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1 
 
 
 
 2 
AULA 1: PENSAMENTO FILOSÓFICO E APRENDIZAGEM 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
CONCEPÇÕES DO SENSO COMUM SOBRE APRENDIZAGEM 4 
CONCEITUANDO APRENDIZAGEM 5 
ENSINO E SISTEMATIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM 7 
ENSINO E EDUCAÇÃO: O PAPEL DA UNIVERSIDADE 8 
TEORIAS DA APRENDIZAGEM 9 
INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA NA APRENDIZAGEM 10 
TEORIAS E ESCOLAS NO CAMPO DA APRENDIZAGEM 12 
ATIVIDADE PROPOSTA 14 
REFERÊNCIAS 15 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16 
CHAVES DE RESPOSTA 22 
ATIVIDADE PROPOSTA 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Nesta aula, estudaremos as origens do pensamento filosófico e o conceito de 
aprendizagem, bem como sua implicação no Ensino Superior. 
 
Para darmos início à discussão sobre o processo de aprendizagem e a 
construção do conhecimento, é importante entender a relação entre essa 
noção e outros conceitos, tais como os de Psicologia, ciência, senso comum, 
aprendizagem, educação etc. 
 
Afinal, essas concepções estão imersas no cotidiano de professores e alunos. 
 
Por fim, destacaremos o papel da universidade – instituição que relaciona, 
constantemente, a ciência com a vida em sociedade. 
 
Objetivos 
1. Definir conceitos relacionados ao processo de aprendizagem; 
 
2. Estabelecer as relações entre as origens do pensamento filosófico e as 
teorias da aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 4 
Conteúdo 
Concepções do senso comum sobre aprendizagem 
Antes de iniciarmos este estudo, você saberia responder o que é 
APRENDIZAGEM? 
 
Normalmente, em nosso cotidiano, associamos esse termo à mudança de um 
estado de conhecimento para outro, quando há um ganho quantitativo de 
informação. Essa é a visão baseada no senso comum1. 
 
No entanto, para a Psicologia2, a aprendizagem não é algo tão simples de 
se compreender e definir. Vamos nos ater à compexidade dessa concepção... 
 
Digamos que você receba uma punição, um castigo ou ingira alguma 
substância – como um medicamento, por exemplo – e esteja emocionalmente 
abalado. Nesse caso, seu comportamento pode se modificar, sem que, com 
isso, afirmemos que houve aprendizagem. 
 
Da mesma forma, repetir listas de pronomes, poesias, fórmulas matemáticas 
e textos completos não implica aprender/entender seu sentido ou obter 
conhecimento acerca desses conteúdos. 
 
1 Senso comum 
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), trata-se do conhecimento acumulado no 
cotidiano, de caráter intuitivo, espontâneo, que é obtido por tentativas de acertos e de 
erros, e passa de geração para geração, com status de verdade, sem questionamentos 
sobre sua utilidade e veracidade. 
 
2 Psicologia 
De acordo com Lefrançois (2012, p. 3), trata-se da “[...] ciência que estuda o 
comportamento e o pensamento humanos, aquela que busca saber como a experiência: 
 
 Afeta o pensamento e a ação; 
 Explora os papéis da biologia e da hereditariedade; 
 Examina a consciência e os sonhos; 
 Acompanha a transformação de crianças em adultos; 
 Investiga as influências sociais”. 
 
Basicamente, essa área do conhecimento tenta explicar como as pessoas pensam, agem e 
sentem. 
 
 
 5 
 
Muitas vezes, somos obrigados a decorar determinados assuntos sem que 
tenhamos a noção completa de sua serventia em nosso dia a dia, em nossa 
realidade, no contexto em que nos encontramos. 
 
Isso certamente já deve ter acontecido com você em algum momento de sua 
vida. Quantas vezes você memorizou um conteúdo para fazer uma prova? 
Lembra-se, ainda, desse tema? Provavelmente, não! 
 
Nenhuma dessas ações – de memorização ou decodificação de significados – 
contempla a conceituação de aprendizagem. Mas, então, que aspectos estão 
por trás dessa definição? Vamos descobri-los a seguir! 
 
Conceituando aprendizagem 
O conceito de aprendizagem toma como base as mudanças efetivas ou 
potenciais de comportamento que perduram por um tempo relativamente 
longo. 
 
De acordo com Lefrançois (2012, p. 6), essas transformações: 
 
“[...] resultam da experiência, mas não são causadas por 
cansaço, maturação, drogas, lesões ou doença”. 
 
 
 6 
 
Trata-se, portanto, de um processo que só podemos observar a partir de suas 
evidências. Tais mudanças – potenciais ou não – de comportamento nem 
sempre são aparentes, mas referem-se à capacidade de fazer algo. 
 
Vejamos um exemplo: 
 
“Em um experimento clássico, Buxton (1940) manteve, por várias 
noites, ratos em grandes labirintos. Havia caixas na entrada e na saída 
(sem alimento). Após algumas noites no labirinto, não havia evidência 
de que os ratos tinham aprendido algo. 
 
Mais tarde, Buxton colocou uma pequena porção de comida nas caixas 
de saída e posicionou os ratos nas caixas de entrada. Mais da metade 
deles correu direto para as caixas de saída sem cometer nenhum erro! 
 
Isso indicou que os ratos tinham aprendido bastante durante as 
primeiras noites no labirinto. 
 
No entanto, era uma aprendizagem mais latente do que efetiva, ou 
seja, ela não ficou evidente no desempenho até que houve uma 
mudança nas disposições – no caso, na motivação para atravessar o 
labirinto”. 
Fonte: Lefrançois, 2012, p. 6. 
 
Essa é a típica aprendizagem que decorre da experiência. O resultado foi a 
aquisição de conhecimento mediado pela vivência de uma situação específica! 
 
 
 
 
 7 
Ensino e sistematização da aprendizagem 
Até este momento, conseguimos definir a noção de aprendizagem, mas 
existem outros conceitos que envolvem essa ideia, tais como os de ensino e 
educação. Vejamos como eles se inter-relacionam, começando pelo primeiro. 
 
Você já deve ter ouvido a expressão popular “Eu aprendo com a vida!”. 
 
Facilmente, afirmamos que aprendemos em diversos locais – seja junto de 
nossa família, seja em encontros religiosos, no ambiente de trabalho ou, até 
mesmo, através de um grupo de amigos. 
 
Mas quais seriam as diferenças entre a aprendizagem que ocorre nesses 
espaços informais e aquela que acontece nas escolas, nas universidades ou 
nos centros de ensino? 
 
É possível traçarmos uma linha de raciocínio nesse sentido... 
 
A primeira distinção entre as aprendizagens formal e informal refere-se ao 
tipo de saber priorizado nos contextos a que nos referimos. Nos espaços 
educativos, enfatizamos o conhecimento científico3. 
 
A segunda nos remete à forma/organização dos temas a serem aprendidos, 
ou seja, à sistematização do conteúdo e do ambiente em que é desenvolvido. 
Nesse caso, os assuntos tratados devem tanto provocar situações que 
 
3 Conhecimento científico 
Diferente do senso comum, o saber originado da ciência implica uma atividade reflexiva 
– motivo pelo qual é explorado nos espaços organizados e sistematizados para provocar 
situações de aprendizagem. 
 
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira, (2008, p. 20), trata-se do: 
 
“[...] conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade – que chamamos 
de objeto de estudo –, expresso por meio de linguagem precisa e rigorosa. Esses 
conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, 
para que se permita a verificação de sua validade”. 
 
 
 8 
possam gerar mudanças efetivas quanto criar necessidades no público-alvo: 
os alunos. 
 
Em outras palavras, é preciso motivar o estudante nesses espaços e 
incentivar o educador ao ato de ensinar, de instruir e orientar, que pode estar 
aliado ou não ao processo de aprendizagem. 
 
Partindo dessa premissa, Becker (2012) afirma: 
 
O ensino é o exercícioda docência por excelência. 
 
 
Ensino e educação: o papel da universidade 
Defendemos, aqui, que o ato de ensinar não pode se opor ao ato e ao desejo 
de aprender. Ensino e aprendizagem devem andar juntos, valorizando a 
ação do sujeito como responsável por seu aprendizado e a constituição de 
sua identidade no meio social. 
 
No caso do Ensino Superior, a universidade é, hoje, uma das mais 
importantes instituições que mediam essa relação do indivíduo com a 
sociedade. 
 
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), é esse espaço educativo que: 
 
 Transmite cultura; 
 Reproduz modelos de comportamento e de valores morais; 
 Favorece a troca de padrões do cotidiano por outros pertencentes ao 
grupo ao qual o aluno almeja fazer parte. 
 
 
 
 
 9 
Nesse contexto, aplica-se o conceito de educação: 
 
“[...] processo de desenvolvimento da capacidade física, 
intelectual e moral do ser humano” (HOLANDA, 2010). 
 
Em outras palavras, trata-se do processo de aquisição de conhecimento que 
se deve basear em conceitos pertinentes àquele que se desenvolve: o aluno. 
Por isso, considerando tal definição, a universidade não pode ser uma 
instituição isolada da sociedade tampouco segregar os estudantes desse 
meio. 
 
Pelo contrário: ela se constitui como um importante local de troca, de 
obtenção de informação, em que o grau de cultura adquirido é atestado não 
só pelo diploma mas também pela qualidade da atuação profissional de seus 
egressos. 
 
Teorias da aprendizagem 
Agora que já definimos conceitos importantes, vamos compreender como as 
teorias4 da aprendizagem foram formuladas ao longo da história. 
 
Tais vertentes teóricas buscam explicar não só a noção de aprendizagem em 
si mas também POR QUE e COMO o indivíduo aprende, na tentativa de 
entender o comportamento humano e suas mudanças. 
 
Seu objetivo é prever e planejar situações que possam provocar ou 
potencializar a capacidade de aprendizado do sujeito, além de descobrir 
regularidades e esclarecer de que forma são contruídas. 
 
4 Teorias 
De acordo com Moreira (1999, p. 12), teoria é a: 
 
“[...] tentativa humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira 
particular de ver as coisas, de explicar e prever observações, de resolver problemas”. 
 
 
 10 
De acordo com Marcondes (2008), o surgimento dessas teorias está 
associado à criação da Filosofia, na Grécia antiga, por volta do século VI a.C., 
com Tales de Mileto. Foi a partir do pensamento filosófico e da problemática 
em torno do saber científico que elas começaram a ser traçadas. 
 
Vamos entender melhor, a seguir, a influência dessa área do conhecimento 
na criação das teorias da aprendizagem. 
 
Influência da Filosofia na aprendizagem 
O nascimento da Filosofia é marcado pelo desejo de rompimento com o 
pensamento mítico5, que fundamentava a origem do mundo em aspectos 
sobrenaturais. 
 
Por expressar grande insatisfação com os mitos sobre o real, o pensamento 
filosófico passou a basear suas teorias a respeito da fonte da vida no 
naturalismo6 – pautado na ciência. 
 
Conforme aponta Marcondes (2008), no período inicial de desenvolvimento do 
método científico – conhecido como Pré-Socrático –, a grande preocupação 
era a formulação de doutrinas sobre a realidade natural. 
 
5 Pensamento mítico 
De acordo com Marcondes (2008, p. 20), trata-se da: 
 
“[...] forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive – a 
origem do mundo, o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens 
deste povo, bem como seus valores básicos [...]. Um dos elementos centrais do 
pensamento mítico e de sua forma de explicar a realidade é o apelo ao sobrenatural, ao 
mistério, ao sagrado e à magia”. 
 
6 Naturalismo 
Na Filosofia, trata-se da única forma efetiva de investigar a realidade. De acordo com a 
visão dos naturalistas, os fenômenos e as hipóteses descritas como sobrenaturais não 
existem. Todos podem ser estudados pela mente humana através de métodos científicos. 
Portanto, qualquer fato denominado como tal inexiste ou, simplesmente, equivale a algo 
natural. 
 
Adaptado de: 
<http://www.notapositiva.com/pt/trbestsup/psicologia/antropologia/naturalismo.htm>. 
 
 
 11 
 
Após esse momento marcado pela discussão sobre a procedência dos 
fenômenos da natureza, dois filósofos se destacaram e trouxeram 
contribuições importantes para a questão da aprendizagem. São eles: 
 
Sócrates 
 
Sócrates (469 a.C. - 399 a.C.) inaugurou a Filosofia 
Clássica e inseriu a problemática ético-política como 
questão fundamental para a sociedade da época. 
 
 
 
 
 
 
Platão 
 
Platão (428 a.C. - 347 a.C.) trouxe a discussão 
sobre o conhecimento e sobre a metodologia de 
acesso ao saber. Para ele, a Filosofia teria 
essencialmente uma função crítica e o objetivo de 
superar o senso comum. 
 
Essa superação nos permitiria entender COMO é 
possível, através de métodolos criteriosos e 
reflexivos, obter tal acesso. 
 
Foi esse filósofo que elaborou a teoria do conhecimento, que 
pressupõe a possibilidade de elaborar outros matizes teóricos sobre a 
realidade. 
 
 
De acordo com Lefrançois (2012), a influência desses teóricos – 
principalmente a de Paltão – foi tão significativa que, a partir dela, 
estabelecemos as regras básicas do método científico atual: 
 
 
 
 
 12 
 
1. Realizar perguntas claras e passíveis de respostas; 
2. Fazer um levantamento de hipóteses que possam ser testadas; 
3. Coletar observações relevantes capazes de negar ou confirmar as 
hipóteses criadas; 
4. Aplicar a testagem propriamente dita; 
5. Desenvolver conclusões. 
 
 
Atenção 
 As teorias que foram – e são – elaboradas até hoje 
fundamentam-se nesses cinco requisitos. No entanto, ao 
tentar compreender o comportamento humano e as 
transformações provocadas pelas experiências vividas pelo 
sujeito, cada um tentará explicar o processo de aprendizagem 
a partir da forma como concebe e define o homem. 
 
Teorias e escolas no campo da aprendizagem 
 
Finalmente, após o período de discussões acerca das noções que envolviam o 
conhecimento, as teorias da aprendizagem 7 foram produzidas, 
acompanhadas da criação da Psicologia Científica. 
 
Essa conquista diferenciou a nova ciência da Filosofia e impulsionou 
estudiosos e pesquisadores à produção de conhecimento. Rapidamente, 
 
7 Teorias da aprendizagem 
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008) e Lefrançois (2012), as teorias da 
aprendizagem têm sua origem marcada pela criação, em 1879, de um laboratório 
psicológico em Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm Wundt – médico, filósofo e psicólogo 
que influenciou o desenvolvimento da Psicologia como ciência, tornando-se um dos 
fundadores da moderna psicologia experimental. 
 
Adaptado de: <http://caminhodapsicologia.webnode.com.pt/wundt/>. 
 
 
 13 
houve um crescimento de investigações na área, um aumento da diversidade 
de temas de estudo e a expansão econômica de diversos países – 
principalmente os Estados Unidos. 
 
As novas formas de ver o mundo e os objetos a seu redor favoreceu o 
surgimento das Escolas de Psicologia, que forneceram conteúdo para as 
primeiras teorias da aprendizagem. 
 
Vamos conhecer, a seguir, aquelas que são difundidas até hoje... 
 
Atualmente, muitas teorias e escolas foram sendo criadas, de onde podemos 
extrair diversas contribuições importantes para a compreensão do campo da 
aprendizagem.São algumas delas: 
 
Escola associacionista 
Para este grupo, a aprendizagem ocorria por associação de ideias, e a 
produção de conhecimento devia pautar-se na utilidade do saber para 
a vida do sujeito. A partir desta escola, foram elaboradas as teorias 
sobre o condicionamento humano. 
 
Escola estruturalista 
Este grupo se preocupava com as estruturas de funcionamento do 
sistema nervoso central e a compreensão dos estados elementares da 
consciência. Trata-se da escola fundada por Wilhelm Wundt, que deu 
origem ao gestaltismo8 – assunto sobre o qual discutiremos mais 
adiante, na aula seguinte. 
 
8 Gestaltismo 
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), trata-se de um sistema teórico, criado na 
Europa, que surge como negação e tentativa de superação da fragmentação das ações e 
dos processos humanos – aquele que postula a necessidade de compreensão do homem 
como uma totalidade. Seus teóricos buscaram construir uma psicologia que levasse em 
consideração as formas da percepção, procurando apreender como as pessoas 
compreendem seu entorno. 
 
 
 14 
Escolas interacionista e construtivista 
Estes grupos estavam preocupados, basicamente, em descobrir COMO 
os seres se desenvolviam para, por conseguinte, identificar COMO 
aprendiam. As informações sobre o desenvolvimento humano lhes 
permitiram observar e interpretar melhor o comportamento do 
indivíduo bem como suas formas de aprendizagem. 
 
Na próxima aula, apresentaremos, mais detalhadamente, as contribuições 
desses grupos para o campo da aprendizagem. 
 
Atividade proposta 
Algumas pesquisas sobre práticas pedagógicas realizadas em escolas e 
universidades apresentam dados positivos em termos de interesse e 
entusiasmo pela aprendizagem por parte de alunos jovens e adultos. 
 
Esses estudantes respondem prontamente às perguntas de professores, 
oferecem-se para realizar atividades em sala de aula, realizam tarefas 
propostas etc. 
 
O fato de tais educandos demonstrarem gosto pelas aulas e valorizarem as 
experiências vivenciadas podem apontar para a necessidade de pensarmos 
em várias maneiras de ensinar. 
 
Considerando essas questões, indique de que forma as teorias estudadas 
podem auxiliar a atuação docente, refletindo sobre o desafio atual do 
processo de ensino e aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 15 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula: 
 
Assista ao curta-metragem Mestrado da vida; 
Leia o texto Aprendizagem humana: ciência e teoria – In: 
Lefrançois, 2008. cap. 1. 
 
 
Referências 
BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: 
Artmed, 2001. 
 
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma 
introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
LEFRANÇOIS, G. R. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Cencage 
Tearming, 2008. 
 
MARCONDES, D. Iniciação à história da Filosofia: dos Pré-Socráticos a 
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 
 
HOLANDA, A. B. de H. F. Minidicionário Aurélio da língua portuguesa. 
Curitiba: Positivo, 2010. 
 
MOREIRA, M. A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999. 
 
 
 
 
 
 16 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Refletindo sobre o conhecimento da realidade e os tipos de saberes que 
existem, analise as frases a seguir: 
 
I. O conhecimento utilizado no nosso cotidiano é intuitivo, espontâneo, 
obtido por tentativas de acertos e de erros. 
II. A ciência abstrai a realidade para negá-la e construir a única forma do 
conhecimento verdadeiro: o saber científico. 
III. A ciência compõe-se de uma atividade eminentemente reflexiva e de 
um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade – 
expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. 
 
Entre as afirmativas anteriores, está(ão) CORRETA(S): 
 
a) I e II 
b) II e III 
c) I e III 
d) I, II e III 
e) Somente I 
 
 
Questão 2 
Com base nos conceitos de senso comum e de conhecimento científico, 
relacione as colunas a seguir: 
 
 
1 - Senso comum ( ) Acrítico 
2 - Conhecimento científico ( ) Assistemático 
 ( ) Sistemático 
 ( ) Superficial 
 ( ) Objetivo 
 
 
 17 
Questão 3 
Sabemos que o conceito de aprendizagem não se relaciona à repetição de 
ideias e de comportamentos. Essa concepção nos obriga a elaborar novas 
práticas educativas. Partindo desse princípio, é CORRETO afirmar que, 
atualmente, no Ensino Superior: 
 
a) Os conteúdos informativos e técnicos devem ser priorizados. 
b) O papel do professor é ensinar apenas os conceitos teóricos de cada 
disciplina isoladamente. 
c) As universidades representam centros teóricos de formação de 
especialistas, nos quais os educadores têm de ensinar práticas 
cotidianas de cada profissão. 
d) Os centros universitários precisam favorecer uma boa formação 
teórico-prática, facilitando o acesso às novas tecnologias, a 
aprendizagem efetiva e o futuro profissional dos alunos. 
 
 
Questão 4 
O trabalho docente requer do professor – particularmente quanto à natureza 
do conteúdo ensinado – a escolha de métodos que provoquem uma relação 
efetiva entre o ensino e a aprendizagem. Sobre a forma e a organização do 
tema a ser tratado no espaço acadêmico, podemos afirmar que: 
 
a) Para assumir uma posição dominante em sala, o professor precisa se 
valer de aulas baseadas no diálogo. 
b) As aulas têm de incentivar tanto estudantes quanto educadores, 
associando o ato de ensinar ao processo de aprendizagem. 
c) As aulas devem-se restringir a uma exposição dialogada, pois essa é a 
única possibilidade de favorecer as colocações dos alunos e a 
organização do conteúdo. 
d) N.R.A. 
 
 
 
 
 18 
Questão 5 
Ao longo de sua história, as instituições escolares foram se transformando. 
Acompanhadas por mudanças culturais, políticas e sociais, essas entidades 
sofreram modificações em termos de identidade, de função e de objetivos 
educativos. No caso do Ensino Superior, não é diferente. Por isso, é 
CORRETO afirmar que: 
 
a) A universidade é um local de impedimento das trocas de padrões do 
cotidiano com o espaço acadêmico. 
b) A universidade não pode ser vista como local de transmissão de cultura 
das classes menos favorecidas. 
c) A universidade é um espaço de práticas sociais e históricas importante 
para o crescimento das sociedades. 
d) N.R.A. 
 
 
 
Questão 6 
Platão elaborou a teoria do conhecimento, que pressupõe a possibilidade de 
desenvolver concepções sobre a realidade. Os pensamentos desse teórico se 
refletem, até os dias de hoje, em estudos que envolvem o saber. 
 
Como vimos ao longo desta aula, foi a partir de sua influência que 
estabelecemos as regras básicas da metodologia científica, dentre as quais 
estão: 
 
I. Realizar muitas perguntas, visando ao maior número de respostas 
possíveis; 
II. Fazer um levantamento de hipóteses; 
III. Coletar observações relevantes capazes de negar ou confirmar as 
hipóteses criadas. 
 
 
 
 
 19 
Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: 
a) I, II e III 
b) I e II 
c) I e III 
d) II e III 
e) N.R.A. 
 
 
Questão 7 
Analise a seguinte situação... 
 
Ao ser questionada sobre as possibilidades de fracasso por parte de seus 
alunos, certa professora afirma: 
 
“Esses jovens não aprendem porque não prestam atenção às aulas!” 
 
A fala dessa docente aponta uma visão muito comum entre os educadores – 
aquela que: 
 
a) Inclui, na avaliação do professor, fatores sociais eculturais. 
b) Implica uma visão ampliada do processo de ensino e aprendizagem. 
c) Valoriza o papel do professor no processo de ensino e aprendizagem. 
d) Associa, indevidamente, o processo de aprendizagem às condições 
exclusivas dos alunos. 
 
 
 
 
 
 20 
Questão 8 
As teorias da aprendizagem foram formuladas ao longo da história, buscando 
explicar a aprendizagem em si e, também, POR QUE e COMO aprendemos. 
Entre seus objetivos, estão: 
 
a) Previsão e controle. 
b) Organização e controle. 
c) Previsão e planejamento. 
d) Organização, previsão e controle. 
 
 
Questão 9 
A criação da Psicologia Científica favoreceu a organização de teorias da 
aprendizagem diferentes da Filosofia e impulsionou estudiosos e 
pesquisadores à produção de conhecimentos, aumentando a diversidade de 
temas investigados. Uma das escolas que surgem nesse momento, 
principalmente nos Estados Unidos, cujas bases defendem o saber prático, 
denomina-se: 
 
a) Estruturalista 
b) Associacionista 
c) Construtivista 
d) Interacionista 
 
 
 
 
 
 21 
Questão 10 
Para construir relações positivas em sala de aula, o educador precisa 
conhecer as teorias de aprendizagem. No que diz respeito à prática educativa, 
é INCORRETO afirmar que tais vieses teóricos: 
 
a) Melhoram a qualidade da relação entre professor e aluno no processo 
de ensino e aprendizagem. 
b) Colaboram, de forma mecânica, para que o docente compreenda as 
relações estabelecidas em sala de aula. 
c) Possibilitam mudanças de atitudes que podem aumentar o sucesso dos 
alunos no espaço escolar ou acadêmico. 
d) Contribuem para evitar que o educador, muitas vezes, reproduza as 
relações de coação que aumentam a dificuldade de aprendizagem e, 
por consequência, os índices de evasão e reprovação – sejam estes 
escolares ou universitários. 
 
 
 
 
 22 
Atividade proposta 
Ao longo desta aula, identificamos que as teorias da aprendizagem 
contribuíram para a constituição do método científico – aquele cujo 
fundamento é a reflexão. A partir dessa perspectiva, os alunos não 
reproduzem simplesmente o conteúdo aprendido, mas são incentivados a 
desenvolver seu pensamento sobre determinado tema. 
 
Como mediador do ensino e da relação entre o estudante e o conhecimento, 
o educador deve propiciar essa reflexão, instigando o educando a pensar e a 
elaborar suas próprias ideias. Afinal, eles precisam ser estimulados a 
enfrentar novos desafios por meio de pesquisas investigativas de teor 
reflexivo. 
 
Só não podemos nos esquecer de que é impossível apreender todo o saber 
em sala de aula. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – C 
Justificativa: Diferente da afirmativa II, que trata a abstração da realidade e 
sua negação como objetivos da ciência, as assertivas I e III descrevem, 
respectivamente e de forma correta, as características do senso comum e do 
conhecimento científico. 
 
Questão 2 – 1, 1, 2, 1, 2 
Justificativa: De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), as 
características do senso comum incluem: acriticidade, assistematização, 
caráter sensitivo, superficialidade e subjetividade. Já as características do 
 
 
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conhecimento científico definem-se pelos opostos: criticidade, sistematização, 
profundidade e objetividade. 
 
Questão 3 – D 
Justificativa: O conceito de aprendizagem implica mudanças efetivas e 
potenciais para o grupo social no qual o sujeito está inserido. Por isso, 
atualmente, é preciso associar, no espaço acadêmico, teoria, prática e novas 
tecnologias. 
 
Questão 4 – B 
Justificativa: Assim como todas as etapas do processo de aprendizagem, as 
técnicas de ensino devem sempre associar o interesse do aluno a uma boa 
sistematização do conteúdo, para que os estudantes sintam-se motivados a 
aprender e os professores, a ensinar. 
 
Questão 5 – C 
Justificativa: A universidade é um espaço educativo de transmissão de 
cultura, reprodução e questionamento de modelos de comportamento e de 
valores morais. Trata-se de um ambiente que favorece trocas de padrões do 
cotidiano entre diversos grupos sociais. 
 
Questão 6 – D 
Justificativa: As perguntas que levam a uma boa investigação são claras, 
passíveis de resposta e de testagem. 
 
Questão 7 – D 
Justificativa: A fala da professora evidencia seu desconhecimento quanto ao 
significado da aprendizagem, que corresponde a um processo multifatorial e 
complexo. Não podemos analisar uma situação de sucesso ou fracasso 
escolar apenas sob determinado ponto de vista. 
 
 
 
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Questão 8 – C 
Justificativa: De acordo com os teóricos estudados, o objetivo das teorias da 
aprendizagem são prever e planejar situações que possam provocar ou 
potencializar a capacidade de aprendizado do sujeito, além de descobrir 
regularidades e esclarecer de que forma são contruídas. 
 
Questão 9 – B 
Justificativa: A escola associacionista valoriza a objetividade e busca 
compreender o comportamento humano. Seu objetivo é fugir do achismo 
através da cientificidade. Essa vertente teórica incentivou a compreensão dos 
estudos sobre os condicionamentos humano e animal. 
 
Questão 10 – B 
Justificativa: As teorias da aprendizagem apoiam e auxiliam os educadores a 
refletirem sobre a realidade – nunca a repeti-la sem questioná-la, 
configurando a mecanização do pensamento humano. Elas visam organizar o 
raciocínio de um grupo de estudiosos sobre determinado tema, e não impor 
condutas e comportamentos sem problematizá-los a priori. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 14 fev. 2014

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