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04. DA FORMAÇÃO SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO

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TEXTO 04
DA FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO
01 - FORMAÇÃO DO PROCESSO:
O PROCESSO CIVIL se INICIA por meio da INICIATIVA DA PARTE. 
NOTA: A JUSTIFICATIVA DESSA AFIRMAÇÃO TEM QUE TUDO A VER COM A CARACTERÍSTICA DA JURISDIÇÃO: ELA É INERTE E APENAS ATUA (EM REGRA) POR MEIO DE PROVOCAÇÃO DO JURISDICIONADO. 
- A AÇÃO SÓ SE INICIA COM A PROTOCOLIZAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL. 
- A RELAÇÃO PROCESSUAL SOMENTE É FORMADA COM A CITAÇÃO VÁLIDA DO REU. 
Nesse sentido:
NCPC/ ART. 312. CONSIDERA-SE PROPOSTA A AÇÃO QUANDO A PETIÇÃO INICIAL FOR PROTOCOLADA, TODAVIA, A PROPOSITURA DA AÇÃO SÓ PRODUZ QUANTO AO RÉU OS EFEITOS MENCIONADOS NO ART. 240 DEPOIS QUE FOR VALIDAMENTE CITADO. 
NCPC/ ART. 240. A CITAÇÃO VÁLIDA, AINDA QUANDO ORDENADA POR JUÍZO INCOMPETENTE, INDUZ LITISPENDÊNCIA, TORNA LITIGIOSA A COISA E CONSTITUI EM MORA O DEVEDOR, RESSALVADO O DISPOSTO NOS ARTS. 397 E 398 DA LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 (CÓDIGO CIVIL).
CCB / ART. 397. O INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO, POSITIVA E LÍQUIDA, NO SEU TERMO, CONSTITUI DE PLENO DIREITO EM MORA O DEVEDOR. 
P.Ú. NÃO HAVENDO TERMO, A MORA SE CONSTITUI MEDIANTE INTERPELAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL. 
CCB/ ART. 398. NAS OBRIGAÇÕES PROVENIENTES DE ATO ILÍCITO, CONSIDERA-SE O DEVEDOR EM MORA, DESDE QUE O PRATICOU. 
Note que a primeira parte do Art. 240 trata do momento da PROPOSITURA DA AÇÃO (exercício do direito de ação), enquanto a ultima parte trata da formação da RELAÇÃO PROCESSUAL. 
1.2 - LITISPENDÊNCIA:
A partir da propositura da demanda, surge um instituto interessante: A LITISPENDÊNCIA. 
Nesse contexto, litispendência tem o sentido de LIDE PENDENTE, que tem como principal EFEITO o IMPULSO OFICIAL aplicável ao JUDICIÁRIO. Assim, desde o início do processo, o juiz da causa zelará pelo seu desenvolvimento através do impulso oficial. 
Contudo, litispendência é um termo PLURÍVICO, ou seja, tem outro sentido. 
Outro sentido diz respeito a LITISPENDÊNCIA gerada pela CITAÇÃO, que tem como principal efeito a PROIBIÇÃO DE PROPOSITURA DE NOVAS AÇÕES IDÊNTICAS àquela que foi proposta. 
NOTA: ESSA LITISPENDÊNCIA SURGE NO MOMENTO DA CITAÇÃO VÁLIDA, DEVENDO PREVALECER O PROCESSO QUE TEVE A PRIMEIRA CITAÇÃO VÁLIDA. 
1.3 - FORMAÇÃO DO PROCESSO - EFEITOS DO MANDADO DE CITAÇÃO, EFEITOS DA CITAÇÃO PROPRIAMENTE DITA:
Como vimos é necessário separar 02 MOMENTOS processuais subsequentes que não se confundem: 
A - um momento é o DESPACHO DO JUIZ que ordena a citação do réu - MANDADO DE CITAÇÃO. 
B - CITAÇÃO PROPRIAMENTE DITA.
Cada um desses momentos produzirão efeitos distintos, a seguir:
A - O efeito do MANDADO DE CITAÇÃO é previsto no ART. 240, § 1º do CPC:
ART. 240. A CITAÇÃO VÁLIDA, AINDA QUANDO ORDENADA POR JUÍZO INCOMPETENTE, INDUZ LITISPENDÊNCIA, TORNA LITIGIOSA A COISA E CONSTITUI EM MORA O DEVEDOR, RESSALVADO O DISPOSTO NOS ARTS. 397 E 398 DA LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 (CÓDIGO CIVIL).
§ 1º A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO, OPERADA PELO DESPACHO QUE ORDENA A CITAÇÃO, AINDA QUE PROFERIDO POR JUÍZO INCOMPETENTE, RETROAGIRÁ À DATA DE PROPOSITURA DA AÇÃO. 
OBS.: O principal efeito do mandado de citação é a interrupção da prescrição, ainda que o juiz seja incompetente.
A LÓGICA DISSO É A SEGUINTE: uma vez que o juiz ordena a citação, implicitamente está recebendo a Petição Inicial. Isso pressupõe que a Petição Inicial está em ordem, devendo o autor ter o benefício de interrupção da prescrição. 
NOTA: A EFICÁCIA DA INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO É RETROATIVA À DATA DA PROPOSITURA DA AÇÃO. 
B - São 04 os EFEITOS da CITAÇÃO VÁLIDA: 
- FORMA A RELAÇÃO JURÍDICO-PROCESSUAL, 
- INDUZ A LITISPENDÊNCIA, 
- FAZ LITIGIOSA A COISA, 
- CONSTITUI O DEVEDOR EM MORA. 
NOTA: O principal efeito da citação válida é a formação da relação jurídico-processual; o réu passa a integrar a relação jurídico-processual; a ação passa a surtir efeitos para ele.
1.4 - DO IMPULSO OFICIAL:
Conforme o ART. 2º DO NCPC, depois da propositura da demanda o processo se desenvolverá por IMPULSO OFICIAL, cumprindo ao juiz zelar pelo seu desenvolvimento até o momento de seu desfecho.
ART. 2O O PROCESSO COMEÇA POR INICIATIVA DA PARTE E SE DESENVOLVE POR IMPULSO OFICIAL, SALVO AS EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI. 
NOTA: SE O AUTOR TIVER QUE TOMAR ALGUMA PROVIDÊNCIA, NÃO O FIZER E O PROCESSO FICAR PARALIZADO, O JUIZ IRÁ INTIMAR O AUTOR A TOMAR A PROVIDÊNCIA NO PRAZO DE 05 DIAS, SOB PENA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 
ATENÇÃO: CONTUDO, NOS TERMOS DA SÚMULA 240 DO STJ, ESSA PROVIDÊNCIA SÓ PODERÁ OCORRER NA HIPÓTESE DE REQUERIMENTO DO RÉU: O JUIZ NÃO PODE DETERMINAR A EXTINÇÃO DO PROCESSO, A PRIORI, DE OFÍCIO.
O juiz só poderá determinar de ofício a extinção do processo sem resolução do mérito (após intimar o autor) se o processo ficar PARALIZADO por mais de 01 ANO: assim, aplica-se o Art. 485, II CPC. 
NOTA: Fora essas hipóteses, o JUIZ e os AUXILIARES da justiça DEVEM tomar todas as providências para que o processo tenha prosseguimento. 
ART. 485. O JUIZ NÃO RESOLVERÁ O MÉRITO QUANDO:
I - INDEFERIR A PETIÇÃO INICIAL;
II - O PROCESSO FICAR PARADO DURANTE MAIS DE 1 (UM) ANO POR NEGLIGÊNCIA DAS PARTES;
III - POR NÃO PROMOVER OS ATOS E AS DILIGÊNCIAS QUE LHE INCUMBIR, O AUTOR ABANDONAR A CAUSA POR MAIS DE 30 (TRINTA) DIAS;
IV - VERIFICAR A AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO;
V - RECONHECER A EXISTÊNCIA DE PEREMPÇÃO, DE LITISPENDÊNCIA OU DE COISA JULGADA;
VI - VERIFICAR AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU DE INTERESSE PROCESSUAL;
VII - ACOLHER A ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM OU QUANDO O JUÍZO ARBITRAL RECONHECER SUA COMPETÊNCIA;
VIII - HOMOLOGAR A DESISTÊNCIA DA AÇÃO;
IX - EM CASO DE MORTE DA PARTE, A AÇÃO FOR CONSIDERADA INTRANSMISSÍVEL POR DISPOSIÇÃO LEGAL; e
X - NOS DEMAIS CASOS PRESCRITOS NESTE CÓDIGO.
§ 1º NAS HIPÓTESES DESCRITAS NOS INCISOS II E III, A PARTE SERÁ INTIMADA PESSOALMENTE PARA SUPRIR A FALTA NO PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS.
§ 2º NO CASO DO § 1º, QUANTO AO INCISO II, AS PARTES PAGARÃO PROPORCIONALMENTE AS CUSTAS, E, QUANTO AO INCISO III, O AUTOR SERÁ CONDENADO AO PAGAMENTO DAS DESPESAS E DOS HONORÁRIOS DE ADVOGADO.
§ 3º O JUIZ CONHECERÁ DE OFÍCIO DA MATÉRIA CONSTANTE DOS INCISOS IV, V, VI E IX, EM QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDIÇÃO, ENQUANTO NÃO OCORRER O TRÂNSITO EM JULGADO.
§ 4º OFERECIDA A CONTESTAÇÃO, O AUTOR NÃO PODERÁ, SEM O CONSENTIMENTO DO RÉU, DESISTIR DA AÇÃO.
§ 5º A DESISTÊNCIA DA AÇÃO PODE SER APRESENTADA ATÉ A SENTENÇA.
§ 6º OFERECIDA A CONTESTAÇÃO, A EXTINÇÃO DO PROCESSO POR ABANDONO DA CAUSA PELO AUTOR DEPENDE DE REQUERIMENTO DO RÉU.
§ 7º INTERPOSTA A APELAÇÃO EM QUALQUER DOS CASOS DE QUE TRATAM OS INCISOS DESTE ARTIGO, O JUIZ TERÁ 5 (CINCO) DIAS PARA RETRATAR-SE.
2 - SUSPENSÃO DO PROCESSO:
As causas de suspensão do processo estão previstas no ART. 313 do NCPC.
ART. 313. SUSPENDE-SE O PROCESSO:
I - PELA MORTE OU PELA PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL DE QUALQUER DAS PARTES, DE SEU REPRESENTANTE LEGAL OU DE SEU PROCURADOR;
II - PELA CONVENÇÃO DAS PARTES;
III - PELA ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO OU DE SUSPEIÇÃO;
IV- PELA ADMISSÃO DE INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS;
V - QUANDO A SENTENÇA DE MÉRITO:
A) DEPENDER DO JULGAMENTO DE OUTRA CAUSA OU DA DECLARAÇÃO DE EXISTÊNCIA OU DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA QUE CONSTITUA O OBJETO PRINCIPAL DE OUTRO PROCESSO PENDENTE;
B) TIVER DE SER PROFERIDA SOMENTE APÓS A VERIFICAÇÃO DE DETERMINADO FATO OU A PRODUÇÃO DE CERTA PROVA, REQUISITADA A OUTRO JUÍZO;
VI - POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR;
VII - QUANDO SE DISCUTIR EM JUÍZO QUESTÃO DECORRENTE DE ACIDENTES E FATOS DA NAVEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL MARÍTIMO;
VIII - NOS DEMAIS CASOS QUE ESTE CÓDIGO REGULA.
IX - PELO PARTO OU PELA CONCESSÃO DE ADOÇÃO, QUANDO A ADVOGADA RESPONSÁVEL PELO PROCESSO CONSTITUIR A ÚNICA PATRONA DA CAUSA; (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.363, DE 2016)
X - QUANDO O ADVOGADO RESPONSÁVEL PELO PROCESSO CONSTITUIR O ÚNICO PATRONO DA CAUSAE TORNAR-SE PAI. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.363, DE 2016)
§ 1º NA HIPÓTESE DO INCISO I, O JUIZ SUSPENDERÁ O PROCESSO, NOS TERMOS DO ART. 689.
§ 2º NÃO AJUIZADA AÇÃO DE HABILITAÇÃO, AO TOMAR CONHECIMENTO DA MORTE, O JUIZ DETERMINARÁ A SUSPENSÃO DO PROCESSO E OBSERVARÁ O SEGUINTE:
I - FALECIDO O RÉU, ORDENARÁ A INTIMAÇÃO DO AUTOR PARA QUE PROMOVA A CITAÇÃO DO RESPECTIVO ESPÓLIO, DE QUEM FOR O SUCESSOR OU, SE FOR O CASO, DOS HERDEIROS, NO PRAZO QUE DESIGNAR, DE NO MÍNIMO 2 (DOIS) E NO MÁXIMO 6 (SEIS) MESES;
II - FALECIDO O AUTOR E SENDO TRANSMISSÍVEL O DIREITO EM LITÍGIO, DETERMINARÁ A INTIMAÇÃO DE SEU ESPÓLIO, DE QUEM FOR O SUCESSOR OU, SE FOR O CASO, DOS HERDEIROS, PELOS MEIOS DE DIVULGAÇÃO QUE REPUTAR MAIS ADEQUADOS, PARA QUE MANIFESTEM INTERESSE NA SUCESSÃO PROCESSUAL E PROMOVAM A RESPECTIVA HABILITAÇÃO NO PRAZO DESIGNADO, SOB PENA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
§ 3º NO CASO DE MORTE DO PROCURADOR DE QUALQUER DAS PARTES, AINDA QUE INICIADA A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, O JUIZ DETERMINARÁ QUE A PARTE CONSTITUA NOVO MANDATÁRIO, NO PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, AO FINAL DO QUAL EXTINGUIRÁ O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, SE O AUTOR NÃO NOMEAR NOVO MANDATÁRIO, OU ORDENARÁ O PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO À REVELIA DO RÉU, SE FALECIDO O PROCURADOR DESTE.
§ 4º O PRAZO DE SUSPENSÃO DO PROCESSO NUNCA PODERÁ EXCEDER 1 (UM) ANO NAS HIPÓTESES DO INCISO V E 6 (SEIS) MESES NAQUELA PREVISTA NO INCISO II.
§ 5º O JUIZ DETERMINARÁ O PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO ASSIM QUE ESGOTADOS OS PRAZOS PREVISTOS NO § 4º.
§ 6º NO CASO DO INCISO IX, O PERÍODO DE SUSPENSÃO SERÁ DE 30 (TRINTA) DIAS, CONTADO A PARTIR DA DATA DO PARTO OU DA CONCESSÃO DA ADOÇÃO, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CERTIDÃO DE NASCIMENTO OU DOCUMENTO SIMILAR QUE COMPROVE A REALIZAÇÃO DO PARTO, OU DE TERMO JUDICIAL QUE TENHA CONCEDIDO A ADOÇÃO, DESDE QUE HAJA NOTIFICAÇÃO AO CLIENTE. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.363, DE 2016). 
§ 7º NO CASO DO INCISO X, O PERÍODO DE SUSPENSÃO SERÁ DE 8 (OITO) DIAS, CONTADO A PARTIR DA DATA DO PARTO OU DA CONCESSÃO DA ADOÇÃO, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CERTIDÃO DE NASCIMENTO OU DOCUMENTO SIMILAR QUE COMPROVE A REALIZAÇÃO DO PARTO, OU DE TERMO JUDICIAL QUE TENHA CONCEDIDO A ADOÇÃO, DESDE QUE HAJA NOTIFICAÇÃO AO CLIENTE. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.363, DE 2016). 
NOTA: Com relação a consequência da suspensão, e os atos praticados no processo há uma REGRA e uma EXCEÇÃO: Em regra não serão praticados atos processuais no momento de suspensão do processo. Excepcionalmente, serão praticados os atos considerados urgentes, necessários para a preservação do direito das partes, visando afastar efeitos irreparáveis. 
2.1 - MORTE/PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL
Ocorrendo a morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de representante processual ou procurador, INDEPENDENTEMENTE de decisão judicial, o processo é AUTOMATICAMENTE SUSPENSO.
NOTA: CASO A MORTE DE UMA DAS PARTES TENHA SIDO CONHECIDA PELO JUIZ POSTERIORMENTE A PRÁTICA DE DIVERSOS ATOS PROCESSUAIS, CONFORME ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DOMINANTE, APLICA-SE UMA EFICÁCIA RETROATIVA (EX TUNC), SENDO CONSIDERADA A DATA DE SUSPENSÃO DO PROCESSO A DATA DA MORTE DA PARTE/PROCURADOR/REPRESENTANTE PROCESSUAL. NESSE SENTIDO, CONSIDERAR-SE-ÃO NULOS TODOS OS ATOS PRATICADOS APÓS A MORTE DO SUJEITO.
ATENÇÃO: OS FATOS POSTERIORES À MORTE OU PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL DA PARTE SÃO OS SEGUINTES: EM CASO DE MORTE PARTE, O PROCESSO IRÁ PROSSEGUIR NO MOMENTO DE SUCESSÃO PARA O ESPÓLIO E HERDEIROS. POR SEU TURNO, CASO HAJA PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL DA PARTE OU MORTE DO REPRESENTANTE LEGAL/PROCURADOR (ART. 313, §§ 1º A 3º CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL), O JUIZ FIXARÁ PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DO PROCESSO (ART. 76 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL).
2.2 - CONVENÇÃO DAS PARTES
É prevista no Art. 313, II e § 4º CPC. As partes têm a liberalidade de suspender o processo por um prazo determinado. Contudo, há uma limitação.
OBS.: NA CONVENÇÃO DAS PARTES, A SUSPENSÃO DO PROCESSO NÃO PODE DURAR MAIS DE SEIS MESES.
2.3 - ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO/SUSPEIÇÃO
Havendo a arguição de impedimento/suspeição do juiz, o processo ficará suspenso por um determinado prazo.
O momento para aferição dependerá do efeito da decisão do tribunal sobre o impedimento ou suspeição. Inicialmente, o processo ficará suspenso até a decisão do relator do incidente.
Nesse sentido, a decisão do tribunal pode ser suspensiva ou não suspensiva. No primeiro caso, o processo volta a correr quando o tribunal decidir sobre a arguição de impedimento/suspeição. No segundo, processo volta a correr a partir da decisão do tribunal sobre o efeito. 
2.4 - INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
O incidente de resolução de demandas repetitivas está no art. 976 e seguintes do Código do Processo Civil.
Incidente de resolução de demandas repetitivas, como o próprio nome já informa, é um incidente que surge com mais de um processo que contenham controvérsia sobre a mesma questão jurídica, com risco de ofensa ao princípio da isonomia ou da segurança jurídica.
Nos termos do artigo 982, II, admitido o incidente, o relator suspenderá todos os processos que estejam na universalidade de processos com as características supracitadas, desde que presentes no mesmo Estado. 
A lei permite, que qualquer interessado requeira ao STJ ou STF que aumente a eficácia territorial da suspensão, gerando efeitos para todo o Brasil (artigo 982, § 3º CPC).
2.5 - HIPÓTESES RELACIONADAS A SENTENÇA DE MÉRITO COM SITUAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE:
O inciso V do artigo 313 assim preceitua:
ART. 313. SUSPENDE-SE O PROCESSO:
(...)
V - QUANDO A SENTENÇA DE MÉRITO:
a) DEPENDER DO JULGAMENTO DE OUTRA CAUSA OU DA DECLARAÇÃO DE EXISTÊNCIA OU DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA QUE CONSTITUA O OBJETO PRINCIPAL DE OUTRO PROCESSO PENDENTE;
b) TIVER DE SER PROFERIDA SOMENTE APÓS A VERIFICAÇÃO DE DETERMINADO FATO OU A PRODUÇÃO DE CERTA PROVA, REQUISITADA A OUTRO JUÍZO;
Nesse inciso, duas relações de prejudicialidade: (I) EXTERNA E (II) INTERNA.
NA RELAÇÃO EXTERNA, PROCESSO DEPENDE DE JULGAMENTO DE OUTRO PROCESSO (ALÍNEA 'a')
JÁ NA RELAÇÃO INTERNA, O PROCESSO DEPENDE DE ANÁLISE DE PROVA REQUISITADA À OUTRO JUÍZO (ALÍNEA 'b').
Tem-se o entendimento que em ambas as hipóteses de prejudicialidade, a suspensão não pode ultrapassar 01 ano, conforme o artigo 313, § 4º do CPC.
O rol não se esgota no art. 313 do CPC. Com efeito existem outras hipóteses previstas em lei. 
Um exemplo é a suspensão do processo por conta do incidente de desconsideração de personalidade jurídica (Artigo 134, § 3º Código de Processo Civil). 
3 - EXTINÇÃO DO PROCESSO:
A extinção do processo se dá com a prolação de uma sentença, conforme dispõe o art. 316 do CPC.
ART. 316. A EXTINÇÃO DO PROCESSO DAR-SE-Á POR SENTENÇA.
OBS.: SENTENÇAS CONDENATÓRIAS (que resolvem o mérito) deixaram de por fim ao processo. Isso porque, após a sentença, passa-se a fase de execução (pela sentença condenatória ser um título executivo judicial). Contudo, a sentença de mérito acaba com a fase de conhecimento em primeira instância. 
Com relação às SENTENÇAS SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, em regra, elas acabam com o processo. Contudo, pode ocorrer de surgir uma fase executiva, de discussão das verbas sucumbenciais.
3.1 - SENTENÇAS SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
Estão previstas no artigo 485 CPC.
ART. 485. O JUIZ NÃO RESOLVERÁ O MÉRITO QUANDO:
I - INDEFERIR A PETIÇÃO INICIAL;
II - O PROCESSO FICAR PARADO DURANTE MAIS DE 1 (UM) ANO POR NEGLIGÊNCIA DAS PARTES;
III - POR NÃO PROMOVER OS ATOS E AS DILIGÊNCIAS QUE LHE INCUMBIR, O AUTOR ABANDONAR A CAUSA POR MAIS DE 30 (TRINTA) DIAS;
IV - VERIFICAR A AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO;
V - RECONHECER A EXISTÊNCIA DE PEREMPÇÃO, DE LITISPENDÊNCIA OU DE COISA JULGADA;
VI - VERIFICAR AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU DE INTERESSE PROCESSUAL;
VII - ACOLHER A ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM OU QUANDO O JUÍZO ARBITRALRECONHECER SUA COMPETÊNCIA;
VIII - HOMOLOGAR A DESISTÊNCIA DA AÇÃO;
IX - EM CASO DE MORTE DA PARTE, A AÇÃO FOR CONSIDERADA INTRANSMISSÍVEL POR DISPOSIÇÃO LEGAL; E
X - NOS DEMAIS CASOS PRESCRITOS NESTE CÓDIGO.
§ 1º NAS HIPÓTESES DESCRITAS NOS INCISOS II E III, A PARTE SERÁ INTIMADA PESSOALMENTE PARA SUPRIR A FALTA NO PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS.
§ 2º NO CASO DO § 1O, QUANTO AO INCISO II, AS PARTES PAGARÃO PROPORCIONALMENTE AS CUSTAS, E, QUANTO AO INCISO III, O AUTOR SERÁ CONDENADO AO PAGAMENTO DAS DESPESAS E DOS HONORÁRIOS DE ADVOGADO.
§ 3º O JUIZ CONHECERÁ DE OFÍCIO DA MATÉRIA CONSTANTE DOS INCISOS IV, V, VI E IX, EM QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDIÇÃO, ENQUANTO NÃO OCORRER O TRÂNSITO EM JULGADO.
§ 4º OFERECIDA A CONTESTAÇÃO, O AUTOR NÃO PODERÁ, SEM O CONSENTIMENTO DO RÉU, DESISTIR DA AÇÃO.
§ 5º A DESISTÊNCIA DA AÇÃO PODE SER APRESENTADA ATÉ A SENTENÇA.
§ 6º OFERECIDA A CONTESTAÇÃO, A EXTINÇÃO DO PROCESSO POR ABANDONO DA CAUSA PELO AUTOR DEPENDE DE REQUERIMENTO DO RÉU.
§ 7º INTERPOSTA A APELAÇÃO EM QUALQUER DOS CASOS DE QUE TRATAM OS INCISOS DESTE ARTIGO, O JUIZ TERÁ 5 (CINCO) DIAS PARA RETRATAR-SE.
IMPORTANTE: Nas sentenças sem resolução do mérito, há a possibilidade de REPROPOSITURA da AÇÃO, salvo em caso de litispendência.
É o que dispõe o art. 486 caput do CPC. 
ART. 486. O PRONUNCIAMENTO JUDICIAL QUE NÃO RESOLVE O MÉRITO NÃO OBSTA A QUE A PARTE PROPONHA DE NOVO A AÇÃO.
§ 1º NO CASO DE EXTINÇÃO EM RAZÃO DE LITISPENDÊNCIA E NOS CASOS DOS INCISOS I, IV, VI E VII DO ART. 485, A PROPOSITURA DA NOVA AÇÃO DEPENDE DA CORREÇÃO DO VÍCIO QUE LEVOU À SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
§ 2º A PETIÇÃO INICIAL, TODAVIA, NÃO SERÁ DESPACHADA SEM A PROVA DO PAGAMENTO OU DO DEPÓSITO DAS CUSTAS E DOS HONORÁRIOS DE ADVOGADO.
§ 3º SE O AUTOR DER CAUSA, POR 3 (TRÊS) VEZES, A SENTENÇA FUNDADA EM ABANDONO DA CAUSA, NÃO PODERÁ PROPOR NOVA AÇÃO CONTRA O RÉU COM O MESMO OBJETO, FICANDO-LHE RESSALVADA, ENTRETANTO, A POSSIBILIDADE DE ALEGAR EM DEFESA O SEU DIREITO.
O indeferimento da Petição Inicial está previsto no artigo 330 do CPC: 
ART. 330. A PETIÇÃO INICIAL SERÁ INDEFERIDA QUANDO:
I - FOR INEPTA;
II - A PARTE FOR MANIFESTAMENTE ILEGÍTIMA;
III - O AUTOR CARECER DE INTERESSE PROCESSUAL;
IV - NÃO ATENDIDAS AS PRESCRIÇÕES DOS ARTS. 106 E 321.
OBS.: Não precisa citar o réu. O indeferimento da inicial pressupõe que o juiz não tenha citado o réu. 
SITUAÇÕES IMPORTANTES: 
1. O processo que ficar parado por mais de 01 ANO sem movimentação das partes será extinto sem resolução do mérito.
Indispensável que o juiz intime a parte para que, no prazo de 05 DIAS, movimente o processo. Caso a parte não movimente o processo, ocorrerá a extinção dele sem resolução do mérito.
2. Com relação ao abandono da causa por mais de 30 DIAS, é possível que o juiz extingua o processo caso o autor não movimente o processo por mais de 30 dias, após a intimação nos termos supracitados.
Réu precisa requerer. Nesse sentido, há uma Súmula do STJ (Súmula 240). A razão de ser da Súmula é não permitir que o autor possa obter a extinção do processo porque não quer mais, sem que tenha o consentimento do réu. Seria uma desistência do processo com a roupagem de um abandono.
3. Quando se verificar a falta de PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE, há a extinção do processo sem resolução do mérito.
São matérias que podem ser conhecidas de ofício (respeitado o princípio do efetivo contraditório).
Sendo a matéria sanável, o juiz deverá fixar prazo para a regularização. Não sanado o vício, extinguirá o processo sem resolução do mérito.
Nem sempre a irregularidade dos pressupostos processuais de validade gerará a extinção do feito, podendo ocorrer a mera nulidade dos atos praticados, tendo a necessidade de refazimento do ato (e não de extinção do processo). Há um aproveitamento do processo, portanto.
Para ilustrar, o clássico exemplo do juiz incompetente. Nulidade dos atos processuais praticados e será remetido o processo ao juízo competente.
4. Além dos pressupostos processuais de validade, é causa de extinção do processo sem resolução do mérito a análise dos PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NEGATIVOS (perempção, litispendência ou coisa julgada).
São examinados pelo juiz de ofício. Litispendência e coisa julgada são conceituadas pelo CPC, na parte que trata da defesa do réu (art. 337, §§ 1º ao 4º).
A litispendência e a coisa julgada têm um ponto em comum muito forte: em ambas, há uma outra ação idêntica, com os mesmos elementos (lembrando que são três os elementos da ação).
A diferença entre elas está na existência de julgamento definitivo dessa ação: na coisa julgada, já houve o julgamento definitivo. Na litispendência, ainda não.
Além disso, perempção também é causa de extinção do processo sem resolução do mérito. Perempção é a perda do direito de ação àquele que, por três vezes anteriores, deu causa de extinção do processo por abandono. 
5. Falta de LEGITIMIDADE e INTERESSE PROCESSUAL também dá causa para extinguir o processo nessa modalidade.
Com a adoção da teoria abstrativa eclética pelo Código de Processo Civil, o direito de ação necessariamente gera um direito à um resposta de mérito. Contudo, essa resposta de mérito é condicionada a existência de condições da ação e de pressupostos processuais (analisados pelo juiz de ofício). A sua falta gera a extinção do processo sem a resolução do mérito.
6. A convenção de arbitragem, prevista na Lei 9307/96, é um pressuposto processual negativo. Assim, se o juiz a identificar, o processo é extinto sem resolução do mérito. Contudo, o juiz não pode conhecer de ofício.
7. Outra hipótese é a DESISTÊNCIA DA AÇÃO. O autor postula ao desistir da ação uma sentença sem resolução do mérito.
A desistência da ação não se confunde com a renúncia. Na renúncia, diferentemente da desistência, surge uma decisão com resolução do mérito (pois o autor abriu mão do direito material pretendido).
NOTA: Conforme entendimento do STF (RExt 163976-1/MG) até o momento de prolação de sentença em primeira instância pode ser pedida. Razão: Seria uma forma do autor se livrar de custas processuais, em caso de improcedência do pedido.
A ANUÊNCIA do réu será necessária se for oferecida posteriormente à contestação (art. 485, § 4º CPC). Para entender essa razão, é necessário ter em mente uma PREMISSA: o processo que é extinto sem resolução do mérito possibilita a reiteração de ações. Para evitar essa reiteração de ações, o réu pode optar em não anuir com relação a desistência do autor, esperando uma sentença de mérito de improcedência (essa não possibilita a reiteração de ações).
Com relação à forma, é necessário que o réu, caso não consinta com a desistência, o faça expressamente e com fundamentos. Havendo litisconsórcio passivo, a desistência da ação necessitará da anuência de todos os réus.

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