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Fratura de pelve e acetábulo

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FRATURA DE PELVE E ACETÁBULO 
 
ALLAN LEON – T1 MEDICINA UFPR TOLEDO ORTOPEDIA – 6º P 
 
FRATURAS DE PELVE 
1. Sobre fratura de pelve 
a. A estabilidade da pelve depende da integridade dos ligamentos que a suportam 
 Com os ligamentos posteriores íntegros, é possível a abertura de 2,5 cm do anel pélvico anterior 
b. Fratura exposta aumenta mortalidade 
 Procurar fratura exposta oculta (TGI, vagina) 
c. Forças: 
 Rotação externa: AP = lesão em livro aberto 
 Rotação interna: lateral = lesão em alça de balde 
 Forças de cisalhamento no plano vertical = desvio acentuado e rotura dos ligamentos e parte moles 
2. Análise clínica: avaliação da instabilidade hemodinâmica e mecânica 
3. Incidências radiográficas 
a. AP 
b. Inlet 
c. Outlet: cisalhamento 
4. Sangramento 
a. A maior repercussão clínica nas fraturas da pelve é o complexo venoso da região anterior do sacro e o osso 
esponjoso 
b. Artéria glútea superior 
TIPOS DE FRATURAS DA PELVE 
FRATURA POR COMPRESSÃO LATERAL 
 Tipo mais comum. Ex.: acidentes de carros com colisão lateral 
 As fraturas dos ramos púbicos estão sempre presentes 
 “Alça de balde” 
 Esmagamento sacral é uma associação comum 
 Divididas em três tipos: 
o Tipo I: não há dano ligamentar e sem instabilidade posterior 
o Tipo II: presença de instabilidade posterior (fratura do ilíaco/fratura da articulação sacroilíca/lesão ligamentos 
sacroilíacos posteriores) 
o Tipo III: lesão contralateral associada a rotura dos ligamentos contralaterais 
 Comumente associadas com roturas de bexiga e uretra 
 São menos suscetíveis a sangramentos do que as lesões em AP, pois o volume pélvico é menor, a não ser que 
grandes vasos sejam atingidos por fragmentos ósseos 
FRATURA POR COMPRESSÃO AP 
 Ex.: colisão frontal com veículo 
 Causa abertura da pelve anterior, com afastamento da sínfise pubiana e/ou fratura dos ramos pubianos 
 Divididas em três tipos 
a. Tipo I: fratura do ramo púbico ou diástese da sínfise pubiana 
b. Tipo II: rotura dos ligamentos = grande abertura do anel pélvico anterior 
c. Tipo III: abertura total da articulação sacroilíca (rotura do ligamento sacroilíaco posterior) 
 Tipos II e III são mais graves, produzindo instabilidade e têm o maior risco de hemorragia 
 Fratura do púbis até 2,5 cm, os ligamentos posteriores estão intactos 
FRATURAS POR CISALHAMENTO 
 Resultantes de queda de altura 
 Fraturas no ramo púbico e anel pélvico posterior 
 
FRATURA DE PELVE E ACETÁBULO 
 
ALLAN LEON – T1 MEDICINA UFPR TOLEDO ORTOPEDIA – 6º P 
 
 Frequentemente associada a lesão do acetábulo e cabeça do fêmur, as quais se associam a lesões de vertebra 
lombar e calcâneo 
TRATAMENTO NA EMERGÊNCIA 
 Fígado e pelve são os principais focos de hemorragia que conduzem a morte nas primeiras horas após o acidente 
 Controle da hemorragia pélvica 
o Fixador externo 
o Vestimenta pneumática antichoque 
o Embolização arterial 
o Clamp de Ganz 
 CONDUTA: 
o Manter via aérea livre 
o Reposição de líquidos EV 
o Exame físico: áreas de sangramento/equimoses e testar instabilidade pélvica 
o RX de pelve 
o Resposta EV ineficiente: procurar sangramento externo ou oculto (RX tórax, abdome e punção lombar) 
o Fixador externo: fratura de alto risco da pelve 
TRATAMENTO DEFINITIVO 
CLASSIFICAÇÃO 
 Grupo A: traumas pélvicos sem desvio ou traumas que não envolvem o anel = raramente fixação interna 
 Grupo B: lesões parcialmente estáveis ou rotacionalmente instáveis. Estruturas ligamentares posteriores intactas 
o Lesões em livro aberto acentuadas = fixador interno 
o Lesão por compressão lateral = raramente fixador interno, exceto associadas a grandes deformidades de 
MMII 
 Grupo C: rotura completa de hemipelve anterior e posterior = redução aberta e fixação interna 
FRATURA DE ACETÁBULO 
1. A cabeça do fêmur define como vai ser a fratura 
2. Com certeza tem lesão de cartilagem 
3. Radiografia: incidência 
a. Alar 
b. Obturatriz 
4. Tratamento conservador: fratura sem desvio (máximo 2-3 mm) 
5. Tratamento cirúrgico 
a. Perda da congruência articular 
b. Instabilidade 
c. Geralmente coluna e parede posterior 
6. Luxação da cabeça do fêmur: urgência, para evitar necrose

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