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CASOS CONCRETOS 1 À 7 DIREITO PROCESSUAL CIVIL III

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – MARIA CAROLINA 
CASO CONCRETO 01 
 
1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário 
Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi 
transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de 
Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no 
dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel? Art. 935, CPC – 
R: Considerando que não houve adiamento expressamente para sessão de julgamento seguinte assiste razão ao 
advogado de Manoel, pois de acordo com Art. 935, do CPC (1º parte), exige-se o prazo de 5 dias minimamente entre a 
publicação da pauta e a respectiva sessão de julgamento. 
 
 
Questões objetivas: 
 
2) Incumbe ao relator, exceto: 
a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal. 
b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da 
decisão recorrida. 
c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, 
homologar autocomposição das partes. 
d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado em sede de primeiro grau de 
jurisdição. ART. 932, CPC 
 
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão 
fracionário do respectivo Tribunal: 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes; 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal; 
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso; ART. 942, CPC 
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. 
Avaliação 
 
 
CASO CONCRETO 02 
 
1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu 
imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente 
para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o 
respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara 
que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no 
recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. 
Diante do caso indaga-se: 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
Não é um recurso. O pedido de reconsideração é um sucedâneo recursal, ou seja, tem o mesmo objetivo do recurso, 
mas não possui esta natureza. Ressalta-se que em matéria recursal vigora o princípio da taxatividade estabelecendo 
que só é considerado recurso aquilo que a lei considerar como tal, seja no próprio CPC ou na legislação 
extravagante. 
 
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
Não, pois não se trata de recurso. Para a aplicação do princípio da fungibilidade recursal é preciso conjugar alguns 
requisitos: Dúvida objetiva acerca do recurso correto e o recurso “EQUIVOCADO” deve ser interposto no prazo de 
recurso correto. 
 
 
Questões objetivas: 
 
2) São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006): 
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius. 
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in 
peius. 
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a proibição do reformatio in peius. 
 
 
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB Nacional – 2009/1). 
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela 
outra parte. (recurso adesivo parágrafo 1º 997, CPC) 
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso. 
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte. 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido. 
 
 
CASO CONCRETO 03 
 
 
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por 
atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada 
cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do 
julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente 
autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: 
 
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
Não. O novo CPC inseriu o amicus curiae como modalidade de intervenção de terceiros, porém seu papel não se 
confunde com o de assistente. O objetivo amicus curiae é subsidiar o julgador com informações acerca da questão que 
está sendo tratada no caso concreto e traduz-se irrelevante instrumento de democratização do processo. Inspirado no 
modelo norte americano já encontrava previsão na Lei 9868/99 que cuida das ações constitucionais. Registra-se que a 
amicus curiae só pode recorrer na hipótese prevista no parágrafo 3º do Art. 138, CPC. 
 
 
Questões objetivas: 
 
2) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso em geral (Promotor de 
Justiça/ MG – 2005): 
 
a) cabimento. 
b) legitimação para recorrer. 
c) interesse para recorrer. 
d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. 
e) Regularidade formal, tempestividade e preparo. 
 
 
3) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz de Direito – SC – 2009): 
 
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação; 
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; 
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou 
por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação; 
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do recurso; ART. 998, CPC 
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas quando resultar contradição. 
 
 
CASO CONCRETO 04 
 
 1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela 
demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades 
irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano 
pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente 
atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a 
decisão interlocutória que indeferiu a desconsideraçãoda personalidade como também aumentar o valor fixado a título 
de indenização. Diante do caso indaga-se: 
 
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
Não, pois contra a decisão que rejeita incidente de desconsideração da personalidade jurídica cabe agravo de instrumento, 
conforme consta no Art. 1015, inciso 4º do CPC. 
 
 
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
Não pode, pois de acordo com o parágrafo 3º do Art. 1010, CPC não é mais o juiz que exerce o juízo de admissibilidade. 
 
 
Questões objetivas: 
 
2) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto conta sentença que julgar ação 
(Promotor de Justiça – RO – 2006): 
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova; 
b) condenatória de prestação alimentícia; ART.1012, § 2 CPC. 
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário; 
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor; 
e) não confirmando os efeitos da tutela. 
 
3) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para 
ingresso da Magistratura do TJ/RJ) : 
a) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada ou cautelar. 
b) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo. 
c) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento da inicial.ART. 331 e 332 
parágrafo 2 e 3. 
d) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou sumário, cautelar ou execução. 
 
 
CASO CONCRETO 05 
 
 1)Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda 
Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu 
José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a 
devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. 
Agiu adequadamente o Relator? Não, pois no caso concreto cabe recurso de agravo de instrumento, Art. 1015, inciso 7º 
do CPC. 
 
Questões objetivas: 
2) Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá (MPE-SP - 2011 - MPE-SP - Promotor de Justiça): 
a) embargos do devedor, seguro o juízo. 
b) recurso de apelação. 
c) recurso especial. 
d) objeção de pré-executividade. 
e) recurso de agravo de instrumento. ART. 1015, PARÁGRAFO ÚNICO, CPC 
 
 
3) Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória contrária aos interesses do 
réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil 
ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de 
interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de reforma da decisão 
agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com todas 
as peças obrigatórias que irão formar o instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no 
prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, 
assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. Com base 
no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da consequência processual decorrente ( FGV - 2011 - OAB - 
Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase). PARÁGRAFO 3º ART.1017 – 932 ÚNICO 
 
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade d o agravante. 
b) Não será admitido o agravo de instrumento. 
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do juízo de retratação pelo 
magistrado. 
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual manifestamente protelatório, devendo a parte 
agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito. 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 06 
 
1) Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial 
da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando 
procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no 
julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa 
embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando 
a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
R:Não, pois o Art. 50 da Lei 9099, determina que os embargos de declaração interrompem o prazo para propositura dos recursos 
em conjunto com o Art. 1065 do CPC. 
 
 
 
Questões objetivas: 
2) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014): 
a) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial. 
b) devem ser interpostos no prazo de cinco dias. 
c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes. ART. 1026 (INTERROMPE) 
d) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente protelatórios. 
e) não estão sujeitos a preparo. 
 
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competênci a originária. Nesse 
caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão? 
 
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional. 
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. 
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. 
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão. 
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. ART. 1027, INCISO II, CPC 
 
 
CASO CONCRETO 07 
 
 
1) Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a 
equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, 
que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era 
reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
Não, deveria converter o recurso extraordinário em recurso especial e determina a remessa ao STJ para exame da 
questão Federal. Análise do Art. 1033 do CPC. 
 
Questões objetivas: 
2) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena 
de (OAB/SP – 2007) 
a) não ser provido pelo STJ. 
b) não ser provido perante o juízo a quo. 
c) não ser conhecido pelo juízo ad quem. ART. 1035, CPC 
d) não ser provido pelo juízo ad quem. 
 
3) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite a repercussão geral é 
(OAB/RS – 2007) 
a) irrecorrível. ART. 1035, CPC 
b) passível de embargos infringentes. 
c) passível de reclamação. 
d) agravável.

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