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Profa. Fernanda Mattos Pós-doc em andamento na linha de Bioquímica Nutricional pela UFRJ Doutorado em Ciências Nutricionais e Mestrado em Clínica Medica pela UFRJ Diploma de Competência em Sobrepeso e Obesidade pelo Colégio Oficial de Médicos de Barcelona. Membro da SBCBM; ABESO e IFSO. Nutricionista do Programa de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do HUCFF / UFRJ NUTRIÇÃO EM OBESIDADE @fernandamattosnut AGENDA 1 Epidemiologia e Conceito 2 Etiologia da obesidade 3. Fisiopatologia da Obesidade 3.1 Equilíbrio dos macronutrientes: 3.2 Desequilíbrio no balanço energético 3.3 Desregulação no processo de ingestão e comportamento alimentar 3.4 Teoria do set point 4 Consequências da Obesidade Avaliação nutricional na obesidade. 6 Tratamentos da obesidade: 6.1 Atividade física: 6.2 Psicológico: 6.3 Fármacos: 6.4 Fitoterápicos: 6.5 Endoscópicos e Cirúrgicos 7. Dieta 7.1 Mediterrâneo 7.2 Ricas em proteínas (Atkins, South Beach e Dukan) em obesos 7.3 Dietas ricas em gorduras (Keto diet, Paleo e LCHF) em obesos 7.3.1 Paleolítica 7.4 Low carb - Dieta baixa em carboidrato em obesos: 7.5 Plant Based Diet 7.6 Jejum intermitente 7.7 Intervenção na obesidade de acordo com os consensos. 7.7.1 Equações preditivas para estimar as calorias para prescrição dietética: 7.7.2 Distribuição dos macronutrientes da dieta: 7.7.3 Comportamento e dieta 7.7.4 Educação Nutricional 7.7.5 Conceitos importantes: 7.7.6 Micronutrientes 7.7.7 Compostos Bioativos 7.7.8 Microbiota 7.9 Existe peso ideal? 7.10 Dicas para facilitar o processo de emagrecimento http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=RhK3p6ONN2pkUM&tbnid=zU_THyzpjH2_xM:&ved=0CAUQjRw&url=http://chemmychemmy.blogspot.com/2012/04/um-anonimo-me-chamou-de-gorda.html&ei=N3yGUcWYOorM9QTei4GAAQ&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNE-ihDfnQpS26126yVZUrVWJSIbwQ&ust=1367854478941170 http://pausaprumcafe.blogspot.com/ http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=z3EtfSMy2xsbJM&tbnid=Y0UntxKhd5sgyM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.simnoticias.com.br/2012/index.php/politica/item/1834-lei-vai-proibir-propaganda-de-bebidas-alco%C3%B3licas&ei=4qCGUd7EOIWQ9gTcyYGoCQ&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNFbWt82JO1DR0iw3af9Qi3CCOl4yQ&ust=1367863858777820 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=2cG-t1PCnuqrXM&tbnid=YSHZcX2lnIZYcM:&ved=0CAUQjRw&url=http://misturadevicios.blogspot.com/2012/04/coca-cola-abra-felicidade.html&ei=66GGUbStKYOu8ASp9ICYBw&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNG2_eZK2BEtElLIF9We9qPOqvHUlg&ust=1367864106639373 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=hz6QUoWyYrLxbM&tbnid=u-tbe-9pCWsHkM:&ved=0CAUQjRw&url=http://vejabeem.blogspot.com/&ei=MaKGUcKcJYyg8gTr9YHoAg&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNE63BO1kdYaEenHY8oB6waZoh4O4g&ust=1367864221080850 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=xolb0qxAMaYBvM&tbnid=jeZ9egpiFWPunM:&ved=0CAUQjRw&url=http://propmark.uol.com.br/anunciantes/34015:sadia-divulga-hot-pocket-pizza&ei=e6KGUeWYC4bs8QSMkIC4DQ&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNEtYA6lZOjWiofLN1sAIcrXxIV13Q&ust=1367864215805466 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=FEUSThcOsPSg8M&tbnid=pXy1KugXnpZn1M:&ved=0CAUQjRw&url=http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/08/perdigo-todo-mundo-adora-perdigo.html&ei=RKWGUZOjMYG69QS6y4DIBw&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNHyzlFIzwDJXFxTWvEX4G8CC1KQfw&ust=1367865016386058 55,7 % 19,8 % No Brasil, as DCNT são sido responsáveis por 74% do total de mortes, com destaque para DCVs (28%). DCNT em tratamento medicamentoso: Hipertensão arterial: 83,6% Diabete mellitus tipo 2: 88,7% Fonte: Organisation for Economic Cooperation 25º Fonte: Development and International Obesity taskforce 5º 62% dos obesos do mundo vivem em países em desenvolvimento. Ng M. Lancet 2014 30 de agosto; 384 (9945): 766-81. 5º Lugar!!! A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. 2011 Gastos para o SUS R$ 212.152.533,39 Obesidade é o distúrbio do metabolismo energético onde ocorre armazenamento excessivo de energia sob a forma de triglicerídeos no tecido adiposo, causado por doenças genéticas, endócrino-metabólicas, alterações nutricionais que podem atuar isoladamente ou em conjunto, ou seja, consiste no excessivo acúmulo de gordura sob a forma de tecido adiposo. Diretriz Brasileira Obesidade, 2016 Doença crônica, inflamatória, complexa e multifatorial. Acúmulo excessivo de tecido adiposo (localizado ou generalizado). • Durante a consulta de um paciente que apresente sobrepeso ou obesidade, é fundamental avaliar as causas que levaram ao excesso de peso, bem como investigar possíveis morbidades associadas. • A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais. Diretrizes Brasileira de Obesidade (2009 e 2016); Coutinho (etiologia da obesidade); Snyder et al 2004. Hábitos alimentares Sedentarismo Estresse/ansiedade Sono Imunometabólicos Sociais/Depressã o Hormonais Neuroendócrinos Genéticos Obesidade na Infância e adolescência Gestação em idade avançada Origem infecciosa Medicamento s Tabagism o Microbiota Renda ABESO 2016; EASO, 2014; AHA/ACC/TOS, 2013; Consenso Latinoamericano, 1999. Disruptores endócrinos Inflamação Etilismo Epidemiologia Nutricional / Kac, G.; Sichieri, R.; Gigante, D.P. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/Atheneu, 2007. 3º Estágio Correção do déficit estatural; Instalação do sobrepeso e obesidade 2º Estágio Diminuição progressiva das manifestações epidêmicas de carências nutricionais; Início da recuperação da estatura a nível populacional ; Redução do baixo peso ao nascer 1º Estágio Redução das formas mais graves de desnutrição Nutrientes Consumo médio da população Valores de referência Calorias 2044,00 Kcal 2000 Kcal Gordura Saturada 9,3% 7,0 % Açúcar 109 g 25 - 50g (5 a 10%) Fibras 21,8 g 20 – 30 g Sódio 3238,7 mg 2000 mg Ferro 6,0 mg 18,0 mg Ácido Fólico 223,0 mcg 400 mcg Vitamina A 279,0 mcg 700 mcg Vitamina C 93,4 mg 75 – 90 mg OMS 2016 POF 2008-2009 Sposito et al 2007 Padovani et al, 2006 Ministério da saúde 2006 Hábitos alimentares de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas. PTN: alta ingestão de PTN total (animal) redução na SI. LIP: Estudos controversos. - AGS e Trans alta ingestão aumento da produção de insulina, glicose e Hb A1c RI (consequência do ganho de peso). - AGIs MUPAs(w9) e PUFAs (w3 e w6): efeito protetor? Depende da relação entre W3 e W6 e da associação com CHO (dieta). Resposta entre humanos e modelos experimentais apresentam resultados contraditórios. - Polimorfismos genéticos envolvidos na lipogênese, lipólise, oxidação de gorduras e RI (PPAR, APM1 ,PGCA-α, APOE, APOA, FABP2, LIPC, HL, PLIN, ACSL5, IRS1, IRS2, IGF, INSIG2). CHO: Historicamente obesidade e doenças cardiometabólicas incluindo DM2. Açúcares (simples) naturais ≠ industrializados. - Estudos mostraram uma forte associação dietas hipercalóricas (bebidas açucaradas) e o desenvolvimento de DM2. Sono de curta duração aumentou o risco de obesidade em 89% em crianças e 55% em adultos. Head et al., 2009 GENÉTICA E OBESIDADE Obesidade Monogênica Sindrômica a obesidade é um dos fenótipos causados pela síndrome (podendo ser autossômica ou ligada ao X). Obesidade Monogênica não Sindrômica causada por uma mutação que desenvolve especificamente esse fenótipo, sem síndromes associadas. Obesidade Poligênica diversos genes estãoassociados e estes aumentam a susceptibilidade de desenvolver a obesidade. Fator genético não é a causa e sim todo um fator ambiental atuando. No geral, mais de 430 genes, marcadores e regiões cromossômicas foram associados ou vinculados com fenótipos de obesidade humana Marques-lopes et al, 2004 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=dGXNVSPG2y9A2M&tbnid=IMF38F9pMUY4HM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.wallstreetfitness.com.br/fique_por_dentro/artigo/2330/&ei=pyMzUrblJYnQ8QTKzIHgDw&psig=AFQjCNFPDbQeitSK0kAmpBmiwJejCV483w&ust=1379169410256570 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=tPp1YNcWLR86kM&tbnid=PCN6vwRvds81PM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732004000300006&ei=xCMzUv_MDIeS9QShtIHADA&psig=AFQjCNFPDbQeitSK0kAmpBmiwJejCV483w&ust=1379169410256570 O risco de obesidade (genitores) 0 9% 1 50% 2 80% Estima-se que entre 40% e 70% da variação no fenótipo associado à obesidade poligênica é de caráter hereditário. Snyder et al, 2004; Hill et al, 2003; Macho- Azcarate et al, 2002 Junior et al, 2007 Rodrigues et al, 2003 “A genética carrega a arma e o ambiente aperta o gatilho.” George A. Bray 1. Hipercortisolismo, 2. Disfunções da Tireóide, 3. Deficiência de GH, 4. Tumores Hipotalâmicos, 5. Níveis alterados de Androgêneos e Estrogênios. Panagiotis et al., 2009; Hernández-Ramírez et al., 2008; Lordelo et al., 2007; Damiani et al., 2005 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=yMyqvNrmlrUvIM&tbnid=bImdpW4ab3DxRM:&ved=0CAUQjRw&url=http://sidney-garlopa.blogspot.com/&ei=tyYzUqX6OoPs8QSp7IHIAQ&psig=AFQjCNFGjwZp8beKQZ_lfbHzTqcSSwf0xQ&ust=1379170258901853 MEDICAMENTOS QUE LEVAM AO GANHO DE PESO CLASSES MEDICAMENTOS AÇÃO Antidepressivos Amitriptilina Nortriptilina Aumento do apetite Anti- histamínicos Cetirizina Fexofenadina Aumento do apetite e retenção hídrica Antipsicóticos Clozapina Olanzapina Risperidona Fadiga, ganho de peso, diabetes e dislipidemias Anti- hipertensivos beta- bloqueadores Atenolol Metroprolol Fadiga e redução do gasto energético MEDICAMENTOS QUE LEVAM AO GANHO DE PESO CLASSES MEDICAMENTOS AÇÃO Corticoides -- Retenção hídrica, estimula apetite e reduz taxa metabólica Controle do Diabetes Sulfoniluréias (glibenclamida, glicazida e glimepirida) Glitazonas (pioglitazona e rosiglitazona) Retenção hídrica Estimulam o processo de diferenciação de adipócitos (PPARg). Estabilizadores de humor Ácido valpróico Lítio Aumento do apetite Anticoncepcionais Altas dosagens hormonais Retenção hídrica 1) Ganho de peso considerável (mulheres); 2) Aumento do apetite; 3) Diminuição do metabolismo basal; 4) Eleva síntese do VLDL e infiltração de lipídeos no musculo; 5) Pode ocorrer diminuição da atividade lipolítica das células. Highlights! 1 em cada 3 obesos do planeta carregam o Adenovirus 36 (ADV36); Aves infectadas com ADV 36 aumentaram em 50 a 150% o peso corporal; Estimulam os adipoblastos; É contraído pelo ar e contato direto com secreções; Desenvolveria obesidade nos indivíduos pré-dispostos e quando associado ao ambiente obesogênico. Disruptores encócrinos Agentes ou substâncias químicas que mimetizam ou interferem na produção, liberação, transporte, ligação com o receptor, ação ou eliminação dos hormônios naturais, responsáveis pela homeostasia e essenciais para o crescimento e desenvolvimento humano. A maioria é lipofílica, resistente à destoxificação hepática, e capaz de se concentrar na cadeia alimentar e na água. Além disso, são facilmente estocados no tecido adiposo. Newlbold, 2007; Guimarães, 2005 Fumaça de cigarro Poluição do ar Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos Tributilestanho Bisfenol A Retardantes de chamas Bifenilas policloradas Ftalatos Ácido perfluorooctanóico Drogas anti- diabéticas: TZDs (tiazolidinedion ), glitazonas. FISIOPATOLOGIA DA OBESIDADE A obesidade foi considerada como consequência apenas de fatores nutricionais e sempre relacionados com a falta de “força de vontade”. Angelucci e Mancini. Fisiopatologia da Obesidade e da Ciclicidade do Peso. In: Mancini et al. Tratado de obesidade, 2010. Revisão contribua para a sensibilização dos profissionais de saúde para o modo como as suas crenças poderão influenciar as atitudes e práticas com os obesos, bem como o relacionamento e adesão terapêutica dos mesmos, visando, em última estância, a uma melhoria dos serviços de saúde prestados aos indivíduos com essa problemática. É provável que o estigma do peso induza ao ganho de peso e problemas de saúde e, portanto, deve ser erradicado. Esse esforço deve começar com treinamentos dos profissionais de saúde a serem mais compassivos e conhecedores da doença, assim, oferecerão melhores cuidados e, finalmente, diminuirão os efeitos negativos do estigma do peso . Rosen e Spielgeman, 2006. Ingestão energética (alimentação) Gasto energético (metabolismo Basal, atividade física e termogênese) Equilíbrio dos Macronutrientes Balanço Energético Predisposição Genética - 1ª. lei da termodinâmica A energia não é criada nem destruída, mas sim se transforma de uma fonte para outra. 2ª. Lei da termodinâmica nem toda energia potencial é “captada” como ATP. Ingestão energética Perdas fecais + perdas urinárias Energia metabolizáve l = Angelucci e Mancini. Fisiopatologia da Obesidade e da Ciclicidade do Peso. In: Mancini et al. Tratado de obesidade, 2010. EQUILÍBRIO DOS MACRONUTRIENTES Equilíbrio dos Macronutrientes Balanço das Proteínas (PTN) Estoque no organismo: ex. Homem de 70kg 1/5 PTN Ingestão na Dieta: 15% do total de calorias. TID: representa um gasto de energia de 20 a 30%. Estoques de PTN: Aumenta em resposta a determinados estímulos Hormônios do crescimento, androgênios e exercícios físicos. Brennan et al, 2012; Krause, 2005 Equilíbrio dos Macronutrientes Balanço das Proteínas (PTN) Balanço proteico: rigidamente controlado e o desequilíbrio não está envolvido diretamente com a obesidade. Por outro lado, indiretamente, sua ingestão pode afetar o balanço das gorduras. Atuação no organismo: liberação de CCK e PYY; Supressão da grelina; aumento da concentração de AAS plasmáticos após a absorção. Brennan et al, 2012; Abbot et al., 1988; Krause, 2005 Balanço dos Carboidratos (CHO) Estoque no organismo: Limitados, (500g a 1000g – glicogênio) apesar de ser a principal fonte de energia provenientes da dieta. Ingestão na dieta: 50 a 60% do total de calorias. TID: representa um gasto de energia de 5 a 10%. Maior quantidade de CHO complexos estimulam um aumento da termogênese e do gasto energético. Shutz et al., 1989; Krause , 2005 Equilíbrio dos Macronutrientes Balanço dos Carboidratos (CHO) Estoques de Glicogêncio: Rigidamente controlado aumento da ingestão dietética de CHO, estimula o armazenamento de glicogênio, aumenta a oxidação da glicose e suprime a oxidação da gordura. Atuação no organismo: protege contra a produção de corpos cetônicos e ainda atua na preservação das proteínas. Shutz et al., 1989; Mourão et al, 2005; Krause , 2005 Equilíbrio dos Macronutrientes Balanço das Gorduras (LIP) Estoque no organismo: ex. Homem de 70kg 13kg e Homem de 100 kg 37,6kg. Ingestão na Dieta: 25 a 30% do total de calorias. TID: representa um gasto de energia de 0 a 3%. A dieta hiperlipídica promove redução da TID, aumento do apetite e superconsumo passivo de energia. Estoques de LIP: Funciona como “tampão” do equilíbrioenergético. Balanço negativo de 200kcal em 24hs representa 200 kcal saindo dos estoques de gordura. Balanço positivo, da mesma forma. Rosado & Monteiro, 2001; Hermsdorff et al 2007; Green e Blundell, 1996; Larson et al, 1995Krause, 2005 Equilíbrio dos Macronutrientes Balanço das Gorduras (LIP) Balanço de gorduras: é determinada pela diferença entre o gasto energético total e a ingestão calórica, ou seja, quando negativo aumenta a oxidação de gorduras. Atuação no organismo: participa na formação, de forma conjunta com as proteínas, da estrutura básica das membranas celulares; e é capaz de armazenar 6 vezes mais calorias sob a forma de gordura. Frayn et al., 1995; Pinheiro et al, 2005; Krause, 2005 Equilíbrio dos Macronutrientes Efeito Térmico dos Alimentos 68% PTN 69% CHO 70% LIP Ravn et al, 2013; Veldhorst et al, 2008; Crovetti et al, 1997; Blundell et al. 1996 Perda de peso Obesidade Alimentos hipercalóricos? Grandes porções? Pouca saciedade, leptina? Aumento da fome, grelina? Lesões no hipotálamo/SNC, Dieta rica em gordura? Privação do sono, Alimentação em fast-foods, Alimentação hedônica, Fatores psicológicos. Nieters et al,2002; Loktionov, 2004; Ochoa et al, 2004;Kojima et al, 2005; Ferguson, 2006; Shlisky et al, 2012; Markwald et al, 2012; Archer et al, 2013; Moraes et al, 2013; Watson et al, 2013; Allison et al, 2015 Baixo GER, Pouca massa magra, Estilo de vida sedentário, Perda ponderal maciça, Desregulação de determinados receptores Loktionov, 2004; Ochoa et al, 2004; Nieters et al, 2002 Desregulação de receptores: - a e b-drenérgicos (AR) mediadores dos efeitos lipolíticos das catecolaminas. - Proteínas desacopladoras (UCPs): UCP1 designada de termogênese produz calor a partir do TAM. UCP2 envolvida essencialmente na produção de calor no músculo e regulação de níveis de espécies reativas de oxigénio na mitocôndria. UCP3 não tão claro na literatura, parece também estar relacionada com regulação dos níveis de espécies reativas de oxigénio no músculo esquelético e no músculo cardíaco. - Lipase hormônio sensível (LHS) transporte de lipídios no estado jejum. Loktionov, 2004; Ochoa et al, 2004; Nieters et al, 2002 Desregulação de receptores: - Lipase lipoproteica (LPL) regulador mais importante para a deposição de TG hidrolisa TG do VLDL e quilomicrons liberando AG que são captados pelo adipócito. - Fator de necrose tumoral (TNFa) envolvido em processos inflamatórios obesidade, RI e DM2. - Diferenciação dos adipócitos (PPARg2 ) lipogênese. Loktionov, 2004; Ochoa et al, 2004; Nieters et al, 2002 RAMB (2010) http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=DKs71cyKlBJu5M&tbnid=7FjGlK42EGmVkM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ucb.br/Noticias/2/3168/EgressoTemArtigoPublicadoNaRamb/&ei=7U55UpjlKuqosASDlYCICw&bvm=bv.55980276,d.cWc&psig=AFQjCNHOwvyxd3U1yHzEY07djBFlQ21Tyw&ust=1383768165979953 RAMB (2010) Tabel 1 RAMB (2010) RAMB (2010) macrófagos pró-inflamatórios polimorfonucleares ou neutrófilos inflamação EROS monócitos ly6c inflamação citocina inflamatória citotóxica Hipersensibilidade à insulina, Dieta com excesso de CHO, Menor lipólise (menor atividade LHS), Produção elevada de glicose endógena. Rosado et al, 2006; Ukkola et al, 1001; Azcárate et al, 2000; Argyropoulos et al, 1998 Hiperplasia dos adipócitos, Lipogênese aumentada, Maior atividade da LPL, Dieta com excesso de CHO, Efeitos hormonais. Freitas, 2006; Luan et al, 2001; Wajchenberg, 2000; Nagy et al, 1998; Dubois et al, 1998; Sarraf et al, 1998 •Hipotálamo recebe informações sobre o balanço de energia por sinais hormonais e neuronais de diversos núcleos dentro dele e da sua área lateral. Yu e Kim. Molecular Mechanisms of Appetite Regulation. Diabetes Metab Jv.36,p.391-398, 2012. • Leptina hormônio tecido adiposo responsável pela manutenção do peso corporal SNC diminuindo o apetite e aumentando o gasto energético. • Adiponectina hormônio Tecido adiposo regulação da glicemia e o catabolismo de ácidos graxos SNC diminuindo o apetite. • Amilina: hormônio pâncreas, neurônios e células intestinais inibe o esvaziamento gástrico diminuindo a ingestão alimentar. • Glucagon pâncreas atua de forma central e periférica diminui a ingestão alimentar. Porém alguns estudos mostram que em associação com a CCK passa a estimular o apetite. Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. • O polipeptídeo pancreático (PP) células PP no pâncreas suprime a secreção pancreática e estimula a secreção gástrica reduzem a ingestão alimentar . • Grelina: hormônio estômago liberador de GH produção de NPY e proteína relacionada ao gene aguti (AGRP) estimulando a alimentação. • CCK hormônio duodeno e jejuno determina o esvaziamento gástrico inibe a ingestão alimentar. • PYY e GLP-1 Incretinas Jejnuno e íleo efeito anorexígeno. Atuam de forma antagônica ao NPY, realizando inibição pós-sináptica. Forte regulador da homeostase glicêmica. Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. • Oxintomodulina (OXM) Peptídeo sintetizado a partir do pró-glucagon no intestino e cérebro sensível a presença de ácidos graxos reduz esvaziamento gástrico diminui a ação da grelina. • NPY neurotransmissor SNC mais potente dos estimuladores da alimentação, diminuindo termogênese e hiperinsulinemia. • AGRP peptídeo núcleo arqueado liga-se a melanocortina efeito orexigeno. Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. • Pró-ópio-melanocortina (POMC) precursor do alfa MSH e Transcripto regulado por cocaína-an- fetamina (CART) potente inibidor da ingestão de alimentos. Porém, efeitos são afetados pela leptina, insulina, grelina, PYY e macronutrientes. • Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH): hormônio SNC (receptores CRHR1 e CRHR2) efeito anorexigeno. • Hormônio Liberador de Tireotrofina (TSH) adenohipófise estimulante da tireoide metabolismo Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. • Hormônio concentrador de Melanina (MCH) hipotálamo lateral atua sozinho ou junto com NPY estimulando o apetite. *comportamento alimentar • Hipocretinas neurotransmissor dividas em orexina A e B hipotálamo lateral efeito orexigeno. • Peptideo liberador de gastrina (GPR) e bombesina: peptídeos estômago gastrina, CCK e insulina inibindo a ingestão alimentar. Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. • Insulina hormônio pâncreas regula o comportamento alimentar SNC diminuindo a ingestão alimentar. • Glucagon pâncreas atua de forma central e periférica diminui a ingestão alimentar. Porém alguns estudos mostram que em associção com a CCK passa a estimular o apetite. • Amilina: hormônio pâncreas, neurônios e células intestinais inibe o esvaziamento gástrico diminuindo a ingestão alimentar. Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. • Glicose: regula a ingestão alimentar por meio de neurônios hipotalâmicos de acordo com a hipoglicemia ou a diminuição do metabolismo de glicose, estimulando a ingestão alimentar. • Lipídeos: Liberam CCK, determinam o esvaziamento gástrico e diminuição do apetite, porém esses efeitos são fracos e facilmente suplantados pela sensação de prazer desencadeada por dieta rica em lipideos. • Proteinas: Liberam CCK, potentes inibidores do apetite, sendo os seus efeitos processadosperifericamente e pela ação direta central de aminoácidos circulantes. NUTRIENTES Tratado de obesidade 2016; Prado et al, 2009; Halpern e Mancini, 2009; Sippel 2007. Hormônios; neurotransmis- sores, enzimas, proteínas e receptores. REGULAÇÃO DO PESO CORPORAL Figura 9.1 do Tratado de obesidade 2ª edição. TEORIA DO SET POINT Teoria do "set point“ defesa do organismo peso pré- determinado como método de biopreservação contra situações de inanição. TEORIA DO SET POINT Pucci e Batterham, 2018; Benson et al, 2020 EFEITO SANFONA LEVA À OBESIDADE? ADAPTAÇÃO METABÓLICA A TMB diminuiu 610 ± 483 kcal/dia ao final da competição. 6 anos depois a maioria dos participantes recuperaram o peso perdido e a TMB ficou 704 ± 427 kcal/dia mais baixo quando comparado com início da competição ADAPTAÇÃO METABÓLICA 3% 27 % 53 % Mulher, IMC 32, 41 anos. Mulher, IMC 31, 35 anos. Homem, IMC 29, 36 anos. Várias tentativas de emagrecimento, sem sucesso ADAPTAÇÃO METABÓLICA - OBESIDADE DICAS PARA LIDAR COM O PROBLEMA ADAPTAÇÃO METABÓLICA - OBESIDADE DICAS PARA LIDAR COM O PROBLEMA VENTA: 7000 a 7700 kcal perda de 1kg de TA. 20% menos calorias perda de 10% do Peso corporal Para cada 1 Kg de peso perdido 1 mês Perder 10% do peso nos 3 primeiros meses. Para cada 1 Kg de peso perdido: - Diminuição da TMB 20 a 30 kcal/d, - Enquanto aumenta o apetite 100 kcal/d acima do nível basal antes da perda de peso. Durante a adaptação metabólica Diminuição de 100 kcal/dia + TID + Exercício. Pereira et al. Arq Bras Endocrinol Metab. 2003;47(2):111-27. http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=ZJhA0i3Q08PbWM&tbnid=VOf3mv5Bq2H3XM:&ved=0CAUQjRw&url=http://nutricionistanatalia.blogspot.com/2012/10/avaliacao-nutricional-escolas-de-sao.html&ei=-z4zUsqgBoj49gSWtYDIBw&bvm=bv.52164340,d.eWU&psig=AFQjCNEWbXeLGNhDNMPhd6J5aiHAlsBnWA&ust=1379176440417668 Dados Pessoais História Familiar História Patológica Pregressa Cirurgias; Doenças pré-existentes (comorbidades). Histórico de Obesidade Medicamentos Fármacos; Fitoterápicos; Suplementos. Atividade Física (frequência, tipo e tempo) - IPAQ Marian, M. et al. 1996. Craig et al, 2003; Brown et al, 2004; Rzewnicki et al, 2002; Guedes et al, 2005Matsudo et al, 2001 Classificação do IPAQ Os indivíduos são classificados de acordo com a orientação do próprio IPAQ, que divide e conceitua as categorias em: 1. Sedentário Não realiza nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana; 2. Insuficientemente Ativo Consiste em classificar os indivíduos que praticam atividades físicas por pelo menos 10 minutos contínuos por semana, porém de maneira insuficiente para ser classificado como ativos. Para classificar os indivíduos nesse critério, são somadas a duração e a frequência dos diferentes tipos de atividades (caminhadas + moderada + vigorosa). Essa categoria divide-se em dois grupos: 2.1. Insuficientemente Ativo A Realiza 10 minutos contínuos de atividade física, seguindo pelo menos um dos critérios citados: frequência – 5 dias/semana ou duração – 150 minutos/semana; 2.2. Insuficientemente Ativo B Não atinge nenhum dos critérios da recomendação citada nos indivíduos insuficientemente ativos A; 3. Ativo Cumpre as seguintes recomendações: a) atividade física vigorosa – ≥ 3 dias/semana e ≥ 20 minutos/sessão; b) moderada ou caminhada – ≥ 5 dias/semana e ≥ 30 minutos/sessão; c) qualquer atividade somada: ≥ 5 dias/semana e ≥ 150 min/semana; 4. Muito Ativo Cumpre as seguintes recomendações: a) vigorosa – ≥ 5 dias/semana e ≥ 30 min/sessão; b) vigorosa – ≥ 3 dias/semana e ≥ 20 min/sessão + moderada e ou caminhada ≥ 5 dias/semana e ≥ 30 min/sessão. Recordatório de consumo alimentar de 24 horas; Padrão habitual de consumo alimentar; Frequência de consumo alimentar; Registro (escrito ou fotográfico) ou diário alimentar (3 a 7 dias); Refeições realizadas; Alergias e intolerâncias alimentares; Preferências alimentares; Paladar (doce ou salgado); Tempo que faz dietas (quando foi a primeira fez que fez uma dieta); Tipos de dietas realizadas (com profissional?); Tabus/Traumas relacionados com algum alimento; Percepção de quando come mais ou menos (estresse, hora do dia, tristeza, alegria etc.); Consumo dia de semana e consumo final de semana. http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=KA49dGdBwK6zlM&tbnid=kZchArvfbsJkiM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.virtualsaude.com.br/album-fotografico-de-porcoes-alimentares-p164&ei=5PyHUeiRHpPc8wStyoDwBA&bvm=bv.45960087,d.eWU&psig=AFQjCNFtB8l9h7devezwLopEwcBpIIou_w&ust=1367952962426244 Café da Manhã Mohsen, M. et al. 2009. Gráfico 2: Costumam fazer o café da manhã? Estudos que medem o consumo energético diário dos pacientes obesos mostram que eles subestimam a ingestão calórica em aproximadamente 40% do total, contra 5 a 20% de subestimação por parte dos não obesos. Modelo de Diário Alimentar - Halpern e Mancini : Obesidade e Síndrome Metabólica para o Clínico, 2009 Halpern, A. e Mancini, M 2009 Laboratorial e bioquímico: Hemograma, Perfil glicídico, Perfil lipídico, Enzimas hepáticas, Ácido úrico, ureia, creatinina e fosfatase alcalina. Eletrólitros (indicadores do estado de hidratação). Dosagem hormonal (insulina, PTH, leptina?). Micronutrientes (quando possível). Testes de sensibilidade alimentar para 221 alimentos: avalia por meio da IGG hipersensibilidades. Testes genéticos: extração de DNA pela saliva ou sangue genotipagem para detecção de polimorfismos associados à patologias ou sintomas ou baixa resposta do organismo ao tratamento proposto. Exame físico Cabelo; Tegumento; Unhas; Olhos; Cavidade oral (lábios, língua, gengiva); Edema. Queixas Sinais e sintomas relatados pelo paciente • Outros aspectos relacionados que deverão ser verificados incluem: - Capacidade física para ingestão de alimentos; - Mudanças ponderais recentes; - Possível interação droga-nutriente; - Presença de transtornos alimentares; - Síndrome do Comer Noturno (SCN) anorexia matutina hiperfagia vespertina ou noturna; - Outras alterações, como dispepsia, constipação intestinal etc. Dobrow e Kamenetz, 2002; Gormally G. et. al, 2001; Marian, M. et al. 1996. Mastigação Mohsen, M. et al. 2009. Gráfico 5: Como você considera sua mastigação? Peso (histórico do peso); Altura (altura referida bate com a altura medida); IMC (diagnóstico nutricional); RCQ (tipo de obesidade); RCE (risco para DCV); IAC (índice de adiposidade corporal); Dobras cutâneas (avaliação da gordura subcutânea); BIA (avaliação da composição corporal); Perímetros (pescoço, braço, pulso, cintura, abdome, quadril, coxa, panturrilha). ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC World Health Organization, 1997; Lean MEJ, et al.,1995; Cuppari, L. et al., 2005; Lean MEJ. et al., 1995; ABESO, 2007. Parâmetros RDCV Elevado RDCV Muito Elevado MASCULINO Perímetro da cintura ≥ 94 cm ≥ 102 cm RCQ 0,90 – 1,00 cm > 1,00 cm FEMININO Perímetro da Cintura ≥ 80 cm ≥ 88 cm RCQ 0,75 – 0,85 cm > 0,85 cm PERÍMETRO DA CINTURA E RELAÇÃO CINTURA QUADRIL (RCQ) World Health Organization, 1997; Lean MEJ, et al.,1995; Cuppari, L. et al., 2005; Lean MEJ. et al., 1995; ABESO, 2007. Parâmetros RDCV Elevado RDCV Muito Elevado MASCULINO Perímetro da cintura ≥ 94 cm ≥ 102 cm RCQ 0,90 – 1,00 cm > 1,00 cm FEMININO Perímetro da Cintura ≥ 80 cm ≥ 88 cm RCQ 0,75 – 0,85 cm > 0,85 cm PERÍMETRO DA CINTURA E RELAÇÃO CINTURA QUADRIL (RCQ) Lohman T.G, et al. Anthropometric Standardization Reference Manual. Human Kinetics; Champaign, IL, USA: 1988 PERÍMETRODA CINTURA O Manual de Referência de Padronização Antropométrica (desenvolvido em 1985 por especialistas que participaram da Conferência de Padronização Antropométrica) recomenda medir o perímetro da cintura em obesos no ponto mais estreito do tronco entre a última costela e crista ilíaca. E R R O P E S O S D C PERÍMETRO DO PESCOÇO Estudos compararam os efeitos da CP e do tecido adiposo visceral (TAV) grande coorte CP está associada a fatores de risco cardiometabólicos mesmo após o ajuste para o TAV. CP fatores da SM e RI. CP guarda relação com apneia do sono HAS, colesterol total alto, HDL baixo, DM2 e RI e obesidade. Limitações: reproduzíveis em outros grupos ou populações. A população do Framingham Heart Study é predominantemente branco. Ponto de corte H <37cm e M <34 cm. Indicativos de obesidade H >39,5 cm e M >36,5 cm PERÍMETRO DO PESCOÇO Os resultados obtidos sugerem que a RCE é uma medida simples, com um bom poder de predição para DCV e possui ponto de corte muito próximo dos pontos obtidos em diversas populações. RAZÃO CINTURA ESTATURA - RCE RCE Homens e Mulheres < 0,5 RAZÃO CINTURA ESTATURA - RCE Dobras Cutâneas; BIA; IAC e MGR ESTIMATIVA DE GORDURA CORPORAL Homens Mulheres Classificação < 11 < 23 Baixo Peso 11 – 22 23 – 35 Eutrófico 22 – 27 35 – 40 Sobrepeso > 27 > 40 Obeso INDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL O IAC foi proposto como uma alternativa simples para predizer a adiposidade corporal. A validade do IAC está bem documentada na literatura. López et al, 2012; Cerqueira et al, 2013; Sun et al, 2013; Garrido-Chamorro et al, 2009 Jaffrin et al, 2008; Braulio et al, 2010, Machado et al, 2013 Dobras cutâneas utilização manual de adipômetro ou plicômetro. Avaliador bem treinado. Menor custo. ESTIMATIVA DE GORDURA CORPORAL QUESTIONAMENTOS 1. Dificuldade em separar TASC do músculo. 2. Tamanho do TASC x abertura do aparelho. 3. Possibilidade em não conseguir mensurar todas as DCs. 4. Não avaliação dos tipos de TA. 5. Questionável avaliar DC em indivíduos obesos. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=hDQwxx2dv1cXOM&tbnid=gp-IPgEC3WfXxM:&ved=0CAUQjRw&url=http://euqueromenos.blogspot.com/&ei=P7mGUc3oBobq8QT_roHABg&psig=AFQjCNG0DWeIWjOfOnIZbGp2QMESF-nItw&ust=1367870138233797 Gagnon et al, 2010; Braulio et al, 2010 Bioimpedância Elétrica (BIA) Utiliza medidas de resitências, reactância e impedância para estimar ACT, AIC, AEC, GC, MM e MLG. Estudos mostram que a BIA, utilizando equação específica para obesidade, foi o método que melhor concordou com DEXA, para estimar o %G, MG e MLG em indivíduos com sobrepeso e obesidade. ESTIMATIVA DE GORDURA CORPORAL O princípio básico da técnica de bioimpedância elétrica (BIA) baseia-se nos diferentes níveis de condução elétrica dos tecidos biológicos expostos a várias frequências de corrente (frequência única de 50 kHz ou multifrequencial de 5 a 1000 kHz). Nesse caso, pode-se comparar o corpo humano a um circuito elétrico composto por: - Resistência água e massa livre de gordura Os fluidos intra e extracelulares comportam-se como condutores. - Condensador membranas celulares e gordura formadas por duplo estrato lipídico não-condutor intercalado entre duas capas moleculares de material proteico atuam como elementos capacitantes ou condensadores. Dessa forma, com informações a respeito da BIA ou de algum de seus parâmetros pode-se estimar a quantidade de água corporal, e, admitindo valores constantes, a proporção de massa livre de gordura e gordura corporal. Kyle UG, et al.Clin Nutr 2004; 23:1226-43. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA A variação do ângulo de fase (AF) ocorre entre zero grau (sistema sem membranas celulares, apenas resistivo) e 90 graus (sistema sem fluidos, apenas capacitivo). AF é dependente da capacitância dos tecidos e está associado com a qualidade, tamanho e integridade celular. Parâmetros indivíduo saudável: AF entre 4°e 15°. Indicador de expansão de água para o espaço extracelular e de redução da água intracelular: <5°. Pacientes com obesidade Grau 3 mais ACT principalmente no espaço extracelular (razão maior AEC:ACT) superestimando a massa magra. Formato do corpo configuração geométrica não cilíndrica multifrequência é mais indicada. Coppini et al, 2005; Deurenberg et al, 2005; Fernandez et al, 2016 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA Foi demonstrado válida para pacientes com IMC até 34 kg/m2. Porém Segal et al só verifica erros quando o indivíduo cursa com % de gordura maior que 48. Em obesos mórbidos, a maioria das equações não consegue predizer confiavelmente a composição corporal e não são reprodutíveis nos indivíduos durante seu seguimento. A desproporção entre massa corporal e condutividade corporal diminui a acurácia da bioimpedância na obesidade. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA Em pacientes com extremos de IMC (<16 e >34 kg/m2 ), os erros de predição na composição corporal podem ocorrer, porém é possível obter uma estimativa longitudinal para avaliar MLG e MG MG(kg) = 23,25 + (0,13 idade) + peso atual + (0,09 R50) - (0,8 altura). Onde: MG= massa gorda, idade em anos, peso atual em kg, R50 = 50 kHz e altura em cm). BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA ATENÇÃO COM AS ESPECIFICIDADES DO EQUIPAMENTO! 50kHz 20kHz e 100kHz 5kHz, 50kHz e 250kHz 5kHz, 50kHz e 500kHz 1kHz, 5kHz, 50kHz, 250kHz, 500kHz e 1000kHz 1kHz, 5kHz, 50kHz, 250kHz, 500kHz, 1MHz Ângulo de fase! Indicação: - Crianças, adolescentes e adultos; - Hospitalizados; - Em casos de IMC acima de 35 km/m2 avaliação mais criteriosa Contraindicação: - Paciente em uso de marcapassos e desfibriladores, - Gestantes, - Muito idosos, - Edema grave (linfedema, erisipela, ascite etc.) Guedes DP, 2013; Vassilev et al, 2016. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA Protocolo para o uso da BIA: - Não ter feito uso de medicamentos diuréticos nos últimos 7 dias; - Manter-se em jejum por pelo menos 4h; - Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 48h; - Não ter realizado exercício físico intenso nas últimas 24h; - Urinar pelo menos 30min antes da medida; - Manter-se pelo menos 8-10min em repouso absoluto em posição supina antes de se efetuar a medida; Kyle et al, 2004; Ellis et al, 1999 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA Outros fatores a serem levados em cosideração: - Calibração do equipamento; - Posição do corpo; - Temperatura ambiente; - Vestimentas mais pesadas; - Peças de metal (brincos, relógios, pulseiras, anéis, etc.); - Próximo à ovulação ou menstruadas; - Tendência a retenção hídrica; - Utilização de toalhas ou isolante entre as pernas e braços e tronco. Kyle et al, 2004; Ellis et al, 1999 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA - BIA Lohman, TG. et al., 1991. Classificação do Percentual de Gordura Homens Mulheres Risco de doenças associadas à desnutrição ≤ 5% ≤ 8% Abaixo da média 6-14% 9-22% Média 15% 23% Acima da média 16-24% 24-31% Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 25% ≥ 32% PERCENTUAL DE GORDURA Percentual de gordura (G%) para homens 18-25 anos 26-35 anos 36-45 anos 46-55 anos 56-65 anos Excelente 4-6% 8-11% 10-14% 12-16% 13-18% Bom 8-10% 12-15% 16-18% 18-20% 20-21% Abaixo da média 12-13% 16-18% 19-21% 21-23% 22-23% Média 14-16% 18-20% 21-23% 24-25% 24-25% Acima da média 17-20% 22-24% 24-25% 26-27% 26-27% Ruim 20-24% 24-27% 27-29% 28-30% 28-30% Muito ruim 26-36% 28-36% 30-39% 32-38% 32-38% Percentual de gordura (G%) para mulheres 18-25 anos 26-35 anos 36-45 anos 46-55 anos 56-65 anos Excelente 13-16% 14-16% 16-19% 17-21% 18-22% Bom 17-19% 18-20% 20-23% 23-25% 24-26% Abaixo damédia 20-22% 21-23% 24-26% 26-28% 27-29% Média 23-25% 24-25% 27-29% 29-31% 30-32% Acima da média 26-28% 27-29% 30-32% 32-34% 33-35% Ruim 29-31% 31-33% 33-36% 35-38% 36-38% Muito ruim 33-43% 36-49% 38-48% 39-50% 39-49% PERCENTUAL DE GORDURA FORMAS DE APRESENTAÇÃO - IMC Universalmente utilizado para diagnostico nutricional. - IAC Deve estimulado seu uso, pois guarda relação com %G. - RCQ Não demonstrou ser confiável em obesos mórbidos. - PC e RCE Relação mais fidedigna com DCV. - Perímetros corporais pontos de cortes adequados para obesidade. - Dobra cutânea não utilizar em obesos mais graves e/ou com SDC. - Bioimpedância: Exame rápido e não invasivo. Custo – varia de acordo com o aparelho. Avaliação de compartimentos corporais (Peso, IMC, MM, MG, MLG, %G, ACT, AEC, AIC, TMB, RCQ). Minimizando os erros de mensuração bom parâmetro para acompanhamento de pacientes em obesidade. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES QUANTO AO USO DA ANTROPOMETRIA EM OBESIDADE E SUA APLICABILIDADE NA PRÁTICA Atividade Física Psicoterapia Fármacos Fitoterapia Endoscópico Cirurgias Dietas - A atividade física está relacionada em longo prazo à manutenção do peso; - Manutenção do peso ocorre por meio do gasto direto de energia. - A atividade física também pode melhorar o bem- estar, que por sua vez pode facilitar outros comportamentos positivos necessários para a manutenção do peso. - Devolver a autonomia do indivíduo. Amer at al, 2001; Trombetta, 2003; Hauser et al, 2004; Prevedello et al , 2009. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=LlSsfugZSz0gDM&tbnid=8eLyVhnE4GH7EM:&ved=0CAUQjRw&url=http://clubedasdivas.com/tag/atividade-fisica/&ei=es-GUf-TIYam8QStqYDgAw&psig=AFQjCNHXKt-GKxzcYrHlPMa52fv1pQ6seA&ust=1367875504908960 Objetivo: redução de 9 kg em uma mulher. Meta: Quanto tempo para atingi-lo? Resultado: Nutrição SEM exercícios físicos = 126 dias Exercícios físicos SEM Nutrição = 252 dias NUTRIÇÃO + EXERCÍCIOS FÍSICOS = 84 dias Prevedello et al , 2009. - Psicanálise; - Psicoterapia de orientação analítica; - Psicoterapia breve dinâmica; - Psicoterapia Interpessoal; - Psicoterapias de apoio; - Terapia Comportamental; - Terapia Cognitiva; - Terapia familiar de casal; - Psicoterapia de grupo; - Hipnoterapia. Morris, C. G e Maisto, A. A, 2004; Cordioli, A.V, 1998. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=NM7NiO8q-sPtrM&tbnid=ge72iby18Z47TM:&ved=0CAUQjRw&url=http://psicologamichelle.no.comunidades.net/&ei=19eGUfX_AYq88ASD34CgCg&psig=AFQjCNGJDuKzgYM1aYTnOCrYj9k5L2kL-A&ust=1367877727138128 Quando é indicado? Dieta e exercícios e, quando recomendada, a terapia comportamental revelam-se ineficazes na indução e/ou manutenção da perda de peso. Complemento às intervenções convencionais para o tratamento da perda de peso. Pacientes com IMC ≥ 30 kg/m2 (obesidade) ou ≥ 25 ou ≥ 27 kg/m2 (sobrepeso) na presença de comorbidade relacionada ao peso . Premissas Fundamentais: • A medicação não elimina necessidade das outras estratégias • A perda de peso não é o único objetivo do tratamento • A participação do médico é fundamental ( WHO , Genève, jun 1997 ) Yumuk V, Tsigos C, Fried M, et al. European Guidelines for Obesity Management in Adults. Obes Facts. 2015;8(6):402-424. doi:10.1159/000442721. Diretrizes brasileiras de Obesidade 2016. Medicamento Emagrecer Liberado no Brasil Medicamentos Outros Liberação no Brasil Adipotite Não Cloridrato de Bupropiona (antidepressivo e antitabagismo) Sim Análogos do GLP 1 (liraglutida) (victosa ou saxenda) Sim Cloridrato de Metformina (DM) Sim Cafeina, Efedra, Ma Huang e Guaraná Não Dapaglifozina e canaglifozina (DM) Sim Cloridrato de Lorcaserina (Belviq-USA ou Lorqess - Europa) e agora no Brasil Sim, mas apenas manipulado de acordo com a ANVISA Fluoxetina (antidepressivo) Sim Dexfenfluramina Não Topiramato (anticonvulsivante) Sim Dietilpropiona (anfepramona) Não, mas esta em processo legislativo para sua aprovação Femproporex (classe das feniletilamina e a anfetamina) Não, mas esta em processo legislativo para sua aprovação Fenilpropanolamina Não, mas esta em processo legislativo para sua aprovação Fentermina Não, mas esta em processo legislativo para sua aprovação Mazindol (anfetamina) Não, mas esta em processo legislativo para sua aprovação Orlistat Sim Qsymia Não Rimonabanto Não Sibutramina Sim Que estudos são esses? Estudos controlados, randomizados, duplo cego, são mais confiáveis. Avaliar a metodologia do estudo. Estudos preliminares, sem resultados conclusivos. DESCARTE! Estudo que combina vários tipos de princípios ativos. O que realmente está fazendo efeito? Han et al, 2005; Nakayama et al, 2007; Rayalam et al, 2008; Mayer et al, 2009; Won, 2010. - Alternativa viável drogas antiobesidade eficazes e seguras; - Estudos mostram uma variedade de produtos naturais (extratos e compostos isolados de plantas), utilizados para a redução do peso corporal e prevenir a obesidade. Organizados, basicamente, em 3 categorias: - Inibidores enzimáticos ou disabsortivos (diminuição da absorção de gorduras e carboidratos), - Aumento do gasto energético (termogênicos), - Sacietógenos e moderadores de apetite. Han et al, 2005; Nakayama et al, 2007; Rayalam et al, 2008; Mayer et al, 2009; Won, 2010. Kochia scoparia (Saponinas totais) Nelumbo nucifera (Flavonóides) Gardenia jasminoide (Crocetina e crocin) Undaria pinnatifida (Fucoxantina.) Caralluma fimbriata (Pregnane glicosídeos) Salacia oblonga (Mangiferina) Cassia nomame Cassialamina (Flavonóides) Trigonela graecum foenum (4hydroxyisoleucine) Senticosus Acanthopanax (Ácido elágico) Coix lachrymajobi var mayuen Perilla petróleo Rico em ácido α- linolênico Scutellaria baicalensis (Baicalein) Nomame herba (CT- II) Salix matsudana Polifenóis Nipponica dioscorea (Dioscin) Hibiscus sabdariffa (Antocianinas) Rhizoma cortidis (Berberina) Radix Platycodi (Saponinas brutas) Vitis vinifera (semente de uva) Pinus Koraiensis (Ácidos graxos poliinsaturados e Monoinsaturados) Hoodia gordonii (Glicosídeos esteroidais - P57). Phaseolus vulgaris (Faseolamina - Feijãobranco) Óleo de alcaçuz (Flavonóides hidrofóbicos) Panax Japonicus (Chikusetsusaponins III e IV) (Deglucosil chikusetsusaponinas IV e V) Acanthopanax Sessiliflorus (Saponinas tipo lupano) Citrus aurantium (laranja amarga - Sinefrina e Cafeína Rubus idaeus (framboesa) (4 - (4-hidroxifenil) butan-2- ona; RK). Uralensis Glycyrrhiza (Licochalcone) Setaria itálica Glycine Max (Soja) Genisteína e Genisteína + L- carnitina. Panax Qinquefolium (Saponinas) Cynara scolymus L (alcachofra) Salacia reticulada (Compostos polifenólicos) Panax ginseng (Saponinas brutas) Glycyrrhiza glabra (Flavonóides hidrofóbicos) Folha de caqui (Compostos fenólicos e fibras) Afromomum meleguetta Garcinia cambogia (Ácido hidroxicítrico) Aesculus concha (Escinas - mistura de saponinas) Cissus quadrangularis (Fitoesteróis) Acanthopanax senticosus Arachis hypogaea (casca de amendoim) Acmella spilanthes Villosa eriochloa Pinus densiflora Ternata pinellia Eucommia ulmoides Japonica Orixá Evodia rutaecarpa (Evodiamina) Camellia sinensis (Catequinas) Ilex paraguariensis (erva-mate) Coffea arabica (café) Gymnema sylvestre (Glucomanan) Capsicum annum (Pimenta) Equisetum arvense L. (cavalinha) Chlorella pyrenoidosa (Clorofila) Zingiber officinale R. (gengibre) Cordia salicifolia (Cafeína) Irvingia gabonensis(manga africana) Picolinato de cromo Geliebter A, et al. Clinical trial of silicone-rubber gastric balloon to treat obesity. Int J Obes. 1991;15(4):259–66. Lopez-Nava G, et al. Endoscopic sleeve gastroplasty for the treatment of obesity. Endoscopy. 2015 May;47(5):449-52. Weiss CR, et al. Bariatric embolization of the gastric arteries for the treatment of obesity. J Vasc Interv Radiol. 2015 May;26(5):613-24. BALÃO INTRAGÁSTRIC O GASTROPLASTI A ENDOSCÓPICA EMBOLIZAÇÃO BARIÁTRICA Cirurgia Bariátrica e Metabólica reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ela. No últimos 8 anos foram realizadas 424.682 cirurgias no Brasil. 4 procedimentos são regulamentados até o momento. Outros encontram- se em testes e processo de aprovação. Critérios de elegibilidade para realização do procedimento (NIH; ASMB; MS; SBCBM) DR. GOOGLE ME AJUDA! Créditos da imagem: Vivian Coimbra Franz et al., 2007 Warziski et al., 2012 Lien et al., 2013 https://health.usnews.com/best-diet QUANTOS TIPOS DE DIETAS PARA EMAGRECER EXISTEM? https://health.usnews.com/best-diet https://health.usnews.com/best-diet https://health.usnews.com/best-diet MD x DCVs consolidada quanto a prevenção de DCVs MD x Obesidade Os resultados sugerem que a promoção de hábitos alimentares consistentes com os padrões de MD pode ser útil na prevenção do ganho de peso e tratamento da obesidade. 1. Kwan HY et al. Crit Rev Food Sci Nutr. 2017 Jan 2;57(1):82-94. 2. Mendez MA et al. J Nutr. 2006 Nov;136(11):2934-8. 3. Buckland G1 e Bach A, Serra- Majem L. Obes Rev. 2008 Nov;9(6):582-93. 4. Hu T et al. Am J Epidemiol. 2012 Oct 1;176 Suppl 7:S44-54. 5. Romaguera D et al. Am J Clin Nutr. 2010 Oct;92(4):912-21. 6. Romieu I1 et al. Cancer Causes Control. 2017 Mar;28(3):247-258.. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjZwe_r7N7MAhVEk5AKHT0MDxEQjRwIBw&url=http://oldwayspt.org/resources/heritage-pyramids/mediterranean-pyramid/overview&psig=AFQjCNH_haedajIBFOmfetFziC-R1alhwg&ust=1463496867465938 • Projeto que visa acompanhar, em longo prazo, os efeitos da MD. • Descobertas já estão incluídas nos guias nutricionais oficiais dos Estados Unidos. • Os métodos foram utilizados em outros projetos (SUN, um programa com 22.000 pessoas). • Projeto, Predimed Plus: acompanhar, aproximadamente, 7.000 pacientes obesos, por 4 anos. Espanhol PREvención con DIeta MEDiterránea Os resultados sugerem melhora em diversos segmentos Marcadores de SM, DCV e peso corporal (resultados contraditórios) A presente revisão identificou que uma dieta do tipo Mediterrâneo tem o potencial de reduzir obesidade central. Em contrapartida não se pode afirmar que esse padrão alimentar seja superior às dietas alternativas para melhora da obesidade central. No entanto, é recomendado incorporar padrões de uma MD nas estratégias de tratamento para reduzir obesidade e prevenção de DCVs. 2019 Atkins, South Beach e Dukan = Hight Protein Metanálise: Foram avaliados 4 tipos de dieta: Atkins, Weight Watchers (WW), South Beach (SB) e Zone. Não houve diferença significativa no peso para SB. Atkins, Zone e WW obtiveram perdas modestas e semelhantes em longo prazo. Apenas a WW demonstrou consistentemente maior eficácia na redução do peso aos 12 meses. Houve perda de peso sustentada, preservando MM, porém com possível redução na ação da insulina do músculo esquelético. HP produziu mudanças favoráveis na perda de peso, MG, TG e atenuou a redução de MLG e TMB. Houve ainda alterações na glicemia de jejum, insulina em jejum e PA. HP cursou com maior saciedade em 3 dos 5 estudos. Os adultos mais velhos preservaram mais MM e perderam mais MG durante a perda de peso quando consumiam dietas com maior teor de proteína. Dietas com 1,2 e 1,6 g de proteína/kg/dia ou 25-30g de proteína por refeição proporcionam maior saciedade, bem como de peso corporal e fatores de risco cardiometabólico em comparação com dietas hipoproteicas. Comparou o efeito de 5 dietas com diferentes conteúdos de proteínas e IG para estabelecer a melhor abordagem para prevenir a RPP em um período de 26 semanas (N=773). Dietas: HipoPTN: alto IG e baixo IG (13% PTN); HiperPTN: alto IG e baixo IG (25% PTN); Controle. Conclusão: Dieta moderadamente hiperproteica e com baixo IG contribuiu para a MPP, aparecendo como a melhor estratégia para prevenir a RP. H I G H T P R O T E I N Uma dieta deve conter uma quantidade adequada de calorias não-protéicas (LIP e CHO) para garantir a metabolização adequada das proteínas ingeridas. O cálculo a eficácia da síntese protéica e em como evitar catabolismo da musculatura esquelética. Resultado: menos que 70 Kcal/g de N= dieta não contém energia suficiente para garantir metabolização das ptns nas suas funções específicas. ASPEN 2009 Keto diet, Paleo e LCHF = Hight Fat Foram avaliados 19 obesos, washout de 2-4 semanas (L.CHO X L.FAT, ambos com dieta isocalorica (hipocalórica quando comparado com baseline). Houve perda de gordura corporal nos indivíduos que seguiram dieta L.FAT. 61 adultos, IMC 28-40 kg/m2, foram randomizados em 2 grupos (LF ou LC), pelo status de resistência à insulina (RI) ou sensíveis à insulina (IS), com 6 meses. Dieta dos grupos aos 6m: LF: 57%CHO;21%LIP e 22%PTN. LC: 22% Cho; 53% LIP e 25% PTN Houve perda de peso em todos os grupos aos 6m, sem diferença significativa: LF-RI = 7,4 ± 6,0 kg ; LF-IS = 10,4 ± 7,8 Kg ; LC-RI = 9,6 ± 6,6 kg ; LC-IS = 8,6 ± 5,6 kg. 2016 Metanálise: 53 estudos, com um total de 68.128, a maioria dos participantes tinha sobrepeso ou obesidade. Foi considerado dieta LF valores menores que 20% e foi comparada com dietas com % de gordura entre 35 e 50% (Atkins, mediterrânea, LCHF, dietas usuais (30%), entre outras) Conclusão: Os resultados desta meta-análise, com pelo menos um ano de seguimento, indicam que as intervenções dietéticas de baixo teor de gordura não conduzem a uma maior perda de peso quando comparadas com intervenções dietéticas com maior teor de gordura, em torno de 30 a 35%. Um período de dieta cetogênica com pouco carboidrato pode ajudar a controlar a fome e melhorar o metabolismo oxidativo da gordura e, portanto, reduzir o peso corporal melhora do perfil lipídico. Além disso, novos tipos de dietas cetogênicas, usando refeições que imitam alimentos ricos em carboidratos, podem melhorar a conformidade com a dieta. Deve-se prestar atenção à função renal do paciente e à fase de transição da dieta cetogênica para uma dieta normal que deve ser gradual e bem controlada. A duração da dieta cetogênica pode variar de um mínimo (para induzir a cetose fisiológica) de 2 a 3 semanas a um máximo (seguindo um princípio de precaução geral) de muitos meses (6 a 12 meses). Os resultados sobre o impacto dessas dietas nos fatores de risco cardiovascular são controversos, tanto em animais quanto em humanos. Evidências quanto aos seus benefícios Diminuição da fome, DCVs, Obesidade, DM2, aumento do HDL, porém com efeitos limitados ao tempo. Consequências DGNA e RI (roedores) e RI (controversos em humanos). Perda de peso per se leva a melhoras cardiometabólicas. H I G H T F A T H I G H T F A T https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwidk8mD997MAhWGWpAKHcx3A1MQjRwIBw&url=https://yogalb-blog.com/2013/10/25/the-paleolithic-diet/&bvm=bv.122129774,d.Y2I&psig=AFQjCNEi2KpKLtKOVe_0pEiuDpf4aoBuQQ&ust=1463499517821298 A dieta paleo é projetada para se parecer com o que os ancestrais caçadores-coletores humanos comeram milhares de anosatrás. Alimentos incluídos Frutas; Legumes; Nozes e sementes; Carnes magras, especialmente animais alimentados com capim ou animais de caça (selvagem); Peixes, especialmente aqueles ricos em ácidos graxos ômega-3, como salmão, cavala e atum; Óleos de frutas e nozes, como azeite ou óleo de noz, sal natural e especiarias. Alimentos excluídos Grãos, como trigo, aveia e cevada; Leguminosas, como feijão, lentilha, amendoim e ervilha; Lacticínios; Açúcar refinado; Sal refinado; Batatas; Alimentos altamente processados em geral; Adoçantes. Não conta calorias, pelo menos no início Ainda que não consistentes os estudos sugerem melhora a resistência à insulina, dislipidemia, redução da hipertensão e pode reduzir o risco de doenças relacionadas à idade. Para dar credibilidade suficiente para este tipo de dieta, são necessários estudos bem desenhados. Avaliou mulheres com sobrepeso e obesidade. Foram divididas em 2 grupos (PD e LFD 25 a 30%) e avaliadas nos tempo s6m e 24m. Conclusão: Grupo PD perdeu mais peso e apresentou melhora mais acentuada da esteatose aos 6m. Já aos 24m ambos os grupos apresentaram os mesmos resultados. Dietas do tipo Paleolítico ou Mediterrâneo podem estar associada com níveis mais baixos de inflamação sistêmica e estresse oxidativo em seres humano. A adoção da dieta paleolítica está associada à perda de peso, IMC e CC. Ainda, essa dieta pode influenciar na prevenção e controle de doenças crônicas, uma vez que o excesso de peso é um fator de risco para o seu desenvolvimento. Modificações na microbiota intestinal devido à ingestão de carboidratos acelulares densos e levanta uma preocupação em relação ao consumo de diet rica em gorduras prejudicando ainda mais essa microbiota. Aqui, demonstramos que a microbiota intestinal exerceu efeitos protetores contra a obesidade induzida por HFD/PUFAs e melhorou a homeostase da glicose associada a vários mecanismos que envolvem metabólitos microbianos intestinais de PUFAs alimentares. 2019 William Banting (1796 – 1878) Agente funerário inglês Ex-obeso 1863 – detalhava em um panfleto, seu caminho para a magreza Vários estudos vêm sendo desenvolvidos no sentido de esclarecer o impacto dos diferentes tipos de CHOs da dieta na saúde. Very Low-Carbohydrate Ketogenic Diet (VLCKD) 20-50 g/dia de carboidratos ou <10% de uma ingestão diária de 2000 kcal, se não ocorrer cetose. Low Carb Diet (LCD) <130 g/dia ou <26 % energia total Moderate-Carb Diet (MCD) 26 % a 45 % CHO/dia High-Carb Diet (HCD) > 45 % CHO/dia LCD varia de 4% a 45% de CHOs Accurso et al., 2008; Feinman et al., 2015. 63 indivíduos obesos (43 mulheres e 20 homens) Critérios de exclusão: DM2, uso de hipolipemiantes, gravidez ou lactação, uso de medicamentos que afetem o peso corporal. Foram dadas instruções para uso de suplementação diária de multivitamínicos e encontro com nutricionista por 15 a 30 min no 3º, 6º e 12º mês de intervenção; Convencional diet: Low-Calorie Diet, High CHO (60%), Low-Fat (25%), PTN (15%) Dieta teste: Low Carb Diet, High Protein, High Fat Diet Foster et al., The New England Journal of Medicine 2003. Ambas as dietas foram eficazes na perda de peso em longo prazo (LCHO: 94,8 86,6kg* e LFAT: 94,1 88,2kg*). • 17 estudos, 1797 sujeitos com sobrepeso e obesos (895 em LCHO e 902 em dietas LFAT), 35 sem. • Low CHO (< 120g) Low Fat (< 30%). • Dieta baseline: 16 a 20% CHO; 25% a 31% de PTN e 46% a 62% de LIP na dieta LCHO 51% a 62% de CHO; 17% a 21% de PTN e 19% a 26% de LIP na dieta LFAT. Os resultados sugeriram um efeito benéfico da intervenção do LCD no controle da glicose em pacientes com DM2. A intervenção no LCD também teve um efeito positivo TG e HDL, mas sem efeito significativo na perda de peso a longo prazo. 2017 - Indivíduos com alta ingestão de CHOs podem se beneficiar com a redução dessa ingestão; - 52% da população estudada apresentou uma alta ingestão de CHOs (>60% do VET); - Países de baixa renda e média renda, consumiam uma dieta muito rica em CHOs, especialmente refinados; - A falta de associação entre baixa ingestão de CHOs (<50% do VET) e desfechos de saúde nesse estudo, não dão suporte para a recomendação de dietas MUITO restritas em CHOs; - Uma dieta moderada em CHOs (50 – 55% do VET) seria mais apropriada que uma dieta rica ou pobre demais em CHOs. Deghan et al., The Lancet 2017. 2018 8 grandes coortes Seidelmann, et al., The Lancet 2018. Recriaram a mortalidade versus porcentagem de energia de carboidratos do estudo PURE HIGH CARB X LOW CARB Conclusões: Animal-based fat and protein Padrões dietéticos de baixo carboidrato que favorecem fontes de proteína e gordura derivadas de origem animal, provenientes de fontes como carne de cordeiro, carne de porco e frango, foram associados a maior mortalidade. Plant-based Padrões dietéticos que favoreceram a ingestão de proteína e gordura derivadas de plantas, de fontes como vegetais, nozes, avocado e cereais integrais, foram associados com menor mortalidade. Estes achados sugerem que a fonte de alimentos modifica notavelmente a associação entre a ingestão de carboidratos e mortalidade. Altas (70%) e baixas (40%) porcentagens de dietas com carboidratos foram associadas com aumento da mortalidade, com risco mínimo observado em média de 50 a 55% da ingestão de carboidratos. 24.825 participantes do estudo NHANES (acompanhamento médio de 6,4 anos). LCD foi associado com maior risco de mortalidade geral (32%), DCV (50%), cerebrovascular (51%) e CA (36%) com evidências mais forte em não obesos (48%) x obesos (19%). 9 estudos prospectivos de uma coorte com 462.934 participantes (acompanhamento médio de 16,1 anos) indicaram uma associação positiva entre o LCD e mortalidade geral, DCV e CA. Conclusão geral do estudo: LCD em longo prazo pode estar associada a maiores danos, principalmente em indivíduos mais velhos e magros. Considerar outros padrões alimentares que tenham sido associados à perda de peso a curto prazo e a benefícios a longo prazo (como dietas com menos gordura e abundante em fibras). Medawar et al, 2019 Dieta que consiste principalmente (80 a 90%) ou inteiramente de alimentos de fontes vegetais, incluindo vegetais, grãos, nozes, sementes, legumes e frutas. Indivíduos que consomem PBDs tendem a ter um IMC menor quando comparados com aqueles que não consomem PBDs. A adoção de PBDs também parece ser eficaz para perda de peso e melhora da inflamação, RI, microbiota intestinal e cognição. Com base nas evidências disponíveis, no entanto, os PBDs devem ser considerados uma opção viável para pacientes interessados em perder peso e melhorar a qualidade da dieta consistentes na prevenção e tratamento de doenças crônicas. São escassas as pesquisas em longo prazo a respeito da PBDs para o tratamento da obesidade. VANTAGENS DO JI Estratégia dietética em que há revezamento entre períodos de ingestão calórica e períodos de restrição de energia/jejum, visando a promoção do balanço energético negativo com indução à perda de peso. Não determina quais os alimentos que você deve comer, mas quando você deve comer; Perda de peso de 3 a 8% (incerto em indivíduos obesos), Diminuição de gordura corporal de 5 a 7% (6 sem. em sobrepeso e obesidade), Diminuição do perímetro da cintura (4-7%), Redução da ingestão de calorias em geral, Utiliza gordura como combustível (aumenta oxidação de gordura), Alterações hormonais (aumenta GH, glucagon, HPS27 (PTN de choque térmico), adiponectina, AMPK. Diminui, Leptina, EROS, IGF1, citocinas inflamatórias, AGEs, insulina e melhora sua sensibilidade), Aumenta as taxas metabólicas de até 14% (não obesos); Inicia os processos de reparação celular (autofagia) e pode alterara expressão de genes; Diminui LDL, triglicérides, marcadores inflamatórios, glicose (aguda); Efeitos positivos sobre a sua saúde mental (aumenta os níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro - BDNF). DESVANTAGENS DO JI Diminuição do metabolismo, Hiperfagia, Aumento significativo de AGRP, NPY e grelina, Ausência de adaptação a sensação de fome- saciedade, ↑ níveis de TNF-alfa e PCR Agravamento de aterosclerose na aorta ↑ CT, VLDL e LDL, ↑ gordura visceral, ↓ massa magra relativa, ↑ glicemia de jejum e insulina – indução à RI (Ratos) Contraindicado: DM1, hipoglicemia, baixa PA, uso de medicamentos, abaixo do peso, transtornos alimentares, amenorreia, grávidas ou tentantes e nutrizes. Estudo comparou: grupo de restrição energética intermitente (≤800 kcal/dia) x grupo controle (restrição convencional). Sem diferenças significativas no perfil lipídico entre os grupos ↓ perímetro de cintura e percentual de gordura (JI) ↓ concentração de insulina (ambas as estratégias) Manutenção de peso (ambas as estratégias) Ruddick-Collins et al., Nutr Bull 2018. Considerações sobre as Modalidades dietéticas Dieta mediterrânea bem documentadas e indicadas para prevenção e tratamento de DCNT (DCV), porém sem muitas evidências em longo prazo sobre a perda de peso. Plant based diet resultados promissores para prevenção da obesidade e tratamento de DCNT. Dietas a base de gorduras eficazes na perda rápida de peso, porém evidências não suportam condutas dietéticas mais ricas em gorduras para prevenção e tratamento de DCNT e Obesidade em longo prazo. Dietas a base de proteínas ou hiperproteicas eficazes na rápida perda de peso, porém sem evidências quanto aos resultados satisfatórios no tratamento da obesidade em relação à dieta a base de proteínas, diferentemente das dietas hiperpoteicas. Dieta paleolítica na essência, uma ótima abordagem, mas na prática, difícil ser seguida. Não ganhou muita popularidade e foi modificada para atender as necessidades da vida moderna. Low Carb Moderada parece ser uma das mais efetivas no controle da glicemia, RI e peso corporal. Jejum intermitente Estudos clínicos em longo prazo parecem mostrar resultados positivos para prevenção e controle de doenças cardiometabólicas. Quando associado a restrição calórica e a crononutrição parece ser uma boa estratégia no tratamento da obesidade. Todas as dietas conduzem a perda de peso, porém certamente não será apenas uma abordagem dietética que vai resolver o problema da obesidade (complexa e multicausal). 1032 pacientes com IMC de 36kg/m2. 15 fórmulas. 121 pacientes com IMC de 39kg/m2. 6 fórmulas. HB, WHO and Valencia 92 pacientes. Com IMC 31 (Br.) e 37 (Esp.) kg/m2. 7 fórmulas. 40 pacientes com IMC de 35kg/m2. 12 fórmulas. (600 kcal) FAO/WHO/ONU, Harris-Benedict, Shofield and Henry & Rees Precisão foi muito baixa para todas as equações preditivas utilizadas, particularmente entre as mulheres e quando o IMC foi alto, limitando seu uso na prática clínica Fontes Equações Mifflin St Jeor (kcal/d) RMR = (9.99 x PC)+(6.25 x alt)-(4.92 x idade)+52 Cunningham (kcal/d) RMR = 370+21.6 x MLG Popularidade x Segurança Definição: dietas com valor calórico menor que 800Kcal/dia. Objetivo: rápida perda de peso Relativo... Como conseguir? Grande oferta de proteína = 70g a 100g / dia OU 0,8 a 1,5g/Kg de peso/dia PTN de AVB Até 80g de CHO/dia 15g de LIP/dia 100% RDA vit. e min. 2L de líquidos/dia Indicações: IMC > 30Kg/m2 (abaixo disso, > perda de MM que MG) > RCV Gordura abdominal Contraindicações: Arritmia cardíaca Colecistite DRC Duração Máxima 12 a 16 semanas, sob supervisão. Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016. A dieta DASH (de dietary approach to stop hypertension) foi desenvolvida para reduzir a hipertensão em indivíduos com pressão moderada a alta. Incentivo na ingestão de: frutas, legumes, cereais integrais, nozes, legumes, sementes, lácteos com baixo teor de gordura e carnes magras e limita o sal, bebidas com cafeína e alcoólicas. Não há limite de calorias diárias e a distribuição dos macronutrientes encontra-se em: 55% de CHO; 18% de PTN e 27% de LIP. Revisão mostrou que a DASH não foi eficaz para perda de peso e sim manutenção do peso atual. Além disso, mostrou melhoras significativas na SM, assim como a DM2. Dietas balanceadas devem promover um déficit de 500 a 1.000 kcal/dia, com um mínimo de 1.000 - 1.200 a 1.500 kcal/d para as mulheres e 1.200 - 1.400 a 1.800 kcal/d para os homens. 2019 PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA CHO: complexos, baixo e médio IG, máximo 20% simples/VET); Distribuição da gordura: AGS <10%; AGI 6 a 11%; AGI 6 a 11% VET Colesterol 300mg (em casos de Dislipidemia < 200mg); Líquidos 1500ml para cada 1000kcal ou 30ml ou 35ml x Peso; Micronutrientes Suplementar em planos alimentares inferiores a 1200kcal; Sódio adequada a situação clínica; Não se recomenda álcool. 2019 PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA Característica Físicas da dieta •Calorias: Hipocalórica; •Consistência sólida (sólida ou pastosa – avaliar caso); •Volume depende de cada paciente (Nibbling, Craving, Gorging); •Fracionamento 5 a 6 refeições/ dia (reduz grelina), mas e a insula?; •Temperatura priorizar o consumo de alimentos quentes, promove a saciedade mais rapidamente e retarda a motilidade gástrica ação vasodilatadora. Bellisle F et al, 1997; Rashidi MR et al. 2003 http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&docid=nmq19iATKG0i4M&tbnid=oHfBWMCj6ohKBM:&ved=0CAUQjRw&url=http://mente-em-acao.blogspot.com/2010/07/beliscar-ao-longo-do-dia-pode-fazer.html&ei=VE4zUo_TAo-M9ASV74CgBg&bvm=bv.52164340,d.eWU&psig=AFQjCNE17EoOm1AEjxZDuzaA8jpkbRi-lg&ust=1379180485924134 • Elaborar a prescrição nutricional segundo a situação clínica. • Estimar o VET de acordo com a equação ou fórmula escolhida. OU • Elaborar a prescrição de acordo com os consensos. • Análise do estudo alimentar e elaboração do planejamento alimentar. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=YtvM16faqHmgrM&tbnid=E-6_TWoe3zEYjM:&ved=0CAUQjRw&url=http://ratto.co/AvanutriMobile/&ei=ivWGUePgKojc8AT3-YCIBQ&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNFmVv74hvYB3uSBEvbe4oOyW2sa9A&ust=1367885432147839 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=cB1tekrsCUJfyM&tbnid=R9mGik8oYBDvaM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.unifesp.br/dis/produtos/nutwin/&ei=JfWGUbzFLoP89gSTyIDYCA&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNFB8Tw9zCtusA2uZg3TkXZi1sJQTA&ust=1367885461533542 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=78KeIfNnr2Is5M&tbnid=sI6Iex3IeRhdJM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.iappshop.com.br/software/dietone.html&ei=_vWGUcfuNone8ATx8YGICg&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNH-ZvzBpkVEC8-bdeGMcHVWlOM2OA&ust=1367885674345849 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=7MvgLw0Of6x_RM&tbnid=MJmCF0zYN83ImM:&ved=0CAUQjRw&url=http://petiscosepetiscos.blogspot.com/2008_05_01_archive.html&ei=-fWGUYCOGJLk8gTJs4CADA&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNF428FJ8_bPCpzZTssNMH0-cL7k2g&ust=1367885584830501 FÓRMULAS OU EQUAÇÕES PREDITIVAS PARA CÁLCULO DA TMB Caso clínico Obesidade grau 1, dislipidemia, hiperglicemia, já tentou várias dietas, não consegue parar de comer, não aceita comer verduras cruas ou frutas. Avaliar o que o paciente está ingerindo Decidir qual valor energético utilizar com mudanças qualitativas na dieta Hipocalórica 500 a 1000 Kcal. Estimativa de consumo para perda de peso (fórmulas programa) 1450 - 2171 Kcal Estimativa de consumo para perda de peso (recordatório 2300kcal) 1300 – 1800 Kcal Estimativa de consumo para perda de peso (32%G 66,64MLG=Cunningham) 1810 Kcal 1800 Kcal LISTA DE SUBSTITUIÇÃO PÃES E CEREAIS Pães integrais , biscoitos integrais , torradas integrais , farelo de aveia , granola, tapioca , inhame , aipim, produtos sem glúten (ficar atento quanto a quantidade de fibras no produto). LEITES E DERIVADOS (com ou sem lactose) Fonte animal: Leite integral , semidesnatado , desnatado , queijos com médio, baixo teor de gordura (tipo minas ou ricota ou cottage). Fonte vegetal: Bebida vegetal (arroz ou amêndoa ou aveia ou soja ou coco) , tofu , queijos veganos , pasta de gergelim , pasta de grão de bico , pasta de soja. FRUTAS Abacaxi , abacate , acerola , ameixa, amora, banana , caju, caqui, goiaba , carambola , kiwi , laranja, maçã , mamão, manga, mangostim, maracujá, melancia, melão, morango, pera , pêssego, pitangas, pitaya , tangerina , uvas. GORDURAS Azeite ou óleo de coco ou óleos vegetais ou nuts oleagenosas ou frutas oleagenosas (abacate ou coco) . BEBIDAS Água ou café , café com leite ou bebida vegetal , chá , chá com leite ou bebida vegetal , chá com fruta , refresco de fruta , refresco de fruta com vegetais, leite ou bebida vegetal com fruta. VEGETAL A (até 5% CHO) Abobrinha, Acelga, agrião, aipo, alcachofra, alface, almeirão, aspargos, berinjela, bertalha, brócolis, brotos, cebola, chicória, couve, couve- flor, espinafre, nabo, palmito, pepino, pimentão, rabanete, repolho, rúcula e tomate. VEGETAIS B (até 10% CHO) Abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, quiabo, vagem. CEREAIS OU TUBÉRCULOS Arroz branco, parbolizado , integral , 7 grãos ou 7 cereais, negro , vermelho , cateto , batata, aipim, inhame , triguilho (trigo para quibe), quinoa , cuscuz LEGUMINOSAS Feijão preto ou mulatinho ou carioquinha ou vermelho ou branco ou fradinho, Lentilha, Ervilha, Grão de bico. FONTES DE PROTEÍNA Animal: Carne vermelha ou frango ou peru ou peixe ou suíno ou ovo. Vegetal: Soja ou tofu ou bife de glúten Fungos fontes de proteínas: cogumelos: Chantarelle/Cantarelo ou Button/Botão (Champignons) ou Ostra/Shimeji ou Portobello ou Shiitake ou Cremini ou Maitake/Cabeça de carneiro/Kumotake ou Porcini/Porcino. Comportamento e dieta •Objetiva uma mudança no estilo de vida - tratamento coadjuvante; •Manter um diário alimentar; •Evitar alimentação automática ou compensatória; •Alimentar-se em local adequado; •Mastigar lentamente e repousar os talheres no prato; •Não fazer compras de alimentos em jejum ou com fome e utilizar listas para compras de alimentos; •Remover as travessas da mesa; •Utilizar talheres e utensílios menores. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=dPKVRFpcKYuTYM&tbnid=24yxst7rpLwRaM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.bemnutrir.com.br/novo/subpaginas_ver.php?subpagina=>> Infantil&ei=nU8zUoqBHo7i9gT0-oDAAQ&bvm=bv.52164340,d.eWU&psig=AFQjCNHL2SzFxQOSTHkJ_2E0ha52w_6VvA&ust=1379180771516990 Estudo: Avaliar o que levou os participantes de programas de perda de peso a obterem sucesso antes, durante e após o tratamento. Conclusão: Mudança no comportamento! (450 participantes). Os mais citados pelos participantes: pesagem semanal, limitar os lanches à noite, limitar o tamanho das porções e ser fisicamente ativo todos os dias. Avaliar o momento em que você está vivendo Procurar por programas e tratamento, com equipe multidisciplinar, que se adequam ao indivíduo Organizar, planejar e iniciar o tratamento com pequenas mudanças Manter em primeiro plano o que foi planejado, reforçar as pequenas mudanças já realizadas Traçar estratégias para aqueles momentos/situações que levam a perda de foco Recaída retornar de onde parou, evitando pensamentos dicotômico Educação Nutricional •Leitura dos rótulos dos alimentos; •Fornecer receitas hipocalóricas, práticas; •Informativos nutricionais; •Orientações dietéticas gerais e específicas; •Material de apoio figuras, utensílios, porções de alimentos, pirâmide; •Reuniões, palestras, dinâmica de grupo; •Atendimento familliar. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=e66Z9JFSAT5zNM&tbnid=3O0h1Ag_7IYYgM:&ved=0CAUQjRw&url=http://nutrihelp.eu/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=55&Itemid=95&ei=FVAzUrPiEYS68wSXg4HwDw&bvm=bv.52164340,d.eWU&psig=AFQjCNHmN0J7_NC4GD5GBg7EHnudn6EiIg&ust=1379180915028527 CHO de alto IG: - Lipogênese, - Aumento dos níveis de triglicerídeo circulantes, - Depleta vitaminas do complexo B, C e Cromo, - Diminui a saciedade e oxidação de lipídeos, - Causa irritabilidade e hiperatividade, - Aumento da ingestão alimentar compulsiva (mediada pelo NPY), - Hipertrofia pancreática e hiperinsulinismo - Aumento da produção de cortisol (estimula o consumo calórico) Silva, SMCS. e Mura JDP., 2007. • Característica dos nutrientes – Efeito Negativo LIPÍDIOS – Gordura Saturada e Ácido Linoleico W6: - Menor sensibilidade a insulina, - Bloqueia a lipólise, - Aumenta a expressão gênica e a produção de cortisol no tecido adiposo, - Altera metabolismo do ácido araquidônico, - Produção de eicosanóides pró-inflamatório Silva, SMCS. e Mura JDP., 2007. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=vuAONSigRQfccM&tbnid=un4Df4HB44_aTM:&ved=0CAUQjRw&url=http://supercerebro.com.br/blog/gordura-excesso-cerebro/&ei=PvmGUaDxFoTO9QTE74DYDA&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNEn-8UVE_YzFB1L5dB9QQTnYb9cTQ&ust=1367886499643273 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=j-Pa0NKzf0P5wM&tbnid=MWZOc_XDZirt_M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.mulherbeleza.com.br/alimentacao/gordura-saturada-o-que-e/&ei=W_mGUeWvGor48gSB84C4CA&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNEn-8UVE_YzFB1L5dB9QQTnYb9cTQ&ust=1367886499643273 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=G0EF8Ex6vXrusM&tbnid=IPLjCGxMgWAv1M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.medicsupply.com.br/pacientes/blog/pesquisa-mostra-que-82-dos-cardiacos-em-sao-paulo-consomem-gordura-trans/&ei=tvmGUaHULY_S9QTJ0oEI&bvm=bv.45960087,d.dmQ&psig=AFQjCNEn-8UVE_YzFB1L5dB9QQTnYb9cTQ&ust=1367886499643273 Característica dos nutrientes – Efeito Positivo LIPÍDIOS - Ácido Linolênico W3: (EPA e DHA) - Reduz resposta de IL e TNF - Diminuem produção de eicosanóides pró-inflamatório, - Melhora a sensibilidade à insulina em até 38%, - Diminuir os níveis de PCR, - Induz efeito imunomodulador, - Aumenta o HDL. Silva, SMCS. e Mura JDP., 2007. Bebidas adoçadas com açúcar pode aumentar DM2 e risco cardiovascular independentemente da obesidade. Contribuinte potencial para elevado IG na dieta e aumento do metabolismo de frutose. Levando a inflamação, RI, função celular prejudicada e hipertensão arterial, bem como acúmulo de visceral adiposidade / gordura ectópica e dislipidemia aterogênica. Malik et al, 2010. Tappy et al, 2010. ROS: Espécie reativa de oxigênio ER: Retículo endoplasmático Tappy et al, 2010. Pillinger et al, 2008. AMP: adenosina monofosfato cíclico Demonstram que a alimentação crônica rica em frutose tornou os animais resistentes à leptina. Resistência à leptina prejudica homeostase energética favorecendo o armazenamento de energia predispõe à obesidade. • Frutose de fontes naturais rica em frutas naturais que contêm muitos antioxidantes benéficos. • Ácido úrico é um importante subproduto do metabolismo da frutose e pode ser responsável por alguns dos seus efeitos metabólicos Vitamina C e antioxidantes também podem bloquear muitos dos efeitos pró-inflamatórios de ácido úrico em vários tipos de células. • Retirar a frutose (natural) dieta alto IG e CG maior [ ] de insulina pós-prandial fome e hiperfagia. • Frutose (natural) alta teor de potássio e fibra.
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