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JORNADA DE ESTÁGIO RAILSON BULCAO

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ENTRAVES E POSSIBILIDADE NA DIDÁTICA DE GEOGRAFIA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ESTUDO DE CASO NUMA ESCOLA MUNICIPAL DE QUIXADÁ/CE. 
AUTOR: RAILSON BULCÃO PIRES
ORIENTADORA: PROFA. DRA GLAUCIANA ALVES TELES
A educação brasileira vivência momentos de grandes lutas pela preservação de inúmeros direitos constitucionalizados, mas que em silenciosas canetadas estão pôr dirimir direitos como: o acesso a educação em todos os seus âmbitos. Nesse contexto, torna-se essencial discutir como a didática utilizada nas aulas de Geografia pode contribuir para formação de cidadãos que por vezes já deveriam ter concluído seus estudos, mas que agora buscam por seus diversos motivos, tal feito. 
O público que pertence a modalidade de ensino EJA – Educação de Jovens e Adultos, necessita que sua educação seja assegurada por meio de metodologias de ensino que compreendam as suas particularidades, conforme assegura a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB). Assim, a partir da análise do cenário nacional, onde uma boa parte da sociedade não realizou sua escolaridade no período regular, demonstrando que esse processo tardio da busca por escolarização, acaba, naturalmente, ter se intensificado na sociedade atual, que cada vez mais, preconiza em seu mercado de trabalho, candidatos com grau de formações básica. 
Se utilizando da revisão literária de autores que discutem a EJA e a didática do ensino de Geografia, onde somadas as análises do desenvolvimento desta disciplina escolar em uma escola municipal de Quixadá/CE, o objetivo geral desse trabalho foi compartilhar as vivências desenvolvidas na disciplina de estágio supervisionado numa turma EJA (8º / 9º Ano), com foco na análise da utilização do livro didático, na sucinta caracterização dos educandos e na análise da didática utiliza pelo professor supervisor. 
A metodologia se deu a partir da observação e co-participação nas aulas de Geografia por ocasião do estágio e da construção de relatórios com reflexões sobre as experiências vivenciadas junto ao professor supervisor, bem como suas práticas. 
Nos primeiros resultados verificamos que a utilização do livro didático estava dissociada da análise do público alvo, onde notamos uma expressiva diferença etária entre os educandos, que, por conseguinte, detinham diferenciadas dificuldades em ler e escrever. Assim, a utilização desse recurso didático não apresentou efeitos positivos, uma vez que o público demonstrava desinteresse em contribuir com a leitura compartilhada dos temas e discutir os assuntos lidos, todavia é interessante citar, que os mesmos solicitavam, constantemente, que o professor acelerasse as explanações e direcionasse os mesmos para a execução das atividades propostas no livro didático. 
O público alvo, ainda, caracteriza-se pela rotatividade de frequência as aulas, fato que trazia dificuldades ao professor, que precisava constantemente realizar feedback sobre os assuntos discutidos nas aulas anteriores, pois os alunos eram rotativos, contudo, esse fato pode ser justificado pela característica atípica de disponibilidade dessa modalidade de ensino no município, uma vez o professor informou que, era a primeira vez que o município unificou as turmas de EJA em uma única escola, a partir da garantia de transporte público escolar. Porém, foi verificado, logo no início do estágio a grande evasão, pois a turma analisada aqui, tinha 53 alunos matriculados e só frequentavam em torno de 15 alunos, conforme observações realizadas. 
Quanto a prática docente, foi constatado a tentativa da utilização de metodologias ativas, por meio da formação de rodas de discussão, exibição de filmes, execução de dinâmica, todavia, no momento da execução das avaliações, verificou-se contradições quanto as metodologias utilizadas, uma vez os educandos eram avaliados por meio de questionário com perguntas objetivas e direcionadas, que pouco se objetivava de analisar os conhecimentos adquiridos sobre os assuntos discutidos. 
Nesse sentido, considera-se que frente as explanações realizadas, faz-se necessário, que os profissionais ligados a educação desse público alvo (professores, gestores, governantes, etc), percebem as inúmeras necessidades explanadas por meio dos entraves citados, vendo nisso, as possibilidades de potencializar o ensino de geografia, onde ao reavaliar os entraves citados, citamos possibilidades como: a análise inicial dos educados, com objetivo de diagnosticar como efetivar seu aprendizado; continuar a utilizar-se de metodologias ativas, que respeitem as individualidades e suscitem discussões construtivas e próximas às realidades vivenciadas pelos mesmos; utilizar-se do livro didático de forma transversal a utilização de outros recursos, como forma de mostrar as demais fontes de aprendizado disponíveis. 
Certos disso espera-se que os alunos de EJA tenham suas particularidades respeitas e inseridas no ambiente escolar, não como forma de reiterar constantemente essas problemáticas, mas de forma a tornar notável as dificuldades que precisam ser superadas, em seus mais diversos âmbitos, uma vez que elas não vivenciadas não apenas no ambiente escolar, mas na comunidade como um todo, possibilitando que esses educandos, consigam compreender os mais diversos conceitos trabalhos pela ciência geográfica, além de contribuir para a formação de cidadão no plano social. 
Palavras chaves: Ensino de Geografia. Educação de Jovens e Adultos. Livro didático.

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