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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA Y, ESTADO XXX. Soraia, devidamente qualificada nos presentes autos, vem por intermédio de seu advogado e procurador que esta subscreve, nos autos da Ação de Indenização por Danos Morais e Estéticos que promove em face de ELETRÔNICOS S/A, tempestivamente e respectivamente à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 1.009 do Código Processual Civil. Requer ainda, a juntada da inclusa guia de preparo. Termos em que, Pede deferimento. Local e Data. Advogado OAB/... RAZÕES RECURSAIS Apelante: Soraia Apelado: Eletrônicos/SA Origem: Processo nº XXXXXXXX, 1ª Vara Cível (Comarca Y) Egrério Tribunal, Colenda Câmara, Eméritos Desembargadores, I – Da Síntese da Lide Em junho de 2016, a autora, ora apelante, propôs ação de indenização por danos morais e estéticos em razão do acidente de consumo ocorrido em junho de 2009, atraindo a responsabilidade pelo fato do produto. Ocorre que, após a explosão do aparelho de TV da marca do apelado, adquirido pela genitora da apelante, esta perdeu a visão do olho direito, na época tendo apenas 13 anos de idade, sendo absolutamente incapaz, razão pela qual requer a condenação da recorrida ao pagamento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) pelos danos estéticos sofridos. No mais, destaca-se ser desnecessário a delação probatória, uma vez que realizou a juntada de todas as provas documentais que pretende produzir, inclusive laudo pericial elaborado na época, apontando o defeito do produto. Após o oferecimento da contestação, o magistrado proferiu julgamento antecipado, decretando improcedente os pedidos formulados pelo requerente, no entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece prosperar, devendo ser reformada. II – Das Razões do Recurso 2.1- Aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (CDC) Há existência de relação de consumo entre a autora da ação, vítima de acidente de consumo, e a ré, fabricante do produto defeituoso que lhe causou dano moral e estético. Nesse caso, a despeito de não ter participado, como parte, da relação contratual de compra e venda do produto, a autora é qualificada como consumidora, pois, nas hipóteses de responsabilidade pelo fato do produto, “equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento” (Art. 17 do CDC). Presente a relação de consumo, a fabricante responde, independentemente de culpa, pelos danos causados por defeitos de fabricação de produtos que ponham em risco a segurança dos consumidores, como ocorreu no caso vertente (Art. 12, caput e § 1º, do CDC). 2.2 – Prescrição Quanto ao segundo capítulo da sentença, deve-se pretender o afastamento da prescrição. Isso porque não corre prescrição contra absolutamente incapaz (Art. 198, inciso I, do CC), razão pela qual o termo inicial de contagem do prazo prescricional de 5 (cinco) anos (Art. 27 do CDC) efetivou-se apenas em 2012, quando a autora completou 16 anos, tornando-se relativamente capaz. Dessa forma, a prescrição de sua pretensão ocorreria apenas em 2017. III – Dos Pedidos Ante o exposto requer-se: a) A reforma da sentença para que o pedido seja julgado, desde logo, procedente, mediante o reconhecimento da relação de consumo; b) O afastamento da prescrição, dando provimento integral ao recurso de apelação, com o julgamento do mérito da demanda. Termos em que, Pede deferimento. Local e Data. Advogado OAB/...
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