociedade?
R - Um complexo institucional em que se reproduzem coletivos humanos. 
02 – Quais as instituições básicas, identificadas desde as sociedades tribais?
R- Família, religião e trabalho.
03 - Qual o conceito sociológico clássico de sociedade, acatado nas tematizações jurídicas?
R- “uma coletividade de indivíduos reunidos e organizados para alcançar uma finalidade comum”.
04 - E como interpretar o emergir do Estado no contexto da sociedade?
R - O devir e complexificação da sociedade resultaram numa segmentação orgânica: sociedade civil e sociedade política. Esta última tem a responsabilidade regencial sobre a primeira. Ai repousa o significado inaugural de Estado. É um ente regencial. A desvirtuação está em governos despóticos absolutistas, os quais têm caráter personal.
05 – E como o Estado se configura essencialmente?
R - numa organização determinada por normas de direito positivo, é hierarquizada na forma de governantes e governados e tem uma finalidade própria, o bem público.
06 – Tendo por pressuposto que o Estado é o maior ente regencial na sociedade, sua composição ontológica está relacionada a quais categorias sociológicas e objetivos?
R - Poder e território. Os objetivos são: manter a ordem e defesa social.
07 - Existe homogeneidade na regencial estatal?
R – Não. O Estado emprega diversos meios, que variam conforme as épocas, os povos, os costumes e a cultura. Os objetivos é que se mantém e não se confundem com de nenhuma outra instituição.
08 - Quais os dois componentes que possibilitam o Estado exercer sua função?
R – autoridade legitimada (direito de mandar e dirigir) e o dever do uso da força na defesa nacional e da ordem,
09 - Qual o termo apropriado para o poder estatal não legitimado?
R - Tirania
10 – Qual a Relação entre o Estado e o Direito?
R – As normas que organizam o Estado e determinam as condições sociais necessárias para realizar o BEM PÚBLICO constituem o DIREITO, que ao Estado incube cumprir e fazer cumprir.
11 – No âmbito interdisciplinar (jurídico e sociológico) qual a concepção consensual de Estado?
R - Estado é a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público, com governo próprio e território determinado. 
12- Qual a origem da palavra Estado.
R – pode-se dizer que se trata de um termo que transitou e se mesclou entre a semântica e conotação, sendo o seu sentido atual recente. A palavra raiz seria STATUS transitando do grego ao romano, aliado ao outro termo pólis de onde derivou a expressão política. O contorno formal jurídico, sociológico e da ciência política acabaram por cunhar o termo ESTADO nos moldes postos pelas ciências sociais e jurídica.
13 - Na raiz das teorizações sobre Estado, a literatura destaca os filósofos gregos Platão e Aristóteles. Qual o tônus diferencial entre ambos?
R - Platão apresenta uma estrutura ideal de Estado, enquanto Aristóteles uma estrutura real (de conformidade como se apresentava a vida na polis). O "deve ser" e o "manifestado" é a tônica diferencial entre eles.
14 - Na sequencia da tematização sobre Estado deve-se a autoridade intelectual de Marcos Túlio Cícero, advogado, escrito e filosofo romano, um dos mais significativos contributos. Em que consiste esse contributo?
R - Distanciou-se da opção por uma ou outra posição (platônica e aristotélica), fez uma conciliação: o Estado real configura-se numa busca/investimento assentado em princípios. Sua obra seminal foi Da República, nela consta uma análise jurídica e moral do Estado romano, do que ele era e do que deveria ser" (AZAMBUJA, 2008, p. 25).
15 - E no período medieval, de onde emana maior contributo na sequência da tematização do Estado, considerando a influência da igreja romana?
R - O maior contributo provem da teologia e filosofia de Tomás de Aquino. Opta por aspectos propositivos mais pragmáticos (influência aristotélica), porém assentados no cristianismo. Nele identifica-se a importância dos princípios, enquanto parâmetros axiológicos para atitudes e construção de leis! Pode-se dizer que a expressão "princípios jurídicos" tem neste escritor medieval uma inspiração.
16 - Por que a recorrência à Maquiavel nas tematizações contemporâneas sobre teorização do Estado?
R – o valor das ideias está na capacidade delas nutrirem, de serem utilizadas. Não se trata de tempo cronológico. Sua validade corresponde a seu potencial de apropriação. Ele trouxe com sua obra o Príncipe (clássico na literatura política), os “fundamentos da política como arte de governar os Estados, ou mais exatamente como arte de atingir, exercer, conservar o poder” (AZAMBUJA, 2008, p. 25). Deixou um legado inspiracional para autores sequentes, sob mediação de doutrinas diferenciadas.
17 – Na esfera de conhecimento o Estado foi se configurando um objeto complexo. Quais as fronteiras das áreas que o estudam?
R - A teoria geral do Estado foi bifurcada em duas grandes áreas: ciência política e direito constitucional. Neste ultimo, dado a complexificação e especificidades a partir do advento das constituições. Por isso é dito: estudo do direito constitucional brasileiro, ou francês, ou italiano etc. A ciência política estuda o Estado nos seus elementos permanentes, indaga-lhe a origem e a finalidade, descreve a estrutura e o fundamento de seus órgãos.
18 – Quanto a teoria geral do Estado, qual a posição do direito positivado, especialmente de Hans Kelsen?
R – A posição dele é de uma identidade entre Estado e Direito. O Direito é a própria base do Estado. Portanto, este último é a própria ordem jurídica. Por via de consequência, a teoria geral do Estado tem que coincidir com a teoria do direito, assim como a política – doutrina do Estado justo – tem que coincidir com a filosofia jurídica – doutrina do direito justo. Em caráter sintético pode-se dizer que a TGE é uma teoria generalíssima do direito, cuja fonte principal é a constituição.
19- Diante de multiplicidade de posições, quais as mais aceitas referente a TGE?
R – Na acepção ampla, é uma ciência que estuda os fenômenos políticos em seu tríplice aspecto – jurídico, sociológico e filosófico – e que melhor lhe caberia a designação de ciência política. Não por outra, que a disciplina nucleada pelo direito ficou assim: ciência política e TGE (imbricando-as).
20 – E quanto ao método da TGE?
R - Tem sido tratada e ensinada sob dois pontos de vista distintos. Para alguns, a preocupação do aspecto jurídico predomina; para outros, prevalece a orientação sociológica e política. Há consenso que uma realidade complexa não pode ser abordado por um método simples. Nesse sentido, a teoria do Estado deve estudar o Estado sob todos os aspectos: sua origem e transformação, sua organização, as influências recíprocas entre ele e o meio social. 
21 – Quanto aos elementos essenciais do Estado, qual o consenso entre as diferentes abordagens?
R – De que não haveria Estado sem os seguintes elementos: população, território e um governo. 
22– Qual a diferença entre povo e nação?
R - Na linguagem vulgar à população do Estado chama-se indistintamente de povo ou nação. Trata-se de equívoco. Povo é a população do Estado sob o aspecto essencialmente jurídico.; é o grupo humano encarado na sua integração numa ordem estatal determinada; sendo o conjunto de indivíduos sujeitos às leis; súditos, cidadãos de um mesmo Estado. Nesse sentido o elemento humano do Estado é sempre o povo, ainda que formado por diversas raças, com interesses, ideais e aspirações diferentes. Nem sempre, o elemento humano do Estado é uma nação.
Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e aspirações comuns. Povo é uma entidade jurídica; nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. Nação é muita coisa mais do que povo, é uma comunidade deconsciências, unidade por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo.
23 - No que a concepção de nação é inspiradora para a compreensão mais substantiva do Estado?
R – Isso está atrelado ao chamado princípio de nacionalidade. 
R - A humanidade se divide em nações; o mundo deve dividir-se em Estados que lhes correspondam. Toda nação é um Estado; todo Estado, uma pessoa nacional. Tal princípio é um derivante da revolução francesa, considerada um tanto romântico!
Na realidade, conquanto não se possa negar que o princípio das nacionalidades seja um belo ideal, tem sido e é quase impossível aplicá-lo uniformemente. Em primeiro lugar, é sempre difícil decidir se uma coletividade forma uma nação, e o próprio pronunciamento das populações interessadas é sujeito a injunções que lhe podem desvirtuar a veracidade. Em segundo lugar, muitas nações do velho continente, sobretudo, estão de tal forma interpenetradas, formam uma rede tão inestricável de interesses superpostos aos interesses simplemente morais, que sua divisão equivaleria, para muitos Estados, a uma catástrofe, diante da qual é lícito hesitar.
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A política tem a categoria ideologia como base de sustentação discursiva. O uso da força tende a ser minimizada pela adesão e legitimização do povo. A ideologia nesse aspecto é a principal força. E para tal precisa mesclar concessões que deem o ar de veracidade aos discursos. Estes acobertam questões estruturais que possibilitam a continuidade do cenário abismal entre nações com alto patamar de qualidade de vida.
Nos países socialmente injustos a seguridade é apresentada pelos discursos dominantes numa forma de marketing. Num esforço de salvaguarda dos governos. A ignorância é que leva essa aceitabilidade. Nos países de 1º mundo são os cidadãos que expressam sua percepção. Não é só em estacionamento, no transporte que superam os demais…
Brasileira morando a 17 anos na Noruega, diz:
“Viver na Noruega é se SENTIR livre, PROTEGIDO E SEGURO. Todas as pessoas com residência legal têm os mesmos direitos dos nativos. NÃO EXISTE DISCRIMINAÇÃO, TODOS SÃO IGUAIS. Os estrangeiros são tratados com respeito e os refugiados são muito bem recebidos” 
(Fonte: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2017/03/26/ha-7-anos-na-noruega-brasileira-diz-como-vive-no-pais-mais-feliz-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola
A primeira fantasia está que se pode ter seguridade no mesmo patamar dos países dos 1º mundo. As condições estruturais são diferentes e não são acessórias. Diferentes o nivel educacional, investimentos sociais. Depositar esperança exclusivamente em governantes é uma das fantasias, nutrida ideologicamente. Ao mesmo tem tempo não se pode prescindir deles.

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