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SDE0389- FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I Terapia Nutricional Parenteral Ção Regulamento Técnico para Terapia Nutricional Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Portaria nº 272- 8 de abril de 1998- ANVISA Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) O médico é o responsável pela indicação e prescrição da nutrição parenteral Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Conceito “Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” Portaria nº 272- 8 de abril de 1998- ANVISA Terapia Nutricional Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Portaria nº 272- 8 de abril de 1998- ANVISA Conceito Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral Terapia Nutricional Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Portaria nº 272- 8 de abril de 1998- ANVISA Tipos Nutrição parenteral central ou total (NPT): administrada por meio de uma veia de grande diâmetro, geralmente subclávia ou jugular interna, que chega diretamente ao coração Nutrição parenteral periférica (NPP): administrada através de uma veia menor, geralmente na mão ou antebraço Acesso profundo Acesso periférico Fonte: Farmácia Brasileira Indicações Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Impossibilidade de absorver nutrientes pelo trato gastrointestinal • Ressecção intestinal maciça (> 70% delgado) • Síndrome do intestino curto por doença prévia • Doença inflamatória intestinal ativa com necessidade de repouso intestinal por pelo menos 5-7 dias, como: enterite actínica, enterite isquêmica, doença de Crohn Fístula Entero cutânea • Com indicação de repouso por mais de 5-7 dias • Débito elevado (> 500 mL) • Fístula colo-cutânea necessitando repouso trato gastrointestinal por mais de 5-7 dias Waitzberg DL , 2009; Monte & Shima, 2014 Indicações Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Impossibilidade de acesso enteral por obstrução intestinal ou íleo prolongado Em pacientes com risco nutricional baixo, o uso de dieta parenteral suplementar deve ser considerado apenas após 7-10 dias, quando o paciente é incapaz de atender > 60% das necessidades de energia e proteína por via enteral Pré-operatório de cirurgias do trato gastrointestinal, na impossibilidade de utilização de nutrição por via oral ou enteral • Neoplasia de esôfago ou estômago com obstrução, impedindo a sondagem Waitzberg DL , 2009; Monte & Shima, 2014; ASPEN/ SCCM, 2016 Indicações Relativas Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Diarreia severa por má-absorção Cirurgias extensas com previsão de íleo prolongado por mais de 5-7 dias Waitzberg DL , 2009; Monte & Shima, 2014 Contraindicações Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Trato digestório funcionante Instabilidade hemodinâmica • Hipovolemia • Choque cardiogênico ou séptico • Edema agudo de pulmão • Anúria sem diálise • Distúrbios metabólicos ou eletrolíticos Objetivos terapêuticos não definidos Prolongar a vida de pacientes terminais Waitzberg DL , 2009 Recomendações na Prescrição de Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Nutrição Parenteral Periférica • Osmolaridade ≤ 900 mOsm/L para evitar flebite • Concentração final de glicose deve ser no máximo 10% • Limitar o acesso venoso em 72 horas em cada local Nutrição Parenteral Central Uso de soluções hipertônicas • Acesso venoso central deverá ser estabelecido com técnicas assépticas e comprovado posicionamento radiologicamente • Recomendável utilizar cateter com dois lumens e reservar uma via exclusiva para a NP, de preferência a distal Protocolo Clínico HUAP- UFF , 2014 NP-nutrição parenteral Recomendações na Prescrição de Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Solicitar a seguinte rotina laboratorial antes do início da nutrição parenteral • Hemograma • Glicose • Ureia, creatinina • Sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio • Albumina • Colesterol, triglicerídeos • Transaminases, fosfatase alcalina • Amilase e lipase Waitzberg DL , 2009 Início e Progressão da Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Avaliar: estabilização das funções vitais; equilíbrio acidobásico; equilíbrio de fluidos e eletrólitos e perfusão adequada aos tecidos Início: volume que proporcione metade da meta calórica ou 1 litro de solução Progressão: a partir do 20 dia para oferta nutricional total, conforme tolerância metabólica Avaliar os exames bioquímicos e se houver desequilíbrios: reposição ou revisão da composição da emulsão Avaliar a prescrição de soro glicosado de forma a não levar a balanço hídrico positivo e-book EMTN HU-USP, 2014 Nutrição Parenteral Tardia Beneficia Paciente Crítico Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Casaer MP et al., 2011 Pesquisadores da Bélgica realizaram um estudo multicêntrico e randomizado EPaNIC (Early Parenteral Nutrition Completing Enteral Nutrition in Adult Critically Ill Patients) para comparar o início precoce da nutrição parenteral (diretrizes europeias) e o início tardio (diretrizes americanas e canadenses) em adultos na UTI Resultados clínicos insatisfatórios com o uso da nutrição parenteral complementar precoce UTI- unidade de terapia intensiva Fonte: Aula Haroldo Falcão, 2014 Recomendação de Macro nutrientes em Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Waitzberg DL , 2009 Nutriente Quantidade Usual Unidade Máxima de Nutriente Carboidrato 40-60% Kcal total <5-7 mg/Kg/min Proteína 1,0-2,0 g/Kg/dia 2,0-2,5 g/Kg/dia Lipídio 20-40% da Kcal total 1,0-2,5 g/Kg/dia Cálculo da Taxa de Infusão de Glicose TIG= g glicose x 1000 = mg/kg/min kg x 1440* * 60 minutos x 24h Cálculo de Macro nutrientes em Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Glicose • Fonte de calorias (3,4 Kcal/g) e é o carboidrato mais comum utilizado em soluções de NP • Mínimo de 100-150 g/dia • Disponíveis em uma gama de concentrações • Contribuem com a maior parte da osmolaridade da solução de NP Exemplo de Cálculo 1000 mL de glicose 50% • 1000 mL x 50g / 100 mL = 500g glicose Ou 1000 mL x .50 = 500g glicose • 500g glicose x 3,4 kcal/g = 1700 kcal/L Sobreira MJ, 2013; Waitzberg DL , 2009 NP- nutrição parenteral Fonte: FRESENIUS Cálculo de Macro Nutrientes em Nutrição ParenteralFisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Lipídio • Usados para evitar a deficiência de ácidos graxos • Lipídio 10 % - fornece 11 Kcal/g • Lipídio 20 % - fornece 10 Kcal/g • Disponíveis em concentrações de 10%, 20% e 30% • Atentar para os níveis de triglicerídeos Exemplo de Cálculo • 500 mL de lipídios a 10% • 500 mL de EL 10% = 50 g lipídios x 11 Kcal/g = 550 Kcal • 500 mL de lipídios a 20% • 500 mL de EL 20% = 100 g lipídios x 10 Kcal/g = 1000 Kcal Sobreira MJ, 2013; Waitzberg DL , 2009 TCL- triglicerídeo de cadeia longa ; TCM- triglicerídeo de cadeia média ; AGMI- ácido graxo monoinsaturado; AGPI- ácido graxo poli-insaturado Fonte: B BRAUN Cálculo de Macro nutrientes em Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Aminoácido • Componente: hidrolisado proteico e aminoácido cristalino • Fornece 4 Kcal/g • Solução padrão- aminoácido cristalino (13 ou 20 AA) • Solução para renal- aminoácidos essenciais (9 AA) • Solução para hepatopata- aminoácidos de cadeia ramificada (12 AA) • Solução de Glutamina- alanil glutamina (1 AA) Exemplo de Cálculo 1000 mL de sol. aminoácidos 8% • 1000 mL x 8g / 100 mL = 80g aminoácidos Ou 1000 mL x .08 = 80g aminoácidos • 80g aminoácidos x 4 kcal/g = 320 kcal/L Sobreira MJ, 2013; Waitzberg DL , 2009 AA-aminoácidos Fonte: B BRAUN Glutamina Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Heyland D et al., 2013; Andrews PJ et al., 2011; ASPEN/ SCCM, 2016 A suplementação de glutamina parenteral não deve ser usada rotineiramente em pacientes críticos A administração de glutamina por via parenteral aparecia como terapia fortemente recomendada Recomendação tornou-se questionável após os estudos clínicos multicêntricos e randomizados: SIGNET e REDOXS Estudo SIGNET não mostrou benefícios associados à doses baixas de glutamina Estudo REDOXS mostrou que a administração precoce de glutamina em doses elevadas para pacientes com insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (inclusive disfunção renal) piorou o prognóstico Sistemas de Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Sistema 3:1 ou Sistema Lipídico • Fornece: glicose, aminoácidos e lipídios • Vantagens: menor osmolaridade, alta densidade calórica, redução da oferta glicídica, fornecimento de ácidos graxos essenciais (AGE) • Desvantagens: alto custo, anormalidades na função hepática Sistema 2:1 ou Sistema Glicídico • Fornece: glicose e aminoácidos • Vantagens: baixo custo • Desvantagens: deficiência de AGE, intolerância a glicose • Ofertar lipídios 2 x/semana para evitar deficiência de AGE Waitzberg DL , 2009 Fórmulas de Nutrição Parenteral Prontas para Uso Disponíveis no Mercado Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL B BRAUN BAXTER FRESENIUS Acesso Central Acesso Central Acesso Periférico Reposição Ad Element- ampola 2 mL (diluir em 50 mL SG 5% - correr em 1 hora) Cerne 12 Polivitamínico -ampola de 5 Ml (diluir em 50 mL SG 5% - correr em 1 hora) Nutrição Parenteral Pronta para Uso - Ativação do Sistema Fechado Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Fonte: BAXTER Cuidados Relacionados com a Solução Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL A solução deverá ser transportada sob controle térmico Antes da utilização manter sob refrigeração. A estabilidade das fórmulas 3:1 é melhor preservada. Administrar a solução à temperatura ambiente Antes de instalar a Nutrição parenteral (NP): • proceder lavagem rigorosa das mãos • avaliar o aspecto da solução (turvação, precipitação e presença de partículas) • confrontar prescrição médica com o rótulo da bolsa de NP Waitzberg DL , 2009; Calixto-Lima L, 2010 A formação de um precipitado cristalino ou globular- embolia e obstrução do fluxo sanguíneo Fonte: FAMAP Cuidados Relacionados com a Infusão Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Usar bomba infusora para administração Controle rigoroso do gotejamento Não adicionar nenhuma solução e/ou medicamento à bolsa Exemplo de Cálculo da Taxa de Infusão da NP Dividir o volume final da formulação pelo tempo total da infusão Prescrição 1500 mL para ser infundido em 24h= 63 mL/h NP- nutrição parenteral Waitzberg DL , 2009; Calixto-Lima L, 2010 Cuidados Relacionados ao Cateter Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Manter a inviolabilidade do cateter (único lúmen) É vedada a utilização simultânea do cateter para administração de sangue e derivados e coleta de material para exame Manter a permeabilidade do cateter Manter medidas de controle de infecção Não tracionar e/ou desconectar o cateter Cumprir rigorosamente o protocolo de curativo, de acordo com as orientações da CCIH As trocas dos equipos de infusão devem ser à cada etapa CCIH- comissão de infecção hospitalar Fonte: Manual de Nutrição Parenteral, 2010 Waitzberg DL , 2009; Calixto-Lima L, 2010 Cuidados Relacionados ao Paciente Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Estar atento para complicações infecciosas e alterações metabólicas Detectar sinais de hiperglicemia Observar sinais de carência nutricional Observar sinais de intolerância à emulsões lipídicas (náuseas, cefaleia, hiperbilirrubinemia, apatia, plaquetopenia) Waitzberg DL , 2009; Calixto-Lima L, 2010 Suspensão da Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Transição para Nutrição Enteral ou Oral • Deve ser gradativa, em pelo menos 1 a 2 dias • Sugere-se diminuição do volume de NP em 1/3, 2/3 e suspensão Interrupção Abrupta Administrar soro glicosado a 10%/12h - risco de hipoglicemia Monitorar a glicemia conforme prescrição médica EMTN HU-USP, 2014; Waitzberg DL , 2009 NP-nutrição parenteral Principais Complicações Metabólicas da Nutrição Parenteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Complicação Definição Causa Tratamento Hiperglicemia Glicemia > 250 mg/dL Infusão rápida, sobrecarga de glicose, diabetes, trauma e sepses Tratamento das causas (sepse , infecção); infusão lenta de insulina Hipoglicemia Glicemia < 50 mg/dL Interrupção abrupta Iniciar solução de glicose a 10% Hipertrigliceridemia Triglicerídeo > 200 mg/dL Sobrecarga lipídica (>2g/Kg/dia) Menor velocidade de infusão Hipofosfatemia Fósforo sérico abaixo de 2,7 mg/dL Oferta insuficiente e sobrecarga de glicose 20 mmol para cada 1.000 kcal Hipocalemia Potássio sérico abaixo de 3,5 mEq/L Oferta insuficiente, sobrecarga de glicose e perda renal Redução da ingestão de glicose e aumento da administração de potássio Disfunção Hepática Aspartato transaminase > 40U/L; alanina transaminase > 40U/L Mecanismo pouco conhecido: sepse, hiperalimentação Tratar a hiperalimentação; ingestão hipocalórica oral/enteral Buzby et al., 1988 ConsideraçõesFinais Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL A prescrição da nutrição parenteral deve ser realizada em conjunto, envolvendo equipe médica, enfermeiro, nutricionista e farmacêutico Considerar a tolerância metabólica e atentar para não promover a hiperalimentação A história da glutamina continua... Muitas questões ainda precisam ser melhor definidas Bibliografia Complementar Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA VII: TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3ª ed. Editora Manole, 2009. Cap.: 20 (págs.: 459-465). Waitzberg, D L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Editora Atheneu, 2009. Portaria nº 272- 08 de abril de 1998- ANVISA. Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - HU/USP, 2014. Calixto-Lima, L; Abrahão, V; Auad, GRV; Coelho, SC; Gonzalez, MC; Silva, RLS. Manual de Nutrição Parenteral. Editora Rubio, 2010. Guidelines ASPEN/SCCM 2016. Casaer, MP, Mesotten, D, Hermans, G, Wouters, PJ, Schetz, M, Meyfroidt, G, et al. Early versus Late Parenteral Nutrition in Critically Ill Adults. N Engl J Med. 2011. Assuntos da próxima aula: 1. Anorexia Nervosa 2. Bulimia Nervosa 3. Nutrição Comportamental 4. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica
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