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FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO O processo é garantia do cidadão, conforme o princípio do acesso à justiça, previsto no artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal. Assim, é direito de todos receber uma resposta do Poder Judiciário aos requerimentos formulados. O instrumento para a realização dessa resposta por parte do Judiciário é o Processo e é através dele que o referido Poder instrumentaliza a função jurisdicional. Com efeito, o processo tem início, desenvolvimento e extinção. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 FORMAÇÃO Início do processo : protocolo da inicial Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado O réu só é parte da relação processual depois de regularmente citado O início do processo depende da prática do ato por apenas uma das partes, mas para que haja a formação de uma relação processual é necessária a citação regular do réu Formação do processo : protocolo da inicial Formação da relação processual : citação do réu “A relação angular que se contém no processo, e que vincula o autor, o juiz e o réu, não se estabelece num só ato. Inicialmente, ao receber a petição do autor, o Estado vincula-se em relação apenas linear, por força do direito de ação. Forma-se um dos lados da relação processual, o lado ativo: a ligação autor-juiz e juiz-autor. Numa segunda fase, com a citação do réu, a relação processual se completa com o seu lado passivo, i.e., com a vinculação do réu-juiz e juiz-réu”. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art240 FORMAÇÃO Não basta ocorrer a citação , é preciso que ela seja válida ( garantia da ampla defesa e do contraditório) Citação inválida com prejuízo do réu: nulidade de toda relação processual Consequências de uma citação válida : Art.240, NCPC É possível existir a formação e a extinção do processo sem que haja a citação do réu A formação e a extinção são necessárias em um processo, ou seja, sempre irão acontecer SUSPENSÃO Diferentemente da formação e extinção, a suspensão pode não ocorrer dentro de um processo É possível haver mais de uma hipótese de suspensão em um mesmo processo, também é possível que o processo seja suspenso mais de uma vez pela mesma causa Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição. “Ocorre a suspensão do processo quando um acontecimento voluntário, ou não, provoca, temporariamente, a paralisação da marcha dos atos processuais. Ao contrário dos fatos extintivos, no caso de simples suspensão, tão logo cesse o efeito do evento extraordinário que a causou, a movimentação do processo se restabelece normalmente” SUSPENSÃO Morte ou perda de capacidade Partes “Com a morte da parte desaparece um dos sujeitos da relação processual, que como é óbvio, não pode prosseguir enquanto não houver sua substituição pelo respectivo espólio ou sucessores” “A capacidade civil de exercício é pressuposto de validade da relação processual, daí a necessidade de suspender o processo quando uma das partes se torna interdito, para que o curador se habilite a representá-la nos autos” Representante legal ( tutor, curador, administrador…) Procurador Só causará suspensão se for o único procurador da parte Convenção das partes Negócio jurídico processual de natureza típica Partes querem suspender o processo Prazo máximo: 6 meses § 4º O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II. Casos de suspensão do processo (Art.313,NCPC) SUSPENSÃO Arguição de impedimento ou suspeição do juiz “Arguido o impedimento ou a suspeição do juiz, o principal sujeito da relação processual- o órgão judicante- fica inabilitado a continuar no exercício de sua função jurisdicional no processo, pelo menos enquanto não for solucionado o incidente” “Na dúvida sobre a legitimidade da atuação do juiz, prescreve o Código a abstenção da prática de atos processuais, inclusive daqueles urgentes com a finalidade de evitar dano irreparável, até que a situação se defina pelos meios adequados” Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição Admissão de IRDR ( Incidente de resolução de demandas repetitivas) “Os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no estado ou na região, identificados como relativos à mesma questão de direito são paralisados até que o tribunal de segundo grau julgue a tese comum, com eficácia para todo o conjunto de demandas iguais” Gerir massa de processos que versam sobre o mesmo tema SUSPENSÃO Prejudicialidade da sentença “Sempre que a sentença de mérito estiver na dependência de solução de uma questão prejudicial que é objeto de outro processo, ou de ato processual a ser praticado fora dos autos, como as diligências deprecadas a juízes de outras comarcas ou seções judiciárias” Prejudicial: “questões de mérito que antecedem, logicamente, à solução do litígio e mela forçosamente haverão de influir” Prejudicial externa: objeto de outro processo pendente Processo depende do julgamento de outra causa Demandas relacionadas : conexão e continência (nem toda demanda relacionada tem conexão e continência, mas todas as causas com conexão e continência são demandas relacionadas) A decisão de um processo impacta na decisão do outro Prejudicial interna: verificação de fato ou prova Em relação a fatos do próprio processo SUSPENSÃO Motivo de força maior “Razão física que torna impossível o funcionamento do órgão jurisdicional e , consequentemente, o andamento do feito, como um incêndio, ou um guerra, que destruísse o edifício do fórum, ou o tornasse inacessível, ou ainda, causasse a morte dos agentes do juízo” Questões decorrentes de acidentes ou fatos apurados pelo Tribunal Marítimo “Por Tribunal Marítimo entende-se órgão administrativo que cuida de certos problemas ocorridos durante a navegação, O processo judicial pode referir-se a pretensões apoiadas em fatos que se encontrem sob a averiguação e regulação de órgão dessa natureza” Processo depende de parecer do Tribunal Marítimo para prosseguir Paternidade/Maternidade Só ocorre quando o advogado for o único do processo 30 dias de suspensão dos prazos para mulher e 8 dias para os homens É preciso comprovar no processo mediante certidão de nascimento EXTINÇÃO “O processo sempre se extinguirá por sentença, visto que se trata de uma relação jurídica complexa e dinâmica sob direção do juiz. Só ele admite a formação de tal relação e apenas ele pode pôr-lhe fim. Uma vez que, para encerrar o processo, o juiz tanto pode fazê-lo por motivos de defeitos instrumentais como por razões suficientes para decretar a solução definitiva do litígio, as sentenças costumam ser classificadas em terminativas e definitivas. Por meio das primeiras, o processo se encerra sem resolução de mérito. E das segundas, com resolução de mérito” EXTINÇÃO Extinção do processo: prolação de sentença (ato privativo do juiz) Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença. Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigiro vício. Princípio da primazia do mérito EXTINÇÃO Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; (Hipótese clássica de extinção do processo ) II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; (prejudiciais do mérito) III – homologar: (sentenças homologatórias : juiz ratifica decisão que tenha sido tomada pelas partes, ou seja, o juiz não decide, a solução do conflito vem das partes) a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; (acordo homologado pelo juiz: título executivo judicial; traz mais segurança para o acordo) c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. (renúncia do direito ) Com resolução de mérito EXTINÇÃO Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I – indeferir a petição inicial; II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; (somente após a intimação da parte pessoalmente : proteção das partes de seus procuradores; negligência de ambas as partes) III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; (pressupostos negativos) VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; (condições da ação) VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; (Art.337,§6- Réu tem que suscitar a convenção de arbitragem) Sem resolução de mérito EXTINÇÃO VIII – homologar a desistência da ação; (não impede posterior propositura de nova ação; ≠ renúncia) IX – em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e (direitos personalíssimos; se for direito transmissível : substituição processual pelo espólio ou sucessores) X – nos demais casos prescritos neste Código. Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei. Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução. Aplicação das regras de processo de conhecimento A todos os procedimentos comuns Subsidiariamente , ou seja, se não houver disciplina específica, aos procedimentos especiais e ao processo de execução Sem resolução de mérito
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