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Capítulo 16 Equilíbrio Geral e Eficiência Econômica Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 2 Tópicos para discussão Análise de equilíbrio geral Eficiência nas trocas Eqüidade e eficiência Eficiência na produção Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 3 Tópicos para discussão Os ganhos obtidos a partir do livre comércio A eficiência nos mercados competitivos – uma visão geral Por que os mercados falham Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 4 Análise de equilíbrio geral A análise de equilíbrio parcial pressupõe que as atividades em um mercado sejam independentes das atividades em outros mercados. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 5 Análise de equilíbrio geral Na análise de equilíbrio geral, os preços e as quantidades de todos os mercados são determinados simultaneamente, sendo a interdependência entre os mercados considerada explicitamente. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 6 Análise de equilíbrio geral Um efeito de retroalimentação é um ajustamento de preço ou quantidade em um mercado causado por ajustamentos de preço e quantidade em outros mercados. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 7 Análise de equilíbrio geral Dois mercados interdependentes – rumo ao equilíbrio geral Situação Mercados competitivos de: Locação de DVDs Ingressos de cinema DV Dc Dois mercados interdependentes: ingressos de cinema e aluguel de DVDs Preço Número de DVDs Preço Número de ingressos de cinema Sc SV $6,00 Qc QV $3,00 $6,35 Q’c S*c Suponha que o governo imponha um imposto de $1 sobre cada ingresso de cinema. Q’V D’V $3,50 Análise de equilíbrio geral : O aumento nos preços dos ingressos de cinema aumenta a demanda por DVDs. DV DM Dois mercados interdependentes: ingressos de cinema e aluguel de DVDs Preço Número de DVDs Preço Número de ingressos de cinema SM SV $6,00 QM QV $3,00 Esses movimentos continuam até que um equilíbrio geral seja alcançado. $3,58 Q*V D*V $6,35 Q’M D*M $6,82 Q*M S*M Q’V D’V $3,50 D’M Q”M $6,75 O aumento no preço dos DVDs aumenta a demanda por ingressos de cinema. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 10 Observação Se o efeito de retroalimentação não fosse considerado, o impacto do imposto seria subestimado Esta é uma observação importante para os formuladores de políticas públicas. Análise de equilíbrio geral Dois mercados interdependentes – rumo ao equilíbrio geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 11 Perguntas Qual seria o efeito de retroalimentação de um imposto sobre o consumo de um bem complementar? Quais seriam, nesse caso, as implicações de política do uso da análise de equilíbrio parcial em detrimento da análise de equilíbrio geral? Análise de equilíbrio geral Dois mercados interdependentes – rumo ao equilíbrio geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 12 Análise de equilíbrio geral O Brasil e os EUA exportam soja e são, portanto, interdependentes. O Brasil restringiu suas exportações no final da década de 1960 e início da década de 1970. Sabia-se que os mecanismos de controle das exportações seriam removidos em algum momento, de modo que se esperava que as exportações brasileiras aumentassem no futuro. Exemplo: A interdependência dos mercados internacionais Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 13 Análise de equilíbrio parcial O preço da soja no mercado brasileiro deveria cair, e a demanda doméstica pelo produto deveria aumentar. Análise de equilíbrio geral A interdependência dos mercados internacionais Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 14 Análise de equilíbrio geral O preço e a produção de soja nos EUA devem aumentar, determinando também o aumento das exportações dos EUA e a queda das exportações brasileiras (mesmo após o fim das regulamentações). Análise de equilíbrio geral A interdependência dos mercados internacionais Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 15 Eficiência nas trocas As trocas aumentam a eficiência, levando a uma situação a partir da qual não é possível aumentar o bem- estar de qualquer indivíduo sem que alguma outra pessoa seja prejudicada (Pareto-eficiente). As vantagens do comércio O comércio é mutuamente benéfico para ambas as partes envolvidas. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 16 Eficiência nas trocas Premissas Dois consumidores (países) Dois bens Ambos os consumidores conhecem as preferências do outro As trocas não envolvem custos de transação James e Karen podem dispor, juntos, de 10 unidades de alimento e 6 unidades de vestuário. As vantagens do comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 17 Eficiência nas trocas James 7A, 1V -1A, +1V 6A, 2V Karen 3A, 5V +1A, -1V 4A, 4V Indivíduo Alocação inicial Troca Alocação final A TMS de Karen de vestuário por alimento é 3. A TMS de James de vestuário por alimento é 1/2. Karen e James estão dispostos a realizar trocas: por exemplo, Karen trocaria 1V por 1A. Quando as TMS não são iguais, o comércio é mutuamente benéfico. A alocação eficiente do ponto de vista econômico ocorre quando as TMSs são iguais. As vantagens do comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 18 Eficiência nas trocas Diagrama da caixa de Edgeworth O conjunto de trocas possíveis e de alocações eficientes pode ser ilustrado por meio de um diagrama conhecido como caixa de Edgeworth. Eficiência nas trocas 10A 0K 0J 6V 10A 6V Vestuário de James Vestuário de Karen Alimento de Karen Alimento de James 2V 1V 5V 4V 4A 3A 7A 6A +1V -1A A alocação após a troca é B: James tem 6A e 2V, e Karen tem 4A e 4V. A B A alocação inicial, antes da troca, é A: James possui 7A e 1V, e Karen possui 3A e 5V. Trocas em uma caixa de Edgeworth Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 20 Eficiência nas trocas Alocações eficientes Se, no ponto B, as TMSs de James e Karen são iguais, a alocação é eficiente. Isso depende do formato de suas curvas de indiferença. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 21 A A: UJ 1 = UK 1, mas as TMSs não são iguais. Todas as combinações na área sombreada são preferidas a A. Ganhos do comércio Vestuário de Karen Alimento de Karen UK 1 UK 2 UK 3 Vestuário de James Alimento de James UJ 1 UJ 2 UJ 3 B C D Eficiência nas trocas 10A 0K 0J 6V 10A 6V Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 22 A Vestuário de Karen Alimento de Karen UK 1 UK 2 UK 3 Vestuário de James Alimento de James UJ 1 UJ 2 UJ 3 B C D Eficiência nas trocas 10A 0K 0J 6V 10A 6V B é eficiente? Dica: as TMSs são iguais em B? C é eficiente? D é eficiente? Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 23 Eficiêncianas trocas A Vestuário de Karen Alimento de Karen UK 1 UK 2 UK 3 Vestuário de James Alimento de James UJ 1 UJ 2 UJ 3 B C D 10A 0K 0J 6V 10A 6V Alocações eficientes Qualquer troca que leve a um ponto fora da área sombreada reduzirá o bem-estar de um dos consumidores (que estará mais próximo da sua origem). B corresponde a uma troca mutuamente vantajosa –ambos se encontram numa curva de indiferença mais alta. O fato de uma troca ser vantajosa para ambos não significa que ela seja necessariamente eficiente. As TMSs são iguais quando as curvas de indiferença são tangentes; nesse caso, a alocação é eficiente. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 24 Eficiência nas trocas A curva de contrato O conjunto de todas as possíveis alocações eficientes de alimento e vestuário entre Karen e James é dado pelos pontos de tangência entre todas as suas curvas de indiferença. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 25 Eficiência nas trocas 0J Vestuário de James Vestuário de Karen 0K Alimento de Karen Alimento de James E F G Curva de contrato E, F e G são Pareto- eficientes. Para que uma mudança aumente a eficiência, todos devem se beneficiar. A curva de contrato Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 26 Eficiência nas trocas Observações 1. Todos os pontos de tangência entre as curvas de indiferença são eficientes. 2. A curva de contrato mostra todas as alocações que são Pareto-eficientes. Uma alocação Pareto-eficiente ocorre quando não são possíveis trocas que aumentem o bem-estar de todos os consumidores. A curva de contrato Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 27 Eficiência nas trocas Aplicação: implicações de política do Pareto-eficiente no caso da eliminação de quotas de importação: 1. Eliminação das quotas Consumidores ganham bem-estar Alguns trabalhadores perdem bem-estar 2. Concessão de subsídios para os trabalhadores em valor inferior ao ganho dos consumidores A curva de contrato Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 28 Eficiência nas trocas Equilíbrio do consumidor em um mercado competitivo Os mercados competitivos têm muitos vendedores e compradores efetivos ou potenciais. Isso significa que um indivíduo que não esteja satisfeito com os termos de troca propostos por outro indivíduo pode procurar uma terceira pessoa que ofereça condições melhores para a troca. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 29 Eficiência nas trocas Existem muitos indivíduos iguais a James e muitos iguais a Karen. Todos são compradores e vendedores potenciais Preço do alimento e do vestuário = 1 (os preços relativos determinarão as trocas) Equilíbrio do consumidor em um mercado competitivo UK 1 UK 2 UJ 1 UJ 2 Eficiência nas trocas 10A 0K 0J 6V 10A 6V Vestuário de James Vestuário de Karen Alimento de Karen Alimento de James C A Partindo de A: Cada James compra 2V e vende 2A, movendo-se de A para C e, portanto, de Uj1 para Uj2, que é uma curva mais alta. Partindo de A: Cada Karen compra 2A e vende 2V, movendo-se de A para C e, portanto, de UK1 para UK2, que é uma curva mais alta. O equilíbrio competitivo P Linha de preço P’ PP’ é a linha de preço, que mostra as possíveis combinações; a inclinação é -1 UK 1 UK 2 P Linha de preço P’ UJ 1 UJ 2 Eficiência nas trocas 10A 0K 0J 6V 10A 6V Vestuário de James Vestuário de Karen Alimento de Karen Alimento de James Aos preços escolhidos: A quantidade demandada de alimento (Karen) é igual à quantidade ofertada (James) – equilíbrio competitivo. Aos preços escolhidos: A quantidade demandada de vestuário (James) é igual à quantidade ofertada (Karen) – equilíbrio competitivo. C A O equilíbrio competitivo Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 32 Eficiência nas trocas Situação PA = 1 e PV = 3 A TMS de James de vestuário por alimento é de 1/2. A TMS de Karen de vestuário por alimento é 3. James não deseja trocar. Karen está disposta a trocar. O mercado está em desequilíbrio. Excesso de vestuário Escassez de alimento Equilíbrio do consumidor em um mercado competitivo Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 33 Eficiência nas trocas Perguntas De que forma o mercado atingiria o equilíbrio? O que diferencia o resultado das trocas entre muitos indivíduos e o resultado das trocas entre apenas dois indivíduos? Equilíbrio do consumidor em um mercado competitivo Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 34 Eficiência nas trocas A eficiência econômica em mercados competitivos É possível verificar que no ponto C (na próxima transparência) a alocação associada a um equilíbrio competitivo é economicamente eficiente. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 35 Eficiência nas trocas 10A 0K 0J 6V 10A 6V Vestuário de James Vestuário de Karen Alimento de Karen Alimento de James P Linha de preço UJ 1 UK 1 A P’ UJ 2 UK 2 C O equilíbrio competitivo Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 36 Eficiência nas trocas Observações relativas a C: 1. Dado que as duas curvas de indiferença são tangentes, a alocação referente ao equilíbrio competitivo é eficiente. 2. A TMSAV é igual à razão dos preços, ou TMSJAV = PV/PA = TMSKAV. A eficiência econômica em mercados competitivos Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 37 Eficiência nas trocas Observações relativas a C: 3. Se as curvas de indiferença não fossem tangentes, não haveria troca. 4. O equilíbrio competitivo é alcançado sem intervenção do governo. A eficiência econômica em mercados competitivos Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 38 Eficiência nas trocas Observações relativas a C: 5. Em um mercado competitivo, todas as trocas mutuamente vantajosas serão realizadas, e a alocação de equilíbrio resultante será economicamente eficiente (este é o primeiro teorema da economia do bem-estar) A eficiência econômica em mercados competitivos Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 39 Eficiência nas trocas Questões de política Qual é o papel do governo? A eficiência econômica em mercados competitivos Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 40 Eqüidade e eficiência Uma alocação eficiente também é necessariamente eqüitativa? Não há consenso entre economistas e outros cientistas sociais com relação à melhor forma de definir e quantificar a eqüidade. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 41 Eqüidade e eficiência Fronteira de possibilidades da utilidade Indica: Os níveis de satisfação que duas pessoas podem alcançar por meio de trocas que levem a um resultado eficiente situado sobre a curva de contrato. Todas as alocações que são eficientes. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 42 H *A passagem de uma combinação para outra (de E para F)reduz a utilidade de uma pessoa. *Todos os pontos sobre a fronteira são eficientes. Eqüidade e eficiência Utilidade de James OJ OK E F G Utilidade de Karen L *Todos os pontos no interior da fronteira (como H) são ineficientes. *As combinações além da fronteira (como L) não são possíveis. Vamos comparar H com E e F. A fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 43 Eqüidade e eficiência E e F são eficientes. Em comparação com o ponto H, os pontos E e F permitem aumentar o bem-estar de uma pessoa mantendo constante o bem- estar da outra. Utilidade de James Utilidade de Karen OJ OK E F H G A fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 44 Eqüidade e eficiência H é eqüitativo? Suponha que as únicas opções sejam H e G G é mais eqüitativo? Depende do ponto de vista. Em G, a utilidade total de James > utilidade total de Karen Utilidade de James Utilidade de Karen OJ OK E F H G A fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 45 Eqüidade e eficiência H é eqüitativo? Suponha que as únicas opções sejam H e G G é mais eqüitativo? Depende do ponto de vista. H pode ser mais eqüitativo pelo fato de a distribuição ser menos desigual; logo, uma alocação ineficiente pode ser mais eqüitativa. Utilidade de James Utilidade de Karen OJ OK E F H G A fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 46 Eqüidade e eficiência Funções de bem-estar social Descrevem os pesos específicos atribuídos à utilidade de cada indivíduo na determinação do que seja socialmente desejável Fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 47 Eqüidade e eficiência Igualitária Todos os membros da sociedade recebem quantidades iguais de bens Rawlsiana Maximiza a utilidade da pessoa com o mais baixo nível de bem-estar Fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 48 Eqüidade e eficiência Utilitária Maximiza a utilidade total de todos os membros da sociedade Orientada pelo mercado O resultado de mercado é o mais eqüitativo Fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 49 Eqüidade e eficiência Função de bem-estar social e eqüidade A definição de eqüidade depende de princípios normativos que determinam a opção por determinada função de bem- estar social, variando desde a visão ‘igualitária’ até a visão “orientada pelo mercado”. Fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 50 Eqüidade e eficiência Eqüidade e competição perfeita Um equilíbrio competitivo leva a um resultado Pareto-eficiente que pode ou não ser eqüitativo. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 51 Eqüidade e eficiência Os pontos na fronteira são Pareto-eficientes. OJ e OK são distribuições extremamente desiguais mas são Pareto- eficientes. Para atingir a eqüidade (uma distribuição menos desigual) a alocação deve ser eficiente? Utilidade de James Utilidade de Karen OJ OK A fronteira de possibilidades da utilidade Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 52 Eqüidade e eficiência Segundo teorema da economia do bem-estar Se as preferências individuais são convexas, toda alocação eficiente é um equilíbrio competitivo para alguma alocação inicial dos bens. Eqüidade e competição perfeita Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 53 Eqüidade e eficiência Segundo teorema da economia do bem-estar Pense no custo dos programas de redistribuição de renda e no dilema entre eqüidade e eficiência. Eqüidade e competição perfeita Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 54 Eficiência na produção Suponha: Oferta total fixa de dois insumos; mão- de-obra e capital Produção de dois produtos; alimento e vestuário Número grande de indivíduos que possuem e vendem insumos para auferir renda A renda é totalmente gasta em alimento e vestuário Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 55 Eficiência na produção Observações Ligação entre oferta e demanda (renda e despesas) As mudanças no preço de um insumo acarretam mudanças na renda e na demanda, o que implica um efeito de retroalimentação. Uso da análise de equilíbrio geral com efeitos de retroalimentação. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 56 Eficiência na produção Produção na caixa de Edgeworth A caixa de Edgeworth pode ser usada para medir as quantidades de insumos de um processo produtivo. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 57 Eficiência na produção Cada eixo mede a quantidade de um insumo Horizontal: mão-de-obra, 50 horas Vertical: capital, 30 horas Cada origem representa um produto OA = Alimento OV = Vestuário Produção na caixa de Edgeworth 60A 50A 40L 30L Trabalho na produção de vestuário Eficiência na produção 50L 0V 0A 30K Capital na produção de vestuário 20L 10L 20K 10K 10L 20L 30L 40L 50L Capital na produção de alimento 10K 20K 30K 30V 25V 10V 80A Trabalho na produção de alimento B C D A Cada ponto mede quantidades de insumos na produção A: 35L e 5K – Alimento B: 15L e 25K – Vestuário Cada isoquanta mostra as combinações de insumos para determinada produção Alimento: 50, 60 e 80 Vestuário: 10, 25 e 30 Eficiência A é ineficiente A área sombreada é preferida a A B e C são eficientes A curva de contrato de produção mostra todas as combinações eficientes Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 59 Eficiência na produção Equilíbrio do produtor em um mercado de insumos competitivos Os mercados competitivos levam a um ponto de produção eficiente. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 60 Eficiência na produção Observações sobre o mercado competitivo O salário (w) e o preço do capital (r) são idênticos para todos os setores. Minimização do custo de produção PMgL/PMgK = w/r w/r = TMSTLK TMST = inclinação da isoquanta O equilíbrio competitivo está situado sobre a curva de contrato de produção. O equilíbrio competitivo é eficiente. Equilíbrio do produtor em um mercado de insumos competitivos 60F 50F 40L 30L Trabalho na produção de vestuário Eficiência na produção 50L 0C 0F 30K Capital na produção de vestuário 20L 10L 20K 10K 10L 20L 30L 40L 50L Capital na produção de alimento 10K 20K 30K 30C 25C 10C 80F Trabalho na produção de alimento B C D A Descreva o processo de ajustamento que levaria os produtores de A a B ou C. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 62 Eficiência na produção A fronteira de possibilidades de produção Mostra as possíveis combinações de alimento e vestuário que podem ser produzidas a partir de quantidades fixas de mão-de-obra e capital. Deriva da curva de contrato Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 63 Eficiência na produção Alimento (unidades) Vestuário (unidades) OA e OV são casos extremos. Por que a fronteira de possibilidades de produção é negativamente inclinada? Por que ela é côncava? B, C e D são outras possíveis combinações. A A é ineficiente. O triângulo ABC também é ineficiente devido a distroções no mercado de trabalho. 60 100 OA OV B C D Fronteira de possibilidades de produção Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 64 Eficiência na produção Alimento (Unidades) Vestuário (unidades) 60 100 OA OV A B C D B 1V 1A D 2V 1A TMT = CMgF/CMgC A taxa marginal de transformação (TMT) é a inclinação da fronteira em cada ponto. Fronteira de possibilidades de produção Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 65 Eficiência na produção Eficiência na produção Os bens devem ser produzidos ao custo mínimo e em combinações que os indivíduos estejam dispostos a adquirir. Devemos ter produção eficiente e alocação Pareto-eficiente Ocorre quando TMS = TMT Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 66 Eficiência na produção Suponha TMT = 1 e TMS = 2 Os consumidores trocariam 2 unidades de vestuário por 1 de alimento O custo de produzir 1 unidade de alimento é 1 unidade de vestuário A quantidade de alimento produzida será muito baixa A produção de alimento deverá aumentar (TMS cai e TMT aumenta) Eficiência na produção Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 67 Curva de indiferença Eficiência na produção Alimento (Unidades) Vestuário (unidades) 60 100 Fronteira de possibilidades de produção TMS = TMT C Como podemos encontrar a combinação para a qual TMS = TMT no caso de muitos consumidores com diferentes curvas de indiferença? Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 68 Eficiência na produção Eficiência nos mercados produtivos Alocação do orçamento do consumidor Maximização de lucro pela empresa VA PP TMS VVAA CMgP e CMgP TMS CMg CMg TMT V A V A P P Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 69 U2 ),( em TMT/ 11 11 AVAPP VA Eficiência na produção Alimento (Unidades) Vestuário (unidades) 60 100 A V1 A1 B V2 A2 A escassez de alimento e excesso de vestuário causam o aumento do preço do alimento e a redução do preço do vestuário. C V* A* O ajustamento continua até que PA = PA* e PV = PV*; TMgT = TMgS; QD = QS para alimento e vestuário. U1 Competição e eficiência na produção Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 70 Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Vantagem comparativa O país 1 tem uma vantagem comparativa sobre o país 2 na produção de um bem se o custo de produção daquele bem em relação ao custo de produção de outros bens for menor no país 1 do que no país 2. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 71 A vantagem comparativa é uma medida relativa, e não absoluta. Um país com vantagem absoluta na produção de todos os bens não terá vantagem comparativa na produção de todos os bens. Exemplo: Holanda e Itália produzem queijo e vinho Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Vantagem comparativa Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 72 Holanda 1 2 Itália 6 3 Queijo (1 lb.) Vinho (1 gal.) A Holanda tem vantagem absoluta na produção de ambos os produtos. Horas de trabalho necessárias para produzir queijo e vinho Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 73 Holanda 1 2 Itália 6 3 Queijo (1 lb.) Vinho (1 gal.) A Holanda tem vantagem comparativa na produção de queijo: o custo do queijo no país é 1/2 do custo do vinho, enquanto que na Itália o custo do queijo é o dobro do custo do vinho. Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Horas de trabalho necessárias para produzir queijo e vinho Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 74 Holanda 1 2 Itália 6 3 Queijo (1 lb.) Vinho (1 gal.) A Itália tem vantagem comparativa no vinho, cujo custo é metade do custo do queijo. Horas de trabalho necessárias para produzir queijo e vinho Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 75 Holanda 1 2 Itália 6 3 Queijo (1 lb.) Vinho (1 gal.) Com comércio: suponha PV = PQ na Holanda e Itália. A Holanda pode dispor de 24 horas de mão-de-obra, podendo produzir: – produção máx. de vinho = 12 gals. – produção máx. de queijo = 24 lbs. – ou uma combinação dos dois bens Horas de trabalho necessárias para produzir queijo e vinho Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 76 Holanda 1 2 Itália 6 3 Queijo (1 lb.) Vinho (1 gal.) Com comércio: a Itália produz 8 gal. e vende 6; consome 6 lbs. e 2 gals. Sem comércio: 3 lbs. e 2 gals. Horas de trabalho necessárias para produzir queijo e vinho Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 77 Preços antes do comércio U1 Vinho (galões) Queijo (libras) A Sem comércio: produção e consumo da Holanda em A. TMT = PV/PQ = 2 Preços mundiais B CB WB Com comércio (supondo preço relativo PV = PQ): Produção em B, TMT = 1 CD WD D U2 Consumo em D após o comércio. A Holanda importa vinho e exporta queijo. Quem ganha e quem perde com o comércio? Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Os ganhos proporcionados pelo comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 78 Um mercado de automóveis em transformação Importações (como porcentagem das vendas domésticas) 1965 – 6,1% 1980 – 28,8% Em 1981 foi negociado um acordo de restrição voluntária de exportações (VER). Em 1980 o Japão exportava 2,5 milhões de automóveis para os EUA Em 1981, com o VER, as exportações caíram para 1,68 milhão de automóveis. Exemplo: Os efeitos das quotas de importação de automóveis Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 79 Medição do impacto da VER 1. Os preços dos automóveis japoneses aumentaram aproximadamente $1.000 entre 1981 e 1982, e a receita aumentou em $2 bilhões. 2. A maior demanda por automóveis americanos elevou os lucros das empresas dos EUA em $10 bilhões Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Os efeitos das quotas de importação de automóveis Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 80 Medição do impacto da VER 3. Os preços dos automóveis fabricados nos EUA foram cerca de $350 a $400 mais elevados do que teriam sido na ausência da VER, implicando perdas para os consumidores da ordem de $3 bilhões.4. As vendas das empresas americanas aumentaram em 500.000 unidades, implicando a criação de cerca de 26.000 empregos. Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Os efeitos das quotas de importação de automóveis Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 81 Medição do impacto da VER 5. Custo/Emprego = $4,3 bilhões (custo para os consumidores)/26.000 empregos = $160.000 Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Os efeitos das quotas de importação de automóveis Ganho do Produtor Ganho do Consumidor Perda de eficiência Setor (milhões de dólares) (milhões de dólares) (milhões de dólares) Produção de livros 305 500 29 Suco de laranja 390 525 130 Têxtil e confecções 22.000 27.000 4.850 Aço-carbono 3.800 6.800 330 Televisores coloridos 190 420 7 Açúcar 550 930 130 Laticínios 5.000 5.500 1.370 Carne 1.600 1.800 145 Quantificando o custo do protecionismo Os ganhos obtidos a partir do livre comércio Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 83 A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Condições necessárias para a eficiência econômica Eficiência nas trocas K AV J AV TMSTMS Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 84 Condições necessárias para a eficiência econômica Eficiência nas trocas (para um mercado competitivo) K AVVA J AV TMSPPTMS / A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 85 Condições necessárias para a eficiência econômica Eficiência na utilização dos insumos na produção V LKTMSTTMST A LK A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 86 Condições necessárias para a eficiência econômica Eficiência na utilização dos insumos na produção (para um mercado competitivo) V LKTMST/TMST rw A LK A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 87 Condições necessárias para a eficiência econômica Eficiência no mercado de produto es)consumidor os todos(para AVAV TMSTMT A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 88 Condições necessárias para a eficiência econômica Eficiência no mercado de produto (em um mercado competitivo) VAVA VAA PP PP /CMg/CMg TMT CMg ,CMg AV V A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 89 Condições necessárias para a eficiência econômica Mas os consumidores maximizam sua satisfação em mercados competitivos apenas se AVAV AVVA PP TMT TMS Logo, es)consumidor os todos(para TMS / A eficiência dos mercados competitivos – uma visão geral Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 90 Por que os mercados falham Poder de mercado Em um monopólio no mercado de produto, RMg < P CMg = RMg Nível de produção menor do que num mercado competitivo Recursos são alocados para outros mercados Alocação ineficiente Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 91 Por que os mercados falham Monopsônio no mercado de trabalho Oferta de trabalho restrita para a produção de alimento wA aumenta, wV cai Na produção de vestuário: Na produção de alimento: rwV V LK /TMST V LKVA A LK rwrw TMST //TMST Poder de mercado Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 92 Por que os mercados falham Informações incompletas Falta de informação cria uma barreira à mobilidade dos recursos. Externalidades O consumo ou a produção de um bem cria custos ou benefícios que afetam terceiros, modificando os custos e os benefícios de suas decisões e criando ineficiências. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 93 Por que os mercados falham Bens públicos Os mercados tendem a ofertar bens públicos em quantidades insuficientes, devido às dificuldades na mensuração do consumo desses bens. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 94 Resumo A análise de equilíbrio parcial pressupõe que o mercado de interesse não afete outros mercados, enquanto que a análise de equilíbrio geral examina todos os mercados simultaneamente. Uma alocação é eficiente quando não é possível aumentar o bem-estar de nenhum consumidor por meio de trocas sem que o bem-estar de algum outro consumidor seja reduzido. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 95 Resumo Um equilíbrio competitivo corresponde a um conjunto de preços e quantidades determinados de tal forma que, dadas as escolhas de cada consumidor, a demanda iguala a oferta em todos os mercados. A fronteira de possibilidades de utilidade apresenta todas as alocações eficientes em termos dos níveis de utilidade que cada indivíduo pode obter. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 96 Resumo Dado que um equilíbrio competitivo não é necessariamente eqüitativo, o governo pode estar disposto a atuar no sentido de redistribuir riqueza dos ricos para os pobres. Uma alocação de insumos de produção é tecnicamente eficiente se a produção de um bem não pode ser aumentada sem que a produção de algum outro bem seja reduzida. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 97 Resumo A fronteira de possibilidades de produção apresenta todas as alocações eficientes em termos dos níveis de produção que podem ser obtidos a partir de determinada quantidade de insumos. A eficiência na alocação dos bens entre os consumidores é alcançada somente quando a TMS de um bem pelo outro no consumo é igual à TMT de um bem pelo outro na produção. Capítulo 16 ©2006 by Pearson Education do Brasil Slide 98 Resumo O livre comércio internacional expande a fronteira de possibilidades de produção dos países. Os mercados competitivos podem ser ineficientes por quatro razões distintas. Fim do Capítulo 16 Equilíbrio Geral e Eficiência Econômica
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