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09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes dias. Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização encerrou- se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já ter curado o tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso- brasileira, porque o alcance da violência vai longe, e em muitas direções. Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas na relação Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na violência da polícia que continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e estados, no saque catastró�co da natureza, na traição aos grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem sido e será para muitas, livros, bibliotecas. O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades mais urgentes, na cultura), não fez o su�ciente contra boa parte disto (na educação, na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto (um capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas questões indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e supera pela esquerda num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa politizada vinda da elite. A violência sistêmica brasileira tem raízes nas 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: b. duas violências fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o trá�co em grande escala. Dos 12 milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram tra�cados por Portugal. Isto signi�ca 47 por cento, ou seja, quase metade do trá�co foi assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil. A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a forma portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar a exploração brutal de um território gigante, à custa do qual um território minúsculo viveu, como toda uma bibliogra�a tem mostrado de forma cada vez mais desassombrada. Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos portugueses faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos de um milhão. Com base no texto, assinale a alternativa correta: 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos re�exos são sentidos até hoje. Pergunta 2 Leia o texto a seguir: Energia solar contra a escuridão do Amazonas: Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade Heriberto Araújo – 08 maio 2016. A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don‘t Sleep, There are Snakes (Não durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta- gotas. “No Estado do Amazonas há mais de dois 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “A enorme área da �oresta torna inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do município amazônico de Tefé. O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema �utuante, sobre boias no rio, e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da água desde o leito do rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais �quem com medo que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. “Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos di�cilmente podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados”, diz Soares Brito. Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Um grupo de pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena fábrica – prevista para abril – com três congeladores alimentados por painéis solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá- la e vendê-la em mercados situados a horas de barco do povoado, como Manaus. A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, após a implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências principalmente para os grandes centros urbanos. Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade consumida, milhões de brasileirospoderão se tornar agora prosumidores, neologismo que re�ete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o produtor de pelo menos uma parte de sua demanda. “Estamos diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira pode participar diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem, segundo Sauaia, “a geração compartilhada de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que o que é consumido, e vice-versa”. 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta c. A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas. Disponível em <https://goo.gl/xzTS3i>. Acesso em 10 jun. 2016. Com base na leitura, analise as a�rmativas: I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor. II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da Amazônia, onde há aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de qualidade. IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma boa alternativa. Assinale a alternativa correta: 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Selecionada: Apenas a a�rmativa III é correta. Pergunta 3 Leia o texto a seguir: Energia eólica no Brasil No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em diversi�car suas fontes de energia. [...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). [...] Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW em 2011 (quantidade su�ciente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências). 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= [...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140GW. O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográ�cas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográ�ca dos recursos hídricos existentes no país. A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia. Disponível em < https://goo.gl/zGP0ZM> Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações) Com base na leitura, analise as a�rmativas e assinale a alternativa correta: 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: b. I- De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de cidades com até 400 mil habitantes. II- Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país. III- De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. Assim: Apenas a a�rmativa II está correta. Pergunta 4 Enade 2007 Leia o excerto a seguir: Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação para Concurso, para �ns de consulta escolar.” Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que: 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: b. Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando sapatos de verniz. Pergunta 5 Enade 2011 Leia o excerto a seguir: A de�nição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desa�os que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte signi�cativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em 3 componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica. 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: b. Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe: a rede�nição de critérios e instrumentos de avaliação de custo- benefício que re�itam os efeitos socioeconômicose os valores reais do consumo e da preservação. Pergunta 6 Leia o texto a seguir: São Paulo, a capital mundial do gra�te A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus a céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe para cima. Ou para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de classe média ou pela periferia. Há uma característica comum às diferentes regiões da maior cidade mais populosa da América Latina: os gra�tes e pichações, que vêm tomando conta dos muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial do gra�te. De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião de que São Paulo é uma cidade cinza, e o gra�te insere cor a esse cenário. "O gra�te é uma manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não. 0 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Ele se impõe", dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo realismo fantástico com personagens bem característicos, sempre com cores e �guras geométricas parecidas. Os irmãos começaram a gra�tar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul da capital paulista. "A arte não é para você gostar, é para você re�etir e pensar", completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula “artivista”, por atrelar o gra�te a ações sociais. Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as ruas uma das maiores características dessa arte: a acessibilidade. "O fato de a arte estar na rua já é muito mais democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver", diz a artista e gra�teira Prila Paiva, 35 anos. Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande negócio do gra�te é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, "a adrenalina de pichar", segundo Mundano. Para ele, tudo é relativo. “Um outdoor é tão agressivo quanto um gra�te. Eu posso achar ruim, para a minha �lha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para vender lingerie”. São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e privados. Já em relação aos gra�tes, ainda não houve um acordo entre artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a Prefeitura 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros gra�tados. De outro, gra�teiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. "Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura do gra�te", contam Os Gêmeos. "Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, em vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte". Mesmo assim, no �nal da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os gra�tes na cidade, com uma pequena �cha de alguns artistas. Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter sido apagada, o consultor �nanceiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro Gra�ti em São Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de muros gra�tados. "O gra�te tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais aquela má impressão da arte marginal", diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além do reconhecimento do público, o gra�te foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a arte urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo mundo. Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o gra�te pode desenvolver, em 2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio para os centros de reciclagem. "Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para elas", diz Mundano. A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas re�etoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça. Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro de São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos e uma consulta com um clínico geral. De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já incontável de carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável. Disponível em <https://goo.gl/zuZU2e>. Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). Com base na leitura, analise as a�rmativas: I. Apesar de haver controvérsias quanto a aceitação do gra�te e da pichação como formas de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. II. O gra�te agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes o�cialmente reconhecidas. III. De acordo com o texto, o gra�te e a pichação são comparáveis aos outdoors e 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: e. deveria haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações. IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características da arte urbana. Está correto o que se a�rma em: I, II e IV. Pergunta 7 Leia o texto a seguir: Criminologia – Eduardo Galeano A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças. Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como as guerras, atos normais de canibalismo. Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem. Disponível em <https://goo.gl/M8eQmt>. Acesso em24 ago. 2016. 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: b. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as a�rmativas: I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de milhões de cidadãos. II. Quando o autor a�rma que os criminosos estão soltos, quer dizer que o sistema prisional tem vagas insu�cientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões. III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados. IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres. Está correto o que se a�rma em: I. Pergunta 8 Enade 2010 Leia o excerto a seguir: De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal concentrou-se em regiões especí�cas. Do ponto de vista fundiário, a maior parte do desmatamento (cerca de 80%) aconteceu em áreas privadas ou em diversos estágios de 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: c. posse. O restante do desmatamento ocorreu em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de Reforma Agrária (8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%). Disponível em <www.imazon.org.br>. Acesso em 26 ago. 2010 (com adaptações). Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento na Amazônia Legal está centrado: Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que desmataram mais, pois muitos ainda não estão integrados aos planos de manejo sustentável da terra. Pergunta 9 Enade 2011 Leia o poema a seguir: Retrato de uma princesa desconhecida Para que ela tivesse um pescoço tão �no Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos Para que a sua espinha fosse tão direita 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Resposta Selecionada: d. E ela usasse a cabeça tão erguida Com uma tão simples claridade sobre a testa Foram necessárias sucessivas gerações de escravos De corpo dobrado e grossas mãos pacientes Servindo sucessivas gerações de príncipes Ainda um pouco toscos e grosseiros Ávidos cruéis e fraudulentos Foi um imenso desperdiçar de gente Para que ela fosse aquela perfeição Solitária exilada sem destino ANDRESEN, Sophia. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. No poema, a autora sugere que: o trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes. Pergunta 10 Leia o texto a seguir: Tá lá mais um corpo estendido no chão Flavio Moura Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto 1 em 1 pontos 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. De acordo com a ordem de soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM foi seguro “bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de “populares insatisfeitos com a polícia no local”. O tumulto, no entender da juíza, justi�ca a necessidade de o policial “então encontrar-se armado”. O vídeo circulou por todo canto. O policial aponta por três minutos a arma em todas as direções. As pessoas em volta gritam “baixa a arma!”, enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um vendedor de rua no chão. O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. A polícia partiu pra cima e a situação se criou. Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao redor. Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser executado. Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São Paulo. Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da �gura é Eliana Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5a Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que recentemente queria manter preso o manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em manifestação durante a Copa do Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”. 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da declaração tosca do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão das redes sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos outros. Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de junho do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD pirata). O governo estadual corria o risco de ser deposto. Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de junho de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela maioria da população. Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos manifestantes e a classe média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar. O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz, organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. “Bala de borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda estavam vivos”. Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas. A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes maior que a 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da corporação, esse posto agora parece ser ocupado por São Paulo. Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade num campo de guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200 ocupantes de um prédio vazio. Em apenas uma semana, a cidade viu repetir- se o despreparo e a truculência em duas regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de vista. O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, poderiareti�car sua frase infeliz. Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada não foi um ato isolado. Disponível em <https://goo.gl/rvlYxd>. Acesso em 7 nov. 2014. Com base na leitura, analise as a�rmativas: I- O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, a�rmando que as pessoas não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres. II- O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os moradores de periferia geralmente não ganha grande repercussão na mídia e não estimula protestos populares. III- O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade. 09/05/2018 Revisar envio do teste: TRABALHO INDIVIDUAL I – 6664-10_... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_4131293_1&course_id=_11983_1&content_id=_191555_1&return_content=1&step= Quarta-feira, 9 de Maio de 2018 19h42min59s BRT Resposta Selecionada: e. IV- O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da instituição. Está correto o que se a�rma em: II. ← OK
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